Textos arquivados em ''

Revelando Minha Grande Alma

We Are In the Center of All the WorldsEu tenho de revelar uma única realidade, e para fazer isso eu preciso encontrar dentro de mim o meio que me ajudará a concretizar isso. Dentro de mim estão implantadas todas as forças necessárias para ajudar: o Criador, a criação, eu mesmo, o mundo, os amigos, as pessoas, o professor, os livros, o Rabino Shimon e o seu grupo, Moisés, e a Torah, que é o programa do universo.
A minha “grande” alma é o conjunto destas forças dentro de um sistema de incrível vitalidade. Eu estou perante esta grande alma como uma criança pequena. Ela é minha, mas eu tenho de adquirí-la e revelá-la, para descobrí-la e activá-la – tudo isso à medida que sou capaz de fazer correctamente. Isso me parece corrupto, embora não seja propriamente assim. É justamente o meu eu atual que está corrupto, e é por isso que eu o vejo desta maneira. Eu preciso corrigir a mim mesmo e a minha atitude para com ela.

Os Cabalistas nos explicam como abrir a força e revelar nossas próprias qualidades, expandir os horizontes da percepção e da sensação, e ao fazê-lo, revelar esta grande alma em nosso desejo.

Um Dispositivo Para Revelar a Luz Superior

What Makes Women HappyO Livro do Zohar foi ocultado das pessoas por um longo tempo. Apenas algumas almas escolhidas (Cabalistas) usavam e o passavam de uns para os outros, formando uma linhagem.

O livro foi revelado a estranhos quando a viúva do Cabalista Moshe de Leon o vendeu juntamente com outros livros que pertenciam ao seu marido. Foi nessa altura que os Cabalistas começaram a proibir o seu estudo e criaram restrições rígidas para repelir as pessoas dele. Entretanto, eles continuaram a estudar este livro, a fim de corrigir suas almas, e também ensinaram outros discípulos que tinham um ponto em seus corações. Se, no entanto, uma pessoa não tivesse um ponto no coração e não se esforçasse para revelar a espiritualidade, então ela era proibida de abrir este livro.

Hoje, a humanidade como um todo chegou a um estágio de desenvolvimento onde O Zohar pode ser aberto por qualquer pessoa; não há perigo em fazê-lo. Primeiro de tudo, isto se deve ao “Sulam” do Baal HaSulam, um Comentário sobre O Zohar, e segundopor, por causa do atual nível de desenvolvimento das almas. O egoísmo humano tornou-se tão grosseiro, agressivo e corporal que, se a pessoa não tem um ponto no coração, ela não se interessará pelo Livro do Zohar.

Sem dúvida, este livro é o único recurso capaz de corrigir a alma. Nós ainda não entendemos completamente que ferramenta maravilhosa ele é. Nós ainda não sentimos uma única palavra dele e não utilizamos a Luz que, supostamente, chega até nós quando lemos este livro. N[os ainda não estamos conectados a este sistema operacional; nós simplesmente lemos as palavras sem compreender o seu significado.

Quando entendermos que tipo de sistema ele é, nos conectarmos a ele e começarmos a usá-lo, então O Zohar revelar-se-á para se tornar a Malchut do Mundo do Infinito para nós. Assim como um embrião, nós entraremos no útero espiritual que se tornará o nosso mundo, e continuaremos a crescer, ascendendo de um mundo para outro até alcançarmos a Malchut do Mundo do Infinito. Isto é o que O Livro do Zohar significa – é uma revelação progressiva que funciona desta forma.

Nós não entendemos o que é um livro sagrado. Ele é realmente um dispositivo para revelar a Luz Superior!

O Livro do Zohar Funciona até Mesmo Quando se Lava Pratos

prophetSomente lendo O Zohar, nós chegaremos à sensação correcta e a demanda necessária. Por que isso?

Por um lado, nós aprendemos que se não visarmos precisamente à fonte de Luz, se não entrarmos neste raio e unirmo-nos com todos os outros de modo a atingirmos um desejo coletivo, então não seremos bem sucedidos. E isso está correto, pois essa é a condição. Mas, por outro lado, enquanto estudamos e nos esforçamos, e passamos por diferentes estados, a Luz trabalha em nós e influencia-nos.

Nós podemos acelerar o tempo através da “santificação”, e isso é o melhor. No entanto, em qualquer caso e em qualquer estado, mesmo uma dona de casa que atenda suas tarefas em casa ou lave os pratos (em hebraico, pratos são também chamados de “Kelim“) enquanto ouve o nosso Canal de TV, ou O Zohar difundido na Internet, ela também cuida dos seus Kelim espirituais.

É assim que funciona este livro. Tudo que precisamos é de paciência!

Um Guia até o Fim da Correcção

lectureOs cinco mundos espirituais são graus de ocultação entre nós e o Mundo do Infinito que devemos conquistar. Escondendo-se por trás deles está a força de doação e amor, que atualmente está oculta de nós. Nós temos de revelá-la ao alcançar a equivalência de forma com esta Força de doação e amor, chamada o “Criador.”

Como nós podemos adquirir pelo menos certa medida de equivalência de forma com Ele? Nós temos de esperar que O Livro do Zohar revele uma qualidade dentro de nós que seja similar ao nosso estado corrigido, o Criador,  Malchut do Infinito, Zeir Anpin, ou a Luz. Nós temos de esperar que o livro nos afecte de tal forma que a qualidade de doação e amor surja em nós. É por isso que, na verdade, nós lemos O Livro do Zohar. Caso contrário, não haveria razão para que o abríssemos.

Uma pergunta que recebi: Portanto, nós continuamos a trabalhar com O Livro do Zohar em todos os 125 graus?

A Minha Resposta: Sem dúvida. O Baal HaSulam escreve isto no “Prefácio ao Livro do Zohar”. Ele explica que O Livro do Zohar é escrito de uma elevação de 125 graus espirituais. Desta forma, ele afecta-nos dessa elevação, do Mundo do Infinito, e corrige-nos em todos os graus até que alcancemos o fim da correcção.

Desta forma, este livro é o nosso guia no caminho a partir de agora, até o fim da correcção.

O Criador Só Pode Ser Revelado Dentro de Nós

A True Desire Is Always Answered by the LightUma pergunta que recebi: Você disse que quando estudamos O Livro do Zohar, é necessário seguir duas condições:

  • Eu tenho de pensar acerca de desejar unir-me com outras almas,
  • Eu devo desejar ver a mim mesmo a participar em todas as acções descritas neste livro.

Como é que Malchut do Mundo de Atzilut estabelece uma conexão com Zeir Anpin do Mundo de Atzilut? Será que estas duas condições também se aplicam a ela?

A Minha Resposta: Malchut não existe, a menos que nos sintonizemos com ela sob as condições mencionadas. Não existe nada exceto o Infinito; não existem graus e mundos. Mas assim que eu executo uma acção que tem equivalência de forma com o Criador, ou dito de forma diferente, assim que eu me torno similar ao Criador no menor grau, combinando Ele com a menor das dez Sefirot, esta acção constrói imediatamente uma escada de graus. Esta escada é uma relação entre eu – o ponto composto de dez Sefirot, e o Criador – o Mundo do Infinito.

Isso é explicado no exemplo onde eu estou diante do Anfitrião, mas Ele está completamente oculto de mim, porque eu desejo tudo para meu próprio benefício, o que me torna completamente oposto a Ele. Assim que eu consigo levar a cabo a condição da Primeira Restrição (Tzimtzum Alef), em que paro de receber para mim mesmo, eu revelo a presença do Anfitrião. É quando eu começo a encontrá-Lo. O Anfitrião diz, “Aceita a comida que preparei para ti!”. Mas eu tenho de rejeitá-la, pois, caso contrário, o Anfitrião se esconderia novamente, porque eu violar a lei da equivalência de forma.

Eu tenho de levar a cabo a condição da Primeira Restrição – não receber nada para eu mesmo, exceto o que for essencial. Então, se eu recebo algo do Anfitrião, será apenas para revelar o meu amor por Ele – receber para doar. Primeiro, eu preciso desejar ser como Ele, estar na Luz de Hassadim, na linha direita, onde eu desejo fazer o bem a Ele porque O amo e desejo estar próximo a Ele. Neste ponto eu ainda não recebo nada d’Ele. Todo este trabalho ocorre na linha direita.

O Anfitrião está diante de mim, mas eu rejeito os prazeres que ele me oferece, porque não quero receber nada para meu próprio benefício, e ainda não tenho a força para receber em prol da doação. Desta maneira, eu revelo desejos cada vez maiores e afasto-os de forma a estar próximo ao Anfitrião, ter equivalência de forma com Ele. Isto significa que trabalho na linha direita.

O Anfitrião está a persuadir-me a aceitar a comida, mas eu rejeito-a várias vezes. Contudo, independentemente, ali existe uma conexão entre nós. Em outras palavras, eu estudo a ciência Cabalística, eu estou conectado ao Criador, Ele influencia-me, e eu trabalho em mim mesmo.

Finalmente, sob a influência da Luz Superior, eu chego a um estado em que consigo receber em prol da doação. Eu começo a trabalhar na linha esquerda, a me conectar a ela, e a atraí-la para a linha direita, à medida que posso “comer” um pedaço dela, “provar” o prazer para agradar ao Anfitrião. Este trabalho é mais avançado e ocorre na linha do meio.

Neste caso, eu estabeleço uma conexão com o Anfitrião. Assim que eu começo a adquirir certa conexão com Ele – mesmo no nível mais inferior de “Hafetz Chesed” (não desejar  nada para mim), no estado de embrião, em que começo a aderir ao fundo do útero com o ponto no coração; então, eu já estou conectado ao Criador, e há uma escada de graus entre nós.

Sou eu quem constrói esta escada de graus. Assim que eu torno um dos meus desejos similar ao Criador, ou até mesmo um por cento de um desejo, então já há uma escada de graus entre nós. Eu ascendi um por cento mais alto nesta escada, e a distância, a ocultação entre eu e o Criador, agora é de 99%. Porém, eu já tenho uma conexão com Ele.

Todavia, se eu ainda não tiver equivalência com Ele – seja no nível da restrição (Tzimtzum Alef), no grau de “Hafetz Chesed” (a recompensa a partir do temor), ou no nível da “recepção em prol da doação” (a recompensa a partir do amor), isto significa que ainda não existe nenhuma escada dos mundos em mim. Isso porque todos os mundos estão em mim, em minha alma. Por agora, a minha alma é apenas o ponto no coração, o desejo pela raiz da vida que se revelou em mim.

Portanto, agora nós temos de nos concentrar inteiramente no nosso ponto no coração – como revelá-lo e como revelar pelo menos certa medida de equivalência de forma com o Criador dentro dele. Quando o revelamos, então conquistamos uma conexão com o Criador. E até que isso aconteça, esta conexão existe apenas do lado d’Ele, e não do nosso.

O Desenvolvimento Espiritual Pode Ser Aprendido com os Bebês

newUma pergunta que recebi: Como eu posso encontrar as qualidades internas que O Zohar descreve se eu não compreendo nada dele e não consigo me conectar a ele?

A Minha Resposta: Nós somos como bebês que não sabem em que tipo de mundo vivem, mas estão nas mãos amáveis de suas mães e parentes que providenciam tudo que for necessário para o seu crescimento. Um bebê deve apenas desejar crescer, e a natureza o ajuda ao lhe providenciar este desejo.

No nosso mundo, isto é, no nível animado, este desejo existe naturalmente nos bebês. Até mesmo nos níveis inanimado e vegetativo, assim como no nível animado, que inclui o desenvolvimento físico de uma pessoa neste mundo, há um desejo natural de crescer. Contudo, se quisermos crescer no nível humano – na espiritualidade, então o desejo tem de vir de nós.

O desenvolvimento acontece naturalmente nos níveis inanimado, vegetativo e animado da natureza. Até agora, nós – as pessoas neste mundo – nos desenvolvemos em todos estes níveis, e o nosso desejo também se desenvolveu nos mesmos níveis ao longo de toda a história. Mas agora temos de ascender ao nível “falante” ou “humano”. O nível humano significa que temos de desenvolver e alcançar o objectivo por conta própria. Baseados em todos os nossos desejos corpóreos (por comida, sexo e família) e nossos desejos sociais (por riqueza, fama, poder e conhecimento), temos de desenvolver a  nossa própria aspiração pela espiritualidade. Começamos com um ponto no coração, mas depois temos de impulsioná-lo continuamente para nos desenvolvermos usando a ajuda do nosso ambiente.

Para fazer isto, precisamos do grupo, porque apenas ele pode nos dar o desejo para desenvolvermos o ponto no coração. Armados com este desejo, começamos a ler O Livro do Zohar juntamente com o grupo. Enquanto lemos, temos de desejar nos desenvolver, onde “desenvolvimento” significa encontrar o nosso estado futuro ou a sensação no Livro do Zohar. Esta é a única coisa que estamos à procura por enquanto.

Além disto, tudo o que temos a fazer é esperar. Desta forma, deseje apenas crescer, como um bebê que quer se tornar um adulto naturalmente. Veja se você consegue acalmá-lo, convencê-lo a não crescer, ou não desejar, e exigir isso. Você descobrirá que é impossível detê-lo, porque a natureza o impulsiona a se desenvolver com uma força intransponível. É assim que devemos trabalhar incansavelmente na espiritualidade. Devemos sempre procurar dentro de nós mesmos, e não devemos nunca nos acalmar e parar de mudar. Então, certamente, cresceremos. Esta é a única condição exigida de nós.

O sistema existe, mas temos de colocá-lo em movimento com o nosso desejo e a nossa aspiração interna. Sem esta pressão interna vinda de nós, o sistema não nos influenciará. Isto é, ele nos influenciará através do sofrimento, de forma a nos despertar, mas não avançaremos um centímetro desta maneira, por meio do sofrimento enviado a nós de Cima. Podemos apenas avançar por meio do nosso próprio desejo, que vem de baixo, de nós.

Podemos receber dificuldades e problemas perpétuos, e ainda assim ficarmos presos no mesmo lugar, porque estes problemas são insuficientes para que desejemos unir-nos com o grupo correcto e adquirirmos um desejo para nos desenvolver. Apesar das dificuldades, permaneceremos no mesmo lugar. As dificuldades, por si só, não são um sinal de desenvolvimento, mas pelo contrário, são um sinal de que ainda não demos um único passo adiante.

Do Outro Lado da Tela

electO mundo que percebemos não nos foi dado por acidente. Ele vem da natureza, que inclui duas formas opostas: o Criador e a criação. Quando começamos a ascender, nos é dado este mundo de forma a nos ajudar a nos tornarmos similares ao Criador e a eliminarmos a diferença entre o ponto da criação (“existência do nada”) e o Criador, ou a diferença entre o Kli e a Luz. Este mundo é um estado percebido pelo ponto da criação, que é separado do Criador e oposto a Ele.

De forma a nos levar ao “outro lado da tela”, para nos levar de uma imagem a outra, nos é dado um meio chamado O Livro do Zohar. É um meio que nos leva de um estado de desunião a um estado de união. É por isso que nos é dado o estado que agora percebemos e o estado que temos de alcançar, assim como todos os níveis e fases que temos de atravessar ao longo deste caminho, e o meio – O Livro do Zohar, que nos fala sobre a conexão entre os dois mundos, sobre como um mundo veste o outro. Nenhuma destas coisas é acidental.

Temos de fazer esforços de forma a usar este meio (O Livro do Zohar) para mudarmos a nós mesmos. Quanto mais este livro se tornar revelado a nós, mais ele nos transformará. Então, avançamos continuamente para a frente, avançando a partir da nossa atual sensação de um ponto negro que revela a sua própria natureza e alcança a sua oposição com a Luz.

Toda a realidade existe dentro deste ponto da criação, ou antes, a realidade existe relativa à percepção deste ponto. Este ponto contém todos os mundos e todas as mudanças; tudo dentro dele. Acrescentando, este ponto não muda em relação ao Criador que o criou; em relação a Ele este ponto está sempre corrigido, no melhor estado possível. É o único ponto existente da criação, que Ele criou do nada (Yesh Mi Ein).

Quando lemos O Zohar, temos de perceber que não olhamos para um livro, mas para um mecanismo especial que une os nossos dois estados – o atual estado em que estamos separados do Criador, e só conseguimos sentir a nós mesmos, que estamos trancados num ponto negro; e o estado futuro mais elevado em que estamos unidos a Ele. Usando uma linguagem ou programa especial, O Zohar mostra-nos que acções e mudanças internas podemos fazer de forma a nos reestruturarmos interiormente, e sermos capazes de receber a Luz que está fora de nós por agora.

Então a nossa estrutura interna será similar à Luz, ao Criador. Ao mesmo tempo, permaneceremos sempre compostos da matéria chamada “o desejo de receber”, ou a “existência do nada.”

Um Novo Mundo é Um Novo Ambiente

profitSe eu olhar para mim de lado, como um psicólogo imparcial, eu começo a ver como o Criador me controla. A partir dessa perspectiva, eu posso responder às coisas mais correctamente, assumir o controle sobre mim mesmo, definir uma meta, e fazer uso de todos os meus recursos para alcançá-la.

Eu devo sempre tentar ver o que me controla e como sou controlado. Às vezes, sou dominado por desejos irresistíveis, e eu simplesmente perco a cabeça e rendo-me. Esqueço-me que estes desejos tomam conta de mim, e que eles não são eu mesmo.

Ainda assim, devo continuar a ser o meu próprio juiz e lutar por uma oportunidade de continuar a forçar a espiritualidade. Mas se eu tiver sucesso, preciso encontrar uma força adicional, uma força que está para além do plano dos desejos corporais; esta força só pode ser recebida do ambiente correto.

Aqui estou eu com os meus desejos físicos, e lá está o ambiente com os desejos mundanos por dinheiro, fama, poder e conhecimento. A fim de avançar espiritualmente eu tenho que sair deste círculo e conectar-me a outro tipo de força – uma de origem espiritual.

Eu tenho um ponto no coração, mas isso não é suficiente. Eu preciso do grupo, do estudo, dos livros e do professor, porque eles me darão essa grande força que eu preciso, para poder sair para fora de todos estes desejos corporais e empurrar-me para o mundo espiritual.

Não é meu plano negligenciar estes desejos. Eu tenho que usá-los como suporte e, em seguida, juntamente com a ajuda proveniente desta nova força, eu serei capaz de definir o rumo certo. É assim que o meu ponto no coração, que despertou com o resto dos meus desejos, me ajuda a encontrar um novo ambiente – um novo mundo. Portanto, sem este ambiente, eu não teria nada.