Um Pedido Que Abre Os Portões

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu faço para me esforçar ao máximo para me despertar?

Resposta: O superior nos desperta desde o início. Como se diz: “Eu sou o primeiro”. Este primeiro despertar é dado à pessoa antes que ela comece a ansiar pela espiritualidade. Caso contrário, ela não teria tido tais pensamentos desde o início e isso não tocaria o seu coração.

Tudo começa a partir de um despertar do Alto, chamado de “Reshimo” (reminiscência, gene informativo) – uma razão, a influência dos amigos, um desejo que de repente é evocado, uma canção – é assim que eu sou acordado.

O despertar sempre vem do superior, mas geralmente de forma oculta, sem uma conexão com ele. É como se eu acordasse por acaso, de repente. O superior se oculta de propósito, para não roubar o “livre arbítrio” de mim. A questão é como eu vou trabalhar com esse despertar, como vou responder a ele?

Em primeiro lugar, eu entendo que recebi o despertar do superior e agradeço por Ele me despertar? Além disso, eu tenho que esclarecer para que exatamente eu despertei? Que opções eu tenho?

Este é o esclarecimento da questão sobre o significado da vida, que agora eu tenho que me perguntar: “Qual é a questão da minha vida? Por que eu deveria continuar vivendo?”, ou seja, o que é que o meu ego, meu desejo, visam? Pra que estou vivendo?

Eu começo a esclarecer o objetivo da minha vida de uma forma mais precisa, classificando os desejos, até encontrar o desejo mais útil pelo qual realmente compense viver. Suponha que eu tivesse um último minuto para viver, e tivesse a chance de pedir uma única coisa, o que eu pediria, neste último minuto?

Eu tenho que esclarecer que a coisa mais importante para mim é o que eu devo pedir. Ao nos aprofundarmos neste esclarecimento, vemos que só podemos fazê-lo num grupo. Afinal, ele é o padrão do mundo superior, como se o mundo superior descesse em nosso mundo.

Por um lado, as relações entre os amigos são egoístas e elas esclarecem este mundo para nós. No entanto, ao mesmo tempo, nós temos um ponto no coração, que nos permite construir uma camada de relações superiores, chamado de outro mundo, o mundo superior.

Então, nós seremos capazes de trabalhar em dois planos: suprimir a camada inferior, egoísta, tanto quanto pudermos, tentando construir outra camada acima dela, um novo nível de relações baseadas no amor, preocupação mútua, garantia mútua e conexão.

O grupo nos permite construir o modelo das relações superiores. Ele nos proporciona muitas oportunidades para trabalharmos mutuamente em nossa inveja, cobiça, ódio e amor. Graças a isso, nós entendemos por que nos comportamos de uma maneira e não de forma diferente, e começamos a entender nossos estados. Assim, rapidamente esclarecemos o nosso único pedido correto.

Nós examinamos os outros pedidos e vemos que todos são triviais e temporários e assim nos afastamos deles. Diz-se: “Todos os portões estão trancadas, exceto o portão das lágrimas”, ou seja, exceto a última porta onde exigimos a adesão de acordo com a equivalência de forma. Afinal, nós fizemos tudo o que podíamos, tentamos realizá-la e vimos que não podemos. Nós não descansamos, mas sim exigimos e pedimos, e, assim, alcançamos o que desejamos.

Esta preparação inclui diversas fases: a sensação de exílio, o domínio do Faraó, e em seguida, a luta contra ele, até que conseguimos escapar e chegar ao nascimento espiritual.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalpa 19/09/12, Escritos do Rabash