“Dia Nacional Da Preguiça – Que Ótima Ideia” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Dia Nacional Da Preguiça – Que Ótima Ideia

A terça-feira desta semana, dia 10 de agosto, para ser exato, foi o Dia Nacional da Preguiça, um feriado não oficial que celebra a “preguiça interna”, de acordo com o site Time and Date. Somos ensinados a desprezar a preguiça e admirar a diligência, mas o estado atual do mundo é resultado direto de nosso excessivo trabalho árduo. Talvez se fizéssemos uma pausa de vez em quando, daríamos um descanso à Terra também, e todos nós estaríamos um pouco mais seguros e calmos.

Considerando nossa atitude atual em relação ao mundo, a preguiça é boa para nós e para todas as outras pessoas. Uma vez que tudo o que fazemos é para nós mesmos – acumular riqueza, poder, posses e, de preferência, às custas dos outros – quanto menos fizermos, melhor para todos, e também para nós mesmos. Na verdade, se pudéssemos impor uma pausa de um mês a toda a humanidade, tudo floresceria de repente. Os pássaros cantariam, o tempo se acalmaria e não haveria inundações, incêndios e guerras, se ao menos pudéssemos fazer uma pausa por algumas semanas.

Precisamos começar a prestar contas à natureza e entender que somos o único elemento nocivo nela, e um elemento muito potente. É por isso que devemos impor essa pausa a nós mesmos. Por causa de nossa natureza prejudicial, nossos sábios instruem no Talmude: “Sente-se e não faça nada – melhor” (Iruvin 100a).

Não fazer nada não significa que teremos que ficar sentados no sofá o dia todo. Podemos levar as crianças à praia, passear, fazer alguma coisa no jardim, etc., cada um de acordo com as suas circunstâncias. A questão não é “produzir”, “fabricar”, pois é aqui que prejudicamos os outros e a natureza.

Se quisermos participar de atividades mais produtivas, devemos primeiro contemplar porque queremos fazê-las e, principalmente, quem se beneficiará delas. Além de cuidar do sustento básico de nós mesmos e de nossas famílias, tudo o que fazemos que é excessivo também é prejudicial.

Portanto, devemos refletir sobre porque queremos fazer o que queremos fazer, quem pode se beneficiar com isso e quem pode perder. Se descobrirmos que, no final, é um ato egocêntrico, é melhor evitá-lo. Mas se for para ajudar os outros, seremos mais do que bem-vindos para trabalhar nisso por tanto tempo quanto pudermos. Ou seja, se conseguirmos inverter a intenção de nossas ações, beneficiárias de nossos esforços de nós mesmos para os outros, será uma bênção para o mundo e para nós. Qualquer outra motivação para agir levará a resultados negativos. Nesse caso, é melhor ser preguiçoso e evitar trabalhos desnecessários.