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Três Dias No Fim Da Correção

Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu devo perceber a Convenção como um reflexo do sistema de correção das almas?

Resposta: Claro que sim! Se eu pretendo vir à Convenção, eu estou preparado para fazer parte de um sistema que é completamente corrigido em relação a mim.

Não importa que algumas pessoas presentes sejam principiantes que recém começaram a estudar a ciência da Cabala, ou até mesmo pessoas que apenas querem começar a se familiarizar com ela, que estão confusas e não entendem nada. O Criador as trouxe até aqui e, portanto, eu tenho que percebê-las em relação a mim como sendo tão corrigidas como o Criador.

Se eu percebê-las como não corrigidas, ignorantes, e que não entendem nada, então eu tenho que ver tudo isso refletido dentro de mim. Isso se aplica a todos, com exceção das pessoas que são claramente contrárias à meta; estas devem ser afastadas e serão tratadas no Fim da Correção (Gmar Tikun).

Da 2 ª parte da Lição Diária de Cabala 02/11/10 , O Zohar

Por Todos Os Obstáculos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que é que toda vez que eu penso sobre a união entre nós, alguma força me empurra para longe dela?

Resposta: Esta é uma “ajuda contra você”. Duas forças conduzem a pessoa em direção à meta. Uma age na direção da união e outra contra. Por estar entre elas, a pessoa tem livre arbítrio para escolher o ambiente certo, e com sua ajuda (influência) escolher o caminho em direção à meta, em vez do caminho inverso.

Conseqüentemente, ambas as forças ajudam a pessoa dos dois lados. Uma força empurra a pessoa ao grupo, enquanto a outra a empurra para fora do grupo (o ambiente), de modo que ela esteja sempre no equilíbrio entre ambos.

Ela acha que está sendo empurrada para fora da união, mas isso não é assim. Ela recebe a força de superação na mesma proporção que a oportunidade de ser fortalecida no ambiente que recebeu antes.

A pessoa nunca é levada ao fracasso pelo Alto, como está escrito: “A pessoa só é elevada em adquirir a qualidade de doação, e nunca interrompida”. Mesmo se houver um obstáculo colocado diante de uma pessoa neste momento, antes disso é assegurado que ela será capaz de superá-lo com o seu livre arbítrio.

O mesmo ocorre quando nós educamos as crianças. Nós, consciente e deliberadamente, damos exercícios a elas que são mais difíceis, de modo que elas se tornem mais inteligentes e fortes.

Da 2 ª parte da Lição Diária de Cabala 02/11/10 , O Zohar

Esteja Preparado Para Fugir

Dr. Michael LaitmanNós estamos fora do mundo espiritual, na mesma escravidão do Egito descrita na Hagadá da Páscoa. Portanto, nós precisamos fazer uma auto-análise e perceber o quanto estamos preparados para a oportunidade de escapar, a qual pode ser apresentado a nós a qualquer momento. Será que nós seremos capazes de fugir?

Por enquanto, os trabalho espiritual nos parece seco e insípido como Matzot (pão ázimo). Além disso, o amor dos amigos tem gosto amargo, e nós não queremos isso. Tudo isso significa que estamos no exílio da espiritualidade. Nós sentimos que o mundo espiritual é muito mais exaltado, mas eu estou exilado, porque sou incapaz de apreciar e compreender o quão bom ele é. Em meus órgãos sensoriais, eu o experimento como ruim, o que significa que estou no escuro.

Não é o Egito em si que é escuro; o Egito, como tal, é um império enorme e rico, fascinante e abundante. A escuridão resultada da minha busca espiritual enquanto eu estou no Egito. Eu me sinto exilado em relação à espiritualidade, e para mim ela é o “pão da aflição”.

Eu só experimento esse estado se desejo sair do Egito, e devo concordar em comer tal pão simples, a fim de preparar-me para fugir. Eu concordarei em fugir se sentir que o Egito ameaça-me com suas pragas, e que não posso suportar tal estado por mais tempo. Eu sinto que realmente desejo unir-me com os outros, mas o Faraó não vai me deixar.

Eu quero avançar ao menos um pouco e a partir dessa escravidão egoísta alcançar algum tipo de doação. Eu sinto que só existe vida na doação, mas por enquanto, eu estou em Lo Lishma (não em Seu Nome), no egoísmo, e gostaria de usá-la para vencer, para escapar do Faraó, que me traz desgraças.

Tal atitude deve ser criada no grupo de modo que possamos começar a clamar com tal trabalho duro, Moshe (Moisés) nos empurrar adiante, e o Faraó mostrar-se com plenitude, deixando-me saber que o uso do egoísmo não nos promete mais nada de bom no futuro. Afinal, o ponto no coração alcançou tal oposição em relação ao egoísmo que não podemos mais suportar isso.

Nós nos conectamos uns aos outros e elevamos a importância da meta espiritual a uma altura tal que não conseguimos permanecer no nosso ego. Nós queremos romper com isso. No futuro, deixe-me comer o pão da aflição; isso não importa. Eu devo estar em doação. Todas as satisfações que o Egito me concede estão no nível animal, mas eu não quero viver apenas para o meu estômago e alimentar a minha parte animal. Eu quero viver uma vida humana para a parte Humana em mim.

Todos esses cálculos levam-me a fugir, mas a fuga em si é um milagre do Alto.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 31/10/10, “Isto é Para Judá”

Sua Própria Hagadá Da Páscoa

Dr. Michael LaitmanSair do exílio é sair do nosso desejo egoísta, ascender dele por meio da fé acima da razão, de Lo Lishma (para si mesmo) à Lishma (para o Criador), do amor próprio ao amor pelos outros. O que nós passamos durante a preparação para esse êxodo e a fuga do nosso “desejo de receber” para o “desejo de doar?”. Para nós é essencial sabermos isso, já que agora estamos nos aproximando deste estado.

“Aqui está o pão da aflição comido pelos nossos antepassados na terra do Egito” (Hagadá da Páscoa). Quando nós vivemos em nosso ego, comemos o “pão da aflição do pobre “, porque somos mendigos em relação à espiritualidade e recebemos apenas um pouquinho de Luz, uma mínima centelha de vida (Kista de Hayuta) ou também chamada de ” iluminação tênue” (Ner Dakik), que traz à vida todos do nosso mundo.

Este não é o “pão” comido no Egito. No Egito, há muita comida. O nosso ego nos dá tudo: por favor, divirta-se! No entanto, logo que começamos a desejar o mundo espiritual, muito antes de sairmos do “Egito” egoísta, começamos a provar o “pão da aflição”, já que não entendemos como alguém pode chegar à doação e o que há de bom nela.

Eu não sinto nenhum gosto nele. Tudo é seco e sem graça, como este simples biscoito feito de farinha e água. É assim como o mundo espiritual que estou buscando me parece. Será que eu tenho que fugir do Egito próspero, de todos os prazeres (panelas cheias de peixe e carne, ricas e deliciosas), a fim de viver com o pão da aflição no deserto? É isso que eu anseio?

No entanto, é realmente assim. É por isso que está escrito que “o mandamento de comer o pão ázimo (Matzot, o pão da aflição) foi dado aos filhos de Israel muito antes do seu êxodo do Egito, como um símbolo de libertação, que acontecerá às pressas”.

“Às pressas” significa que de outra forma é impossível sair do egoísmo. A espiritualidade desestimulante e repulsiva, que sair dela deve ser rápido, devido à agressiva força de atração externa proveniente do egoísmo. Eu, pessoalmente, sou incapaz de sair deste mundo maravilhoso como parece-me no meu desejo egoísta.

Quanto ao mundo espiritual, ele parece uma escuridão para o meu ego. Não há nada de atrativo lá para o meu egoísmo, e eu não quero vê-lo. Portanto, a fuga só pode ser feita “às pressas”; eu sou jogado para fora de lá abruptamente. Esperamos que o mesmo seja feito conosco.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 31/10/10, “Isto é Para Judá”

Um Mini-Mundo Do Infinito

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que eu recebo do Criador conforme a minha equivalência com Ele?

Resposta: No nível da minha semelhança com o Criador, eu recebo Sua mente e sensação. Eu conecto-me  com Ele através da mente e do sentimento e obtenho a mesma sensação de unidade, plenitude e eternidade que existe Nele. No meu vaso em forma de “linha” eu recebo vasos em forma de “círculos”.

O Sistema  Superior foi construído de modo que de cada “círculo” expandisse uma “linha” (desejo restringido pela tela), seguido por um “círculo” e uma “linha” novamente. Conforme o meu esforço “de baixo para cima”, eu me esforço e subo ao primeiro círculo, que é considerado como a primeira revelação do Criador e o primeiro nível de equivalência com Ele. Eu me esforço novamente e O revelo mais no próximo círculo.

A cada novo nível, eu trabalho com ZAT de Bina (sete Sefirot inferiores de Bina), e o nível superior para mim é GAR de Bina (as três primeiras Sefirot de Bina) com o qual não posso trabalhar e que recebo do Alto como resultado da adesão. Dessa forma, eu subos os 125 níveis da escada espiritual.

“Na linha reta”, eu me esforço, anulo-me, trabalho com as telas anti-egoístas, e conecto-me com outras pessoas. Conforme eu tiver concluído esse trabalho, eu alcanço a revelação do Criador, o estado de “círculo”, a perfeição, um mini-mundo do Infinito.

Da 4ª  parte da Lição Diária de Cabala 28/10/10, “A Mente Atuante”

Alcançar A Mente Do Universo

Dr. Michael LaitmanA mente é o instrumento que conecta o Criador e a criatura, o grau de conexão entre eu, como a criatura e Ele como o meu Criador. A mente está localizada no meio, entre nós, e não pertence nem a mim nem a Ele.

Possuir uma mente deve ser uma ação que se conecta Àquele que age. Eu O alcanço ao atingir Suas ações sobre mim, através desta conexão entre a ação e Aquele que age.

Afinal, o Criador é chamado de “Bo-Re“(“venha e veja”). Em outras palavras, eu nunca alcanço Sua essência, mas apenas a atitude Dele para comigo, como está escrito: “Por suas ações, nós O conheceremos”. Eu estudo o que está acontecendo dentro de mim. Eu procuro o Criador por trás dessas ações e, assim, começo a conhecê-Lo.

Ou seja, eu preciso revelar a raiz de cada uma das minhas qualidades e estados e chegar a entender que “Não há ninguém além Dele”, e que tudo vem do Criador, “o Bom que faz o bem”. Quando eu revelo que tudo vem Dele e que tudo tem um propósito bom (independentemente de quão ruim pareça), isso significa que eu atingi a raiz. O mesmo acontece em cada estado.

Assim como os objetos materiais nos permitem compreender o pensamento do artesão, a finalidade e o usuário pretendido das coisas que ele fez, da mesma forma, podemos examinar a criatura, que contém todas as informações sobre o Criador. Isto porque Ele materializou tudo que planejou em Sua mente, e nós podemos alcançar Sua mente através das diferentes formas de matéria. A conexão da nossa mente e da mente Dele é chamado de união da criatura com o Criador.

Isto significa que a Luz de Hochma (Sabedoria) se veste na Luz de Hassadim (Misericórdia), na medida em que corrigimos a nós mesmos, a fim de receber a Luz Dele, sem as interferências e distorções provenientes do nosso egoísmo. Quando nós banhamos o nosso desejo egoísta na Luz da Hassadim, a Luz de Hochma (mente do Criador) pode vestir nele. Isto é, ela entra nestes desejos puros e corrigidos, e nós alcançamos Sua mente.

Da 4ª  parte da Lição Diária de Cabala 28/10/10, “A Mente Atuante”

O Construtor De Sua Alma: “Faça Você Mesmo”

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa pensar sobre a união durante a leitura do Zohar , a fim de ter todo o grupo atravessando o “Mar Vermelho” e entrando no mundo espiritual?

Resposta: O Zohar revela o que acontece a partir da perspectiva dos vasos espirituais (desejos), ou seja, dos diferentes tipos de conexão. Ele não descreve a imagem a partir da perspectiva da Luz. Existem livros Cabalísticos que contêm descrições da perspectiva da Luz: de que modo diferentes Luzes chegam e como elas se espalham. É como nós estivéssemos sendo informados do que está representado em uma determinada imagem.

No entanto, fornecer uma descrição a partir da perspectiva dos desejos, é explicar como a imagem foi elaborada, não o que realmente está desenhado. É como dizer que cores a pessoa precisa, como elas são misturadas, como aplicá-las na tela, ou o que técnica e pincel usar.

Acontece que uma imagem espiritual não é feita simplesmente desenhando-se livremente o que eu quiser, como da perspectiva da Luz. Não. Num primeiro momento, tudo precisa ser organizado como se você estivesse usando uma régua e outras “ferramentas” (Kelim, vasos) gráficas; tudo precisa ser calculado. Isso porque isso vem do lado dos desejos, os vasos espirituais, e eles precisam estar bem preparados, em primeiro lugar.

Este é o estilo de narrativa do Zohar e de toda a “Cabala” prática que surge do lado dos seres criados: a profundidade (Aviut, aspereza) do desejo que é necessário, as telas, as diferentes ações incluindo as telas, e aquilo que será, por conseguinte, revelado. Nós precisamos usar essa descrição e desenhar a imagem de nós mesmos, ao invés de simplesmente aproveitá-la.

Se nós já estivéssemos nesses estados, seríamos capazes de apreciar a imagem de uma maneira diferente. Nós leríamos e receberíamos as explicações da imagem que já estivéssemos vendo. No entanto, até agora, não somos capazes de ser impressionados pela imagem. Nós chegamos pelo lado dos desejos e aprendemos a desenhar a imagem. O Zohar nos diz passo a passo onde precisamos chegar e nos alcança os instrumentos que precisamos para criar esta “tela”.

Nós criamos essa imagem no grupo, na união entre nós, e todos os nomes, linhas e objetos apenas representam diferentes tipos de interconexões dos desejos. Uma vez que você os conecta e cria até mesmo uma mínima conexão inicial, você atingirá o primeiro nível espiritual, e a imagem será revelada.

É essencial compreendermos a forma como tudo funciona, a maneira como tudo precisa estar conectado para que o sistema funcione. É como construir um veículo, conectando todas as partes e o fornecimento de energia, colocar combustível, óleo, todos os fluidos necessários, concluir a construção, ligar a ignição e, voilà, o carro arranca! Este é o resultado que precisamos alcançar.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 27/10/10, O Zohar

Tornar-se O Produtor De Sua Própria Vida

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se sou eu quem cria e projeta o filme da minha própria vida, toda esta realidade, então por que as pessoas criam filmes desagradáveis para si?

Resposta: A criação de um filme ainda não está em seu poder. Você ainda não pode ser um produtor. Você precisa governar o seu desejo, a Luz, e ser capaz de determinar exatamente como eles podem variar de acordo com leis severas e não do jeito que você quer. Dessa forma, você construir gradualmente uma realidade melhor.

Esta é a sua única liberdade de escolha, e é exatamente por isso que estudamos a sabedoria da Cabala. Até que você obtenha poder sobre o filme da sua realidade, o Criador é responsável por ele, a fim de obrigá-lo a criar seu próprio filme. É por isso que toda a nossa vida e todas as nossas reencarnações servem para nos “inspirar” a fazer o filme apropriado, um filme autêntico e não um imaginário.

Isto é o que torna a percepção da realidade na sabedoria da Cabala tão interessante. Porque isso não se trata de um estudo teórico, nem uma discussão acadêmica, mas um método especial que eu posso usar para realmente mudar o meu mundo, escapar para diferentes dimensões, aparentemente.

De Cabalá para Principiantes, “Percepção da Realidade” 26/10/10

Aproximando A Realidade Do Criador

Dr. Michael LaitmanPergunta: Que tipo de percepção da realidade o Criador tem?

Resposta: O Criador não tem nenhuma percepção da realidade, porque Ele tem apenas uma qualidade: o desejo de doar, a doação. O Criador não tem realidade. Ele mesmo é a realidade perfeita.

Quando nós percebemos e retratamos a realidade à nossa volta, alcançamos estados que se aproximam cada vez mais Dele. Portanto, a melhor forma do mundo surge quando corrigimos a nós mesmos conforme criamos ou projetamos para nós a realidade: o Criador. Este é o estado que nós alcançamos.

Quando nós passamos por todos os filmes, imagens e formas durante a nossa correção, nós aproximamos tudo isso, de forma gradual, passo a passo, de tal realidade em que só o Criador existe, como é dito, “Ele e Seu nome são um” e “Não há outro além dele”.

De Cabalá para Principiantes, “Percepção da Realidade” 26/10/10

Canal De TV A Cabo STREAM Transmite Cabala

Dr. Michael LaitmanO Canal de TV a cabo STREAM começou a transmitir minhas entrevistas com várias celebridades russas. O STREAM transmite em 7 regiões da Federação Russa (FR), 518 cidades e vilarejos. Em 2009, o total de assinantes no território da FR alcançou 4,1 milhão.