“Para Onde O Fundamentalismo Está Nos Levando” (Times Of Israel)

Michael Laitman, no The Times of Israel: Para Onde O Fundamentalismo Está Nos Levando

As pessoas são atraídas pelos poderosos porque em cada um de nós existe uma criança que busca proteção e sentimento de pertencimento. Os fundamentalistas entendem isso muito bem e capitalizam nisso. Ao se tornarem mais violentos, eles parecem mais poderosos, o que aumenta seu apelo. Dessa forma, eles conseguem atrair novos recrutas para suas fileiras.

Nos países ocidentais, os fundamentalistas islâmicos encontram terreno fértil para acumular seguidores, já que as pessoas não têm direção, espírito ou propósito na vida. Isso torna mais fácil para eles conquistá-las para suas ideias. Ao oferecer-lhes a adesão a um clube poderoso, e até mesmo a Deus, eles lhes dão um senso de significado e propósito e as fazem sentir que suas vidas têm valor. Este é o caso não apenas na Europa e nos Estados Unidos, mas também na Rússia, na Índia e até na China.

Para onde isso nos leva? Primeiro, levará a conflitos sangrentos. No final, irá expor o vazio por trás das promessas de dogmas religiosos radicais.

Uma vez que o fundamentalismo exponha sua futilidade, as pessoas encontrarão o verdadeiro significado do termo religião. Nos Escritos da Última Geração, Baal HaSulam escreve: “A forma religiosa de todas as nações deve primeiro obrigar seus membros a doarem uns aos outros… como em ‘Ama o teu próximo como a ti mesmo’… Esta será a religião coletiva de todas as nações”.

Você pode perguntar: o que será de nossas religiões tradicionais? Baal HaSulam continua e escreve que, além de seguir o princípio de amar os outros como a nós mesmos, “cada nação pode seguir sua própria religião e tradição, e uma não deve interferir na outra”. Em outras palavras, enquanto cuidarmos uns dos outros, cada um de nós viverá de acordo com sua própria maneira e tradição, e nossos diferentes modos de vida não perturbarão a harmonia e a união que teremos alcançado ao desenvolver o amor um pelo outro.

O processo evolutivo que acabamos de descrever não é apenas para alguns de nós; é o futuro da humanidade. Estamos todos destinados a alcançar a unidade e a preocupação mútua seguindo a lei de amar os outros como a nós mesmos. Este é o significado da antiga profecia: “E todas as nações acorrerão a ela” (Isaías 2:2).

Abraão, o Patriarca, o pioneiro babilônico que deu a notícia de nossa unidade coletiva à humanidade, foi o primeiro professor. Ele ensinou como se unir com base na misericórdia e bondade. Sua descendência, Isaque, Jacó, José e assim por diante, poliu e adaptou o método de conexão aos seus tempos. Moisés fez o mesmo com seu livro das leis, que chamamos de Torá, assim como Rabi Shimon Bar Yochai com O Livro do Zohar.

Agora nós também devemos encontrar nosso caminho para aplicar a lei do amor aos outros ao nosso tempo. Especialmente hoje, quando o ódio e a autoabsorção estão corrompendo e destruindo a civilização humana, é hora de nos elevarmos acima de nossos egos mesquinhos e encontrar uma união comum que seja mais alta do que todos nós e nos une a todos. Somente nesse reino superior encontraremos uma maneira de tornar nosso mundo habitável e nossas vidas uns com os outros agradáveis, seguras e com um verdadeiro sentimento de pertencimento.