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A Importância De Criar Um Dicionário De Definições Espirituais Precisas Para Substituir Definições Corpóreas

Dr. Michael LaitmanA principal dificuldade é que não podemos saber o que é o trabalho espiritual. Nem em nossa sensação, nem em nosso intelecto.

De início, nós somos pessoas que pertencem a este mundo. Nós trabalhamos, compreendemos e discutimos com o que temos neste mundo. É a nossa vida. As definições neste mundo criam um espaço de trabalho em nós. Nosso mundo está cheio de definições de recepção ou de doação a fim de receber, nas quais temos uma maior ou uma menor sensação.

Nossas definições concordam com o que nos agrada e nos machuca. Isso é porque nós somos uma matéria que deseja desfrutar. Portanto, eu consigo ouvir sons, cheirar perfumes, e ver coisas, sua largura e tamanho, mesmo que, aparentemente, não me interessem. Seja o que for, talvez seja um fenômeno mecânico: eu sempre traduzo coisas em emoções. Portanto, em termos de se sentir bem ou não, eu processo, sinto e vivo nessas emoções, porque o que não entra na minha sensação não existe para mim. Eu não o vejo e, de verdade, ele não existe porque o mundo só existe no campo da minha sensação: o desejo de receber, de desfrutar.

Portanto, nós somos programados e criados como criaturas sensíveis, e o que nós gostamos e não gostamos é claro para nós por nossa experiência. Dessa forma, nós formamos uma imagem do mundo.

Como isso se relaciona com a sabedoria da Cabalá?

Eu comecei a me sentir mal no nosso mundo. Muitas pessoas se sentem mal. Você poderia até dizer que a maioria das pessoas se sente mal. Igualmente, não só as pessoas, mas os níveis inanimado, vegetativo e animado. No entanto, além de me sentir mal, eu comecei a sentir algo desagradável. Juntamente com isso, eu comecei a sentir uma atração por um estado diferente. Isso é considerado o ponto no coração despertado no meu coração. Então, eu começo a procurar com este ponto: para onde ele está me puxando? O que ele quer de mim?

Eu cheguei à sabedoria da Cabalá. Comecei a ouvir todo tipo de coisas, mas não sei o que está sendo ensinado. Eu posso estar estudando há anos, mas não sei exatamente o que estou estudando. Eu pareço uma criança que foi enviada à escola. Ela não sabe por que está lá, mas está lá porque todas as outras crianças estão lá. Ou talvez eu me sinta confortável aqui com meu ponto no coração. Eu me sinto um pouco em paz, seguro, e que um bom futuro me aguarda.

Mas o que é Cabalá? Eu não a entendo.

Se você me perguntasse, eu poderia explicá-la usando palavras que li. Mas não são minhas. Por quê? Porque, novamente, o mundo sobre o qual a sabedoria da Cabalá fala não é o meu mundo. É algo que não tenho na minha compreensão nem na minha sensação.

Eu me lembro que, quando estava com Rabash, eu costumava me sentar em todos os tipos de refeições, no Kiddush que ele conduzia durante o sábado, onde costumava dar todos os tipos de explicações sobre vários artigos e outras coisas, e ele sempre falava sobre a fé acima razão, que tudo é alcançado na fé acima da razão.

Eu compreendo o que significa fé. Fé significa “eu acredito”. O que significa “acreditar”? Significa que “eu acredito que existe certa coisa”.

Por quê? Você tem provas?

Não. Se houvesse provas, seria conhecimento. Se não há provas, é fé.

No que, então, você acredita?

“Eu acredito em Deus. É o que está escrito”.

Você acredita “Nele”? Isso é ainda mais ambíguo.

O que, então, é fé?

Os Cabalistas no passado, que começaram a descobrir o mundo espiritual – a qualidade de doação, amor ao próximo, “ama teu amigo como a ti mesmo”, “o amor cobrirá todos os crimes”, onde começaram a atingir essa qualidade em sua conexão – a chamaram de “fé”, porque é o grau de Bina. Nunca houve outra definição da palavra “fé”.

No entanto, depois, quando começaram a cair do grau de fé, do grau de doação e amor – há a fé como “doação a fim de doar”, e fé completa como “recepção a fim de doar” – e quando começaram a cair desse grau, se apegaram à compreensão de que é correto, que eles a sentiram no passado, e estavam conectados a muitos Cabalistas que os rodeavam naquele mesmo período, que faz mais de 2.000 anos, e chamaram seu sentimento de “fé”. Então, o termo” fé “começou a ficar contaminado. Começou a ser interpretado como “saber como fato”: “saber” não em termos de conhecimento, mas apenas aceitando que é como é.

Portanto, até hoje, o conceito de fé é muito vago. Nós vivemos de uma forma onde todos acreditam no que acham que precisam acreditar.

Além disso, a “fé acima da razão” é um conceito incrivelmente difícil. Nós precisamos explicá-lo a nós mesmos, aos iniciantes e a quem estuda conosco. A fé acima da razão é a construção do vaso espiritual, onde construímos o vaso de doação acima do vaso de recepção e, como tal, realizamos o progresso espiritual

Por isso é muito importante para nós criarmos um dicionário de definições corretas da sabedoria da Cabalá, por meio do qual podemos mostrar a todos como ela fala sobre uma realidade diferente e como as palavras que parecem ser familiares a uma pessoa neste mundo são imediatamente definidas de forma diferente na sabedoria da Cabalá, por pessoas em realizaçaõ espiritual.

Essa também é uma das dificuldades que temos para chegar à revelação dos distúrbios, onde os distúrbios sustentam a revelação. As perturbações tornam-se favoráveis ​​quando sabemos como defini-las com precisão. Essa é a dificuldade. Nós precisamos construir esse dicionário dentro de nós de definições espirituais precisas para substituir definições corpóreas para que possamos esclarecer o que está acontecendo de agora em diante, onde não há nada na realidade senão o desejo e a luz que atua sobre ele, e o desejo precisa ser definido corretamente, com definições reais, ou seja, de acordo com o quanto a luz atua, divide e hierarquiza. É assim que precisamos abordar a sabedoria da Cabalá.

Da Lição Diária de Cabalá 23/01/18

The Times of Israel: Por Que A Pena De Morte Para Terroristas Não Resolverá O Terrorismo… E O Que Resolverá

O The Times of Israel publicou o meu novo artigo “ Por Que A Pena De Morte Para Terroristas Não Resolverá O Terrorismo … E O Que Resolverá 

A pena de morte para a lei de terrorismo promovida em Israel pelo ministro da Defesa, Avigdor Liberman, mais uma vez, destaca um problema no centro de um cabo de guerra, mostrando a incapacidade do povo israelense de se unificar em uma posição específica. Argumentos prós e contra a lei inundaram a imprensa israelense sobre se ela realmente deteria os terroristas e o que isso significaria para os judeus.

À primeira vista, o Talmude justifica a pena de morte para uma pessoa que age com a intenção de matar outra pessoa: “Se alguém vier matá-lo, levante-se cedo e mate-o primeiro” (Talmude Babilônico, Sanhedrim 72:1). Essa lei não é diferente para um terrorista, como não é para qualquer pessoa que faça um movimento para matar outra pessoa.

No entanto, a passagem ou não da pena de morte em Israel não influenciará o problema do terrorismo na sua raiz. Todo o discurso em torno do tema é como discutir se quimioterapia ou tratamentos naturais são melhores para o tratamento do câncer: você sempre terá uma opinião diferente, dependendo a quem você perguntar, e toda a discussão não trata de analisar o problema e sua solução, desde a sua base causal.

Portanto, eu não tenho interesse em me intrometer nas leis do Estado de Israel, que são baseadas em leis do tempo do Mandato Britânico e também um pouco antes. Se o Estado de Israel e o povo judeu realmente desejassem resolver o terrorismo, teríamos que voltar a investigar nossas raízes, entender o que nos faz o povo judeu para começo de conversa, e que leis nós seguíamos quando nos tornamos o povo judeu. Então, podemos aprender algo sobre as leis que teriam o poder de desarraigar completamente o problema do terrorismo.

Como Substituir as Leis do Estado pelas Leis da Natureza: Um Guia para o Povo de Israel

O que nos torna um povo judeu é a tendência de se unir (a palavra hebraica para “judeu” [Yehudi] vem da palavra “unido” [yehudi] [Yaarot Devash, Parte 2, Drush n° 2]). Nossos antepassados ​​perceberam essa tendência na época em que Abraão fundou grupos não de acordo com as leis do Estado, mas de acordo com as leis da natureza. Enquanto a antiga sociedade babilônica estava desmoronando em níveis devastadores de divisão social em torno dele, Abraão se recusou a aceitar a norma divisória da época. Em vez disso, ele dedicou sua vida a um processo de autodescoberta e à pesquisa da natureza e do sistema da criação. Através de sua pesquisa, ele descobriu como as leis mais fundamentais da natureza são amor, doação, bondade e unidade. Além disso, descobriu como essas leis operam em cada elemento da realidade e reuniu pessoas que também buscavam vidas melhores, formou grupos delas e as orientou sobre como realizar as leis da natureza de amor e unidade nas relações sociais. Esse grupo tornou-se conhecido como “os judeus”.

Como um povo judeu unido, desfrutamos momentos de felicidade e prosperidade durante o Primeiro e Segundo Templos. Ao longo do tempo, no entanto, o egoísmo humano evoluiu para um novo nível na humanidade, incluindo o povo judeu. Isso nos afastou e nos tornamos distantes de nossa conformidade com as leis da unidade da natureza. Em última análise, substituímos as leis da natureza pelas leis do Estado feitas pelo homem.

O egoísmo nos faz considerar o benefício pessoal como tendo maior importância do que beneficiar os outros e toda a sociedade em que existimos. Se não nos aplicarmos para se unir acima de nossa tendência egoísta natural, nós construímos nossas vidas de uma maneira cada vez mais oposta à natureza. O terrorismo é apenas uma das maneiras óbvias onde o nosso mundo hoje nos mostra o resultado de nosso desenvolvimento natural e egoísta ao longo de milhares de anos.

Nós dividimos a humanidade em vários segmentos, subsegmentos e sub-subsegmentos. Valorizamos a individualidade sobre a integralidade e o sucesso pessoal de indivíduos únicos ou grupos seletos sobre o sucesso coletivo da sociedade como um todo. Isso é o oposto de como a natureza funciona. A natureza vê o planeta e todos os seus habitantes como um único sistema, colocando igual importância em todas as suas partes. É semelhante às células e órgãos de um corpo humano que desempenham um papel vital na saúde, sustento e funcionamento de todo o corpo.

Nossa abordagem cada vez mais egoísta e separada da natureza, não só nos divide como um povo, mas é a causa de cada infortúnio e dor na humanidade. Tal como acontece com o exemplo do corpo humano, quando uma determinada célula ou grupo de células começa a receber mais do que precisa em função de outras células, é considerado como um crescimento cancerígeno. Nossa ênfase no benefício próprio sobre beneficiar a sociedade humana como um todo nos separa de identificar e seguir as leis da natureza de amor e unidade, e nos faz sucumbir a seguir as leis de Estado feitas pelo homem. Então, quanto mais problemas forem encontrados em todo o mundo em escalas pessoais, sociais e globais, mais precisamos revisar nossas leis feitas pelo homem, como a necessidade de revisar nossos medicamentos para o tratamento de novas epidemias.

Portanto, se abordarmos o diagnóstico e a cura dos muitos problemas do mundo, incluindo o terrorismo, na sua origem – a nossa separação das leis da unidade da natureza -, então, aprendendo quais são as leis da natureza e como podemos observá-las, podemos pavimentar o caminho para uma sociedade harmoniosa e unificada, em equilíbrio com a natureza.

O Ressurgimento do Método para a Descoberta e Aplicação das Leis da Natureza

O método para a descoberta e aplicação dessas leis é o mesmo método que Abraão desenvolveu, a sabedoria da Cabalá. Hoje, este método está passando por um ressurgimento moderno na medida em que milhares de pessoas em todo o mundo, que sentem que os caminhos atuais do mundo estão levando a becos sem saída, começam a se reunir regularmente para descobrir sua longa conexão perdida com a natureza e revitalizar o sentido de propósito, amor, unidade e proximidade com a natureza que o grupo de Abraão foi pioneiro.

Usando esse método, esse grupo mundial tornou-se um laboratório de pesquisa de uma sociedade baseada na descoberta e aplicação das leis da natureza. Se há laços fortes e unidos nas relações sociais impulsionados pela contínua aprendizagem, encorajamento e promoção de valores pró-sociais, como unidade, amor, doação, consideração mútua e bondade, então os fenômenos egoístas negativos não terão chance de emergir. Por exemplo, o castigo não surgirá como o conhecemos no nosso mundo hoje, como uma penalidade por uma ofensa que foi feita. O castigo seria sentido como uma sensação interior dentro da pessoa, quando a inclinação egoísta agarra os desejos e os pensamentos da pessoa com sua exigência de realização pessoal em função dos outros.

Em uma sociedade que funciona de acordo com as leis da natureza, cada pessoa teria as bases, as ferramentas e o ambiente social de suporte necessários para trabalhar com suas inclinações egoístas e criminosas antes delas se materializarem. Da mesma forma, uma pessoa seria capaz de aplicar punições, incluindo até mesmo a “pena de morte” para suas próprias inclinações egoístas, pois não desejaria prejudicar a atmosfera social. No método da Cabalá, tal versão de punição é chamada de “correção” de nossa natureza. Essas correções nos aproximam cada vez mais da abertura de uma natureza nova e expansiva, onde os segmentos de amor, unidade e consideração nos unem.

Além dos tempos acima mencionados do Primeiro e Segundo Templos, nunca criamos esse tipo de ambiente social, e hoje nosso egoísmo corre desenfreado na sociedade. À medida que os efeitos do crescimento da divisão social, das tendências nazistas, fascistas e xenófobas e do terrorismo disparam, nós podemos continuar tentando criar diferentes tipos de curativos e colocá-los em todo o lugar, ou podemos começar a nos alinhar com as leis da natureza e tratar esses problemas e outros na sua raiz.

Eu espero que possamos descobrir essa atmosfera social positiva que aspira a se equilibrar com as leis da natureza antes que seja tarde. O grupo mundial que agora trabalha na implementação deste método está aberto para que todos se juntem, e já em seus estágios iniciais, as pessoas imediatamente testemunham novas e maravilhosas sensações e percepções que se abrem para elas, como resultado da realização minuciosa de pequenos esforços para conexão e amor em uma sociedade que sustenta esses valores. Também espero que a sociedade humana descubra o esplendor da vida de acordo com as leis da natureza, e que isso aconteça mais cedo, através do aprendizado e encorajamento, e não mais tarde, através de dores e tristezas.

Minha Página No Facebook: “Facebook Post: BIN Exclusive: Cabalista Diz Ser Otimista Sobre As Armas Alimentadas Com IA Destruindo Tudo”

Da Minha Página no Facebook Michael Laitman 22/01/18

A visão distópica de uma tempestade automatizada de armas alimentada por IA (inteligência artificial) que limpa a humanidade pode ajudar a aprimorar nosso escrutínio do que o mundo realmente precisa hoje – a unidade – ao nos mostrar o que pode acontecer se não combinarmos o nosso progresso tecnológico com nosso progresso na unificação social. O povo judeu desempenha um papel importante neste desafio.

Leia meu artigo completo em Breaking Israel News

Meus Pensamentos No Twitter, 22/01/18

twitterA visão distópica de uma tempestade de armas automatizadas alimentadas por IA (inteligência artificial) limpando a humanidade pode ajudar a aprimorar nosso escrutínio do que o mundo realmente precisa hoje: unidade. O povo judeu desempenha um papel importante neste desafio. #IA #Torah @BINAlerts

Do Twitter, 22/01/18

Nova Vida # 296 – Mudanças No Mundo Do Trabalho

Nova Vida # 296 – Mudanças No Mundo Do Trabalho
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

Resumo

Apesar das abundantes oportunidades de emprego e da prosperidade resultante, permanecemos insatisfeitos com nossas experiências relacionadas ao trabalho. Por quê? O negócio orientado para os lucros resultou em uma espécie de escravidão moderna em que sofremos uma lavagem cerebral para produzir e consumir coisas desnecessárias que nos deixam insatisfeitos. Quando as empresas supérfluas desaparecerem, serão introduzidas novas ocupações em educação integral e desenvolvimento cultural. O foco aqui será sobre como construir conexão e diversão mútuas.

De KabTV “Nova Vida # 296 – Mudanças No Mundo Do Trabalho”, 28/01/14

Por Que Não Havia Depressão Antes?

laitman_592_04Pergunta: Por que não havia depressão antes?

Resposta: Porque as pessoas costumavam se envolver no trabalho espiritual e atribuíam qualquer tipo de estado espiritual ao seu avanço espiritual. Agora, as pessoas deveriam estar trabalhando em sua espiritualidade, mas não estão. Portanto, é natural que 70% da humanidade esteja deprimida. Nós podemos inventar todos os tipos de razões, mas essa é a única causa da depressão, nada mais.

Pergunta: Os antidepressivos ajudam?

Resposta: Não, os antidepressivos são uma compensação química que não resolve o problema.

Pergunta: Por que os placebos trabalham na cura de uma ampla gama de doenças? É um método de persuasão?

Resposta: Claro. Uma pessoa vive através de seu espírito, não através de vários materiais químicos. Portanto, os placebos podem ser efetivos. Qualquer quantidade de algo convincente, edificante ou reconfortante afeta uma pessoa. Forneça garantia e a pessoa se livrará da maioria de suas doenças.

Da Lição de Cabalá em Russo 20/08/17