Textos na Categoria 'Grupos de Dez'

Um Meio Para Reforçar A Conexão No Grupo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós podemos reforçar a conexão com os amigos no grupo e no Grupo de Dez, a fim de manter a força da unidade em nosso trabalho diário de conectar o mundo que nos rodeia?

Resposta: Como você pode reforçar a conexão no Grupo de Dez e no grupo? Só se você sentir a necessidade disso, se você sentir que isso é essencial!

Quando a Luz se espalha de cima para baixo ela cria um desejo. Na quarta fase do desenvolvimento do desejo ele começa a reagir com a Luz, a restringir-se, de modo a formar um Masach (tela), a Luz de Retorno, etc.

Já que nós viemos do desejo e não da Luz, nós precisamos de um motivo para fazer alguma coisa. Você está perguntando: “Como podemos reforçar a conexão entre os amigos do grupo”. Porém, há necessidade disso?

Se eu saio para disseminar, para me conectar com outras pessoas do mundo exterior, eu vejo que preciso do apoio do grupo e preciso me agarrar ao grupo. Eu sinto a necessidade de conexão com os amigos e me conecto a eles. Mas se eu não tenho vontade de ter êxito no mundo exterior, eu não tenho nenhuma necessidade da conexão com o grupo.

Nós estamos disseminando a educação integral em Israel numa campanha muito intensa e todas as nossas pessoas estão envolvidas neste trabalho externo. Onde quer que elas estejam elas falam sobre a necessidade de se unir a fim de resolver problemas diários e elas sentem uma maior necessidade de se conectar com o grupo! Quando elas retornam, sentem como os amigos são importantes para elas, e como são importantes em fornecê-las o poder de convencer os outros.

Portanto, continuem reforçando a conexão com o mundo que nos rodeia, entrem nele, disseminam e levem-no à conexão e unidade. Assim, vocês vão reforçar a conexão com seus amigos qualitativamente.

Da Lição Diária de Cabalá 25/08/13, Perguntas e Respostas com o Dr. Laitman

O Grupo E Os Grupos De Dez

Dr. Michael LaitmanPergunta: O termo “Grupos de Dez” não pode ser compreendido pelo meu grupo, e nós não falamos sobre isso. Há uma espécie de acordo coletivo que o Grupo de Dez e o grupo são duas coisas diferentes, e que o Grupo de Dez pertence mais a disseminação. Mas quando falamos de disseminação ninguém fala sobre os Grupos de Dez. Por que isso acontece?

Resposta: Em geral, eu não sei qual é a diferença entre o Grupo de Dez e o grupo.

Um Grupo de Dez é um conjunto de pessoas que podem se conectar e, em seguida, se separaram.

Um grupo, no entanto, é mais organizado, fixo, e conecta as pessoas. Ele cria certas condições em torno dele: ele tem um edifício, certo tipo de trabalho. Um grupo é mais estável, sólido e versátil.

Um Grupo de Dez pode ser organizado de forma espontânea, a fim de esclarecer certo problema, por exemplo. Se dez amigos que não estão com pressa para chegar ao trabalho se juntam agora, eles formam um Grupo de Dez.

Eu acredito que os Grupos de Dez, não devem ser fixos. Diferentes membros no meu grupo, no grupo global, em outro grupo, podem ser membros do meu Grupo de Dez. Esta manhã é dessa maneira e, à noite, pode ser diferente, etc. Isso significa que o Grupo de Dez é um método de se reunir para ascender, para resolver um problema específico, para orar e formar uma intenção. Quando as pessoas estão prestes a sair para realizar determinada atividade elas se reúnem, e este encontro também pode ser chamado de um Grupo de Dez.

Um Grupo de Dez é chamado de Minian em hebraico, e isso representa uma Sefira. É costume de orar apenas num Minian (num grupo de dez pessoas).

Isso significa que para se voltar ao Criador, nós temos que ter pelo menos dez pessoas. Quando o grupo é menor do que isso, a sua oração não é aceita, pois uma pessoa não pode elevar seu desejo egoísta pessoal ao Criador. Quando ela o anula para se conectar com os outros e eles fazem o mesmo em relação a ela, um desejo coletivo é criado entre eles, uma intenção comum.

Vamos supor que um círculo é feito de dez pessoas. Neste círculo todos os dez, anulando-se um diante do outro, criam um desejo comum chamado de “esfera de framboesa”.

Tal Grupo de Dez tem um atributo especial, uma vez que os níveis espirituais estão numa relação idêntica entre si, e o Grupo de Dez no primeiro nível é igual a 1 no outro nível. Portanto, a fim de ascender de um nível para o outro, nós temos que estabelecer essa conexão que todas as dez pessoas serão como uma só. Esta é a idéia do trabalho espiritual. Assim, um Grupo de Dez é chamado de Minian decorrente da palavra hebraica que significa numerado (contado).

A Group And Groups Of Ten

Assim, a diferença entre o Grupo de Dez e o grupo é muito clara. Um Grupo de Dez é uma coleção espontânea de pessoas que têm um desejo especial de se conectar e se afastar de seu ego.

O ego joga cada um deles para trás e, assim, eles se conectam internamente contra ele, desejando se unir. Isso significa que a “esfera de framboesa” é a soma dos esforços para se conectar (Σ).

Acontece que cada um sente que está no círculo no grupo de dEz, separado de si mesmo e conectado aos outros. Psicologicamente eu subi, flutuei, sai de mim mesmo, mas na verdade não sai de mim mesmo para algum lugar e não estou voando em algum lugar meditando. Eu estou junto com os outros num volume especial dos esforços coletivos e de nossos anseios comuns.

É nesse estado que o anseio pelo Criador é criado. Nossos esforços internos coletivos (o próximo círculo) não são apenas esforços, mas MAN, uma oração ao Criador.

Da Lição Diária de Cabalá 25/08/13, Perguntas e Respostas com o Dr. Laitman

Se A Atividade Desacelera…

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podemos exigir o poder de ascender ao Criador quando a atividade do Grupo de Dez desacelera?

Resposta: Acontece que, juntos, nós passamos por um estado de descida e sentimos que nossa atividade fica mais lenta, nos sentimos impotentes, e uma descida em nosso anseio, e certo vazio. Além disso, se o vazio é mútuo, ele nos influencia ainda mais fortemente do que se eu estivesse sozinho.

Quando eu estou sozinho e estou num estado de descida, eu me sinto mal quando olho para os outros, já que eu estou num estado mais baixo do que eles, ou isso pode me impressionar e eu posso fazer um esforço para estar no mesmo nível que eles estão, pois entendo que não tenho escolha. Mas, quando o Grupo de Dez passa por uma descida geral, é muito difícil.

Isso acontece muito raramente, mas acontece. Nós também vemos isso durante as aulas. Na semana passada, por exemplo, havia um estado de vazio e foi uma sensação muito difícil.

O que podemos fazer para sair de tal estado? Existem várias opções.

A primeira opção é esperar ajuda dos outros Grupos de Dez; nós não estamos sozinhos, somos muitos.

A segunda opção é para que todos possam baixem suas cabeças. Se uma grande onda surge, todos nós temos que abaixar nossas cabeças e essa onda vai passar por cima de nós. Então, vamos flutuar acima da água novamente, vamos começar a respirar o ar novamente e gradualmente sair deste estado. Às vezes temos que agir desta forma.

Às vezes temos que resistir, o que significa não esperar a influência de um outro Grupo de Dez e não baixar a cabeça submissamente (embora também seja um grande problema abaixar-se diante do Criador), mas agir contra Ele. Se vocês podem se reunir e exigir isso do Criador, então é ótimo. Clamar, pedir, xingar, façam tudo que puderem, mas resistam de alguma forma.

Se vocês não conseguem fazer nada, se estavam ativo antes e tudo estava bem, e agora é como se tivessem recebido um golpe na cabeça e não conseguem sair deste estado de forma alguma, pelo menos acompanhem este estado, estudem-no e vejam até que ponto vocês são apenas “trapos”, e que todo o Grupo de Dez é inútil.

Um pouco de Luz foi tirado de vocês e vocês já estão em tal estado. Isto significa que estão sob o controle total da Luz e isso também é algo que devemos sentir.

Da Lição Diária de Cabalá 25/08/13, Perguntas e Respostas com o Dr. Laitman

Pessoas Comuns, Com Infinitas Possibilidades

Dr. Michael LaitmanPergunta: Depois que eu já me anulei perante os meus amigos, o que mais devo fazer?

Resposta: Ao anular a si mesmo, a pessoa se torna como uma gota de sêmen que entra no útero e se prende à sua parede. Em seguida, o feto espiritual tem que crescer. Ele começa recebendo sangue (desejos associados com o nível inanimado) que adiciona mais substância material a ele. Posteriormente, esse material inanimado vai se transformar numa substância vegetal, e depois vai se desenvolver nos níveis animal e falante.

Ordinary People With Endless Possibilities

De repente, a pessoa sente ódio em relação ao superior e, portanto, deve trabalhar com isso a fim de se anular novamente. Devido a esta autoanulação, a pessoa se molda à semelhança do superior, uma vez que se torna receptiva de tudo o que o superior lhe dá. Diz-se que “um feto nas águas de sua mãe vê o mundo inteiro de uma extremidade à outra. A vela é acesa acima de sua cabeça (a Luz de Keter) e ele aprende toda a Torá”. A Luz atinge todos os seus desejos 620 e os corrige, adicionando neles a intenção de doar.

Tudo isso acontece como resultado da autoanulação. Não há mais nada que devemos fazer, exceto isto: o nosso progresso começa com a autoanulação. Cada nova etapa do nosso caminho é apenas um novo nível de autoanulação. A pessoa se anula e o superior começa a trabalhar nela como o útero de sua mãe. Do mesmo modo que na vida regular, o feto está em conformidade com a sua mãe. É como se ele ainda não existisse, nem compreendesse ou sentisse nada; tudo o que o feto faz é se anular totalmente. Mais tarde, nós começamos nos anulando em níveis mais elevados, Ruach, HGT.

Então, um período de “amamentação” (alimento) começa; trata-se de uma autoanulação ainda maior do que na fase anterior. O superior nos mostra que Ele age e que algumas de Suas ações são reconhecidas pelo nosso egoísmo como incorretas e até mesmo terríveis. Veja o que o Criador faz com o mundo, que aflição Ele provoca nas pessoas! Todos os nossos problemas são originados por Ele.

Quando os desejos corrompidos despertam em nós, nós os sentimos como uma manifestação da atitude horrível do Criador para com a criação. Isso significa que os reais poderes egoístas (Klipot) se revoltam em nós. Nós temos que “ignorar” a nós mesmos e aceitar estas situações, indo com fé acima da razão e considerando-os como as melhores circunstâncias que poderiam ter acontecido conosco.

Nós recebemos forças para a autoanulação dos nossos amigos, do nosso “Grupo de Dez”. Não há nenhum outro lugar para a revelação espiritual; nós existimos apenas neste grupo. O poder vem do Criador para nós somente através deste grupo de pessoas. Antes, nós éramos todos iguais, mas agora vemos nossos amigos como muito grandes. Nós éramos os únicos que os fizeram parecer grandes, ao passo que eles, de fato permanecem iguais, mas devido a nossa autoanulação, nós podemos começar a receber alimentação por meio deles como um feto de sua mãe.

Nós podemos receber todo o mundo do infinito através deles, pois, como falamos, nós estamos nele, mas só não vemos ou sentimos esta Luz infinita por causa de nossas propriedades corrompidas. Portanto, se continuarmos trabalhando corretamente, podemos receber tudo através de nossos “Grupos de Dez” conforme o nosso grau de autoanulação. Este processo não depende de nossos amigos. A tarefa deles é apenas estarem prontos para fazer a mesma coisa, pelo menos, em certa medida. Isso já será suficiente para que através deles nós alcancemos o estado do mundo do infinito.

Da Lição Diária de Cabalá 24/05/13, Escritos do Rabash

Tudo Começa A Partir Do Grupo

Nós precisamos construir o nosso trabalho de acordo com uma organização precisa.

1. Não consigo voltar-me para o todo, para o público em geral, sem antes estar incluído no grupo (grupo de dez).

2. Só após estar incluído nele é que recebo a Luz Circundante (Ohr Makif).

3. Depois disso eu influencio o todo, as pessoas, o que chamamos de “educação”.

4. Unimo-nos a eles.

5. Eu trago-os a todos ao grupo, o que é chamado de trazer as “Nações do Mundo” a “Israel”, e todos merecem descobrir o Criador.

Do grupo eu transfiro para o todo (←) e do todo de volta para o grupo (→) e, por meio da Luz Circundante recebemos Luz Interior (Ohr Pnimi). Porque agora temos um Kli, um desejo de receber, juntamente com a intenção.

Estou encontro-me simplesmente no meio, executando a ação. Eu trabalho num grupo com Galgalta ve Eynaim (GE), e com o público, que é AHP, e eu fico no meio do Terço Superior (1/3) de Tifferet onde há livre escolha.

Portanto, se eu não estou incluído num grupo, não tenho por onde começar. Cada um dos meus passos deve começar a partir desta inclusão e esta é a acção mais importante e o fundamento de todas as acções. Se houver inclusão então é possível continuar a actuar; se não houver inclusão então é impossível continuar. Pois após isto eu ajo, não com minhas próprias forças, mas especificamente através do poder da inclusão mútua que recebi do grupo, graças à submissão. O meu poder individual é egoísta e só através de anulação do meu ego, por meio da inclusão entre os amigos (1), posso receber deles o poder de doação e com a sua ajuda eu dirijo-me ao público em geral (2).

E então eu trabalho com isso também de acordo com a forma como o fiz com o grupo de dez. A minha inclusão na sociedade é como a inclusão com o meu bebé a quem eu quero dar tudo de bom. Eu não sou condescendente, ao invés curvo a cabeça perante o público com amor.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/08/13, Conversa sobre os grupos de Dez

Trabalhar Com Grupos De Dez: Um Permanente Limiar De Compreensão

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se o Grupo de Dez não está suficientemente conectado, como é possível adicionar mais conexão a ele?

Resposta: Haverá mais conexão num Grupo de Dez, se eu usá-lo para me anular.

Em geral, eu preciso usar o mundo inteiro para isso. Pois o mundo foi criado para mim: os amigos, o Grupo de Dez, toda a humanidade, tudo o que está acontecendo, toda a imagem que está compreendida na minha consciência, que se divide em inanimado, vegetal, animal e humano. Toda a minha compreensão da realidade é projetada por mim para que eu transforme a minha compreensão da realidade numa força, no Criador, em “não há outro além Dele”.

Agora, toda a minha compreensão da realidade é dividida aos meus olhos em quatro fases (inanimado, vegetal, animal e falante) e em bilhões de partes, só porque o meu desejo de receber foi quebrado. Especificamente, esta quebra desintegrou o mundo em partes separadas e, assim, oculta a força única. O meio mais útil que me possibilita compreender esta força é o grupo.

O grupo deve se unir e tomar certas medidas para proporcionar a todos a oportunidade de sentir tal unidade, o que significa a conexão. Quanto mais as pessoas se conectam, mais nós subimos de nível para nível. Cada um dos níveis que nós compreendemos primeiro é uma forma fragmentada, dispersa, quebrada e, após isso, nós a trazemos para o conceito de um único todo.

É assim que eu termino o nível atual e posso subir para o próximo nível onde recebo novamente um ego adicional, um desejo de receber adicional. Então, eu vejo novamente uma imagem confusa do mundo, que é caótica e despedaçada de um extremo ao outro do mundo e, novamente, eu preciso coletar e reunir suas partes, atribuindo-lhes uma força de acordo com os princípios de “Israel, a Torá e o Criador são um”, “Não há outro além Dele”, “O Bom que faz o bem”.

E é assim que nós sempre avançamos, passo a passo. A fim de tornar todo este processo mais fácil para mim, eu me encontro num pequeno grupo, num Grupo de Dez. No nosso grupo há várias centenas de pessoas, e é impossível estar conectado a todas; é como se você quisesse estar conectado com o mundo todo. A pessoa não compreende mais do que dez “imagens” reais; é assim que somos construídos. Não é por acaso que em várias línguas primitivas há uma contagem até dez e depois disso vem a definição abrangente de “muitos”.

Mas, basicamente, isso não é primitivo, mas sim o resultado do nosso entendimento. Na verdade, tudo o que é mais do que dez, mesmo que seja quinze e mesmo que seja um milhão, não faz diferença para mim, porque isso transcende os limites da minha compreensão. Por exemplo, se nós despejamos num copo mais do que ele pode conter, não importa o quanto mais, mesmo se derramamos algumas gotas ou alguns metros cúbicos, é a mesma coisa.

Portanto, nós dividimos a nossa sociedade em Grupos de Dez, onde vai ser fácil para a pessoa ser incluída no seu ambiente, para se dedicar aos amigos, para se preparar para um estado onde ela se dedicará ao mundo inteiro, isto é, se dedicará ao poder superior, ao Criador. Sobre isso, diz-se, “Eu me sento entre o meu povo”; é assim como nós preparamos nossos Kelim, é assim que isso se expressa de seu lado.

Mas isso não significa que eu pretendo ficar encerrado dentro do meu Grupo de Dez, ficar isolado dentro dele e ignorar o resto. Uma abordagem como esta já é uma  Klipa – uma casca. Porque, se antes eu era um simples egoísta, agora eu quero me beneficiar, com o meu desejo de receber, da conexão com os outros, da minha devoção a eles. Especificamente neste caminho as forças “sugam” a doação. Neste caso, diz-se, “A dispersão dos ímpios, isso é bom para eles e bom para o mundo. É bom para eles, para que eles não estejam em Klipa, e é bom para o mundo, porque eles não virão para o mundo inteiro com seu método”.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/08/13, Conversa Sobre os Grupos de Dez

Reorientando O Trabalho Nos Grupos De Dez

Dr. Michael LaitmanOs Grupos de Dez não devem ser isolados uns dos outros. Nenhum deles deve sentir que está separado ou distinto dos outros.

Eu participo do Grupo de Dez para neutralizar o meu ego e ser leal ao mundo inteiro. Se eu não chego a este sentimento, se não sou leal ao mundo, não estou conectado a ele, isso significa que o meu Grupo de Dez é inútil, porque não me prepara adequadamente.

O Grupo de Dez é um mini-mundo onde eu estou aprendendo a estar integrado com os outros. Se eu não estou incluído neles, eu não organizo o meu ego como deveria, na direção “do amor pelo ser criado ao amor pelo Criador”.

No Grupo de Dez, eu devo realizar vários exercícios de sair de mim mesmo, para me sentir “estendido”, “espalhado” entre todos. Eu não existo, não sinto a mim mesmo, a minha individualidade, o meu “eu”, e o Grupo de Dez deve me ajudar nisso. “Cada homem deve ajudar o seu próximo”; é assim que devemos estar conectados com o outro.

Como resultado, o nosso desejo comum, que pertencente a todos, tem que arder no “centro” do Grupo de Dez. Neste desejo, eu sinto que não há “eu” e “outros”, mas apenas “NÓS”.

Com base nesta unidade, nós pensamos, sentimos e tomamos decisões somente a partir de NÓS. Eu resisto a tudo o que é chamado de “eu”, e elevo e consolido tudo o que se relaciona com NÓS. Só nossa unidade deriva de meus pensamentos e sentimentos, e através dela, como através de óculos ou binóculos, eu olho para o mundo todo.

Certo esforço interno é necessário aqui, a fim de “dissipar” o meu “eu”, não permitindo o foco sobre ele, mas mantendo o foco apenas no centro do grupo em que NÓS estamos juntos, e vendo o mundo, a realidade, desta forma . Nada que não pertença a NÓS existe para mim.

A pessoa tem que viver e trabalhar o máximo possível neste esforço interior. Pois é através do centro do Grupo de Dez que ela imagina que vai obter a Luz que Reforma.

No entanto, para focar corretamente no NÓS, no centro da dezena, todo o Grupo de Dez tem que manter a intenção de doar. Como isso é verificado? Em sua relação com outros Grupos de Dez e o mundo. Quando o Grupo de Dez se torna um todo, quando dez homens se tornam um, esta unidade ganha volume e, mais uma vez, é reduzida a um e adquire volume, até que finalmente chegamos ao Um, o Criador.

Assim, o critério da nossa unidade é o desejo do Grupo de Dez de se conectar com os outros e se tornar um todo com eles. Como nós podemos fazer isso? Como podemos testar a nós mesmos?

Eu posso verificar a mim mesmo se eu entro em qualquer Grupo de Dez e sinto que estou dentro do meu próprio grupo. Não há Grupos de Dez primários ou secundários, e eu não me importo em qual Grupo de Dez eu me encontro. Eu simplesmente me conecto às pessoas que querem se unir, conectar, sem qualquer distinção.

Para tornar o nosso trabalho tão puro quanto possível, nós não podemos considerar o atual Grupo de Dez como a nossa “casa”, e todo o resto como um “território estrangeiro”. Não, todas as pessoas que querem se unir representam o meu “território”, o mesmo Grupo de Dez. É suficiente que elas tenham uma pequena atração pela unidade, e eu já posso estar junto com elas.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 20/08/13, Conversa sobre os Grupos de Dez

O Mundo Através De “Visões”

Dr. Michael LaitmanNós devemos nos esforçar apenas em unir tudo num ponto, onde o Criador e a criatura, “algo a partir de algo” e “algo a partir do nada”, estão aderidos. Todas as ocultações, distorções, contradições e eventos parecem existir só porque não sentimos e não percebemos unidade. Não há tempo ou lugar. Existe apenas o estado de falta de unidade e é isso que nós experimentamos e vivemos

Tudo o que eu sinto agora em torno de mim e dentro de mim é a falta de unidade em todas as formas possíveis. No momento em que eu consigo unir tudo, o mundo se tornao mundo de Ein Sof (Infinito).

Pergunta: Como nós podemos conectar tudo isso para trabalhar num Grupo de Dez?

Resposta: O Grupo de Dez é uma ferramenta de apoio numa “visão”, com a qual eu vejo o mundo. Ele me ajuda a me concentrar nele e a alcançar a unidade. Suponhamos que haja um pequeno círculo no centro da lente, com um “X” no meio que me ajuda focar o alvo.

A disseminação nos ajuda a esclarecer a meta que não vemos no momento e na qual não podemos nos concentrar, uma vez que está além do horizonte. A disseminação cria as condições, os dados que devemos colocar na fórmula para calcular a direção certa para a meta. Há milhares de parâmetros que devem ser levados em conta a fim de disparar, como calor, frio, condições meteorológicas, vento, diferentes desvios, constantes e estados mutáveis.

Tudo isto deve ser incluído numa fórmula de modo a assegurar que atinjamos o alvo. Esta fórmula é todo este mundo, tudo o que vemos em nossos 613 sentidos.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 24/07/13, Escritos do Baal HaSulam

Cuidado Com Os “Impulsos Agradáveis”

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “O Amor do Criador e o Amor da Criatura”: Com isso a criatura se desenvolve nos graus da sublimidade de cima até que perde qualquer forma de amor próprio e recepção pessoal. Nesse estado, o seu próprio atributo é doar ou receber a fim de doar. Nossos sábios disseram sobre isso, ‘As Mitzvot foram dadas apenas para purificar as pessoas’. Assim, a pessoa se apega à sua raiz, como se diz, ‘e se apegar a Ele’.

Por que nós estamos aqui neste mundo, o pior dos mundos possíveis, no andar debaixo do qual não há nada? Apenas por uma razão, para aprender a doar e passar por todas as etapas no caminho até chegarmos à total adaptação ao Criador, que é chamado “se apegar a Ele”.

Isto é o que nos diz a sabedoria da Cabalá. Ela corrige a inclinação ao mal que inicialmente nos foi dada e que se desenvolve em nós. Isto significa que temos que aprender como usar corretamente o método que tem a Luz que Reforma e aprender a fazer as ações corretas para evocar esta Luz, visto que ela nos corrige e assim avançamos.

Na verdade, estas são todas as ações que nós temos que realizar, ações de doação, com as quais nós sempre evocamos sobre nós a maior Luz que Reforma. Ela já sabe qual desejo precisa ser corrigido e quais são as fases de correção. Nós não precisamos fazer o seu trabalho, uma vez que, nesse meio tempo, não podemos seuqer falar disso. Deixe-a nos corrigir, já que este é o seu negócio e nós só temos que dar a ela uma chance. Ela depende disso, e dar a ela uma chance é nossa responsabilidade.

Portanto, não há nada mais que possamos fazer exceto ações com as quais damos satsfação ao outro e o ajudamos. Por quê? Este é o mandamento do superior. Eu não me importo com o outro e não quero conhecê-lo; eu não o sinto de maneira alguma. Mas há uma força superior, e ela me obriga a fazê-lo e me explica que é por tais ações que posso dar-lhe satisfação. Assim, eu me volto ao outro.

Assim, fica claro que se eu ajudar o outro sem a intenção de dar satisfação ao Criador, estas são ações falsas que me levam ao resultado oposto, à destruição. É porque o Criador criou tudo para que cheguemos a Ele. Os impulsos agradáveis de fazer algo pelo bem da humanidade, como o comunismo na Rússia ou o movimento dos Kibutzim, só levam à destruição.

Eu tenho que cumprir o princípio de “Israel, a Torá e o Criador são um” em todas as minhas ações. “Israel” sou eu, a “Torá” é a correta conexão entre eu e a toda a humanidade, começando com pessoas que estão mais próximas de mim até as mais distantes, a conexão que a Luz que Reforma estabeleceu. O Criador é o que é revelado como o que engloba esta rede.

A satisfação está nas relações entre as pessoas. A Luz que Reforma a realiza e eu a evoco, e tudo é para permitir que o Criador seja revelado, já que isto é o que dá satisfação a Ele. Assim, nós não devemos evitar a humanidade geral e, especialmente, o grupo, o meu Grupo de Dez…

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/06/13, Escritos do Baal HaSulam

O Ponto De Partida Da Linha Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso querer conexão com os outros, de modo que eu sinta que isso é realmente algo que eu preciso?

Resposta: Você vai querer se conectar com outras pessoas apenas com a condição de que você perde a esperança de atingir a meta sozinho. Exatamente como em nosso mundo, quando eu devo movimentar um bloco de cinquenta quilos, mas não tenho força para fazer isso, não tenho escolha, preciso movê-lo, e por isso sou obrigado a pedir ajuda.

Por isso eu vou a alguém e digo: “Por favor, até agora eu pensei que não precisava de você. Concordo que fui desrespeitoso com você. Não estou tentando me justificar, mas era natural que o meu ego se comportar assim. Mas agora eu preciso de você, não tenho escolha. Por isso venho a você pedir que você se torne meu amigo e me ajude a levar esta carga. E se você precisar de algo assim, eu também poderei ajudá-lo!”.

Nós começamos tudo isso a partir do ego. Mas depois disso, por meio de esforços egoístas, vemos que precisamos da verdadeira conexão recíproca numa base permanente. E se nós perseveramos em nosso trabalho através dos “Grupos de Dez” e workshops, começamos a sentir o quanto de novo nasce desta permanente conexão recíproca. Se não recuarmos e superarmos a frieza que surge de vez em quando, por fim vamos descobrir que podemos usar este modelo dos grupos de dez como uma ferramenta, como um meio, como alavanca.

Este é o meio obrigatório fundamental; este é o “ponto no coração” que inclui todos, a partir do qual nós começamos nossa linha espiritual ascendente se nos relacionamos com isso de forma correta. Então, nós exigimos da conexão entre nós resultados cada mais qualitativos. Tudo nasce da única e exclusivamente da conexão e todo o resto, o professor, os livros, eles só ajudam nisso. Mas o principal é a conexão na qual a subida é realizada.

Portanto, não é necessário esperar que eu lhes traga a espiritualidade numa bandeja. Vocês vão descobri-la somente dentro de sua conexão, dentro do Grupo dos Dez. Por isso é necessário se esforçar que este workshop seja sustentado permanentemente, sem parar por um momento sequer. Para cada condição que aparece na minha vida, é como se eu estivesse discutindo com os amigos neste workshop infinito. É como se eu me encontrasse em diálogo, em discussão com eles a cada momento, e desta forma eu esclareço todas as perguntas.

Eu não tenho outra maneira de sair de qualquer situação, além do centro do Grupo de Dez! Para tudo na vida eu me relaciono somente a partir deste ponto de nossa conexão, da nossa consciência coletiva, no qual todos nós anulamos um ao outro, estamos ligados uns com os outros, e nos completamos. Somente desta forma haverá realização do ponto correto e preciso, que é o meu ponto no coração que se conecta com todo o resto. É assim que eu preciso descrever a mim mesmo o tempo todo.

Assim, através dos amigos eu tento desenvolver a importância da meta, ser “inflamado” pelo seu entusiasmo. Eu os aprecio como grandes e estou feliz que por merecer uma conexão com outros dez grandes da geração. Eu agradeço o Criador que os enviou a mim, para que eu certamente fosse capaz de me comunicar com Ele.

Na verdade, eu ainda não sinto o Criador, mas já tenho uma conexão com Ele através deste Grupo de Dez (através deste Minian). Talvez a conexão ainda não seja tão boa e ainda seja egoísta da minha parte e, portanto, eu não ouça a voz do Criador no fone de ouvido, mas este telefone já existe e funciona. Eu falo nele e acredito que o Criador me ouve. Como eu já preparei o Kli, o aparelho, nós estamos conectados juntos, nos anulamos; eu aprecio e respeito os amigos, e tenho certeza de que o Criador é o único que organizou este grupo para mim, colocou minha mão sobre a boa fortuna e disse: escolher para si.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 04/07/13, Escritos do Rabash