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Percepção Nas Qualidades Corrigidas

608.02Pergunta: Normalmente, a ciência divide a consciência em subconsciência e supraconsciência. O que a Cabalá pensa sobre isso?

Resposta: Na Cabalá, há apenas uma forma de percepção, a obtenção absolutamente precisa de nossas qualidades corrigidas.

Obviamente, essas qualidades são diferentes e graduadas na mesma escala egoísta: na medida em que podemos nos elevar acima de nosso egoísmo, podemos discernir o espaço Cabalístico. É quase igual ao nosso mundo.

Em nosso mundo, existe uma consciência egoísta. Tudo o que sentimos nele, de alguma forma avaliamos, descrevemos e daí se originam nossas ciências.

No entanto, se mudarmos nossa consciência egoísta para uma altruísta saindo de nós mesmos, (sem perturbar o campo ao nosso redor com nossa presença, ou seja, o quanto, enquanto estamos nele, nós o sentimos, e não a nós mesmos), a partir disso, nossa informação sobre o espaço superior é formado. Este é o assunto do estudo da sabedoria da Cabalá.

De KabTV, “Encontros com a Cabalá”, 29/03/19

O Reconhecimento Do Mal

604.01Pergunta: Por que quanto mais estudo e quanto mais estou no grupo, mais me afasto da meta?

Resposta: Este período é chamado de reconhecimento do mal porque a pessoa descobre seu estado real, sua natureza.

Se ela pensava que vindo para o grupo iria estudar e acumular algum conhecimento, agora ela começa a sentir a grande egoísta que é e que precisa fazer algo a respeito, que tem que se corrigir. Antes ela nem pensava nisso, mas agora vê como é fraca, que não consegue se organizar e controlar a tal ponto que seus pensamentos e desejos a superam, e ela não pode fazer nada a respeito.

Mesmo que prometa a si mesma que estará o tempo todo no grupo e que estará em contato com ele, um momento depois tudo desaparece e ela se encontra sob o controle de seu egoísmo, que antes não sentia.

Por isso a expressão “quem é maior que o amigo, seu desejo é ainda maior”, mas é assim que avançamos.

Então, se você sente que se tornou pior do que antes, na verdade significa que você se tornou melhor, o que significa, mais perto da meta, mas ainda assim, a menos que mortifique seu egoísmo, a menos que ascenda acima dele, você não começará a controlá-lo recebendo a força contra o ego do Criador. Então, a menos que você faça isso, você não existe, e o ego, a força do Criador, gerencia você e faz o que quiser com você. Precisamos acabar com isso.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 09/04/19

“Que O Meu Nome Esteja Com Você”

237Pergunta: Por que é proibido pronunciar o nome de quatro letras do Criador “Yod-Hey-Vav-Hey”?

Resposta: Proibido na Cabalá significa impossível.

Ele não pode ser pronunciado porque não tem realização na linguagem, mas só pode ser realizado dentro do desejo espiritual. Existem muitos outros nomes do Criador: Elokim, Adni, Shadai, etc.

O nome do Criador não significa que seja o Seu nome de forma alguma. É assim que o chamo pelas minhas qualidades, porque em mim, por dentro, a alma consiste em quatro partes: Yod-Hey-Vav-Hey. Quando eu recebo luz nelas, isso cria uma combinação de meus desejos e luz. Isso é o que chamo de sensação do Criador ou Seu nome.

Eu chamo de acordo com meus sentimentos. Portanto, não há nada de especial ou exaltado neste nome a temer. Ao contrário, você precisa alcançá-lo, entrar nele, para que se torne completamente seu, como se diz: “Que o meu nome esteja com você”.

De KabTV, “O Poder do Livro do Zohar” # 10

Um Único Pensamento Comum Na Dezena

945Pergunta: Existe um pensamento individual e existe um pensamento coletivo. Como podemos formar corretamente um único pensamento na dezena?

Resposta: O pensamento único deve ser o resultado de toda a dezena visando a unidade, visando a todos se dissolvendo em um único todo chamado um e único.

Então, quando os amigos se reúnem em tal unidade homogênea, é possível falar sobre a conexão correta entre eles e sobre a preparação para a conexão com o Criador que é revelada entre eles.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 03/02/19

Pessach Do Ponto De Vista Da Realidade Moderna, Parte 10

749.02Pergunta: Quando o povo judeu se aproxima do Mar Final (Vermelho), Yam Suf, de repente esse mar se abre. Atrás, o exército do Faraó, na frente, o mar, e ele se separou. O que precisa acontecer para uma pessoa ver de repente que o mar ou a massa de água é a sua salvação?

Resposta: O fundo do mar só pode fazer uma coisa: me matar completamente. E eu concordo com este estado, morrer espiritualmente, fisicamente, não importa como, apenas para não permanecer no cativeiro do meu egoísmo. A escravidão egoísta é pior do que qualquer outra condição, então eu me jogo na água.

Pergunta: Não estamos nos referindo aos suicídios que ocorrem em nosso tempo, estamos?

Resposta: Não! O que isso tem a ver com os suicídios? Existe algum movimento nesse sentido em nosso tempo? Vem do mesmo motivo? Não! Em nossa época, tudo vem do tédio.

Pergunta: Há uma opinião de que nem todos os judeus saíram do Egito. Havia judeus nas carruagens de Faraó que perseguiram os judeus?

Resposta: Estes são a chamada Erev Rav (multidão mista). Estes são os judeus para quem estar no Egito era uma bênção. Eles querem permanecer em seu egoísmo e acreditam que estão certos. E eles têm o Criador neste egoísmo, e Ele não precisa ser abordado corrigindo-se para amar os outros e, por meio do amor aos outros, para amar o Criador.

Não precisamos de nada disso: “Podemos viver aqui, com calma, bem. Não precisamos da terra de Israel e nem mesmo precisamos ir para lá; quando o Criador quiser, Ele mesmo nos conduzirá lá, mas enquanto isso vamos nos sentar aqui e esperar”.

Pergunta: Na história da saída do Egito, vemos que os carros são destruídos, embora alguém seja salvo. Dizem que algumas pessoas estranhas se juntaram aos judeus e os perseguiram pelo deserto. Como isso acontece? Mesmo assim, essas pessoas que não concordam em seguir o caminho predeterminado, esse objetivo, serão destruídas?

Resposta: Esta é a Erev Rav, a “multidão mista”. Há muitos assim, que cercam o povo judeu de todos os lados. Por sua origem, são judeus, mas não acham que devam ir ao Criador com seus pensamentos, com seus motivos, no “ama ao próximo como a si mesmo”, na unidade um com o outro.

Ao longo da história judaica e hoje também, eles veem sua missão apenas em impedir o movimento do povo judeu para construir um templo, isto é, para criar tal conexão entre eles na qual o Criador seria revelado.

Pergunta: Quem vai vencer no final?

Resposta: No final, é claro, eles não vencerão. Mas olhando para o que está acontecendo hoje com o povo judeu, vemos que poder eles têm.

Pergunta: Como pode uma pessoa em um determinado momento, estando no ambiente que ela tem, distinguir corretamente entre Erev Rav e os judeus que estão indo para a meta?

Resposta: Uma pessoa que se esforça em se conectar com os outros, em amar os outros, e do amor pelos outros ao amor pelo Criador, ela é um Judeu, ela está realmente indo ao Criador.

A coisa mais importante é a conexão, porque nela o egoísmo é gradualmente destruído e a pessoa se eleva acima de sua natureza egoísta para a qualidade de doação, para a qualidade de amor ao próximo.

E para as pessoas que acreditam que podem existir sem conexão com outras pessoas, você pode ver imediatamente que elas são, em geral, proprietárias individuais, solitárias. Elas inventam um estilo de vida completamente diferente para si mesmas. Todo aquele que segue certas regras acredita que para ele já existe o sentido da vida e do paraíso preparado para ele, e assim por diante.

Na verdade, este não é absolutamente o caso. “Alcance o seu mundo mesmo nesta vida” – é isso que a Torá, a sabedoria da Cabalá, pede. E assim todas as suas tentativas são um grande erro e uma decepção.

“Entendendo O Ponto Do Coração” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Entendendo O Ponto No Coração

Uma das primeiras coisas que as pessoas aprendem quando começam a estudar Cabalá é o conceito chamado “o ponto no coração”. Somos informados de que as pessoas que vêm estudar Cabalá, especialmente as que persistem nela apesar das dificuldades e obstáculos, são pessoas com um ponto no coração forte ou desenvolvido. Aquelas que o possuem, dizem os Cabalistas, são mais propensas a ter sucesso em seu aprendizado e avançar em níveis espirituais.

Mas o que é ele realmente? Rav Yehuda Ashlag, também conhecido como Baal HaSulam por seu comentário Sulam [escada] sobre O Livro do Zohar, escreveu que o ponto no coração é realmente uma pergunta. No início de sua introdução ao Estudo das Dezena Sefirot, ele escreve que o ponto no coração é uma “pergunta indignada que todo o mundo faz, a saber, ‘Qual é o sentido da minha vida?’” Baal HaSulam pergunta ainda mais, “Esses numerosos anos de nossa vida que nos custaram tanto, e as inúmeras dores e tormentos que sofremos por eles … quem é que gosta deles?”

Hoje em dia, muitas pessoas fazem essa pergunta, mas poucas são levadas a buscar respostas. Muitas se desesperam e se voltam para o escapismo de todos os tipos. Quando o ponto no coração da pessoa é forte o suficiente, ela começa a procurar, em vez de desistir e ficar à margem do caminho.

Entre meus alunos, existem pessoas de todas as raças, credos, idades e nacionalidades. Algumas delas são altamente educadas e algumas são leigas; algumas são sofisticadas e eloquentes, e algumas mal conseguem expressar um pensamento. No entanto, a única coisa que todas têm em comum é um ponto no coração, aquela pergunta ardente sobre o sentido da vida. E esse ponto as une acima de todas as diferenças.

Há uma boa razão para que pessoas com pontos no coração se unam facilmente entre si. Quando a pessoa estuda a Cabalá autêntica, descobre que o sentido da vida só é encontrado quando se conecta de coração a coração com os outros. Em outras palavras, se permanecermos confinados em nosso espaço pessoal e preocupados apenas conosco, não descobriremos nada. Este é o nosso estado inicial de ser, e se não nos desenvolvermos além dele, como podemos descobrir alguma coisa? Portanto, aqueles que encontram o sentido da vida, encontram-no em suas conexões com os outros. Quando superam a preocupação com suas próprias necessidades e começam a pensar nos outros, descobrem novos mundos, novos reinos de existência que não sabiam que existiam. Quando isso acontece, a questão do sentido da vida recebe sua resposta. O vínculo que as pessoas alcançam as torna sábias e sensíveis, e cientes de tudo da vida. Quando conseguem isso, elas entendem por que nasceram, por que vivem, por que um dia vão morrer e até mesmo o que acontece depois.

Além disso, uma pessoa que está ocupada dando nunca fica triste, desanimada e está sempre esperançosa e animada com a vida. Essa pessoa sempre procura mais pessoas com pontos no coração com quem compartilhar, que encontrarão o sentido de suas vidas conectando-se de coração a coração.

Cada pessoa tem um ponto no coração. Na maioria das pessoas, ele está adormecido. Mas hoje, mais e mais pessoas estão buscando respostas para as provações e tribulações da vida. É por isso que os Cabalistas abriram a sabedoria para todos, de modo que qualquer um que perguntar, como Baal HaSulam, “Qual é o sentido da minha vida?” vai encontrar a resposta e encontrar paz e felicidade.