Uma força negativa deve ser percebida como um elemento necessário para a direção certa em direção ao objetivo. Nesse objetivo, forças positivas e negativas se unem, e graças à sua conexão, o objetivo se torna visível para nós.

No mundo material, primeiro vemos o alvo e depois devemos tentar mirar nele. Mas na espiritualidade, é completamente diferente: se eu miro corretamente no alvo, eu vejo que ele está na minha frente.

Na espiritualidade, sempre nos encontramos em frente a um muro, e somente se encontrarmos uma solução veremos que há uma porta no muro. E a solução não é descobrir o que nos atrapalha ou nos ajuda, mas ser capaz de reunir todos os pré-requisitos para que eles se complementem e não haja nada supérfluo.

Portanto, cada decisão é uma conquista da perfeição. E na perfeição não há componentes bons ou ruins, não há componentes negativos ou positivos, mas tudo se complementa.

No mundo material, você pode ver uma porta fechada, mas no mundo espiritual, a porta só é visível se estiver aberta. Uma porta aberta só pode ser vista através dos olhos da fé perfeita. No momento em que alcançamos a fé perfeita, uma passagem se abre.

Se há um muro em branco na minha frente onde nenhuma porta é visível, mas eu realmente quero que a passagem se abra, ela se abrirá.

No mundo material, primeiro vemos uma porta fechada e só então tentamos abri-la. Mas não há portas fechadas na espiritualidade: ou a porta está aberta, ou há apenas um muro em branco. E quando chego à fé perfeita, vejo instantaneamente a porta aberta.

Fé perfeita significa que nada me separa do que está do outro lado do muro. Se eu alcanço tais qualidades em mim mesmo, a barreira de separação desaparece.

Da Lição Diária de Cabalá, 12/04/22, “Pesach“

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Comentário: Os cientistas estabeleceram que não existe um gene do altruísmo como o entendemos na natureza. Existe apenas na forma de coletivismo, quando eu, como egoísta, realizo ações voltadas para o benefício de todo o organismo porque entendo que não posso existir sem ele.

Isso é bem conhecido pelo exemplo das formigas, que quando infectadas com um vírus mortal deixam o formigueiro para não infectar outras formigas.

Minha Resposta: As formigas têm o altruísmo desenvolvido no nível genético e cumprem ordens sem ter livre arbítrio. Nós não temos esse gene por natureza. Portanto, não podemos nos comparar com formigas. Se eu fosse programado como elas, também pensaria no meu próximo.

No entanto, isso não seria altruísmo, mas o mesmo egoísmo que faz você pensar nos outros. Uma mãe que pensa em seu filho é altruísta? Não, este é o filho dela, e ela o sente como a parte mais preciosa de si mesma.

De KabTV, “Close-Up, Gene do Altruísmo”, 19/09/10

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Pergunta: Uma pessoa tem uma necessidade inerente de acreditar em algo, ter ídolos, admirar e adorar algo. A fé é inerente à nossa natureza ou é resultado do desenvolvimento da sociedade?

Resposta: A fé é uma característica de um organismo altamente desenvolvido. Não podemos dizer que algumas criaturas ou animais primitivos tenham fé. A fé é uma necessidade natural de uma pessoa, pois vem de suas inseguranças.

A fé é um movimento interno de uma pessoa que quer se colocar em algum tipo de pedestal, em alguma base natural ou científica essencial, onde possa confiar em algo.

Pergunta: Como um Cabalista, no que você acredita, o que você adora?

Resposta: Em geral, não acredito em nada e não cultuo nada nem ninguém. Mas, por outro lado, há coisas que elevo, respeito e tento chegar ao nível. Você pode dizer que eu meio que as adoro, mas essa adoração é mais como respeito.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 05/04/22

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O coronavírus nos deu um fôlego curto por algumas semanas e depois começou a se espalhar com vigor renovado. Nós nos perguntamos por que essa epidemia aparentemente não vai acabar? Mas isso é um sinal de que ainda não fizemos o que deveríamos ter feito para responder adequadamente a esse vírus.

Como de costume, não há outra cura senão conexão ou reaproximação entre nós e uma atitude mais humana e atenta um ao outro. Isso teria enfraquecido muito o vírus.

Esperávamos que depois que metade do país estivesse doente com a Ômicron, algum tipo de imunidade geral surgisse, mas por algum motivo a pandemia não está desaparecendo e, em vez disso, está crescendo novamente. O fato é que as leis anteriores não se aplicam a esse vírus. Elas não vão ajudar mais.

Afinal, este não é um vírus comum, mas que exige que consertemos as relações entre as pessoas. Parece que o que o vírus pode saber sobre nossas relações? No entanto, o vírus sabe tudo porque tem todas as informações dentro dele. Achamos que é apenas um pedaço de DNA, mas ele está vivo!

Este não é um elemento morto ou um vegetal, mas está de fato no nível animal, o mesmo que nós. O coronavírus tem uma mente e sentimentos. Ele percebe o ambiente e o influencia. É capaz de se conectar com os outros, penetrar no corpo humano e se integrar tanto a ele que começa a controlar esse corpo.

Não o trate com condescendência e negligência. Parece-nos: como o vírus pode saber se eu disse olá ao meu vizinho hoje? Mas o vírus é mais esperto do que nós e sabe tudo. O vírus controla o mundo porque é uma partícula do Criador.

O coronavírus é um importante elemento da natureza, que inclui nele uma concentração especial de todas as informações sobre este mundo para influenciá-lo. Portanto, só pode ser destruído melhorando nossas relações humanas.

Isso pode parecer um pouco ingênuo, mas vamos tentar! Não temos nada a perder. Vamos começar a nos tratar bem e com muita atenção e carinho. Cuidaremos dos necessitados, dos idosos, das crianças e uns dos outros; não vamos jogar lixo na rua nem fazer barulho. Vamos tentar pensar nos outros e tentar fazer tudo para que eles se sintam bem.

Não estou esperando que alguém me diga o que fazer, mas estou procurando onde posso ajudar os outros com minha atitude gentil e mostrar a eles que realmente os desejo bem. Vamos fazer tal experiência no país e daqui a um mês vamos verificar qual é a situação com o coronavírus através das seguintes perguntas: A pandemia continua ou não? Quantas pessoas morreram este mês? Quantas morreram em acidentes de trânsito? É fácil verificar, vamos tentar.

De KabTV, “Insight”, 21/03/22

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A questão do propósito da vida surge em uma pessoa porque a natureza nos empurra para isso, seu programa, segundo o qual devemos nos desenvolver até compreender todo o volume do universo e sentir a estrutura de um mundo comum que vai além deste mundo, para onde nos sentimos hoje apenas em nossa hipóstase animal.

Hoje somos feitos de matéria inanimada, vegetal e animal. E temos que dar um passo adiante.

Somos apenas animais. Enquanto eu existir, meu corpo físico existirá. Ou seja, meu “eu” está incluído nesse animal e vive nele.

E como posso arrancar este “eu” do meu estado animal e fazê-lo desenvolver-se individualmente, separadamente do meu animal, independentemente dele, de modo que mesmo que este animal morra, meu “eu” permaneça? Como posso arrancar esse “eu” para que ele exista independentemente? Esta, em princípio, é a ideia da Cabalá porque neste caso temos algo pelo que viver.

Arrancar seu “eu” significa elevar-se acima de seu estado animal para que ele não o impeça de existir independentemente. Em nosso mundo, todos os tipos de teorias foram desenvolvidos há muito tempo sobre como suprimir o corpo, praticamente matá-lo, destruí-lo com todo tipo de sofrimento, tortura, greves de fome, meditações, etc.

A Cabalá é uma técnica especial baseada no fato de que uma pessoa, junto com esta vida e junto com este corpo, deve começar a sentir um mundo calmo e vasto no qual seu “eu” existe acima de seu corpo, independentemente dele.

De KabTV, “Close-Up, Teatro do Absurdo”, 18/07/10

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Comentário: O fundador da psicanálise, Sigmund Freud, argumentou que se uma pessoa pergunta sobre o sentido da vida, é uma doença mental.

Minha Resposta: Do ponto de vista de um psicanalista, ele está certo porque uma pessoa deve viver normal e pacificamente em seu estado animal. Filhos, cônjuge, trabalho, natureza, este mundo, tudo é criado para que cada um encontre seu lugar nele.

Todos os nossos impulsos, bons e não tão bons, altos e baixos, em princípio, devem organizar o mundo que cerca uma pessoa. Ela deve se encontrar em tudo isso e equilibrá-lo com todas as suas falhas e oportunidades no ambiente, no lugar e na época em que vive.

Freud vinha do fato de que uma pessoa em nosso mundo, em geral, é autossuficiente. Todo o ambiente ao seu redor é projetado pelo Criador para que a pessoa possa alcançar o relacionamento certo consigo mesma, com a natureza e com seu eu interior.

Do ponto de vista de Freud, tudo se fecha no quadro do nosso mundo e não há necessidade de procurar mais nada.

Por um lado, ele estava certo. A humanidade vem se movendo nessa direção por dezenas de milhares de anos desde que descemos das árvores e começamos a nos desenvolver como humanos. Nesse sentido, sempre encontramos novos horizontes de desenvolvimento, novas motivações em nosso mundo. Cada geração estabeleceu novas tarefas e novas soluções para elas.

Em cada geração, houve uma constante reavaliação de valores. Mesmo nos antigos escritos gregos, dizia-se que nosso mundo não é o mesmo de antes: todos lutam pela liberdade, as crianças não ouvem seus pais. Ou seja, tudo se move, tudo muda.

Freud não tinha ideia de que o mundo chegaria a um estado em que mesmo as pessoas mais comuns teriam uma pergunta sobre o sentido da vida desde dentro. Ele acreditava que uma pessoa simples agindo dentro da estrutura do nosso mundo era autossuficiente.

Comentário: Imagino o estado de uma pessoa em quem desperta a questão do sentido da vida. Ela pode nem sempre perceber que tipo de pergunta é.

Minha Resposta: Mas esta já é uma pessoa pós-freudiana.

De KabTV, “Close-Up. Frankl está Certo? 27/09/10

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Pergunta: Já houve um modelo de família em que homens e mulheres fossem parceiros iguais?

Resposta: Homens e mulheres podem ser parceiros iguais tanto em uma sociedade primitiva onde conhecem claramente seus deveres, estão próximos da natureza e realizam com naturalidade o que lhes é dado pela natureza.

Ou quando eles, tendo passado por toda a fornalha do inferno que passamos em nossa história, chegam à completa decepção com o que fizemos neste mundo, na família, conosco mesmos, com os filhos, e chegam à conclusão de que ainda precisam aprender com a natureza como criar uma sociedade, uma família e a relação entre filhos e pais com base nela.

Então precisaremos da Cabalá, que explica como criar a comunicação correta na família, na sociedade e no mundo.

De KabTV, “Close-Up. Gêmeos Siameses”, 19/09/10

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Michael Laitman, no Quora: “Qual É O Princípio Básico De Um Relacionamento Forte?”

Um relacionamento forte é como um animal que você precisa alimentar constantemente para cultivá-lo continuamente.

Você alimenta este animal com concessões mútuas. Além disso, para aqueles que têm suas próprias famílias, as concessões mútuas precisam incluir todos os membros da família, e você precisa ensinar às crianças sobre esse animal a quem você precisa conceder.

Esse é o princípio básico de manter um relacionamento forte e apreciá-lo. Embora possa parecer que você não gosta de ceder ao seu parceiro de relacionamento, porque você pode pensar que o outro lado o subjuga – você realmente descobrirá que gosta disso, porque ao fazer isso, você anima o “animal”, a relação.

Parece que o lado fraco cede, mas se fizermos o que o outro lado não pode fazer, não somos fracos: saímos como heróis. O herói é, na verdade, aquele que concede. Precisamos respeitar mais essa qualidade. Seu parceiro deve se orgulhar de você e honrá-lo por você se superar e conceder a eles. Se você tem filhos, seu parceiro lhes contaria sobre isso e como isso lhes traz satisfação real.

Baseado no vídeo “Qual é o Princípio Básico de um Relacionamento Forte?” com o Cabalista Dr. Michael Laitman e Oren Levi. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.
Foto de Karsten Winegeart no Unsplash.

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Michael Laitman, no Quora: “Os Pensamentos Podem Afetar A Matéria?”

De fato, podemos influenciar o mundo com nossos pensamentos. Uma pessoa pode aprender a influenciar um dispositivo externo – elétrico, mecânico, até mesmo eletrônico ou qualquer outro – e simplesmente ativá-lo à vontade. Há um exemplo relativamente recente de um homem de 62 anos com esclerose lateral amiotrófica (ELA) que transformou seus pensamentos diretamente em tweets usando um BCI (interface cérebro computador) implantado em seu cérebro e que, usando o mesmo dispositivo, aprendeu como enviar e-mail, banco e compras on-line apenas com seus pensamentos.

Além da ativação motora controlada pelo pensamento, podemos transmitir emoções como o amor através dos pensamentos. No entanto, a capacidade de fazer isso exige um treinamento muito sério. Esse treinamento se enquadra nos exercícios Cabalísticos que exigem que as pessoas comecem a trabalhar em si mesmas, em seus pensamentos e desejos, até que comecem a se conectar com outras pessoas nesses pensamentos, desejos, intenções e objetivos. Essas pessoas podem se sentir perfeitamente bem, sem precisar de palavras ou comunicação externa.

Elas podem estar a uma grande distância, como em lados opostos do planeta, mas ainda se sentem próximas uma da outra, como se estivessem conversando. No entanto, esse mecanismo funciona apenas se todos os envolvidos quiserem se comunicar por amor. É também como uma mãe sente seu filho a milhares de quilômetros de distância e como os gêmeos sentem um ao outro.

Acho que teremos a tecnologia baseada no desenvolvimento humano interno para que possamos nos conectar a ferramentas e dispositivos externos e, assim, não ter problemas com a interação entre pessoas e máquinas. Além disso, seremos capazes de controlá-los com o poder do pensamento.

Tal compreensão e habilidade vêm gradualmente, na medida em que podemos lidar com isso. Hoje, podemos ver como as relações humanas se tornaram incrivelmente negativas, com mais e mais ameaças e armas ofuscando as corretas relações humanas internas.

Um pensamento só pode penetrar a partir da posição do amor. Este é um estado que teremos que alcançar. Não há problema em nome da natureza. A natureza já teria revelado tudo o que tem para nós.

A questão está do nosso lado.

A natureza — como se estivesse se protegendo — revela-se a nós tanto quanto podemos lidar com ela. Por exemplo, imagine se uma arma controlada pelo pensamento surgisse no mundo hoje. Nós destruiríamos tudo imediatamente. Somos as criaturas mais malignas da natureza e muito perigosas. No entanto, a natureza nos guiará a um estado de conexões corrigidas, amorosas e atenciosas sem nos destruir – mas levará muito tempo para aprender.

Baseado no vídeo “Os Pensamentos Podem Controlar as Máquinas?” com o Cabalista Dr. Michael Laitman e Semion Vinokur. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman

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