Textos arquivados em ''

Por Trás Da Tela Dupla

Dr. Michael LaitmanPergunta: Não basta apenas saber que tudo chega a mim do Criador. Nesse caso, eu posso estar gostando dessa “imagem”, sem fazer nenhuma pergunta. Por outro lado, se eu tenho uma pergunta, eu supero todos os obstáculos, já busco uma resposta.

Resposta: Isso mesmo. A pessoa deve verificar-se constantemente.

Baal HaSulam escreve sobre isso no artigo, “Ocultação e Revelação da Face do Criador”: A pessoa ora e faz a caridade por seus problemas, mas não é de modo algum atendida…

A pessoa se verifica e vê que não consegue nada. No entanto, ela ainda está conectada ao Criador, pois, caso contrário, ela não iria orar a Ele e fazer caridade.

E exatamente quando ela para de orar por seus problemas, ela é atendida. Sempre que ela supera, acredita na Providência, e melhora suas obras, a sorte se afasta dela e ela cai para trás sem piedade.

A pessoa pode fazer sérios questionamentos, tentar fazer tudo da maneira certa, e ver os resultados opostos. Este estado é chamado de “ocultação dupla”.

E quando ela nega e começa a piorar as suas obras, ela se torna exitosa e fica muito aliviada. Ela não encontra seu sustento nas boas maneiras.

A pessoa pode avançar por caminhos tortuosos e estar rodeada de criminosos de sucesso. Então, o bom ambiente parece ser um ambiente pobre, estúpido e desprovido.

Quando a Providência organiza as coisas desta maneira para uma pessoa, isso é chamado de “ocultação dentro da ocultação”.

No entanto, ela entende isso e está ciente do que está acontecendo. Assim, depois de todas as investigações e tentativas, a própria pessoa determina com clareza e precisão qual ocultação ela está em relação ao Criador: se é uma ocultação simples ou uma ocultação dupla.

Nós devemos fazer isso a cada minuto e em cada situação. Isso é possível. Baal HaSulam nos dá instruções claras sobre como chegar ao estado real, à verdadeira conexão com o Criador.

Quando a Providência organiza as coisas desta maneira para uma pessoa, isso é chamado de “ocultação dentro da ocultação”. Isso porque daí a pessoa cai sob seu peso e não consegue continuar a reforçar a crença de que suas dores vêm do Criador por algum motivo oculto. Finalmente, ela falha, se torna herege, e diz que o Criador não está cuidando de suas Criações.

Isto não é nem ocultação dupla, já que o Criador está totalmente ausente da imagem do mundo.

E tudo que exala, exala pelo destino e pela natureza cega. Isto não é nem ver as costas.

Portanto, quando eu desperto, eu imediatamente começo a verificar a mim mesmo e o estado em que me encontro. Certamente, a pessoa pode dizer algumas bênçãos automaticamente ou cantar uma canção, mas, no geral, a escala não deve ser as músicas ou bênçãos que outras pessoas tenham composto, mas a sua própria.

Assim, aos poucos, eu vou entender que, no final, tudo depende da influência do ambiente. Então, eu descubro que tenho que me submeter ao ambiente, porque isso é o que me puxa para frente através da ocultação dupla e da ocultação simples até a revelação do Criador. Apenas a auto-submissão diante do grupo me traz a Luz que Reforma.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/10/12, Escritos do Baal HaSulam

Pare De Dar Dicas

Dr. Michael LaitmanNão importa o que aconteça na minha vida, eu preciso entender que tudo vem da força superior que, sem dúvida, controla tudo. Mas até agora ela não se revelou para mim dessa maneira, mas em ocultação, e assim eu sofro.

O Criador é bom e benevolente, mas Ele é revelado para mim depois de passar por um “filtro” que transforma tudo que é bom em algo ruim e desagradável. Eu chamo a espessura deste “filtro” de “ocultação simples”. Além disso, o Criador pode colocar outro “filtro” e me enviar a uma “ocultação dupla”, que é muito pior.

Portanto, como eu posso me livrar do véu que transforma a bondade do Criador em mal? Para fazer isso, eu peço: “Corrija-me! Mas não de modo que eu me livre dos sentimentos desagradáveis; pelo contrário, eles me ajudam, e me estimulam. Sem eles eu sequer pensaria em outra coisa. Eles me concentram em Você, na fonte de algo que parece ruim. Portanto, eu estou pedindo ajuda para não sentir que algo de ruim venha de você”.

Eu não quero estar por trás do “filtro”, mas diante dele, em contato direto com você. Não para me sentir bem, mas para conhecê-Lo melhor. Quero abençoá-Lo, mas agora, como eu não tenho escolha, eu O amaldiçoo. Meu corpo grita por causa disso, “Eu me sinto mal e amaldiçoo a fonte do mal. Mas você me deu a sensação de que o mal vem de você. Você está brincando comigo usando dicas, metade reveladas e metade ocultadas. Mas eu não quero Lhe amaldiçoar mais”.

Pergunta: Onde está o grupo aqui? Eu também posso pedir tudo isso sem o grupo.

Resposta: Tente. Se você começar, você ficará confuso e descobrirá que o verdadeiro pedido só é possível no grupo. Lá você está protegido de cometer erros, lá você realmente recorre ao Criador por correção, apesar de seus bons e maus desejos. No final, o grupo permite que você veja claramente o que pedir, o que você realmente quer e a quem você realmente recorre. Essa é a idéia.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/10/12, Escritos do Baal HaSulam

Ocultação Simples Também É Uma Conexão

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Ocultação e Revelação da Face do Criador”: Desta forma, é claro que a pessoa não vê a face boa do Criador, isto é, se ela acredita que o Criador é o único que faz essas coisas para ela, seja como punição por transgressões ou para recompensá-lo no final. Isto segue o versículo “quem o Senhor ama, Ele corrige”, e também, “o justo começa com o sofrimento, já que o Criador deseja, no final, dar-lhe uma grande paz”.

No entanto, a pessoa não deixa de dizer que tudo isso chegou até ela por um destino cego e pela natureza, sem qualquer motivo e consideração. Ao contrário, ela reforça a crença de que o Criador, com Sua Orientação, lhe causou tudo isso. No entanto, isso é considerado ver as costas do Criador.

Esta é a ocultação simples, o estado em que se encontra uma pessoa que está no processo de avanço espiritual. Ela ainda não alcançou a revelação, mas sente certo processo e atribui seus problemas ao Criador.

O problema é que ela não pode justificar o Criador e a sensação de sofrimento é a indicação para isso. Por um lado, se a pessoa pudesse justificar o Criador, ela não sentiria sofrimento. Por outro lado, é impossível sentir dor e ser grato por isso. Se você sofre, isso significa que você se sente mal. No nosso mundo é possível sentir uma coisa e dizer outra, mas na espiritualidade não existe tal coisa: o que você sente é o que você “diz”. Se você sofre internamente, nenhum gesto teatral ou sorriso externo irá ajudá-lo.

É por isso que eu me sinto mal e este estado é chamado de ocultação simples. Então, o que me conecta ao Criador? Um sentimento confuso de que é Ele agindo por trás de tudo isso. Não é claro, porque isso seria negar o sentimento ruim. Se o Criador é revelado, eu recebo prazer, e se ele está oculto, recebo sofrimento. Mas neste caso, o sofrimento não é tão grande que possa me separar do Criador e eu posso justificar isso.

Nosso vaso é dividido em duas partes: GE e AHP. Como consequência, nós somos afetados por dois tipos de Luzes: Hassadim e Hochma. Ocorre que eu ainda posso justificar o Criador, embora eu sinta que Ele não me trata bem. Eu atribuo este sentimento à conta dos pecados anteriores ou à conta da recompensa futura, e assim, por enquanto, eu aceito o sofrimento.

Há todo um conjunto de relações mútuas ocultas aqui. O bom parece ruim e eu acho que mereço isso por causa dos meus pecados anteriores, ou que vou receber uma recompensa futura por esses sofrimentos. Na minha mente eu justifico o Criador tanto quanto puder, e apesar de eu sofrer, eu ainda reconheço que isso vem Dele e não de algum fator externo. Não importa quem me obstrui, eu descrevo o Criador por trás dele.

Este é um nível bastante elevado e se a pessoa se agarra a ele, ele se torna um trampolim para algo muito maior. Eu gostaria que pudéssemos permanecer para sempre neste estado ao perceber que tudo, tanto o bem quanto o mal, vem do Criador, e que não há outro além dele; que nenhuma força estranha nos controla, nem a fé cega. Sua Providência pode parecer ruim, mas eu a justifico com os meus pecados anteriores ou a recompensa futura. O Criador é como um bom pai que ensina e me eleva corretamente.

Por outro lado, a ocultação também existe aqui, já que eu espero alguma recompensa pelo meu sofrimento: a de que ele vai me separar dos meus pecados anteriores ou que vai me ajudar a adquirir o prazer futuro. O Criador não precisa realmente destes sofrimentos, não como uma forma de expiar meus pecados e nem como uma recompensa por minhas boas ações.

Ainda assim, neste estado a pessoa quer chegar à doação, aprecia-la, e se mantém na direção certa para ela. Ao mesmo tempo, duas forças agem sobre ela: A ocultação que decorre de seus desejos não corrigidos e alguma iluminação por se aderir à parte de trás da Luz.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/10/12, Escritos do Baal HaSulam

A UE Se Prepara Para A Guerra

Dr. Michael LaitmanNas notícias (do Conselho da União Europeia): “A União Europeia (UE) vai lançar na próxima semana o seu sétimo Exercício de Gestão de Crise. O ML 12 será organizado pelo Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), de 1º a 26 de Outubro, sob as disposições do Tratado de Lisboa. Ele vai envolver pela primeira vez as diferentes camadas de resposta e gestão de crises da UE, desde o nível político-estratégico até o nível operacional.

“O ML 12 visa exercitar e avaliar a resposta à crise e estruturas de gestão da Política Externa e de Segurança Comum (PESC)/Segurança Comum e Política de Defesa (PESD) e sua interação com o leque de mecanismos comunitários de resposta à crise da UE. ….

“O cenário do exercício se concentra na deterioração da segurança e da situação humanitária numa região fictícia envolvendo 11 países, e onde os estados da ‘Nusia’ e ‘Recuria’ enfrentam o desafio da transição pós-conflito, bem como questões como a delimitação de fronteiras, segurança da infraestrutura pública, minas terrestres e pirataria marítima. A meta do ML 12 é exercitar o sistema de resposta à crise da UE numa situação de crise fictícia requerendo uma operação militar e uma missão civil no âmbito da PESD, bem como sua interação com outras respostas à crise e estruturas de gestão da UE”.

Meu Comentário: É assim que nós, em nossa época esclarecida, depois de tanto sofrimento, deliberadamente nos acostumamos com a ideia da inevitabilidade de uma guerra!

O Ponto De Escolha Entre Dois Abismos

Dr. Michael LaitmanRabash, “Associação da Misericórdia com o Julgamento”: …quando há a Providência aberta, não há espaço para a escolha. Por esta razão, o Superior elevou Malchut, que é Midat ​​Ha Din (a qualidade de julgamento) para Eynaim (olhos). Isto criou uma ocultação, ou seja, tornou-se evidente para o inferior que há uma deficiência no Superior.

Por um lado, o Superior está elevado, e, por outro lado, o inferior não O acha atraente; há algo repulsivo. Por um lado, uma centelha no desejo (o ponto no coração) está ansiosa para alcançar a espiritualidade. Além disso, o mundo externo nos pressiona e inventa inúmeras circunstâncias negativas; ele não promete nenhum prazer, exceto os que podemos receber no futuro. Por outro lado, nós temos que nos comprometer, já que vemos claramente uma deficiência no superior.

Que tipo de deficiência é essa? O superior não é tão brilhante, atraente ou bonito como pensávamos.

Nesse estado, as qualidades do Superior são colocadas com as do inferior, isto é, elas são deficientes. Segue-se que estes Kelim (vasos) são iguais aos inferiores: como não há nenhuma sustentação para o inferior, não há nenhuma sustentação para as qualidades Superiores.

Aqui estão as sensações que o inferior atravessa: no começo, eu realmente aspirava pela próxima fase, corria até ela mais e mais, e daí eu descobri qual o significado do meu próximo passo. Ele acabou por ser a unidade com os amigos e o amor por eles. Acontece que eu tenho que sentir todos eles como um coração; eu também tenho que desistir de um monte de coisas; além disso, eu deveria estar aplicando muitos esforços e ser feliz com o que faço. E eu não me sinto feliz…

O lugar entre as duas lacunas é, de fato, o ponto de escolha. Cada dia, cada um de nós sente um número infinito destes pontos. Se por um acaso nós os apertássemos e escolhêssemos o caminho certo, ou pelo menos tentássemos fazê-lo, então poderíamos descobrir o superior dentro do menor tempo possível. Nós nunca devemos perdê-los! Ainda que, quando esses momentos acontecem, não sentimos necessidade de nada; nós simplesmente nos rendemos às nossas sensações e continuamos a viver nossas vidas miseráveis.

Ao analisar o nosso próximo estado, mais elevado e mais avançado, nós descobrimos que ele é cheio de preocupações e traz muitos problemas ao nosso egoísmo atual. A pessoa tem que amar seus amigos, servi-los, pensar neles, e cuidar bem deles, tratá-los melhor do que si mesma.

“Quem precisa disso? Será que nós somos capazes deste tipo de comportamento?”. Isso não significa que sentimos uma deficiência no superior ou que não encontramos energia suficiente ou sustento de vida Nele? Às vezes, por um par de minutos, nós sentimos uma sensação agradável, uma inspiração; no entanto, como regra, é o contrário.

Isso é chamado de descida: a pessoa não sente vida no superior, nem a encontra no estado de doação, amor, ou unidade. Ela não tem desejo de se corrigir.

Nesse estado, há espaço para a escolha.

Este é exatamente o estado que nos oferece uma escolha. É um momento muito importante de auto-reconhecimento: eu não quero nada, não tenho necessidades, estou ficando fraco, e estou pronto para me render a menos que o estado em que estou se modifique sem a minha participação. Não há nada que me atraia, nem na vida material, nem na vida espiritual: eu me sinto sem esperança em ambos os mundos.

…o inferior deve dizer que toda essa ocultação que sente é porque o Superior restringiu-Se a favor do inferior. Isso é chamado de “quando Israel está no exílio, a Divindade está com eles”.

Em tais casos, nós devemos chegar a um entendimento de que o superior deliberadamente “joga” o jogo conosco. Ele não pode fazer o contrário; Ele não pode abraçar e me elevar como se eu fosse um balão. Se ele fizesse isso, eu nunca iria conseguir nada e continuaria a ser um bebê nas mãos do adulto para sempre. É claro, um bebê se sente bem e seguro; ele pode até jogar (brincar) na altura a que é elevado, mas ele não cresce.

O inferior só cresce se ele se esforça para chegar ao superior. A pessoa não pode sobreviver sem esforços pessoais. O superior não deve elevar o inferior se este último não participa no processo. Caso contrário, o superior simplesmente iria “destruir” o inferior por não deixá-lo crescer e avançar. É semelhante a uma situação em que os pais fazem a lição de casa para o seu filho.

Portanto, nós temos que perceber que o superior nos ajuda simplesmente a cada instante. Não deve haver nem mesmo um segundo de espera para que algo aconteça em Seu nome visto que Ele nunca hesita. Do ponto de vista do superior, nós estamos sempre no estado ideal para o nosso maior avanço. Nós devemos continuar prestando atenção aos vários sinais pelos quais Ele se dirige a nós através de Sua descida intencional até o nosso estado atual.

…qualquer sabor que a pessoa prova, ela diz que não é sua culpa não provar a vivacidade, mas que na sua opinião não há realmente nenhuma vida no Superior.

No entanto, a pessoa precisa entender claramente o que está acontecendo.

E se a pessoa se torna mais forte e diz que o gosto amargo que encontra nestes alimentos é só porque ela não tem os vasos adequados para receber a abundância, porque seus vasos são para a recepção e não para doação, e lamenta que o Superior tenha que Se Ocultar…

Portanto, os nossos vasos (desejos) são corruptos. Na verdade, se o superior descesse até nós, nós sentiríamos o Infinito, já que cada um dos nossos próximos passos é o mundo do Infinito para nós. É por isso que ele ainda não foi revelado para nós: nós não o reconhecemos em nossos vasos. Nós o percebemos somente dentro de uma faixa muito estreita, enquanto que há algo enorme e multifacetado diante de nós. Nós simplesmente não vemos o nível superior; ele abrange tudo, de um horizonte ao outro, e não há limites que definam o espaço para nós.

Como resultado, o superior desce até nós sob a forma de mundo corrupto, deprimido, e inseguro. Além disso, nós nos aproximamos de estados e sensações que serão ainda mais devastadores para nós. O superior se abaixa para nós, a fim de nos deixar senti-Lo. Quanto mais baixo Ele estiver, pior nós e o mundo em torno de nós vai parecer aos nossos olhos, uma vez que as nossas propriedades são às Suas.

Essa é a razão pela qual nós estamos atualmente atravessando uma crise; o superior se aproxima de nós, fazendo-nos inconscientemente sentir a diferença entre Ele e nós. A “crise” é uma lacuna entre o nosso estado atual e o estado do superior. Nós temos que entrar em equilíbrio e ficar em harmonia com Ele, e isso exige educação integral, que vai nos ajudar a compreendê-Lo melhor.

Em geral, este é um ponto de livre-arbítrio. Nós temos que perceber que cada coisa que sentimos como sendo menos que o Infinito é um estado que foi formado especificamente para nós pelo superior, a fim de nos dar a chance de escolher.

Isso significa que devemos ficar tristes não pelo fato de que o mundo em que vivemos é ruim e que somos miseráveis ​​aqui, mas sim pelo fato de que o superior teve que se rebaixar até nós, diminuir a Si mesmo e apresentar-Se como sendo menor do que Ele realmente é, e que Ele mesmo teve que parecer desagradável e mal aos nossos olhos.

…isso permite que ao inferior caluniar; isso é considerado MAN que o inferior eleva.

Por um lado, nós percebemos que o superior está baixo; além disso, o nível mais elevado ainda não nos parece atraente. Por outro lado, nós reconhecemos que ele só parece assim para nós em nossas sensações. Se nós percebêssemos o mundo através dos verdadeiros vasos, consideraríamos o superior como o Infinito dentro de nós. Esta discrepância é a principal diferença entre este reino e o mundo do Infinito.

Então, neste momento nós elevamos MAN: nosso pedido para sermos corrigidos. Nós procuramos possibilidades para justificá-Lo, nada além da validação Dele. Deixe nossos estados permanecerem iguais; perita que eles não nos tragam mais qualquer sensação agradável: tudo o que precisamos é justificar Suas ações e agradecê-Lo por agir assim. Consequentemente, nós não pedimos pelo nosso próprio bem, mas pelo bem do superior. Nós pedimos poder e entendimento, mas não pedimos sensações; devemos nos preocupar somente com a justificativa Dele, não importa que continuemos nos sentindo mal. Se nossas sensações melhoram, nós O louvamos egoisticamente. Não, não é isso que precisamos. Pelo contrário, nós queremos que nossas sensações permaneçam iguais, mas que a nossa compreensão e percepção sejam alteradas. Assim, nós crescemos.

Nós somos formados de duas partes: o intelecto e as emoções, aspirações e desejos. Nós avançamos com os dois, do mesmo modo que usamos as duas pernas numa caminhada. Digamos que eu quero ficar nas minhas sensações atuais, e ao me “inclinar” sobre esta “perna” eu dou um passo à frente com a outra “perna”, isto é, eu paro de ser cego, vejo o meu estado atual, e o justifico; ou digamos que eu quero expandir o meu cérebro: se as minhas sensações permanecem intactas, eu realmente avanço, já que justifico meu estado emocional, embora continue sofrendo, mas percebo que cresço devido à minha aflição. Eu não estou esgotado ou sou subornado por uma sensação boa.

Mais tarde, quando nossas mentes se expandirem, vamos apoiar o nosso novo intelecto, e se ele permanecer o mesmo, vamos subir ao próximo nível das sensações. Além disso, nossas emoções não vão ofuscar o intelecto, como acontece quando os prazeres nos forçam a perder a cabeça.

É o contrário; nós damos um passo com uma “perna”, apoiando-se ao mesmo tempo na outra “perna”: quando corrigimos nossas emoções, nosso intelecto se eleva; quando fixamos a mente, nossas sensações sobem. Consequentemente, nós passamos por infinitas mudanças em nossas mentes e sensações.

Da Convenção de União no Norte 20/09/12, Lição 2

Vamos Ao Faraó

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que eu não consigo me lembrar do Criador sempre?

Resposta: Você não se lembra do Criador porque você não precisa Dele. Quando você precisa de alguém, você fica pensando nele. Nosso ego faz isso facilmente.

Pergunta: Até que ponto ele deve me quebrar para me fazer realmente lembrar do Criador? Não importa o que eu faça, nada ajuda.

Resposta: Isso não é verdade. Há sempre uma chance de somar esforços para unir ou para cuidar dos amigos no grupo. Eu estou falando de esforços internos aqui, que não dependem do quanto a pessoa está ocupada, ou quanta energia física ela tem. Aqui está uma sensibilidade: nós precisamos constantemente tentar não nos distanciar dos amigos, mantendo-os em mente e revelando o nosso próprio futuro através deles.

Pergunta: No Congresso nós tivemos um ambiente propício para o nosso trabalho interno. Nós recebemos uma prova de Cima e agora tudo o que nos resta é imprimi-la em nossas mentes.

Resposta: Não basta despertá-lo?

Pergunta: Não, uma vez que sucumbimos aos nossos desejos.

Resposta: É mesmo? Agora, você ainda se lembra do estado em que se encontrava e fica um pouco triste que ele se foi. Portanto, você pode realizar certas medidas? Você não pode obrigar os outros a entrar numa união e começar a garantia mútua?

O que vai acontecer se você não fizer isso? Você deve tentar. Então, você vai ver que é impotente e vai perceber que você precisa que o Criador seja seu parceiro.

Exija! Foi só depois que Moisés chegou ao fundo que o Criador lhe disse: “Vamos ao Faraó”.

Moisés cresceu na casa do Faraó, foi criado lá, ele era um príncipe amado; ele foi muito bem sucedido através de seu forte egoísmo.

Agora, ele quer algo oposto ao egoísmo. Ele age como se nem conhecesse o seu avô e se aproxima dele como se fossem completos estranhos, “Nós não temos nada em comum. Você é o Faraó, e eu respeito você como Faraó, não como meu avô”.

Pergunta: Mas o desejo rejeita tal abordagem. Mesmo que nós percebamos que precisamos de um terceiro fator, o desejo não vai nos deixar recorrer a ele.

Resposta: Faça mais alguns esforços e você vai descobrir que realmente precisa do Criador. Neste ponto, você não sente necessidade Dele; você não acredita que Ele seja capaz de ajudá-lo, que Ele exista e governe tudo que existe, que Ele organiza tudo em sua vida, que Ele endureceu o coração de Faraó. Você não conectar um com o outro.

Pergunta: Como podemos preencher esta lacuna quando a nossa mente entende, mas o nosso desejo ainda se esforça por algo completamente diferente?

Resposta: Somente a sua experiência com este trabalho, com persistência e consistência, vai te ajudar. Se você está desesperado, está pronto para começar; se você pode se dar ao luxo de sentar e não fazer nada, principalmente em sua mente e coração por sua vez, peça ajuda aos seus amigos. Encontre alguém que ainda esteja vivo e quente, aqueles que estão prontos para vir para o resgate. Procure o seu ponto de orientação, Moisés, que está conectado ao Criador.

Nada pode ser feito; é impossível ir contra os desejos. No entanto, nós temos que mobilizar tal força e meios que pareçam apoiar o desejo, mas na maneira de se transformar em seu oposto.

Pergunta: Como nós podemos fazer isso? Teoricamente, é muito claro, mas e na realidade?

Resposta: Não há clareza suficiente. Nós temos que continuar trabalhando para destruir o nosso desejo, para quebrar o desejo. Por que desejaríamos querer quebrar uma parede? Quando você bater contra a parede, de repente você vai se tornar mais inteligente, e vai entender como se aproximar do Criador e pedir-Lhe para ajudá-lo.

Tenha certeza de que Ele irá destruir a resistência, embora, neste momento, você não esteja se referindo a Ele, nem entende o quanto isso é importante, mesmo que você aplique certos esforços para se unir com seus amigos. Até agora, as perdas não são grandes o suficiente para fazer você gritar para Ele.

Em vez disso, você se afasta, como se você tivesse investido mal cem dólares, e embora não esteja feliz com sua perda, você ainda está pronto para perder esse dinheiro. Como você se sentiria se tivesse investido tudo o que tem, todos os seus bens? Então, você não seria capaz de voltar atrás e faria tudo em seu poder para recuperar o sucesso.

Não se trata de quantidade, mas de qualidade. De repente, depois de ter batido nos corações de seus amigos e fazer todo o esforço possível para se conectar a eles, você descobre que não pode continuar seus esforços por mais tempo. Ainda assim, você avança cada vez mais, e quando isso fica realmente irritante, neste ponto você revela o Criador: “Agora eu exijo que Ele nos conecte. Eu já sinto todo o sistema e a inclinação ao mal, o ódio mútuo. Eu quero revelar o Criador lá. Eu posso vê-Lo; ele organiza tudo, é Ele que, deliberadamente, endureceu o coração do Faraó. Agora eu vou obrigá-Lo a agir”.

Mesmo que você tenha entendido o que eu disse, você ainda não será capaz de obrigá-Lo imediatamente. É essencial que você alinhe seus desejos e intenções numa ordem mais ou menos correta. O Criador lhe deseja o bem, não é? No entanto, Ele precisa de um vaso completo cheio de desejos corrigidos.

Pergunta: Será que isso significa que eu tenho que continuar batendo no mesmo ponto uma e outra vez?

Resposta: Não é assim tão simples. O ponto que você está perseguindo varia constantemente. Cada vez ele é um pouco diferente, mais profundo, mais interconectado com todos os outros pontos. Afinal, você está constantemente avançando.

Pergunta: O que eu faço com o dano que causo aos meus amigos, enquanto eu busco o meu caminho?

Resposta: Você só causa o bem a eles, uma vez que tenta adicionar algo que está acima de seus desejos à unidade. Portanto, por que você chama isso de mal?

Pergunta: É porque, em meus pensamentos, eu não cuido dos meus amigos de forma contínua ao longo do dia.

Resposta: Isso acontece dessa forma porque o Criador intencionalmente coloca todos os tipos de obstáculos em seu caminho. É Ele quem endurece o seu coração, o coração do Faraó, embora você ainda se esforce acima dele, como Moisés, que não concorda com o Faraó. É o seu esforço, enquanto que o endurecimento do coração do grupo vem do Criador. Então, por que você está triste? Está tudo bem!

Pergunta: Eu sei que tenho que dar aos meus amigos muito mais, mas não consigo.

Resposta: Tudo – incluindo o Faraó (a má inclinação), o ódio entre amigos, e o grupo com o potencial de amar no futuro – é o Criador. Ele se apresenta em diversas formas para atrair e fazer você se conectar a Ele.

Da 4ª parte da Lição Diária da Cabalá 25/09/12, “Matan Torá (A Entrega da Torá)”

Um Presente Do Criador Na Forma De Obstáculos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como devemos perceber os obstáculos corretamente, a fim de fortalecer nossa conexão e manter este estado, apesar deles?

Resposta: Nós precisamos superar os obstáculos. Sem dúvida, haverá problemas e também obstáculos, mas isso depende de como olhamos para eles. Se você está pronto para eles antes e compreende que ao transcendê-los você realmente sobe, então você não os cria de propósito, mas os aceita preparado e prepara o grupo, o ambiente, para eles com antecedência.

Eu me lembro como eu me preparei para uma operação. Eles não prometeram resultados positivos, mas eu fui para a operação com paz interior, como se eu me estudasse de cima. É muito interessante. Tudo depende de como você se prepara para os obstáculos. Depois de tudo, eles lhe dão uma subida, e sem eles não seríamos capazes de subir.

O que é um obstáculo? É aquela mesma força egoísta que constantemente me empurra para frente. Aqui, o Criador decide ajudá-lo. Ele pega de volta este ego e você fica completamente sem energia. Não há nada a fazer agora, para onde ir, nada é atraente, não há motivação para nada. Seria bom se fosse possível ir dormir e não acordar. Mas não, isso não é uma opção.

É uma sensação de completa impotência, e não apenas desamparo, mas uma completa falta de desejo, vazio interior, e é dado a você apenas para preencher o vazio com a força do altruísmo e não do egoísmo. A força que motiva você a avançar é tomada de você de propósito: assim você recebe um presente.

Agora o grupo precisa para lhe dar algum tipo de empurrão para frente, pelo menos um pouco, e daí você vai para frente. Isso significa que você precisa trabalhar com o grupo antes, ajudar, investir nele como num banco, e então, quando você não tiver força, você poderá tomar dele e avançar.

Da Lição Virtual sobre Fundamentos da Cabalá 23/09/12