“Vivendo Em Uma Falsa Realidade” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Vivendo Em Uma Falsa Realidade

Nosso estado mental padrão é que todo mundo está atrás de nós, uma realidade canina. Vivemos com o medo constante de que todos queiram tirar vantagem de nós, abusar e nos humilhar e, se não ficarmos de guarda, seremos feridos a cada passo do caminho. Pior ainda, sentimos que é assim que funciona toda a realidade. Mas se esse fosse o caso com toda a realidade, as células criariam colônias e formariam organismos? As moléculas se uniriam para criar órgãos, os átomos se uniriam para criar moléculas? Se fosse esse o caso, não haveria vida; não haveria nem mesmo o universo. Haveria apenas partículas discretas existindo separadamente, nunca criando nada mais complexo do que elas mesmas.

A realidade que experimentamos, portanto, não é a realidade real – aquela que nos criou, nos sustenta e nos permite ler essas linhas. Na verdadeira realidade, tudo existe em harmonia com tudo o mais e, juntas, todas as partes criam um todo perfeito. No mundo real, nada e ninguém leva mais do que o necessário para se sustentar, e o sistema é perfeitamente harmonioso.

Assim como nossas células funcionam automaticamente e formam o organismo harmonioso que somos, o mesmo ocorre com tudo o mais na natureza. A “mentalidade” da realidade não é exploração, mas harmonia, e tudo e todos a seguem, exceto nós, humanos.

Nós somos o único elemento na realidade que quer tomar para si mais do que precisa, que quer consumir e destruir, humilhar e conquistar, abusar e patrocinar, e tem prazer em machucar os outros. Porque pensamos e agimos dessa forma, também pensamos que todos pensam e agem dessa forma. E porque vivemos por essa premissa, criamos um mundo imundo à nossa própria imagem imunda.

Mas há uma boa razão para termos sido criados tão maliciosos. O esforço para sair desse estado angustiante nos levará a entender como toda a realidade realmente funciona. Foram-nos negados os instintos naturais que conduzem todas as criações à harmonia precisamente para desenvolver essa harmonia por nossa própria vontade e por meio de nossa própria consciência. Somos feios precisamente para podermos escolher a beleza.

A diferença entre operar em harmonia com toda a criação, instintiva ou conscientemente, é a diferença entre ser parte de um organismo e ser a mente que governa o organismo e dirige suas ações. O destino da humanidade é se tornar essa mente, essa consciência.

Para chegar lá, precisamos começar a praticar relacionamentos harmoniosos em vez de seguir nossa natureza inerente e exploradora. Para conseguir isso, é imperativo que percebamos que estamos vivendo em uma falsa realidade, que a verdadeira realidade é harmoniosa e completa, e que é apenas nossa percepção falha dela que nos impede de ver a verdade e de viver nesse mundo perfeito.