Exercícios De Doação

Dr. Michael LaitmanEscritos do Rabash, “O Propósito da Sociedade”: Para alcançar a doação ao Criador, é necessário primeiro doar ao homem, o que é chamado amor ao próximo.

Nossa natureza é completamente oposta ao amor ao próximo. Eu amo somente a mim mesmo. Todos os meus cálculos, conscientes e inconscientes, são construídos exclusivamente em benefício próprio.

O jeito que eu me sento, o jeito que eu aparento, o jeito que eu penso, e o que vejo – tudo isso é canalizado através do filtro do meu egoísmo, deixando-me somente com as coisas que podem me beneficiar ou me colocar em perigo. Tudo tem que servir ao meu bem-estar pessoal. Essa é minha natureza.

Porém, eu tenho que alcançar a doação universal, o amor universal, a eterna força do Criador, a vida eterna. E para fazer isso, eu preciso fazer exercícios preliminares no grupo. Por isso Rabash continua:

O Amor ao próximo é possível somente quando você se rejeita.

Um vem no lugar do outro. Doação e recepção não podem viver juntas uma com a outra.

Eu tenho 613 desejos e, como um todo, meu desejo atua somente para seu próprio benefício. Essa é a situação no começo. Então, eu começo a eliminar “parte por parte”, começando com os desejos mais fáceis e progredindo para os mais difíceis.

Porém, eu tenho que alcançar a doação universal, o amor universal, a força eterna do Criador, a vida eterna. E para fazer isso, preciso fazer exercício preliminaresno grupo. É por isso que o Rabash continua:

É assim que eu me corrijo, passo a passo, e no lugar de parte do desejo egoísta, eu adquiro o desejo de doar. Nesse meio tempo, no resto dos meus desejos eu ainda permaneço na intenção “para meu próprio benefício”. É assim que eu corrijo partes de mim.

Porém, há uma condição: se eu corrigi pelo menos um dos meus desejos pela doação, então o resto não pode mais permanecer na intenção egoísta. Por isso eles têm que passar por uma restrição.

Eu tenho um grande vaso e, a princípio, ele é inteiramente dirigido ao autobenefício. Primeiramente, eu faço uma restrição e somente então sou capaz de transformar o primeiro, o menor desejo, em doação aos outros.

Assim, eu tenho um grande desejo. Eu faço a restrição nele e corto uma camada mais fina de mim mesmo. A partir desse pedaço, eu sou capaz de efetuar a doação. Enquanto isso, as restrições dominam todos os outros desejos. Então, eu corto uma segunda camada, depois uma terceira, e é assim que eu as corrijo uma após a outra.

Dois desejos não podem co-existir em uma pessoa: um dirigido para si mesma e um dirigido para a doação. Afinal, eles são opostos entre si. Para a pessoa ser capaz de adquirir até mesmo o menor desejo de doação, todos os outros desejos têm que ser restringidos.

Da 5a Lição da Convenção NÓS! 02/04/11