“O Equilíbrio Um Ano Após Os Acordos De Abraão” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “O Equilíbrio Um Ano Após Os Acordos De Abraão

Um acordo bilateral entre países é sempre melhor do que nenhum acordo. Um ano desde a assinatura dos Acordos de Abraão mediado pelos Estados Unidos para a paz e normalização das relações entre Israel e os Estados Árabes, a questão é como eles realmente transformaram a região e como, em particular, Israel se beneficiou disso?

O parlamento israelense, o Knesset, celebrou o primeiro aniversário do pacto com o lançamento de uma nova convenção política (caucus) dedicado aos Acordos de Abraão. O objetivo era estreitar os laços entre Israel e os Estados do Golfo, Bahrein, Marrocos e Sudão, do ponto de vista econômico e turístico. A comemoração foi seguida por uma reunião trilateral em Washington entre autoridades dos EUA, Israel e os Emirados.

É bom que o Estado de Israel, que vive relações hostis e está sob constante ameaça existencial de seus vizinhos, continue preservando os acordos e seus princípios. Também serve como um bom parâmetro para outros países que pretendem buscar a paz.

Poderíamos ter nos beneficiado muito mais com as relações com os Estados Árabes do Golfo, e com o Oriente Médio em geral, se tivéssemos sido mais unidos e mais fortes entre nós. Dentro de Israel existem tantas forças opostas e divididas, cada uma desqualificando a outra e impedindo a outra de ter sucesso, mesmo quando se trata de acordos cruciais dos quais depende o futuro do Estado de Israel.

Este é o caminho do egoísmo – beneficiando-se às custas dos outros – que atua em nós naturalmente e cresce incessantemente. Mesmo 3.800 anos atrás, o egoísmo humano nos levou a uma divisão significativa. Os habitantes do antigo reino da Babilônia eram egocêntricos e divididos, o que culminou na construção da famosa Torre de Babel. Este “arranha-céu” simbolizava o desejo egoísta, o pensamento pretensioso dos babilônios de que eles tinham o poder de alcançar o céu e controlar a natureza, até mesmo a força suprema da natureza.

Abraão, nosso pai, que reconheceu o egoísmo e sua tendência de causar problemas sérios, reuniu um grupo de pessoas sob sua tenda e ensinou-lhes a doutrina da vida – o método de conexão. Desse grupo de residentes díspares da Babilônia, o povo de Israel foi fundado como uma nação.

Abraão ensinou a todos os interessados ​​como chegar a acordos cordiais entre eles, como transcender os conflitos que separam as pessoas e como se conectar com o amor. Ele explicou que do desejo de nos unirmos em amizade surge a força positiva que existe na natureza, uma força unificadora e conectora. É esta força suprema da natureza que eleva os seres humanos acima do egoísmo miserável e os une no amor.

Desde os dias de Abraão até hoje, a condição para todos os acordos de paz, com qualquer país, depende do nosso acordo de fazer a paz entre nós. Se continuarmos a nos separar e a brigar entre nós, então aqueles países que já assinaram acordos e foram retratados lindamente como uma foto de pôster podem retirar sua assinatura dos acordos.

É muito lamentável viver em uma época em que tivemos apoiadores, como o ex-presidente Trump, e tivemos a oportunidade de administrar nosso destino em uma direção benéfica para nós e todas as pessoas, mas temos ignorado e rejeitado essa oportunidade. Quem sabe quando essa chance vai voltar.

Parece-nos que vivemos na terra de Israel por nossa resiliência, intelecto e força de nossas mãos, mas a verdade é que existimos aqui pela graça dos céus. Acordos são sempre preferíveis a relacionamentos turbulentos, mas, antes de mais nada, devemos nos comprometer e concordar entre nós que, apesar do egoísmo separatista, nos esforçaremos para aumentar o poder de conexão entre nós e sermos gentis uns com os outros. Somente assim a graça suprema será despertada, e Ele fará as pazes entre nós e com o resto do mundo.