Sete Princípios De Sobrevivência Em Condições Desumanas
Comentário: Viktor Frankl, médico e psicoterapeuta, sobreviveu a condições desumanas em quatro campos de concentração diferentes, incluindo Treblinka, Theresienstadt e Auschwitz. Ele e outros sobreviveram graças à sua teoria de como sobreviver em condições desumanas.
Mas o mais interessante é que ele não tentou testar isso sozinho, mas passou tudo para outras pessoas. Ele fez tudo por elas – como sobreviver – e muitas pessoas sobreviveram. Ele escreveu sobre isso em vários livros. Por favor, comente sobre seus pontos sobre como sobreviver em condições desumanas.
O primeiro ponto, e este é o ponto principal para ele, diz: “Quem tem um ‘porquê’ para viver, pode suportar quase qualquer ‘como’”.
Minha Resposta: ‘Porquê’ é o objetivo. E ‘como’ já é a conquista do objetivo.
Pergunta: Mas como escapar do peso que caiu sobre uma pessoa, da desesperança?
Resposta: Sempre descobrindo como se aproximar do objetivo. E isso faz você continuar. O objetivo atrai você, molda você, define como viver sua vida, e a cada momento você sabe como usá-lo.
Pergunta: Devem ser algum tipo de objetivos intermediários?
Resposta: Este é o objetivo final, que está sendo determinado a cada momento do tempo.
Comentário: O segundo ponto: “Em condições desumanas, só sobrevivem aqueles que olham para o futuro, que sonham em cumprir o seu destino”.
Ele atinge esse ponto o tempo todo.
Minha Resposta: Sim, é natural.
Pergunta: Se estou olhando para o futuro, eu o quê? Eu não percebo o que está acontecendo ao meu redor?
Resposta: Não, você vê tudo ao seu redor como condições para atingir esse objetivo.
Pergunta: Então você está dizendo que isso é o que me é dado para atingir a objetivo?
Resposta: Sim. E isso é tudo que eu preciso para formalizar o objetivo final.
Pergunta: Então, em algum momento você pode até ser grato pelos obstáculos mais terríveis?
Resposta: Claro. Você sente e, finalmente, revela que tudo o que acontece é apenas para você alcançar – você, pessoalmente – seu objetivo!
Comentário: O terceiro ponto: “Ninguém tem o direito de cometer iniquidade, mesmo aquele que sofreu com a iniquidade e sofreu com muita crueldade”.
Minha Resposta: Existe uma lei global do universo e, portanto, você deve tratar todos em um determinado momento como uma pessoa que está cumprindo seu destino superior.
Pergunta: Mesmo um inimigo?
Resposta: Ainda mais. Então você fará a coisa certa, sobreviverá e alcançará seu objetivo. Ou seja, você mesmo o cria por sua atitude correta para com todos: para com o inimigo, para com um amigo, para com todos. Você se molda internamente por isso, você se corrige o tempo todo e, assim, se aproxima do objetivo final: o tipo que você deve finalmente encontrar.
Pergunta: Isso é possível?
Resposta: Este é em geral, em outras palavras, o nosso caminho.
Comentário: “Cada pessoa é insubstituível e sua vida é única. Portanto, a tarefa de cada pessoa é tão única quanto sua capacidade de realizar essa tarefa é única.”
Resposta: Sim.
Pergunta: É assim que se olha para si mesmo e para as outras pessoas? Esse é o jeito certo de olhar?
Resposta: Para cada pessoa, sim, é algo único.
Pergunta: Então eu não posso tirar a vida ou estuprar uma pessoa de forma alguma, nada?
Resposta: Você não pode fazer nada.
Pergunta: Em quais relacionamentos devo estar, neste caso, se for único? Minha vida e a vida dela são únicas.
Resposta: Você deve olhar para ela como se estivesse em circunstâncias excepcionais em cada momento, que você deve usar de acordo com as regras da cooperação absoluta, ou seja, para o equilíbrio absoluto entre você e o mundo ao seu redor.
Pergunta: E o que você deve fazer durante a guerra quando há inúmeras vítimas?
Resposta: Ainda mais. Então esses sentimentos se intensificam.
Pergunta: Então tanto a pessoa que mata quanto a pessoa que defende chegam de alguma forma a esse estado?
Resposta: Nem todos. Mas se uma pessoa pensa em sua verdadeira realização real, ela chega à conclusão de que toda vida é única e individual.
Comentário: O seguinte princípio: “O sentido da minha vida é ajudar os outros a encontrar sentido na vida deles”. Isso é o que você costuma dizer.
Minha Resposta: Isso é totalmente nosso.
Pergunta: Mas ele não era um Cabalista. Como ele chegou a isso?
Resposta: Você não precisa ser um Cabalista para isso. Você apenas tem que ser uma pessoa que está procurando a essência da vida. Então ela vê que a essência da vida é revelar a essência da vida para outras pessoas.
Pergunta: Diga-me, quando uma pessoa chega a essa altura? Normalmente uma pessoa vive para encontrar o sentido de sua própria vida.
Resposta: É assim que a busca da própria vida leva uma pessoa ao fato de que ela vê que pode realizá-la através do sentido da vida dos outros, dando-lhes o sentido da vida.
Comentário: “O amor é o objetivo final e mais elevado ao qual o homem pode aspirar. A salvação do homem é através do amor e no amor”.
Minha Resposta: Sim. Isso se refere ao amor, entendendo a essência da natureza, que consiste em tal conexão de todas as pessoas quando elas não sentem que estão separadas. Esse senso emergente de comunidade, estar em um desejo, é a realização do objetivo da vida.
Este único desejo, a conexão de todos em um desejo, isso é amor.
Comentário: “Mesmo a vítima indefesa de uma situação desesperadora, enfrentando um destino que não pode mudar, pode se elevar acima de si mesma, pode crescer além de si mesma e, assim, mudar a si mesma”.
Minha Resposta: Quando uma pessoa se coloca diante do absoluto, diante do fato de que não pode mudar nada, ela entende a necessidade de mudar a si mesma, que esta é a única maneira de fazer algo, de continuar a existência correta no mundo em geral, no fato de eu mudar a mim mesmo. Deste momento em diante, para o seguinte, para o próximo e para o próximo, passo a passo, para viver sua vida de tal maneira que você mude a si mesmo a cada momento.
Pergunta: Você recebe becos sem saída, certo?
Resposta: Como você pode fazer sem eles? Se uma pessoa não sente um beco sem saída, ela não está avançando.
Pergunta: Um estado desesperador é uma saída para você?
Resposta: Sim, é como um carro de brinquedo. Ela esbarra em algo e começa a girar. Se ela esbarrar em algo novamente, ela tem que girar novamente. E assim busca o tempo todo até descobrir de todas as possibilidades que existe uma saída.
Pergunta: Como resultado, uma pessoa que se move de um beco sem saída para outro beco sem saída necessariamente encontra uma saída?
Resposta: Certamente. Tudo está programado.
Pergunta: Então eu, em princípio, como pessoa, devo agradecer por um beco sem saída?
Resposta: Claro! Esta é a força da nossa formação.
Comentário: Mas eu sempre quero evitar becos sem saída. O homem quer evitá-los.
Minha Resposta: Você pode realmente tomar a decisão certa sem um beco sem saída?
Comentário: É improvável.
Minha Resposta: Não é possível.
Pergunta: Qual é a decisão certa que a humanidade deveria tomar hoje?
Resposta: É o mesmo em todos os casos: anule-se.
Comentário: “Anule-se”, isso está claro para seus alunos.
Minha Resposta: E quanto ao resto, deve ficar claro.
Pergunta: O que você quer dizer com a palavra “anular”?
Resposta: Significa que não decido o que fazer, não decido o objetivo, não o retrato para mim mesmo e depois tento alcançá-lo. Só posso fazer uma coisa: me anular perante os outros para que eles atinjam seu objetivo.
Se meu objetivo é algo diferente de ajudar os outros, eu estou no caminho deles. Se eu me anular, eu os ajudo a ir para o seu objetivo. No final, todos devem estar ocupados utilizando-se dessa maneira – ajudando os outros a alcançar seus objetivos.
Pergunta: O que acontece com o meu “eu”?
Resposta: É quando esse “eu” se manifesta como um coletivo geral no qual se revela a força superior da natureza, a única força que existe e guia.
De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 07/03/22