O mundo da restrição é Malchut, que restringe-se e afirma: “Eu não quero mais receber; só quero doar. Eu ainda receberei, mas com a condição de que seja capaz de fazê-lo a fim de doar e tornar-me semelhante ao Criador, à Luz”. Este é o ultimato de Malchut, e nós não podemos deixar de concordar com isso se quisermos estar junto com o Criador, com a Luz Superior.

Neste momento, eu estou no estado onde quero receber o que o Criador está oferecendo: Dê-me, e quanto mais, melhor! Assim dita o meu egoísmo, o desejo de receber prazer. Mas eu não vejo o Criador, visto que Malchut do Mundo Infinito, o enorme desejo de receber, está entre nós. É por isso que eu não recebo nada, embora deseje muito tudo.

Somente se eu concordar em restringir-me e colocar uma parede diante de mim, de modo que eu não me incomode em saber quanta Luz está chegando até mim do Criador, e não receba nada para o meu benefício, dessa forma, eu começarei a sentir que alguém está diante de mim.

Se eu chegar ao estado em que além da Primeira Restrição (Tzimtzum Aleph, TA), eu também possua uma tela anti-egoísta, no valor de 10 onças, então o Criador revelará 10 onças de Si mesmo e me iluminará com “10 onças” da Luz chamada Nefesh. Se a minha tela (desejo de doar) aumenta para 1 libra (= 16 onças), então o Criador será revelado com “1 libra” da Luz chamada Ruach.

É assim que os níveis espirituais são medidos. Eu devo permanecer sempre sob a restrição e a tela, já que isso me faz semelhante ao Anfitrião.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabala 19/11/10, “Explicação do Artigo, ‘Prefácio à Sabedoria da Cabala’”

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Se a pessoa é preenchida com um grande prazer, então é como se ela se dissolvesse nele, sendo completamente dominada por ele, como um robô, disposta a fazer qualquer coisa que esse prazer lhe exija. E ela não pode fazer nada contra isso.

Cada pessoa tem um determinado limiar de tolerância ou um limite até onde consegue suportar o prazer ou tolerar o sofrimento. Uma vez que o prazer ou o sofrimento excedem esse limite, eles podem escravizá-la completamente. A pessoa só é capaz de se opor a eles dentro de uma faixa muito estreita de sensibilidade e, mesmo assim, ela só pode fazê-lo quando é capaz de proteger-se deles de alguma forma. Que proteção é essa? É quando ela entende que não deve ceder à tentação, tanto do lado bom quanto do ruim.

Caso contrário, o prazer e o sofrimento irão dominá-la completamente, porque a pessoa é criada a partir de um material cuja base é o desejo de aproveitar. Portanto, é óbvio que eles podem facilmente fazer qualquer coisa com ela.

Da Lição sobre o Shamati em 19/11/10

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Em nosso mundo, o meio ambiente influencia automaticamente uma semente que é colocada no solo e esta começa a crescer. É assim como todas as coisas nos níveis inanimado, vegetal, e animal da natureza interagem com o meio ambiente, não tendo liberdade de escolha.

No entanto, o nosso desenvolvimento espiritual não funciona da mesma maneira. Nós devemos despertar o ambiente de modo que ele nos influencie e, portanto, exista temperatura, umidade, minerais e luz solar adequados. Nós temos que criar essas condições por nós mesmos, e isso se chama elevar MAN. O nosso ambiente é o Criador. E se você pensa que é influenciado pelos amigos, o sol, a lua, ou por uma mudança repentina de humor, na verdade tudo isso é o Criador.

No interior existe o meu eu, o meu ponto no coração, e tudo o mais é o Criador, mesmo que Ele exista em torno de mim sob várias formas. No final do dia eu O desperto.

Podem os amigos realmente me influenciar, mesmo que eles gritem e exijam? Que força de influência eles têm? Afinal, eu tenho que receber a força da influência espiritual. Deste modo, o ambiente só se parece assim para mim, quando na realidade ele é o Criador. É assim que eu O desperto, O revelo e falo com Ele.

Portanto, se nós não despertarmos essa influência externa, como poderemos crescer? Nós somos incapazes de avançar por qualquer outro meio além do “despertar de baixo” (Itaruta De Letata). Primeiro, deve haver um MAN, um pedido ou uma exigência, vindo de nós. Está escrito: “A pessoa se esforça e encontra”. Se você não se esforçar, você não encontrará.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 23/11/10, “Corpo e Alma”

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Trechos de cartas onde as pessoas compartilham suas impressões da Convenção:

“Em nossa vida, há dois estados de existência totalmente isolados um do outro: um é o estado da convenção, que começa exatamente no momento em que a convenção anterior termina e a sua continuação. O outro é tudo o que acontece na vida.

Esta sensação foi registrada por um tempo, mas só agora todo mundo começou a falar sobre isso, e há uma necessidade de fazer algo sobre isso. O estado da convenção é um presente que recebemos do Alto; portanto, ao nos esforçarmos, nós devemos transferir este estado para outra parte da nossa vida?

Para que isso deixe de ser duas condições isoladas, e permitir que a intensidade da vida interior que experimentamos durante o encontro se manifeste durante o período entre as convenções, nós devemos trabalhar por conta própria, como um dever de casa, em vez de cair mais tarde em auto-piedade …”. 

“Agora, há uma confusão na minha cabeça; é assustador retornar à vida cotidiana, onde, em vez da simplicidade material e da realização espiritual, tudo se torna subitamente quebrado em vários pequenos mas agressivos problemas materiais, que atordoam a interioridade. A melhor coisa a fazer depois da convenção é começar a preparação para a próxima. Como você vê o nosso desenvolvimento em geral?”.

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A Aviut do Kli (vaso) é a falta de seu preenchimento, a Hissaron, fome ou apetite. Por outro lado, a Aviut da Luz é a realização da importância do Criador, a revelação da Sua grandeza.

A Luz desce e expande seu Kli, fazendo com que Aquele que Dá a Luz pareça grande aos seus olhos. É melhor avançar justamente em virtude dessa Aviut.

Suponha que alguém me convida para sua casa e quer me dar chá e biscoitos. Eu não vejo nada de especial nisso. No entanto, se eu, de repente, descobrisse que essa pessoa é muito importante e influente, a visita adquire um significado totalmente diferente para mim! O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Benjamin Disraeli, escreveu em suas memórias que a Rainha uma vez convidou-o para seu castelo para tomar chá. Antes disso, ele tinha conversado com ela várias vezes, mas esta “xícara de chá” significava muito mais para ele.

Em outras palavras, a pessoa sempre se impressiona mais com quem a recebe, do que com o que ela recebe. Ao louvar o Criador, você expande seus vasos espirituais. Você de aproxima Dele ao admitir Sua importância e grandeza. A iluminação que vem Dele aumenta aos seus olhos e isso cria Kelim (vasos) adicionais dentro de você.

Da Lição sobre o Shamati em 19/11/10

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Pergunta: Muitas vezes, eu escolho que o atributo da misericórdia governe sobre mim, mas eu continuo caindo de volta na qualidade de julgamento. Eu estou doente e cansado. Qual é o problema?

Resposta: O problema é que você não está trabalhando por meio do grupo, mas quer lidar com isso sozinho. Em outras palavras, deseja exercer seu próprio poder no lugar de seu livre arbítrio. No entanto, é impossível fazer isso, porque você mesmo está sujeito a uma das duas forças: Bina ou Malchut, e, na maioria das vezes, é Malchut.

O terço médio de Tifferet é o lugar do nosso livre-arbítrio, mas não do nosso poder. Aqui, eu decidirei quem vai governar sobre mim. De qualquer forma, não será eu, eu mesmo, mas algo externo. E do lado de fora, eu só tenho uma opção: o ambiente.

Eu posso ser cercado pelo “grupo de escarnecedores” (como é descrito nos Salmos) ou pela assembléia de Cabalistas, isto é, pessoas que visam diretamente o Criador. É nisso que se resume a minha escolha. Ao enraizar-se no ambiente correto, eu atraio forças dele, a fim de avnçar. 

Esta é a plataforma limitada que temos: escolher um dos dois ambientes possíveis. E este é o lugar onde as decisões são tomadas, não uma só vez, mas o tempo todo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 19/11/10, artigos do Rabash

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Não tentem ser “espertos” ou “heróis” lutando contra o egoísmo com suas próprias forças. Nada é mais tolo do que isso! Quem pode resistir à natureza? Será que isso é mesmo possível?

O nosso trabalho resulta em elevar-se acima de nossos egos, o que significa atrair a força da Luz, e com ela, elevar-se acima do egoísmo, como se ele não existisse. Isso não significa suprimir o ego e mover-se pacificamente na vida. O nosso egoísmo permanece, e nós percebemos que é o Criador quem nos dá essa grande reserva de desejo. Mas nós queremos estar acima dele.

Eu não aniquilo meu ego, pois é sobre ele que eu me elevo. Porém, agora, eu não levo isso conta com respeito às minhas relações com os amigos, independentemente de quão terrivelmente arrogantes, insolentes, invejosos, e motivados pelo poder ou a honra cada um deles possa parecer. Nada disso importa; tudo que eu sei é que “o amor cobrirá todos os pecados”. Você com uma arma e eu com uma faca na mão nos abraçamos e tomamos todas as decisões com base no amor.

Todo mundo pensa que está certo, mas cada anula a si mesmo. O amor significa que eu aceito a decisão do outro e eles aceitam a minha, e, desta forma, nós chegamos a um acordo comum que nos permite tomar uma decisão em um nível superior. Nós nos elevamos acima do nosso ódio coletivo até o nosso amor comum.

Tente fazer isso no grupo, e você sentirá um terceiro componente: o Criador! Você perceberá que sente falta Dele ou que Ele já está presente dentro de você.

Este é um tipo de trabalho muito prático, como toda a Cabala é: “Venha e veja (Bo-Reh)”, “Faremos, e obedeceremos”, são coisas totalmente práticas que agora nós precisamos implementar.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 19/11/10, “A Liberdade”

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Pergunta: Por que nós precisamos da mente externa se toda a percepção da realidade ocorre dentro de nós?

Resposta: A verdadeira percepção da realidade é construída externamente, na mente do ambiente, ou seja, no Superior, no Criador, e não na minha mente atual.

Ao avançar na espiritualidade, eu entro neste ambiente como em Malchut do Mundo do Infinito. Este o lugar da minha raiz, de onde a minha alma nasceu e desceu a este mundo corporal em uma longa viagem através de todos os mundos. Neste mundo, eu sou cortado da minha raiz e mantenho apenas uma centelha dela chamada “ponto no coração”. Graças a esse ambiente, que por enquanto é o meu sistema do Mundo Infinito, eu avanço de volta ao estado inicial do Infinito.

Quando o meu ambiente (o grupo) reúne, gradualmente, em sua caminhada toda a humanidade, nós descobrimos que todo mundo chega ao mesmo Mundo do Infinito. É por isso que eu começo a ver com mais clareza que a minha participação no ambiente, que hoje parece tão artificial, indesejável, desnecessária e irreal, é, na verdade, “eu” entrando na minha própria raiz. Eu retorno exatamente a este ponto inicial de onde saí para vir a este mundo.

Então, eu descubro que resido no sistema do Mundo do Infinito preenchido com a Luz da Hochma juntamente com o grupo. Aos poucos eu recebo essa Luz, mesmo enquanto estou no caminho, que é considerada a “Luz da Sabedoria” (“Hochma” significa “sabedoria” em hebraico). Eu uso essa luz, a sabedoria de Hochma, com todos os outros.

Ela é a nossa sabedoria coletiva, um por todos! Esta sabedoria comum, o pensamento Superior (a Luz), é chamada de Criador (Bo-Reh, “venha e veja”).

Da 4ª parte da Lição Diaria de Cabala 19/11/10, “A Liberdade”

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