Pergunta: Existe um ditado sábio sobre a diferença entre gostar e amar. Quando você gosta de uma flor, você a escolhe. Se você ama uma flor, você a rega diariamente.
O que significa amar, regar uma flor?
Resposta: É muito simples. É entender o que aquele que você ama precisa e prover isso a ele, preenchê-lo, “regá-lo”.
Pergunta: Então, primeiro preciso descobrir o que essa pessoa precisa e dar a ela? Isso se chama amor?
Resposta: Isso realmente se chama amor.
Pergunta: Então, quando vejo uma flor murchando, por exemplo, é mais fácil para mim regá-la, vê-la começar a levantar a cabeça e de repente ganhar vida. E quando o amor murcha completamente e a flor morre, perdemos a esperança ou ainda a regamos?
Resposta: O que mais resta?
Comentário: Deixe. Procure outra flor. Ou ainda devo regar?
Minha Resposta: Acho que você ainda deveria regá-la.
Comentário: Ou seja, essa esperança deveria existir.
Minha Resposta: Você pode reanimá-la com seus sentimentos e dando-lhe água.
Comentário: Estamos falando de amor, que se acredita não existir. No entanto, você sente que não existe amor aí. Você diz que podemos revivê-lo.
Minha Resposta: Sim, absolutamente nada desaparece.
Pergunta: Algo ainda está vivo lá? Afinal, está muito além da razão. Como podemos acreditar nisso?
Resposta: Está além da razão, mas também podemos ver isso na natureza.
Pergunta: Como quando algo brota repentinamente de uma terra completamente árida?
Resposta: Sim. Podemos superar até mesmo o estado de morte.
Pergunta: Podemos superar um estado morto e murcho?
Resposta: Em qualquer estado, no nível vegetativo, nos níveis animal e humano.
Pergunta: Como posso me convencer disso? Esta é a coisa mais importante.
Resposta: Tudo depende unicamente da expansão dos seus sentimentos interiores. Se você quiser, até a múmia do Faraó ganhará vida. Digamos que ele foi enterrado há dois ou três mil anos, e sua atitude em relação a ele se reorienta para que ele comece a ganhar vida.
Pergunta: Quando você diz “ganhar vida”, o que você quer dizer?
Resposta: Viver no nosso nível.
Pergunta: Ou seja, todas as forças vitais voltarão para ele? Isso não é ficção?
Resposta: Não será ficção.
Comentário: Mas no nosso estado atual, a forma como entendemos as coisas agora, isto é pura fantasia.
Resposta: Claro. Esta é a decomposição em elementos naturais.
Pergunta: Podemos reuni-los novamente com nossos esforços?
Resposta: Podemos reuni-los novamente; nós podemos fazer isso.
Pergunta: Onde posso conseguir paciência para trabalhar dessa maneira?
Resposta: Ninguém tem paciência. Mas há uma compreensão do processo de que você está falando. Digamos que o amor morreu em você agora. E daí?
Pergunta: Onde conseguir paciência, como você diz, para até ressuscitar os mortos?
Resposta: Digamos que você percebeu que é capaz de revivê-lo com seus esforços durante, digamos, cinquenta anos.
Pergunta: Preciso investir cinquenta anos nisso?
Resposta: Não, você não está pensando em investir cinquenta anos nisso. Você está pensando no que está revivendo. Os anos tornam-se sem importância; você já está vivendo o resultado.
Pergunta: Isso é lindo! É esta a maneira de viver?
Resposta: Sim.
Pergunta: Então todos os meus esforços importam menos, tudo que invisto nisso desvanece diante desse objetivo, desse renascimento. Então vou revivê-lo?
Resposta: Sim, claro. Seu espírito penetrará neste estado morto e brotará.
Pergunta: Quando posso desistir, levantar as mãos porque não consigo revivê-lo? Existe uma coisa dessas?
Resposta: Isso é fraqueza.
Pergunta: É realmente uma fraqueza? E isso vem para a pessoa o tempo todo? Como faço para trabalhar com isso?
Resposta: Certa vez, tive uma vizinha no apartamento ao lado cujo filho estava doente, com inflamação cerebral. Lembro-me de como, por volta das duas ou três da manhã, quando eu estava indo para a aula, ela bateu na minha porta e me trouxe esta criança, um embrulho, entregou-a e disse desesperadamente: “Leve-o”. Foi isso. Esse é o tipo de estado que não podemos alcançar. Lute!
Pergunta: Então, não há rendição, nem com o que vejo nem com o que ouço? Isso é tudo?
Resposta: Continue!
Pergunta: É isso que chamamos de orar de verdade?
Resposta: Sim.
Comentário: Não é fácil!
Resposta: Mas na minha história já era tarde demais. A criança já estava… o corpo ainda reagia de alguma forma, mas tudo dentro já estava quase morto.
Pergunta: Ainda assim você diz que não podemos desistir? Isso nunca deveria acontecer?
Resposta: Nunca.
De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 27/11/23
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