Impregnação E Crescimento Espiritual Do Homem

944Rabash, Artigo No. 31, “Sobre Yenika [Amamentação] e Ibur [Impregnação]”
Portanto, o início da entrada na obra do Criador é considerado como Ibur [impregnação], quando ele anula seu eu e fica impregnado no ventre de sua mãe, como está escrito: “Ouve, meu filho, a instrução de teu pai, e não deixes o ensino de tua mãe”. Isso vem do verso, “Pois se você chama a mãe, ‘compreendendo [Bina]’”, significando que ele anula o amor-próprio, chamado Malchut, cuja essência original é chamada “desejo de receber para receber”, e entra nos vasos de doação, chamados Bina.

Depois que uma pessoa fecha os olhos, se conecta com os outros e se anula diante deles, torna-se como uma gota de sêmen que entra no útero, local onde o feto começa a se desenvolver a partir dessa gota. Aquele que assim se anula no grupo é como uma gota que entra no útero.

Aos poucos, ao se envolver cada vez mais com o grupo em ações para anular a si mesma, ela começa a se desenvolver. Essas ações internas podem ser acompanhadas por ações externas. Mas agora, enquanto estamos em comunicação virtual, temos pouco contato físico um com o outro e isso não indica nada.

O crescimento espiritual de uma pessoa depende de anular-se diante do grupo, da ajuda de seus amigos, comunicar-se com eles e tentar entender cada vez mais como anular diante deles. É assim que ela se desenvolve em uma busca constante pela anulação adequada.

Na medida em que consegue se anular, cresce como se estivesse sozinha, mas dentro do grupo, não atrapalhando, mas ajudando e se conectando cada vez mais com seus amigos. Ela meio que preenche o espaço interno do grupo. Este é o seu desenvolvimento no útero.

Ela se desenvolve assim para um estado em que ela e o grupo chegam ao equilíbrio mútuo: o grupo a influencia e ela influencia o grupo, e isso leva ao início do processo de nascimento.

Nesse processo, são muitas as ações que podem ser estudadas tanto do lado do útero (Bina), do lado dos amigos, quanto da própria pessoa. Então tudo isso entra em sua expressão concreta: o trabalho começa e uma pessoa é separada do grupo pelo fato de que seu próprio egoísmo se manifesta. Mas com esse egoísmo ela pode existir na propriedade de doação. Este é o seu nascimento espiritual.

Vemos esses estados quando uma pessoa se anula a ponto de querer ser absorvida pelo grupo, quer se entregar completamente e crescer nele na medida em que eles querem que ela esteja dentro deles. Ela preenche todo o grupo, ou seja, ela se desenvolve dentro, no útero, e o grupo se expande, assume todos os seus estados, e ocorre o desenvolvimento mútuo do feto e do grupo (útero).

Eles se desenvolvem juntos até que a pessoa comece a administrar seu egoísmo de forma independente em um grau mínimo. Então ocorre o ato do nascimento, ou seja, a separação da pessoa do grupo. Mas ela não se separa dele. Ela se torna como uma força externa em relação ao grupo, aproxima-se ainda mais do Criador e torna-se um elo entre o grupo e o Criador por um lado. E por outro lado, o grupo a conecta ao Criador.

O mais importante é entendermos que o processo pelo qual passaremos consiste em nos anularmos ao grupo. Os nove meses durante os quais o feto se desenvolve, ou seja, uma pessoa dentro do grupo em completa anulação diante dele, são os nove meses do nosso desenvolvimento dentro do grupo.

Aqui, há o desejo de Malchut, o desejo de Bina, o desejo de Keter, e tudo isso é combinado. Existem várias condições aqui, mas estudaremos isso à medida que aprendermos na prática.

Da Convenção Internacional “Elevar-se Acima de Nós Mesmos” 07/01/22, “Anulação perante os Amigos” Lição 2