Uma Pessoa Leva O Mundo Tanto Para Uma Subida Quanto Para Uma Descida

Dr. Michael LaitmanAquelas partes do “criado” pelo desejo do Criador, que podem despertar no sentido espiritual, são chamadas de Israel. E aquelas que ainda não são capazes de despertar são chamadas de “nações do mundo”.

Estas partes existem dentro de cada pessoa, de acordo com seu desejo. A sabedoria da Cabalá não olha para os corpos, mas apenas para os desejos de uma pessoa.

Além disso, quando uma pessoa adquire o desejo pela espiritualidade, ela começa a ser chamada Israel. Mas tão logo este desejo desaparece, murcha e começa a se esconder entre seus desejos egoístas, ela imediatamente começa a pertencer às “nações do mundo”. E isso diz respeito a todos nós.

O desejo egoísta que é referido como “nações do mundo” também se divide em duas partes: “os justos do mundo” e “os animais” (estes querem ferir seu próximo), e os outros conseguem o que querem, mas não à custa dos outros.

Todos os desejos se dividem assim nestes quatro grupos:

•Desejos egoístas chamados de “nações do mundo”: prejudiciais e inofensivos

•Desejos que são inclinados a “doar”, que são chamados de Israel: aqueles dedicados à doação e aqueles que não são.

Quando a pessoa estuda Cabalá, ela inclina todo o mundo ao bem, porque atrai a Luz Superior com seus estudos, o que faz com que o mundo do egoísmo se torne mais amável. Mas quando a pessoa só estuda a Torá regular (a Torá aberta), só a observância física dos mandamentos, ela agrava o sofrimento do mundo (ela inclina o mundo no sentido da culpa).

Não há nenhum estado intermediário. Eis porque todas as pessoas conectadas à Torá devem começar a estudar Cabalá! Caso contrário, prejudicam o mundo.

O Zohar nos fala sobre isso e Baal HaSulam explica o significado disso.

Toso o sistema é feito de tal forma que quando as pessoas só observam os mandamentos corporais sem estudar Cabalá, conduzem a um estado onde todas as outras partes da alma que não pertencem ao trabalho espiritual, mas apenas ao desejo egoísta, ganham uma força maior e sentem mais oportunidades de satisfazer seu ego.

Ou seja, essas pessoas, que só fazem a observância corporal, evocam todo o mal, que mais tarde se torna revelado nas outras três partes da alma.

E aquelas almas que pertencem às três partes inferiores não possuem qualquer liberdade de escolha de serem boas ou más. Apenas aqueles que estudam a Torá tem uma escolha: podem inclinar o mundo para o bem ou para o mal. E o grupo maior, que estuda a “Torá interna”, ou Cabalá, tem pouca escolha, se eles fazem tudo que depende deles!

Toda a escolha pertence àqueles que estudam exclusivamente a “Torá externa”; esta é a parte mais problemática. Tudo depende se eles também vão começar a estudar Cabalá e em que medida.

Quem pode estudá-la, mas o faz, prejudica totalmente o mundo. Mas aqueles que a estudam, embora não com sua capacidade plena, beneficiam o mundo num maior ou menor grau, mas não o prejudicam. Esta é uma grande diferença!

Se todas as pessoas que têm algum tipo de conexão com a espiritualidade estudassem a Cabalá pelo menos um pouco, não haveria nenhum mal no mundo! Não haveria crises nem problemas. Esta é a chave para o sucesso, nada mais precisa de correção, nem o sistema bancário, nem a ecologia. E nada mais vai nos salvar de nossas desgraças.

A única coisa que vai ajudar é que todas as pessoas que estão ligadas à Torá estudem especificamente a Torá interna, em vez da Torá externa e então todo o mundo chegará à bondade; toda as pessoas vão sentir apenas o desejo de fazer boas ações.

Esta é a conclusão feita no Zohar e por todos os Cabalistas das gerações seguintes.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 05/12/10, “Introdução ao Livro do Zohar