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O Zohar: A Iluminação Dos Mundos superiores

Dr. Michael LaitmanO Zohar é o principal livro na sabedoria da Cabala. Está escrito que não há livro mais mágico, secreto, oculto, magnético ou incompreensível que O Zohar. Isso é realmente verdade.

O Livro do Zohar é revelado em duas fases. Primeiro, eu preciso formar o panorama correto do livro, ou seja, corrigir-me, o leitor. Para ler O Zohar, em vez de regular os “óculos”, eu preciso de outros óculos completamente diferentes, que me permitam reconhecer os fenômenos espirituais dentro deste livro. Portanto, eu preciso primeiro adquirir órgãos espirituais de percepção (Kelim). Então, o livro será revelado a mim e ele será realmente o “Zohar” (Iluminação) que os autores deste livro revelaram e descreveram há dezoito séculos atrás.

Os Cabalistas alcançam a Luz Superior que criou o desejo de desfrutar e que deu a ele a força “para receber” (prazer). Então, a Luz deu-lhe a intenção de agir “em prol da doação”, e depois “quebrou” esse desejo, transformando-o em uma intenção egoísta. Deste modo, o desejo de desfrutar tornou-se um desejo de receber para seu próprio benefício. E agora, a partir do nosso mundo, nós corrigimos gradualmente esse desejo de desfrutar, para que ele se torne um desejo de doar, atingindo assim a correção.

Todos esses fenômenos (a descida de Cima para baixo, isto é, a corrupção do desejo e da intenção, e sua posterior correção) são realizados pela Luz, visto que não há nada além Dele. Todas as mudanças, tudo o que acontece dentro do desejo de desfrutar, são feitas pela Luz. Não há mais ninguém que realize qualquer ação. E todas as ações da Luz são acima da matéria, que é o desejo de desfrutar. Antes da influência da Luz sobre o mesmo, o desejo de desfrutar é simplesmente matéria disforme. A Luz decide o que fazer com ele e que forma dar a ele, como está escrito, “A Luz move os desejos”.

Portanto, se nós quisermos mudar, precisamos atrair a Luz Superior até nós. É por isso que lemos O Livro do Zohar com uma intenção: que a Luz venha, uma vez que ela é a força que me mudará. Através da leitura do Livro do Zohar eu exijo a minha correção. Esta é a atitude correta em relação ao Livro.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 30/07/10, O Zohar

Cabalistas Sobre A Essência Da Sabedoria Da Cabala, Parte 12

Dr. Michael LaitmanCaros Amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Eu prometo respondê-las. Comentários entre parênteses são meus.

A Realidade Contida na Sabedoria Cabalística

A Cabala utiliza apenas nomes e denominações que são concretos (alcançados por nossos sentidos e  depois analisados em nossa mente) e reais (revelados a nós conforme a nossa correção). É uma regra inflexível (absoluta)  para todos os Cabalistas que , “Tudo que nós não alcançamos (de forma clara, em nossas qualidades corrigidas), nós não (é impossível) definimos por um nome ou palavra“. (Porque um nome explica a qualidade do objeto a ser alcançado, e essa qualidade é alcançada conforme o grau de equivalência com as qualidades do objeto, de acordo com a lei de equivalência de forma: Somente a semelhança é alcançada).

Aqui você deve saber que a palavra “realização”(Hasaga, em hebraico) implica o último grau de entendimento. Ela deriva da frase, “que tua mão deverá alcançar” (Ki Yadcha Tasig). Isso significa que enquanto algo não se tornou totalmente lúcido, como se tivesse sido agarrado pela mão de uma pessoa, os Cabalistas não consideram alcançado, mas entendido, compreendido, e assim por diante.
Baal HaSulam, “A Essência da Sabedoria da Cabala”

Amplificador de Sinais Espirituais

Dr. Michael LaitmanPergunta: No trabalho com as três linhas, a linha da esquerda parece grande, pesada e espessa, uma vez que abrange toda a nossa inclinação ao mal. Em contraste, a linha da direita parece muito leve e funciona apenas como um “tempero”. Essa é apenas a minha sensação pessoal?

Resposta: Com certeza. A pessoa se vê como uma substância “importante” que “abarca” todo o mundo material com seu egoísmo. Este é um peso muito grande. Por outro lado, existe a espiritualidade, certo “espírito” (Ruach) leve e sem substância. A pessoa pergunta: “Que poder ele pode ter se é totalmente elusivo?”.

A física quântica investiga as partículas elementares que nem podem ser “apreendidas”, e são detectadas apenas pela deflexão de uma agulha. Nós sabemos deste mundo que quanto mais invisível é uma força, mais poderosa ela é. Da mesma forma, a realidade espiritual define e mantém tudo em sua “rede”, aplicando sua força. Tudo o que existe origina-se das forças internas; suas ações materializam-se e, assim, permitem-nos ver as partículas elementares, assim como todo nosso universo. A energia espiritual dá origem ao material todo mundo.

Portanto, é inviável até mesmo comparar os poderes da Luz e da matéria. A Luz criou um único ponto negro, “Yesh Mi Ain” (existência a partir da ausência). Este ponto nunca muda, ele permanece sempre um ponto. Dentro deste ponto inicia um processo de apreensão: “Eu sou negro. Eu sou diferente da Luz. Quão diferente sou eu? Pode ser a diferença tão grande?”. Mais tarde, essa enorme divergência que, de fato, é representada por apenas um ponto negro, amplia-se conforme a realização de sua natureza má, criando todos os mundos. Este ponto é a essência de tudo que existe; todo seu poder vem da Luz.

Devido à presença da Luz e de seu pequeno desejo, esse ponto é capaz de produzir a Luz de Retorno. É semelhante a um amplificador que produz um sinal fraco na entrada, mas, ao ser aplicada uma força externa que reforça o fraco sinal inicial, este se intensifica e se transforma em um sinal extremamente forte na saída. É assim que você usa a energia “externa” da Luz, aplicando-a em seu pequeno desejo pela espiritualidade e, assim, faz grandes mudanças.

Ao utilizar o seu desejo de produzir a Luz de Retorno e doar de volta ao Criador, você envolve todo o poder da Luz, a força do Criador, e a aplica em um pequeno desejo seu; isto é, quando uma enorme Luz Refletida emerge e se iguala em força com a Luz Direta, a influência do Criador.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 30/07/10, O Zohar