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Subindo Para Novos Patamares

Dr. Michael LaitmanCaros amigos!

Estamos todos bem cientes da síndrome pós-convenção da descida geral. Claro que nós também não vamos escapar dela desta vez, mas só se enfraquecermos a união que alcançamos durante a convenção!

Durante as lições, não hesite em fazer perguntas sobre a prevenção da descida: temos que transformar as descidas em uma subsequente subida! Por enquanto, eu recomendo que você estude as lições da convenção repetidamente.

Abraço a todos,
Rav

O Criador: A Testemunha Da Nossa União

Pergunta: Como eu posso saber que amo meu amigo?

Resposta: Isso acontece quando deixo de ver completamente o corpo dele e sinto que os nossos sentimentos (coração) e mentes estão unidos. No início, nós apenas imaginamos essa conexão em relação a nós mesmos, mas depois ela de fato ocorre para além dos corpos. Neste contexto, nós começamos a sentir a presença do Criador.

Um estado onde você consegue se unir com o amigo em mente e coração, e o Criador habita entre vocês, é chamado de amor pelo amigo. Uma condição não pode ser alcançada sem as outras: todos os três parâmetros devem estar unidos. O Criador se revela entre nós como testemunho de estarmos realmente conectados uns com os outros.

Ensinar Às Crianças A Percepção Da Realidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu disse ao meu filho de três anos de idade que tudo que nos rodeia existe dentro do homem. Ele me perguntou: “Será que existe dentro do meu corpo?”. Eu não sabia o que responder-lhe. Como podemos explicar isso para uma criança?

Resposta: É proibido falar sobre essas coisas com crianças pequenas. Podemos discutir a percepção correta da realidade com crianças de nove anos de idade, dando-lhes a informação em pequenas porções, já que a sua percepção interna e externa da realidade contradizem-se mutuamente.

Isso pode provocar um conflito na criança, já que o seu cérebro não está suficientemente desenvolvido e ainda não consegue perceber duas partes como sendo opostas e relacionadas entre si. Todas as outras coisas podem ser discutidas em idades mais jovens.

É aconselhável nos consultar sobre essas questões. Nós coletamos uma grande quantidade de material educativo de crianças; um grande departamento está trabalhando nisso. Duas vezes por semana eu dou palestras sobre educação, que fornecem respostas a tais perguntas.

Da Lição 2, Convenção NÓS! 02/04/11

Qual É A Minha Missão Na Vida?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu gostaria de agradecer a você por dedicar sua vida a esta ciência.

Resposta: Esta não foi a minha escolha. Assim como você, eu vim para a Cabalá porque me sentia insatisfeito com a vida e procurava pela coisa mais importante na vida.

No começo, eu esperava receber respostas às minhas perguntas na ciência, e só depois de inúmeras decepções e longas buscas é que vim para a Cabalá. E só tenho que agradecer ao Criador por tudo isso.

No entanto, Ele me fez de tal maneira que não me sentirei realizado até que as pessoas alcancem Sua revelação através de mim.

Da 2ª Lição da Convenção NÓS! 01/04/11

Tudo Depende Do Foco Correto

Dr. Michael LaitmanNós não percebemos que toda a nossa visão de mundo passa através do prisma da sociedade humana. A diferença entre o nível animal e o nosso nível humano reside precisamente no fato de que nós construímos um ambiente.

Nós costumávamos viver em bandos, como os animais. Mas depois começamos a organizar relações especiais entre nós, organizando as pessoas de acordo com uma hierarquia e distribuindo funções. O nosso desenvolvimento, portanto, assumiu um caráter social, mesmo que se desenrolasse de forma egoísta, natural e instintiva, por ordem da natureza. Ainda assim, fomos nos tornando humanos.

Nós não podemos sequer imaginar o que seria viver completamente sozinhos, sem nenhuma lembrança da sociedade humana. Nesta situação, a pessoa viveria por si mesma, no mesmo nível de um animal.

Com isso, fica claro que nós não percebemos a realidade como ela é, mas através do ambiente. A sociedade me criou, me dotou de hábitos e  modelos, ditando como olhar para o que está acontecendo, como avaliar as coisas, e como aceitar tudo o que vejo. Minha mente e sentimentos são programados de acordo com o sistema de valores que a sociedade me condicionou a ter ao longo dos primeiros 20 anos da minha vida. Eu não vejo o mundo como ele é, mas a imagem imposta a mim pela sociedade.

Da mesma forma, na sociedade espiritual temos que dar à pessoa a nossa visão de mundo, canalizada através do prisma do amor, da aspiração de doar aos outros, ao invés do benefício pessoal. A doação tem que adquirir maior importância aos olhos de cada pessoa.

Ao mesmo tempo, a visão de mundo de uma pessoa ainda será construída de acordo com o programa “instalado” nela pela sociedade. Isso é natural, pois é a única maneira dela poder olhar para o mundo. Uma pessoa por si mesma é apenas “um ponto de observação”, enquanto que a análise e a compreensão vêm das normas da sociedade, que lhe diz: isso é importante e isso não, isso significa uma coisa e aquilo significa outra coisa. É como se construíssemos uma matriz na frente da pessoa, através da qual ela vê a Luz superior. Caso contrário, seria impossível vê-la.

Por outro lado, agora nós vemos a Luz superior através da matriz da sociedade humana. Este é o nosso mundo.

Assim, temos que estar plenamente incluídos no grupo, usando os materiais do Baal HaSulam e Rabash. É assim que vamos construir uma nova visão de mundo dentro de nós. Isto é visto de forma muito clara quando se olha para os principiantes. Eles vêm para a aula ou palestra como se viessem de um outro mundo, mas aos poucos adotam uma direção um pouco diferente, uma perspectiva diferente, e valores diferentes. Aos poucos nos aproximamos deles e eles mudam seu ponto de vista, a “polarização” da imagem de sua percepção. No mesmo mundo, uma forma diferente de ser surge através deles.

Então, a palestra termina, a conexão comigo é cortada, e tudo desaparece. Da próxima vez, eles retornam novamente desfocados, com uma “resolução” distorcida. Em cada aula leva-se um tempo para concentrá-los novamente, para trazer os detalhes que se difundem aos seus olhos de volta para um só.

Eu sou incapaz de fazer isso o tempo todo. Vocês devem se concentrar em si mesmos, unindo-se, para que cada ação mútua os mantenha constantemente no foco espiritual. Isso deve se tornar um pouco mais focado e, em seguida, um pouco mais, como se você estivesse ajustando a resolução dos binóculos girando duas lentes para que elas se juntem na meta espiritual. Quando você conseguir isso, você irá imediatamente revelar o mundo espiritual.

Tudo é determinado pelo amor entre os amigos. Este é o “foco” que nos permite ver o Criador. Os amigos reúnem os meus sentimentos e mente em uma direção, para o amor ao próximo, e procuram que eu olhe somente para eles e que só pense em como ajudá-los. Eu me concentro constantemente nisto e, por meio do grupo, foco a minha atenção para a linha mais fina. É assim que eu revelo o Criador.

Da 5ª Lição da Convenção NÓS! 01/04/11, Propósito da Sociedade

O Que Faz Um Cabalista Sofrer

Dr. Michael LaitmanUm Cabalista sofre quando vê que o mundo fica para trás no avanço em direção à união, a revelação do Criador, e à vida perfeita. Nós somos capazes de fazê-lo, temos todas as condições para isso, mas ignoramos esta oportunidade e não a realizamos. Dessa forma, causamos vários problemas para nós mesmos e trazemos sofrimento ao Criador.

Um Cabalista é aquele que sofre mais, exatamente porque ele alcançou a revelação do Criador. Afinal de contas, em relação ao mundo, ele é como uma mãe em relação a seus filhos. O mundo inteiro são seus Kelim (vasos), partes de sua alma. Enquanto eles não estiverem corrigidos, o Cabalista sofre por eles mais do que as próprias vítimas.

Cada pessoa sente o seu egoísmo pessoal e sofre porque seu Kli (vaso, o desejo) está vazio. No entanto, um Cabalista inclui todos. Ele quer tratar a todos com amor e satisfazer cada um com bondade absoluta. No entanto, as pessoas não querem isso; elas não concordam nem um pouco em se unir e anular o seu egoísmo, a fim de criar um grande desejo (Kli) que possa ser preenchido com a Luz do Infinito.

Um Cabalista não pode corrigir o mundo; ele só pode sofrer por isso e esperar até que as pessoas expressem alguma disposição mínima de avançar. Certamente, a maior parte do tempo ele sente por seus alunos, já que o sofrimento deles é direcionado para o objetivo. Ele não pode avançá-los artificialmente, uma vez que irá prejudicá-los e impedir seu desenvolvimento. Portanto, ele fala com eles no nível correspondente ao deles.

Nós estudamos as fontes autênticas, e nossa conexão com elas determina o quanto podemos receber delas. É exatamente isso o que eu revelo, e não o que eu entendo no meu desejo. Eu trabalho com a necessidade coletiva que surge a fim de ser revelada a todos.

De Cabalá para Principiantes 13/12/10 , “Quem é o Cabalista”

Uma Caixa De Esmolas Para A Luz Superior

Dr. Michael LaitmanRabash, “Explicação do artigo, Prefácio à Sabedoria da Cabalá”: Uma vez o Baal HaSulam fez uma alegoria sobre esse assunto: Dois indivíduos que eram amigos de infância foram separados quando adultos. Um deles tornou-se rei, e o outro indigente. Depois de muitos anos, o indigente ouviu que seu amigo se tornara rei e decidiu ir ao país dele pedir ajuda. Ele arrumou seus poucos pertences e foi.

Quando se encontraram, ele disse ao rei que ele era pobre, e isso tocou o coração do rei. O rei disse ao amigo: “Vou dar-lhe uma carta para o meu tesoureiro, permitindo seu acesso ao tesouro por duas horas. Nestas duas horas, o que você conseguir juntar é seu. “O pobre homem foi até o tesoureiro, armado com sua carta, e recebeu a tão desejada licença. Ele caminhou até o tesouro com a caixa que estava acostumado a usar em  sua mendicância, e em cinco minutos encheu-a até a borda, saindo alegre do tesouro.

Mas, o tesoureiro pegou a caixa dele e derramou todo o seu conteúdo. Em seguida, o tesoureiro disse ao indigente, que estava em prantos: “Tome a sua caixa e encha-a novamente.”O pobre homem entrou novamente no tesouro e encheu sua caixa. Mas quando saiu, o tesoureiro derramou o seu conteúdo novamente.

Este ciclo se repetiu, até as duas horas acabarem completamente. A última vez que o mendigo saiu, disse ao tesoureiro: “Eu lhe imploro, deixe-me com o que eu juntei. Meu tempo acabou e não posso mais entrar no tesouro”. Então, o tesoureiro disse-lhe: “O conteúdo desta caixa é seu, e também tudo que eu derramei fora de sua caixa nas últimas duas horas. Fui derramando o seu dinheiro a cada vez, porque queria beneficiá-lo, pois a cada vez, você estava vindo com a sua pequena caixa cheia e não tinha espaço para mais nada”.

Nós somos incapazes de receber toda a Luz do Infinito ao mesmo tempo. Portanto, todo o nosso trabalho de recepção da Luz é dividido em várias fases e estados.

Além disso, todos os nossos estados passados, de ciclos de vida anteriores, se acumulam e se reunem em um estado comum, onde todos os desejos (Kelim) e todas as Luzes se unem até chegarmos ao estado da última correção (Gmar Tikun). Neste estado tudo se funde em um só, e Malchut do Infinito preenchida com a Luz eterna se revela novamente.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/12/10, “Explicação ao Artigo, Prefácio à Sabedoria da Cabalá”