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A Tela É A Oportunidade De Sentir O Mundo Espiritual

232.05Pergunta: A tela é uma força antiegoísta que uma pessoa adquire no processo de estudo da Cabalá. Como você a definiria? É uma propriedade, um sentimento, alguma força, um estado?

Resposta: A tela é a capacidade de sentir o mundo externo, acima do nosso egoísmo. O que sentimos em nosso desejo egoísta é chamado de nosso mundo. O que podemos sentir acima dele é chamado de mundo superior ou mundo espiritual.

Ao adquirir a tela, a pessoa adquire a capacidade de abstrair de seu eu, de seu benefício pessoal. Ela começa a perceber tudo ao seu redor de uma forma completamente diferente, não relacionada a si mesma, mas como realmente é. Essa é a sua vantagem.

Ou seja, ela não é mais escrava de seus desejos e aspirações, e não se envolve em cálculos conscientes e até mesmo inconscientes para seu próprio benefício. Ela vê precisamente a imagem objetiva do mundo.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 20/08/21

“Rosh Hashaná: A Chance De Conquistar A Separação Da Covid” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Rosh Hashaná: A Chance De Conquistar A Separação Da Covid

Há alguns dias, uma vizinha contou a uma de minhas alunas que estava muito triste porque suas filhas estão discutindo sobre as vacinas da Covid. Como resultado, uma delas, que se opõe à vacinação, não virá para celebrar Rosh Hashaná [véspera de Ano Novo judaico] com a família. O que mais magoou a vizinha da minha aluna não foi a objeção da filha em tomar a vacina, ou mesmo que ela não compareceria à refeição festiva. O que realmente a machucou foi o ódio que explodiu entre suas filhas. Disputas acontecem em todas as famílias, assim como brigas, mas a explosão venenosa de ódio a devastou.

O ódio é de fato a ruína de nossa geração. Ele destrói tudo e separa comunidades e famílias. Por isso, precisamos trabalhar em nossas conexões e vencer o ódio, a fim de manter nossas famílias e comunidades unidas.

Todos nós temos pontos de vista diferentes. O problema começa quando diferentes visões expõem fendas mais profundas que estavam ocultas até agora.

Se um membro da família não deseja ser vacinado, como neste caso, e, portanto, não pode comparecer a uma refeição de Rosh Hashaná, para não colocar outras pessoas em risco, não devemos odiar essa pessoa.

Devemos abordar as divergências não como motivos de ódio, mas como oportunidades de união. Quando nos elevamos acima das diferenças e disputas, fortalecemos nossos laços e aumentamos nosso amor e unidade ainda mais do que antes da quebra. Nosso esforço consciente de união solidifica e fortalece nossos laços.

Quando falamos em conquistar a separação, não queremos dizer suprimi-la como se ela não existisse. Conquistar a separação significa reconhecê-la, aceitá-la e, ainda assim, unir-se acima dela. Essa nova unidade, que teve de ser formada sobre a divisão, será invariavelmente mais forte do que a unidade que nunca foi contestada.

Portanto, sempre que houver divisão, devemos examinar o quanto valorizamos nossa conexão com a pessoa em conflito conosco. No caso que minha aluna me contou, a dor da mãe evidentemente mostrou que ela valorizava sua conexão com as filhas, e a conexão delas entre si, mais do que valorizava a opinião de qualquer pessoa sobre as vacinas da Covid-19. Se ela puder transmitir seus sentimentos às filhas, elas serão capazes de superar sua divisão e fortalecer seus laços. Do contrário, a conexão será interrompida, para o pesar de todos.

A sociedade atual apresenta inúmeras situações em que discordamos das pessoas. Se valorizamos nossas conexões com elas, devemos tratá-las como oportunidades de estreitar nosso vínculo com elas. Se fizermos isso, podemos transformar a maldição do ódio em uma bênção de amor mútuo e proximidade.

Uma Revolução Na Vida

233Além de mim, há apenas uma força unificada e única operando em toda a realidade. Ela preenche todo o mundo em que vivo, mas estou dentro de uma bolha hermética que me permite supostamente não depender dela.

E assim eu existo até começar a querer romper as paredes desta bolha em que estou preso como uma gota de sêmen que não tem a possibilidade de entrar no útero e começar a se desenvolver. Quero entrar na parte superior para começar a me desenvolver. Portanto, eu rasgo esta bolha, saio dela e começo a me tornar mais e mais incluído no Criador.

Se eu quiser deixar de ser escravo do meu desejo de receber e começar a viver no mundo espiritual, devo levar em consideração a grandeza do Criador mais do que a grandeza de mim mesmo. E se eu imaginar que a grandeza do Criador é maior do que minha própria grandeza, ou seja, Ele é superior a mim, eu posso realizar as ações que Ele exige de mim: ações de doação, conexão e amor. Isso significa que peço ao Criador que me eleve a Ele.

Estamos dentro do Criador, mas todos estão presos em sua bolha egoísta. Se sairmos dessa bolha, começaremos a sentir uma enorme força superior comum, isto é, o Criador, a luz superior. E se não sairmos dessa bolha, continuaremos a existir nela como cada pessoa vive, imersa em si mesma e não sentindo mais nada.

Ainda assim, a matéria vegetal e animal não pode sair de suas bolhas e está condenada a existir dentro delas. Elas só podem ser libertadas delas graças ao homem, na medida em que são exigidas pelo homem para sua ascensão espiritual.

Tudo o que precisamos fazer é sair da bolha egoísta que nos tranca dentro de nós.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/08/21, “Anulando-se Perante o Superior”

“Rosh Hashaná, Um Novo Começo” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Rosh Hashaná, Um Novo Começo

“O homem é um lobo para o homem”, diz o provérbio latino Homo homini lupus. Isso descreve apropriadamente a maneira como tratamos uns aos outros na sociedade de hoje. Pode-se ter chegado ao ponto em que pensamos que não temos nada para nos alegrar – destruímos a Terra, famílias, países e povos, cultura e educação. Chegamos a um ponto muito ruim. Mas, por outro lado, este ponto baixo pode servir como uma oportunidade para analisar nosso estado, recomeçar e ascender desta situação em Rosh Hashaná, neste novo ano.

Tudo depende de quão acuradamente julgamos a nós mesmos, avaliamos o tempo que perdemos para corrigir nosso estado, declaramos “Basta!” e damos os passos necessários para uma nova vida. Esta nova vida não implica necessariamente construir algo novo além de bons relacionamentos entre nós.

Rosh Hashaná, das palavras “cabeça” ou “começar” [“Rosh” em hebraico] e “mudança” [“Shinui“], significa o início da mudança, a capacidade de transformar nossa direção atual de sofrimento, insegurança e vazio em um novo caminho na vida caracterizado pela felicidade, confiança e realização.

Os símbolos do feriado de Rosh Hashaná se assemelham ao estado que aspiramos atingir. Maçãs com mel representam o desejo de um ano novo doce e feliz. Comer uma romã com todas as suas sementes simboliza para nós todas as boas ações que precisamos fazer para com os outros. Um pão redondo assado é a vida inteira que queremos alcançar. E a cabeça de um peixe nos lembra “ser a cabeça e não o rabo”. O peixe também simboliza para nós o animal que vive na água, e a água é graça. É como ter um filho recém-nascido rodeado de água dentro do útero da mãe. Portanto, todos esses são sinais de que estamos no limiar de uma nova era, de uma nova vida.

Onde exatamente devemos começar este processo de mudança? O primeiro passo para um novo começo é ganhar consciência. É importante perceber que os relacionamentos humanos – bons ou maus – determinam toda a nossa vida. Eles afetam não apenas a nós, mas também a todos os outros níveis da natureza: inanimado, vegetal, animal. O nível humano é o mais alto na escala da natureza, portanto, se repararmos a maneira disfuncional e imprudente com que tratamos uns aos outros, essa correção irá permear o resto do sistema.

Os problemas crescentes que vivemos globalmente devem despertar em nós uma profunda introspecção a ponto de percebermos que tudo depende de nós, da nossa atitude para com o nosso destino, para com a natureza, para com todos. Uma avaliação completa da qualidade dos relacionamentos entre nós revelará o quão prejudiciais temos sido uns para os outros durante o último ano, a causa principal das dores e tristezas que experimentamos em troca.

Consequentemente, um bom ano novo será determinado pelo nosso desejo de implementar a grande regra da Torá, “ame o seu próximo como a si mesmo.” Temos que nos examinar de acordo com este princípio, se nos comportamos corretamente ou mal com os outros.

Com todas as forças do mal sendo reveladas na sociedade humana e na natureza, vamos esperar que sejamos inteligentes o suficiente para perceber que nossa força está em nossa unidade. Portanto, é de nosso interesse acelerar nossa mudança de direção, da separação à integração. Então, em vez de nos devorarmos como lobos, nos comportaremos como uma forte comunidade de seres humanos atenciosos que constantemente se apoiam e cuidam uns dos outros. Feliz Rosh Hashaná!

“Não É O Castigo Da Natureza, Mas Um Despertar” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Não É O Castigo Da Natureza, Mas Um Despertar

Os remanescentes do furacão Ida causaram enchentes que quebraram recordes e geraram tornados em todo o Nordeste americano. Dezenas de mortes foram atribuídas a essa tempestade devido às chuvas torrenciais em oito estados. Uma emergência de inundação repentina foi declarada pela primeira vez na história na cidade de Nova York, quando a infraestrutura da região inteira foi severamente afetada. Por que isso está acontecendo nos EUA? Porque é o país mais desenvolvido e tem um papel a cumprir. Não é um castigo ou vingança da natureza, mas uma oportunidade de reparar nosso comportamento humano.

Além das enchentes no Nordeste, no Oeste, onze estados sofreram grandes incêndios múltiplos e centenas de casas foram destruídas ao redor da área internacionalmente conhecida do Lago Tahoe.

Os desastres naturais acontecem em todo o mundo e não necessariamente em menor escala do que nos Estados Unidos. A diferença é que a América é o país mais avançado, o centro das atenções no mundo, por isso ouvimos mais sobre isso e prestamos mais atenção aos acontecimentos que aí se desenrolam. Existe um propósito para isso. A natureza quer que todos no mundo acordem e comecem a ponderar mais profundamente para onde estamos indo e o que devemos fazer para mudar a direção do planeta.

Normalmente fazemos cálculos sobre ações passadas, “veja o que eles fizeram e agora estão pagando por isso”. Como se os EUA tivessem feito mais mal do que outros ao meio ambiente e fossem punidos pela natureza. Isso não está correto. Simplesmente não entendemos as leis da natureza. Interpretamos o que acontece de acordo com um relato egoísta, como uma conta que os ricos e saudáveis ​​precisam pagar em contraste com os pobres e doentes. Ou se quem roubar mais receberá um castigo maior. Mas o método de conexão funciona sem reservas ou seleção egoísta. Todos devem atingir o estado de “ame o seu próximo como a si mesmo”.

Primeiro, em um ecossistema circular, todos têm sua parcela de responsabilidade pelo mau estado da Terra. Em segundo lugar, a natureza não se vinga. Seu propósito é a correção de nosso estado humano incorreto. Não ansiamos por conexão, por amor e doação uns com os outros. Portanto, a natureza nos dá todos os tipos de condições que são cada vez mais severas. Isso é para abrandar nossos corações e nos levar a relações humanas baseadas na consideração e cuidado mútuos.

O que leva a desastres naturais e crises é apenas por causa de nossos relacionamentos no nível humano – o mais elevado da natureza – em nossas conexões. No nível de nossos pensamentos, atitudes e comportamentos uns para com os outros, causamos ondulações em toda a sociedade humana e na natureza. Consequentemente, a natureza reage a nós de acordo com a forma como nos relacionamos.

Se estreitarmos as lacunas entre nós, com o objetivo de nos conectarmos positivamente, experimentaremos reações positivas da natureza. Se nos relacionarmos de maneira negativa uns com os outros, com o objetivo de prejudicar e explorar os outros para benefício pessoal, enfrentaremos reações negativas da natureza. Isso é o que estamos experimentando atualmente.

O sentimento da natureza se aproximando da forma integral deve despertar em nós uma sensação de urgência, como imediatamente após o anúncio de uma notícia de última hora sobre um evento que põe em perigo todo o planeta.

Entramos em um processo de pressão cada vez maior. É por isso que o método de conexão foi revelado, explicando como precisamos começar a nos adaptar à natureza.

Se desejamos um futuro melhor, devemos desenvolver laços altruístas entre nós, a fim de nos adaptarmos à forma altruísta da natureza. Então, todo o ecossistema será percebido como agradável e equilibrado.

“Um Centenário Para Refutar Os Protocolos” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Um Centenário Para Refutar Os Protocolos

Cem anos atrás, um evento histórico aconteceu na luta contra o antissemitismo: o London Times expôs “Os Protocolos dos Sábios de Sião” como uma farsa. Na época, o furo foi tão sensacional que o The New York Times imediatamente o pegou e colocou na primeira página. Mas a verdade não pegou. Alguns anos depois, os nazistas divulgaram os Protocolos e convenceram a Alemanha e grande parte da Europa de que os judeus estavam planejando um domínio global. Se esse documento falso prova alguma coisa, é que as pessoas não veem a verdade; elas veem o que acreditam.

Em 1903, um autor russo desconhecido publicou um documento intitulado O Programa Judaico para Conquistar o Mundo. A publicação pegou rapidamente e traduções foram publicadas em toda a Europa. O texto, que ficou conhecido como Os Protocolos dos Sábios de Sião, pretendia descrever um plano judaico de dominação global.

De livrarias a escolas, os Protocolos foram tratados como factuais e alimentaram os já crescentes sentimentos antissemitas na Europa. Os judeus, que recentemente haviam recebido emancipação e direitos iguais, temiam, com razão, que seus esforços para se amalgamar em seus respectivos países fossem frustrados.

Mas em 1921, Philip Graves, então jovem e aspirante a correspondente do The London Times, deu-lhes esperança. Naquele verão, enquanto trabalhava em Constantinopla, Graves “foi contatado por um emigrado russo que vivia na cidade e disse que este cavalheiro possuía evidências conclusivas de que uma publicação que recentemente conquistou o mundo era uma farsa”, escreve David Aaronovitch em uma história intitulada “A Batalha entre a Verdade e a Mentira nunca Termina”, publicado no The Times.

Aaronovitch escreve que a evidência foi “um pequeno volume em francês … impresso em Genebra em 1864. Consistia em um diálogo entre Maquiavel e Montesquieu, e muitas de suas passagens eram, palavra por palavra, as mesmas dos Protocolos, o que significa que o Os protocolos, supostamente compostos 33 anos depois, eram uma farsa desajeitada e plagiada”.

De acordo com a Enciclopédia do Holocausto, “Outras investigações revelaram que um capítulo de um romance prussiano, Hermann Goedsche’s Biarritz (1868), também ‘inspirou’ os Protocolos”.

Apesar das refutações, mais de um século depois, os protocolos ainda são tidos como verdadeiros. Alguns países árabes ensinam nas escolas e muitos antissemitas na Europa e nos Estados Unidos acreditam que é autêntico.

Parece que mudar a opinião das pessoas requer mais do que apresentar “evidências conclusivas”. Para mudar o que as pessoas pensam, devemos mudar o que as pessoas sentem, o que acreditam. Se quisermos convencer as pessoas de que os Protocolos são falsos, devemos convencê-las de que os judeus não estão tentando dominar o mundo. Para fazer isso, devemos fazer com que parem de odiar e suspeitar dos judeus. É assim que funciona: do coração ao cérebro e nunca o contrário.

A razão pela qual a farsa pegou tão bem é que, em geral, o mundo já acredita que os judeus controlam o mundo. Publicar uma transcrição de alguma reunião fabricada de líderes judeus coniventes para dominar o mundo se encaixa muito bem com a forma como as pessoas já se sentem, por isso não demorou muito para convencê-las. O que devemos nos perguntar não é porque as pessoas não veem a verdade, mas porque pensam que os judeus controlam o mundo.

A verdade simples é que a nação judaica é diferente de qualquer outra nação. Praticamente todos acham que é assim, inclusive os judeus, exceto que muitos de nós estamos em negação. Desenvolvemos os princípios mais fundamentais de uma sociedade humana e tentamos praticá-los durante séculos.

Éramos um modelo, uma luz para as nações, e pessoas de todo o mundo se reuniam para aprender conosco. Nós brigamos, nos odiamos e matamos uns aos outros, mas também nos unimos acima de nosso ódio. Ao apresentar os dois extremos, nos tornamos um experimento social, uma prova de que pessoas que eram completamente estranhas quando se reuniram em torno de Abraão puderam finalmente se unir tão fortemente que amaram o próximo como a si mesmas.

Nenhuma outra nação possui essas habilidades, e nenhuma outra nação é obrigada a viver esses princípios na vida diária para o mundo ver. É por isso que os judeus estão sempre no centro das atenções. É por isso que sempre que uma situação confunde a humanidade, eles voltam seu olhar para os judeus. Se os judeus respondem corretamente, eles os abraçam. Se não o fizerem, eles os banem e destroem.

Os judeus não controlam o mundo por meio de algum plano malévolo; eles o controlam por meio do exemplo que dão. Quando eles estão unidos, o mundo inteiro está unido. Quando eles estão divididos, o mundo inteiro também está.

Por isso, enquanto estivermos divididos, não erradicaremos o antissemitismo. Se não podemos superar nosso ódio com amor, o mundo vai nos odiar, não importa o que façamos ou digamos. Se pudermos nos unir acima de nosso ódio mútuo, o mundo nos abraçará e nos amará.

Na antiguidade, quando os judeus celebravam sua unidade durante os festivais de peregrinação, pessoas de todo o mundo “subiam a Jerusalém e viam Israel … e diziam: ‘É conveniente apegar-se apenas a esta nação'”, escreve o livro Sifrey Devarim.

Hoje em dia, não damos um bom exemplo. Se mantivermos o mundo esperando por nossa unidade por muito mais tempo, só podemos esperar a publicação de muitos mais Protocolos e suas tragédias resultantes.

“Como Você Usaria A Internet Para Melhorar Sua Comunidade?” (Quora)

Dr. Michael LaitmanMichael Laitman, no Quora: Como Você Usaria A Internet Para Melhorar Sua Comunidade?

A Internet é igual para todos, e se ela explicasse a todos que pertencemos a um sistema global, que em essência somos uma pequena aldeia, um único sistema, devemos nos relacionar correspondentemente e criar a próxima geração. Nessa rede, devemos falar sobre o fato de pertencermos a um único organismo e que devemos mudar a nós mesmos. Se discutirmos isso na Internet, esse enorme mecanismo, que envolve todos os continentes e todos juntos, fará sua predestinação. Servirá então para nos unir. Em todas as línguas e em todos os níveis, ela nos conectará e nos dará a sensação de que foi pensado justamente para esse fim.

A Internet é única porque simultaneamente, em um instante, em tempo real, pode nos conectar e nos tornar um grupo conectado de pessoas ao redor do planeta. Eu espero que isso realmente aconteça em um futuro próximo, e sentiremos nossa estreita interconexão e interdependência – incluindo os meios de informação que atuam na Internet – de tal forma que descobriremos como ela é integral e começaremos a nos comportar adequadamente. Então, mudaremos nossa cultura, educação, economia e nossa abordagem de vida.

Baseado em Q&A com o Cabalista Dr. Michael Laitman em 9 de setembro de 2006. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

“O Aumento Labial Tornará Você Popular?” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “O Aumento Labial Tornará Você Popular?

A ideia de “soluções” cosméticas existe há décadas. No entanto, nos últimos anos, ele se tornou tão difundido e começa em uma idade tão precoce que é quase como se houvesse algo de errado com você se você não “consertasse” nada aos dezesseis anos. Os pais podem ficar horrorizados quando sua filha de 12 anos quer fazer um aumento labial, mas o que podemos esperar quando permitimos que ídolos da mídia social e estrelas da TV sejam seus educadores?

O sistema educacional há muito abandonou qualquer aspiração de criar pessoas com valores e capacidade de pensar por si mesmas. Na melhor das hipóteses, ele se concentra em fornecer informações. Os pais, por sua vez, costumam estar muito ocupados ou inseguros sobre como educar. Como resultado, as crianças crescem aprendendo com seu ambiente, que consiste nas mídias sociais e TV, e com seus colegas, que também aprendem com as mídias sociais e a TV.

O que eles aprendem lá é que apenas a aparência importa. Se você não parece bonito e rico, você não vale nada. Quando os filhos exigem que os pais paguem pela plástica do nariz ou aumento dos lábios (e às vezes muito mais do que isso), eles não devem ficar desanimados ou zangados com os filhos. As pessoas, especialmente os jovens, aprendem pelo exemplo e nada mais. Se os valores aos quais os expomos dizem que só o exterior importa, eles não têm outra opção a não ser se tornar tão superficiais.

Quando falo em educação nas minhas postagens, estou me referindo antes de mais nada ao ambiente social que criamos, pois este é o nosso verdadeiro educador. Em algumas sociedades, você não tem status social até matar alguém. Isso também é educação. Não faz diferença o que as pessoas aprendem; tudo o que importa é com quem aprendem. Os valores instilados em seu ambiente social determinarão seu curso de vida muito mais do que o quão bem elas sabem cálculo, a diferença entre “sujeito” e “objeto” ou nomes de presidentes dos Estados Unidos.

Superficialidade compensa; faz com que as pessoas queiram comprar mais roupas, telefones, carros e “consertos” de carroceria. Para corporações gigantes e empresas de grande tecnologia, nossa superficialidade é uma bonança. Mas a superficialidade aliena as pessoas. Se tudo o que elas são é o que possuem e sua aparência, então tudo o que desejam é que os outros tenham uma aparência pior e possuam menos.

Somente se aprendermos a olhar além da pele, perceberemos os dons que outras pessoas podem nos dar. Quando nos concentramos em nos conectar com as pessoas, não nos importamos muito com sua aparência, o que vestem ou o que dirigem. Vamos cuidar de como elas se comunicam conosco, como a conexão entre nós nos faz sentir e o quanto elas se preocupam com os outros.

Quando construímos uma sociedade de indivíduos atenciosos, seremos capazes de dizer que educamos bem nossos filhos. Então, nossos filhos também serão felizes, pois saberão que seu ambiente social os acolhe e não compete com eles.

“Furacão Ida – Dezesseis Anos Após O Furacão Katrina, Que Ocorre Só Uma Vez Em Um Século” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Furacão Ida – Dezesseis Anos Após O Furacão Katrina, Que Ocorre Uma Vez Em Um Século

Há dezesseis anos, o furacão Katrina devastou Nova Orleans e grande parte da Louisiana, bem como partes do Mississippi e do Alabama. Quando atingiu a costa, o Katrina era uma forte tempestade de categoria 3, forte o suficiente para ceifar quase 2.000 vidas e quebrar as paredes de proteção que impediam o lago Pontchartrain de submergir grande parte de Nova Orleans.

No rastro da tempestade, meteorologistas e outros especialistas explicaram que o Katrina foi um “furacão de 100 anos”. No domingo passado, 16 anos após o Katrina ter atingido a costa, o mesmo dia, o furacão Ida atingiu a costa quase no mesmo local. Mais uma vez, a cidade de Nova Orleans e grande parte da Louisiana foram atingidas, mas com uma ferocidade muito maior do que a tempestade de 100 anos.

Acho que a primeira e mais importante lição a ser aprendida com o apelido enganador do Katrina é que o tempo está se acelerando e as previsões remotas e agourentas já estão acontecendo. Simplesmente não temos décadas para planejar a próxima catástrofe; devemos agir agora.

Sempre houve incêndios e sempre houve furacões na América, assim como sempre houve tsunamis na Ásia. Geograficamente, é assim que o mundo é construído.

No entanto, a ferocidade e a frequência dos eventos são sem precedentes, e as pessoas não poderão viver em áreas afetadas por desastres tão intensos e recorrentes. Como as áreas afetadas por desastres naturais estão crescendo a cada ano, e como a recorrência das tempestades de “100 anos” está crescendo, devemos pensar com ousadia e agir com determinação para impedir o cataclismo que se aproxima.

Na verdade, a resposta não está na ciência; está em nós. Em primeiro lugar, devemos admitir que somos a causa dos desastres que nos assolam. A ciência já reconheceu que o comportamento humano em relação à natureza é prejudicial à natureza e, portanto, a nós. No entanto, essa observação não mudou nada, uma vez que não fomos capazes de mudar nosso comportamento. Para mudá-lo, devemos transformar o que nos leva a nos comportar como nos comportamos: nossa própria natureza.

Quanto mais interdependente o mundo se torna, mais difícil se torna destacar-se e correr até o topo sem “levar uma surra” da natureza. Ao mesmo tempo, é da natureza humana querer se destacar, estar no topo do mundo. Portanto, a única solução é aprender a ver outras conquistas além das atuais, autocentradas, como a realização do nosso potencial.

O mundo tem tudo de que precisamos para prosperar. O problema é que não estamos dispensando a abundância com consideração e estamos consumindo demais o que temos. Jogamos fora o excedente, poluindo o planeta, enquanto deixamos outros com fome e negamos suprimentos porque relutamos em ajudá-los e gostamos de ver os outros sofrerem.

Esse comportamento não tem nada a ver com a queima de combustíveis fósseis ou com a poluição da água potável. Esses problemas derivam apenas da malícia, e esta é a principal causa do sofrimento em nosso mundo. Portanto, mudar nossa má vontade, ou seja, a natureza humana, deve ser nossa prioridade.

Não podemos fazer isso pela força. Já tentamos revolucionar a sociedade de todas as maneiras possíveis, da extrema esquerda à extrema direita, e o que aconteceu? Temos derramamento de sangue e miséria por toda parte. Se quisermos que as pessoas tenham uma vida boa, devemos educar a nós mesmos e toda a sociedade para perceber que estamos todos conectados e dependentes uns dos outros, e que nossa felicidade depende da felicidade de todos os outros.

Os desastres, tanto naturais quanto causados ​​pelo homem, vão nos catapultar uns para os outros. A única maneira de se aproximar agradavelmente é fazendo isso conscientemente.

Visto que o único elemento negativo na natureza é a nossa atitude mútua, reverter a negatividade resolverá todos os outros problemas. Isso é o que os cientistas não podem ver – que nossa natureza perversa arruína nossas relações humanas, que por sua vez arruína toda a natureza, refletida nas adversidades cataclísmicas que têm nos assolado. A menos que quebremos essa corrente, ela nos quebrará. Não temos muito mais verões para fazer as mudanças críticas e assumir a responsabilidade de transformar não apenas o comportamento humano, mas, acima de tudo, a natureza humana.

“Como O Boom Tecnológico Dos Últimos 70 Ou Mais Anos Pode Ter Sido Mais Benéfico Para A Humanidade Se Não Fosse Amplamente Impulsionado Por Forças Militares Ou De Mercado?” (Quora)

Dr. Michael LaitmanMichael Laitman, no Quora: Como O Boom Tecnológico Dos Últimos 70 Ou Mais Anos Poderia Ter Sido Mais Benéfico Para A Humanidade Se Não Fosse Amplamente Impulsionado Por Forças Militares Ou De Mercado?

O desenvolvimento da humanidade acontece por meio e sob a pressão do egoísmo – o desejo de se beneficiar às custas dos outros – que aumenta na humanidade de uma geração para a outra, e em nossas vidas individuais de um ano para o outro. É por isso que esse desenvolvimento já é falho e nos leva a problemas e infortúnios. É por isso que tudo o que acontece em desacordo com a natureza, não alinhado com a lei altruísta da natureza, mas de acordo com o nosso egoísmo, é falho e falhará no futuro. Afinal, tais desdobramentos não partem do postulado do cuidado e do amor ao próximo, da compreensão e percepção de que vivemos em um único sistema integral, onde a vida e o mundo estão interligados como uma pequena aldeia integral.

Ao contrário, cada um de nós se preocupa primeiro e principalmente consigo mesmo, o que é completamente oposto ao que a natureza exige de nós. Nosso desenvolvimento tecnológico, portanto, não se parece mais com tentativas e esforços para de alguma forma preencher nosso egoísmo. Em vez de cortá-lo de nós mesmos e corrigir a maneira como o usamos para o benefício da humanidade, tentamos preenchê-lo diretamente. Em outras palavras, em vez de nos aproximarmos da equivalência, unificação e equilíbrio com a natureza, nos distanciamos cada vez mais dela. Portanto, em vez de alcançar prazer, bondade e perfeição, experimentamos acumulando problemas, crises e desastres.

Se usarmos nossas tecnologias para o benefício da humanidade, para corrigir a humanidade do egoísmo ao altruísmo, mereceremos perfeição e felicidade.

Baseado em Q&A com o Cabalista Dr. Michael Laitman em 9 de setembro de 2006. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.