Pergunta: O que você recomendaria para uma pessoa adquirir um hábito que a ajude no seu desenvolvimento espiritual?

Resposta: Eu aconselharia a todos que entendessem que estamos em um sistema, dependemos uns dos outros, e mesmo que não pensemos assim, não sintamos e não vejamos, ainda imaginamos que somos totalmente dependentes uns aos outros. Na verdade, quando sentirmos nossa dependência uns dos outros, o hábito vai ajudar muito cada um de nós.

Uma pessoa deve construir um quadro especulativo de que depende de todos e de que todos dependem dela. Portanto, não faz sentido para ela pensar mal de alguém no mundo e tentar de alguma forma se afastar deles. Pelo contrário, com todas as suas forças ela deve tentar e querer que todas as pessoas entendam uma conexão comum.

Então ela agirá corretamente para si mesma e para os outros. Ela não cometerá erros na vida; ela sempre fará a coisa certa. Afinal, a mais alta gestão da natureza – quando é comum – exige isso de nós.

Comentário: Mas imaginar o mundo dessa forma é um esforço enorme.

Minha Resposta: Se tentarmos manter uma imagem global e integral de nosso mundo dessa forma, será mais fácil para nós.

Pergunta: Para fazer um esforço tão grande, é necessário mostrar os enormes prazeres que posso receber por esses esforços. Quais são esses prazeres?

Resposta: Até o próprio fato de isso ser verdade já significa muito, mas nosso egoísmo não nos permite fazer isso. Não estaríamos estragando a natureza, a sociedade humana não faria mal uns aos outros e não desenvolveria meios de destruição, etc. Poderíamos viver perfeitamente bem em nosso planeta se tivéssemos uma ideia correta do que está acontecendo conosco.

O hábito certo pode nos levar a uma existência maravilhosa. Consiste em imaginar que estamos em um sistema comum de completa interconexão – estou totalmente interconectado com todas as pessoas do mundo e preciso pensar apenas nelas, não em mim.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 25/06/21

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Pergunta: Por que existe uma opinião de que as mulheres não devem aprender a Cabalá?

Resposta: A Cabalá em geral não era ensinada a ninguém. Ao longo dos milênios de seu desenvolvimento, ela era usada apenas por um pequeno período de tempo, cerca de 3.500 anos atrás. Desde então, deixou de ser praticada por pessoas.

Com a destruição do Primeiro Templo, a Cabalá caiu em desuso. Ela só existiu por várias décadas durante a peregrinação no deserto no caminho do Egito para a terra de Israel.

Com a destruição do Primeiro Templo, ela já começou a erodir do povo e, após a destruição do Segundo Templo, quase parou completamente de ser compreendida e permaneceu apenas como um destino para Cabalistas individuais.

Mas, pelo que estudamos, fica claro que, por um lado, esse é o caminho do desenvolvimento individual quando uma pessoa – homem ou mulher – entra individualmente em contato com outras criando um grupo comum.

Nele, de acordo com um determinado método, elas alcançam um contato espiritual interior completo, elevam-se acima de seu “eu” e começam a se sentir como “nós” em vez de “eu”. Ou seja, “nós” é o seu “eu” comum e coletivo E nesse “eu” coletivo, nessa conexão multifacetada entre elas, elas veem uma nova força, uma nova qualidade – a qualidade de doação e amor mútuos.

De KabTV, “Videoconferência”

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Pergunta: Na ciência, muitas descobertas são feitas por acaso. Ou seja, eles devem descobrir uma coisa e, em vez disso, descobrem algo completamente diferente. Por exemplo, Colombo queria descobrir a Ásia e descobriu a América. Penicilina, matéria escura, etc., também foram descobertas acidentalmente.

Podemos dizer que as revelações da Cabalá também são acidentais?

Resposta: Por um lado, uma pessoa que está estudando Cabalá constantemente revela algo novo, inesperado e imprevisível. Por outro lado, o método real pelo qual isso é revelado é conhecido. Existe apenas uma condição nisso: a subida acima do próprio egoísmo.

Além disso, apenas a pessoa que realiza essa subida faz revelações. Tudo o que ela alcança não pode ser visto e compreendido por ninguém, a menos que a outra pessoa também faça o mesmo.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 02/07/21

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Pergunta: Por que não é possível revelar diretamente não apenas o Criador, mas também muitos fenômenos do mundo, exceto por meio de algum intermediário?

Resposta: Não é sobre o intermediário, mas sobre a maneira como posso criar alguma semelhança com essa força dentro de mim. A partir do que posso criar esses estados?

Portanto, a Cabalá diz que a coisa mais confiável é formar um detector dentro de você para detectar o Criador. Isso só é possível quando você se conecta com várias pessoas e constrói com elas o mesmo relacionamento que Sua relação com cada um de nós.

Não podemos senti-Lo, não temos a qualidade de doação, influência ou emanação. No entanto, se criarmos tal qualidade entre nós em um pequeno círculo, começamos a revelar neles a influência do Criador sobre nós.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 02/07/21

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Pergunta do Facebook: Como você pode amar os outros se não sabe como amar a si mesmo?

Resposta: Você se ama demais e, se quiser começar a sentir o mundo que é externo a você, precisa praticar o amor aos outros.

Quando você ama os outros, você desenvolve o atributo de doação, o atributo do amor verdadeiro, e muda do amor-próprio para o amor pelos outros e, assim, começa a sentir o que está realmente fora de você. Fora de você está uma luz imensa, o mundo superior, um estado eterno para o qual você está sendo conduzido.

De KabTV, “Perguntas e Respostas no Facebook”, 10/03/19

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