Bactérias Chegam A Um Acordo Pelo Bem Maior

Dr. Michael LaitmanNas Notícias: (ucsdnews.ucsd.ed): “Longe de serem egoístas, organismos cujo único objetivo é o de maximizar sua própria reprodução, as bactérias em grandes comunidades trabalham pelo bem maior ao resolver um conflito social entre os indivíduos para melhorar a sobrevivência de toda a sua comunidade.

“Acontece que, assim como as sociedades humanas, as comunidades bacterianas se beneficiam quando podem equilibrar necessidades opostas dentro do grupo.

“A descoberta desse comportamento incomum entre bactérias em grandes comunidades, não vem de qualquer altruísmo inerente entre as bactérias. Em vez disso, “emerge” espontaneamente da comunidade onde as bactérias crescem.

“‘É um exemplo do que chamamos ‘fenômenos emergentes’, explicou Gürol Suel, um professor associado de biologia molecular na UC San Diego que liderou a pesquisa. ‘Fenômenos emergentes são processos que não podemos observar ou entender se você está estudando indivíduos. Você só pode entender o processo se olhar para o coletivo’.

“Suel e seus colegas observaram esse fenômeno incomum ao medir cuidadosamente o crescimento de uma comunidade microbiana chamada de ‘biofilme’. Tais comunidades de bactérias e outros microorganismos formam estruturas finas sobre superfícies – tais como o tártaro que se desenvolve nos dentes – que são altamente resistentes aos produtos químicos e antibióticos.

“Os biólogos da UC San Diego descobriram que quando a comunidade biofilme atingia um determinado tamanho, ela de repente começava a oscilar em seu crescimento. Ao complementar as suas experiências com modelagem matemática, os pesquisadores descobriram que essas oscilações resolvia um conflito social entre as células individuais que estavam cooperando, mas que também tinham que competir por comida. A razão destes biofilmes serem tão resistentes é que os indivíduos dentro da comunidade conseguem resolver este conflito interno através da coordenação das suas atividades no espaço e no tempo.

“O conflito é basicamente esse: bactérias na borda externa do biofilme são as mais vulneráveis ​​dentro de sua comunidade a ataques químicos e antibióticos. Ao mesmo tempo, elas também proporcionam uma proteção para as células interiores. Mas as bactérias na borda externa estão mais próximas de nutrientes necessários para o crescimento. Portanto, se eles crescerem sem controle, podem consumir todos os alimentos e matar de fome as células internas abrigadas.

“Mas isso não acontece, porque o biofilme desenvolve uma solução engenhosa para esse problema que os cientistas chamam de ‘co-dependência’ metabólica. Basicamente, as células internas produzem um metabolito necessário para o crescimento das bactérias externas. Isto proporciona às células internas a capacidade de frear periodicamente o crescimento das células externas, que de outra forma consumiriam todos os alimentos e matariam de fome as células que elas estão protegendo do ataque. Ao impedir periodicamente o crescimento na periferia, as células internas garantem que tenham acesso suficiente aos nutrientes. Ao manter vivas as células internas protegidas, o biofilme tem uma probabilidade muito maior de sobreviver ao tratamento antibiótico.

“Essa estratégia permite que bactérias com necessidades conflitantes se revezem, como motoristas que se aproximam de um cruzamento de diferentes direções. De várias formas, o conflito social interno nas comunidades bacterianas não é diferente de conflitos que grupos opostos de indivíduos devem resolver a fim de manter nações ou comunidades bem-sucedidas.

“‘O conflito social que estudamos é diretamente aplicável aos conflitos que surgem nas sociedades humanas’, acrescentou Suel. ‘Todos nós enfrentamos o dilema social onde ao apoiar outros, até mesmo os nossos concorrentes, podemos tornar a nossa sociedade mais forte. Nós podemos ser capazes de aprender mais sobre como resolver nossos próprios conflitos sociais ao estudar sociedades bacterianas'”.

Meu Comentário: É o mesmo egoísmo universal que força os inimigos a alcançar um acordo a fim de não “se perderem sozinhos”. Tudo acontece no nível do nosso mundo, por isso não é de se admirar que um comportamento egoísta e inconsciente como este entre as bactérias é claramente representado em cada conexão de elementos egoístas, tais como átomos na matéria inanimada, por exemplo.

Toda a matéria é egoísta, de modo que todas as suas conexões não são mais do que a mesma conexão egoísta, mas num nível superior. Enquanto que a união espiritual, que é ainda mais elevada, não acontece por causa do benefício egoísta, mas acima do cálculo egoísta e por causa de um princípio superior, o Criador. Este princípio mais elevado, é percebido e entendido apenas por uma pessoa que tenha recebido uma característica única chamada de ponto no coração, e somente sob a influência da força superior, a Ohr Makif (Luz Circundante), a Luz que Reforma.