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E O Segredo Será Descoberto

Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu não consigo entender o significado da criação e da existência do nosso mundo. Este é um erro da criatura ou desígnio do Criador? Quem é o culpado por este mal-entendido?

Resposta: Ninguém tem culpa aqui. Nós estamos em um estado onde em vez do mundo do Infinito, imenso e perfeito, nós vemos o nosso mundo e a nós mesmos como imperfeitos. Então, vamos nos esforçar para ver tudo à luz da doação e não à luz da recepção. Então, veremos que, na realidade, estamos completamente corrigidos, em uma ampla e perfeita esfera preenchida com a Luz, o Criador.

Não havia mais nada. Foi apenas um mal-entendido de onde nós existíamos. Agora, nós existimos neste reino bonito, assim como no início. Então, vamos nos esforçar para tornar isto uma realidade.

Da série Lição Virtual aos Domingos 10/07/11

Torne A Vida Um Sucesso

Dr. Michael LaitmanPergunta: É possível prolongar a nossa existência corpórea neste mundo ao atingir a espiritualidade? Será que uma afeta a outra?

Resposta: A pessoa precisa aspirar a completar o seu caminho espiritual nesta vida corpórea. Atingir este estado significa que sua vida realmente foi um sucesso. Isso depende dela.

O número de anos de sua existência não depende dela. Preencher sua existência com correções sim. Independentemente disso, o caminho corporal da pessoa deve ser tal que permita que ela alcance a sua correção ao longo destes anos. Esta oportunidade é dada. O resto depende da pessoa.

Da série Lição Virtual aos Domingos 10/07/11

A Escada Das Propriedades

Dr. Michael LaitmanO Livro do Zohar, Capítulo “Truma (Doação)”, Ítem 503: “Você deve fazer uma mesa”. Uma mesa fica dentro do tabernáculo com a alta bênção sobre ela, e comida para o mundo inteiro vindo dela. Esta mesa não pode estar vazia nem um minuto sequer; em vez disso, a comida deve estar sobre ela porque não há bênção num local vazio. Por esta razão, deve haver sempre pão sobre ela de forma que a alta bênção esteja sempre nela. Dessa mesa partem a bênção e a comida para todas as mesas do mundo, que são abençoadas graças a ela.

A chave durante a leitura de O Livro do Zohar é organizar o sistema de valores dentro de si mesmo de forma que a cada palavra a pessoa se mova ao longo da escada de propriedades e das definições interiores, percebendo que tudo existe dentro do seu desejo. Este desejo tem sombras múltiplas, e dentro delas a pessoa tem de tentar perceber o material de estudo. Então, como resultado destes esforços, a Luz Circundante virá até ela.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/7/11, O Zohar

Um Novo Livro Em Sueco

A New Book in SwedishMeu novo livro de Cabalá está sendo publicado na Suécia. É a tradução do meu livro A Busca Espiritual, publicado originalmente em russo.

Os Problemas Globais Da Humanidade

Opinião: (M. Delyagin, Director de Pesquisa do Instituto de Estudos da Globalização (IPROG), kapital-rus.ru): A crise financeira mundial é uma mera manifestação exterior da transformação integral da humanidade em direcção a uma estrutura radicalmente nova da sociedade humana.

As tecnologias de processamento da informação despertaram um pequeno grupo elitista de gestores. Consequentemente, 70% da população é desnecessária e têm de ser utilizada, ora física ora socialmente. A comunicação global criou o negócio mais rentável: dar forma à opinião pública. Isto muda qualitativamente o carácter do desenvolvimento humano: enquanto que anteriormente, ao longo do curso inteiro da história humana, a humanidade cresceu ao transformar o ambiente natural, hoje começa a sentir a necessidade de se mudar a si mesma de forma a sobreviver.

Assim, todas as ciências anteriormente desenvolvidas existentes até aos nossos dias não só serão incapazes de nos assistir na nossa evolução posterior, mas irão antes impedi-la, no que concerne à humanidade inteira. De facto, hoje não é o mundo que precisa de mudança mas o próprio homem, o que significa a rejeição da ciência e da revolução técnica.

Comunicações simplificadas desgastam o sistema de governo. A sociedade civil mundial é chamada para restringir os governos mundiais. A publicidade global impôs na humanidade o desejo de lutar por altos níveis de consumo, que resultam em tensão, terror e migração.

A profundidade da crise financeira mundial é subestimada devido à falta de entendimento de que o antigo paradigma da evolução global acabou. Um sistema financeiro mundial qualitativamente novo é necessário. A integração da humanidade ultrapassou a capacidade de a controlar e exige dar um passo atrás e restaurar a sua governabilidade ao simplificar o processo do seu desenvolvimento.

Somos convocados para a revolução intelectual, para formar um novo tipo de consciência, que levará a humanidade para fora do impasse não extinguindo a sua parte, mas antes facilitando o progresso colectivo.

Na nova era do desenvolvimento humano é necessário fazer o seguinte:

  1. Compreender a essência da nova etapa da evolução humana;
  2. Definir o modelo de desenvolvimento humano que se aproxima;
  3. Identificar os maiores temas (desafios) que exigem uma solução, o que moldará o progresso da sociedade humana dentro dos parâmetros deste modelo;
  4. Trabalhar com linhas específicas de orientação e regras para organizações internacionais, governos e negócios;
  5. Formar e apontar a opinião pública e a da elite em direcção ao desenvolvimento humano harmónico nas novas definições evolucionárias.

Solução Da Crise Global: Mudar A Si Mesmo Para Ajustar-se Ao Mundo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu não entendo como é que o futuro difere do passado, tornando-nos incapazes de controlá-lo e encontrar uma solução para a crise e o curso correto de desenvolvimento?

Resposta: O homem sempre passou por mudanças (evoluiu egoisticamente), e com base nessas alterações, ele ajustava o ambiente “para servi-lo”. Mas hoje, ele parou de evoluir egoisticamente: o gradual desenvolvimento egoísta do homem terminou. Por isso, ele vai parar de corrigir o mundo a sua volta.

 Deste ponto em diante, o movimento será “inverso”. Atualmente, a natureza, o ambiente circundante, está mudando: ele se apresenta a nós como um sistema integral, global e nos obriga a nos ajustar a ele, para nos conectarmos com o mundo inteiro como sua parte integrante.

Em outras palavras, a fase em que nós entramos não é a da transformação involuntária do egoísmo humano, que ordena ao homem como modificar a natureza “para servi-lo”. Pelo contrário, é o homem que deve mudar para alinhar-se a uma nova situação onde a natureza muda “diante de seus olhos”. Este lê a mudança de paradigma: se antes nós não participávamos de nossas transformações internas e continuávamos alterando o ambiente para adequá-lo ao nosso egoísmo (nós o fazíamos servir às nossas necessidades), hoje é o mundo circundante que está transformando e forçando-nos a mudar para nos ajustar.

Este movimento é inverso: não do homem para o mundo circundante, mas do mundo circundante para o homem. Isto é, o mundo, o ambiente natural, ao se submeter à mudança, irá fazer com que todos e a humanidade inteira mudem adequadamente.

A humanidade terá de se adequar, ou seja, corrigir-se e estar em sintonia com a natureza. Isso nunca ocorreu antes. O homem nunca levou a natureza em consideração, mas a alterou: “Nosso objetivo é pegar tudo o que precisamos da natureza”, isto é, fazê-la servir ao nosso ego.

Agora, a humanidade terá que mudar, ao invés de mudar a natureza circundante. Assim, o homem deve começar a alcançar a natureza, “ver” primeiramente, e depois pensar como estar em harmonia com ela. A Natureza é, de fato, o Criador. Portanto, nós chegamos à necessidade de alcançar toda a natureza, ou seja, o Criador, através da correção de nós mesmos “para nos equivalermos” a Ele.

Este é o ponto sem volta que chamamos de “crise”. E nós não vamos sair dela até que entendamos o que significa este novo paradigma da nossa existência: não devemos mudar o mundo para que ele se adapte a nós, mas sim mudar a nós mesmos para nos ajustarmos ao mundo.

Se continuarmos tentando alterar a natureza para nos servir, nós iremos nos colocar em oposição a ela. No final, a natureza irá “nos subjugar”, impondo-nos terríveis sofrimentos.

Ter Medo De Trair O Seu Amor

Dr. Michael LaitmanTudo depende do desejo da criatura. Tudo ao nosso redor permanece em um estado invariável: estamos rodeados pela Luz do Infinito, o Criador, a natureza. Não importa saber como nós a chamamos; é a qualidade perfeita de doação e amor absoluto que reina o mundo e enche tudo consigo mesmo.

No entanto, não seremos capazes de revelar esta Luz superior, o Criador e Seu relacionamento conosco, sem ter as ferramentas certas, os desejos certos, os Kelim (vasos). É por isso que todo o método da ciência da Cabalá consiste em como fazer-te digno de sentir o Criador.

O Criador é sempre gentil e incorpora o bom, a doação e o amor. O maior prazer de todos é sentir seu amor para conosco. O único problema é que isso só pode ser sentido dentro dos desejos de doação, porque ao entrar em contato com os desejos egoístas, essa percepção desaparece imediatamente.

Assim, verifica-se que do meu lado, o único vaso capaz de revelar a relação do Criador para comigo é o temor (medo) de que eu não seja capaz de receber o Seu amor em relação a mim e responder a ele corretamente. Se Sua relação para comigo deve ser revelada, e este é o único prazer que realmente existe na natureza, então terei de estar pronto para recebê-la no vaso chamado “temor”. Tenho medo de usar esse amor para o meu próprio prazer, desfrutando egoisticamente; em vez disso, eu quero responder-Lhe com o mesmo tipo de atitude.

Isso é chamado de temor, porque eu devo temer o fato de que em um dado momento, a minha relação possa ser arruinada. Pode haver uma reviravolta e, em vez de pensar Nele, eu posso começar a pensar em mim.

No entanto, a minha capacidade de permanecer sempre tão amoroso para com Ele, como Ele é em relação a mim, depende da Sua influência sobre mim, ou seja, que a sensação ou não desse temor depende do Criador. Peço-Lhe para dar isso a mim; este temor é a minha principal preocupação. Assim que eu conseguir o temor certo, na forma correta, e for forte o suficiente, vou começar imediatamente a sentir a Sua relação para comigo.

É como se eu continuasse a aumentar a tensão em uma lâmpada até que ela finalmente se iluminasse! A partir desse momento, podemos vê-la brilhar. Da mesma forma, estamos em um oceano de amor e doação que vem do lado do Criador, e no instante em que a condição dentro de mim chamada de “temor” for implementada no nível certo, vou começar a revelar o amor do Criador dentro do meu temor.

As seguintes condições dependem inteiramente Dele:

1. A criação do vaso que assegura esse temor em mim. Caso contrário, eu não posso ter certeza de mim mesmo. Neste sentido, sou completamente dependente de Sua ajuda, chamada de Luz que Corrige;

2. O preenchimento (satisfação), a revelação de Seu amor para comigo, de tal forma que eu o aceito quando ele é revelado e eu me relaciono com ele corretamente. Eu não quero que esse amor estrague a minha resposta a Ele, para que eu de repente não caia no egoísmo.

Acontece que na construção do vaso (desejo), em seu preenchimento, e o resultado de seu preenchimento, eu dependo totalmente do Criador. A fim de alcançar a adesão com Ele, eu preciso do temor do qual meu vaso espiritual é construído, da recepção da Luz, e os resultados dessa recepção.

Se eu me preocupar com a implementação destas condições na forma correta, pertinente ao meu nível, vou chegar à adesão. Vou criar o vaso espiritual e receber  o seu preenchimento. É assim que alcanço a meta: a adesão com o Criador

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 06/07/11, Shamati # 38

O Ponto Central Do Universo

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, O Estudo das Dez Sefirot, Parte 1, “Tabela de Perguntas e Respostas para o Significado das Palavras“: Pergunta 39: O que é o ponto médio (Nekuda Emtzait)? Este é o nome de Behina Dalet (fase quatro) em Ein Sof (Infinito). Ela é nomeada após a unificação com Ohr Ein Sof (a Luz do Infinito).

Nós só começamos a perceber a nós mesmos, a nossa existência, depois de termos alcançado a quarta fase. Isto é porque nós só podemos sentir o nosso próprio ser em contraste com seu oposto: a raiz superior.

Este sentimento é revelado na ultima e quarta fase da fase quatro (Behina Dalet de Dalet). Isso ocorre porque a quarta fase é o desejo de desfrutar, o qual começa a conhecer a si mesmo. Todas as fases anteriores devem ser reveladas dentro dela.

As fases zero, um, dois e três são separadas desde a raiz e constroem-se dentro da quarta fase. A ultima (quarta) fase reúne a experiência de todas essas fases e revela a si mesma e seu relacionamento com Ele, isto é, atinge o que o superior está fazendo com ela, em relação às demais fases.

Esta fase quatro da quarta fase descobre-se como o desejo de desfrutar. Em sua parte superior, ela chega à compreensão e realização da raiz, enquanto que na parte inferior, a sua própria relação, a reação à revelação da relação do Criador com ela, já é aparente. Esta reação é o sentimento de vergonha que faz com que ela realize a primeira restrição (Tzimtzum Aleph).

Como está escrito, esta fase é chamada de ponto médio (Nekuda Emtzait) “depois de sua unificação com Ohr Ein Sof (a Luz do Infinito)”, ou seja, que toda a Luz do Infinito é revelada nela antes que ela sinta a vergonha e decida realizar a restrição.

Tudo isso está concentrado no interior da quarta fase (Dalet), no limite onde termina sua parte superior. Nesta parte, ela sente a atitude do Criador em relação a ela, e assim, une-se a Ele, o que significa que ela está incluída Nele e anula-se diante desta Luz, o amor do Criador.

Isso acontece exatamente no limite, após o qual a parte inferior e uma nova revelação começam. No estado de sua fusão com o Criador, onde ela alcança sua plena união com a Luz e a lealdade a Ele com toda a sua alma e coração, em virtude de sua natureza, no mais profundo dessa união, de repente ela descobre uma qualidade no Criador à qual ela não pode se conectar.

Isto é porque agora ela não está conectada ao próprio Criador, mas à satisfação que ela está recebendo Dele. É por isso que ela sente a sua conexão como imperfeita. Há mais uma qualidade no Criador, a qualidade daquele que dá, e ela não é capaz de se conectar a esta qualidade. É por isso que ela começa a sentir vergonha. No mais profundo de sua conexão e dependência Dele, do mesmo modo que um bebê depende completamente da alimentação da mãe, ela descobre que Ele é oposto a ela.

Isso desperta uma vergonha terrível dentro dela, porque ela está no interior do Criador, na mais estreita conexão com Ele. Este sentimento de vergonha constrói as quatro fases inversas, quando ela decide o que fazer com esta discrepância, e vem da raiz do sentimento de vergonha até a sua quarta fase, a decisão de restringir-se e não receber mais a Luz. Agora, ela começa a buscar como se misturar sob as condições de igualdade e semelhança de qualidades, e não se restringindo e tornando-se aquele que é só recebe.

Este é o ponto médio, aquele que estava completamente unido com o Criador, antes de começar a arder de vergonha, e onde todas as ações subseqüentes ocorreram.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/06/11, Talmud Eser Sefirot

Perguntas Frequentes Em Cabalá – Por Onde Começar

Laitman Unplugged – O Que É A Alma