Entre Duas Épocas

546.02Precisamos de uma reforma séria de nossa atitude em relação aos filhos – não apenas uma reforma do sistema educacional de ensino ou de criação, mas em geral, de toda a nossa vida em que os filhos aprendem de nós, tomem todos os tipos de exemplos com os quais não podem concordar e não podem implementar em si mesmos.

Era uma vez, um menino olhava para seu pai, uma menina para sua mãe. Se o pai era sapateiro ou alfaiate, não importa o que acontecesse, o filho sabia: “Vou crescer e ser sapateiro ou alfaiate”. Naquela época, os filhos não tinham demandas internas.

O artesanato era passado de geração em geração. Filhos moravam com os pais. Eles não desejavam ser diferentes. Naquela época, todo o modo de vida, todos os exemplos que os pais davam: como viver, como se comunicar, tudo isso era normal, tudo isso combinava com os filhos.

Hoje não! Hoje, os filhos nos olham e se sentem em um mundo vazio. Eles não têm de onde obter exemplos. Eles têm que inventar seu próprio mundo. E nós, tolos, não entendemos por que eles estão envolvidos em todos os tipos de fanatismo, usam drogas e tudo mais. Tudo acontece porque não estamos prontos para dar exemplos de como viver corretamente.

Não concordamos que sejam diferentes. Este é o nosso ponto mais básico. Precisamos levar em conta que eles são diferentes, que têm almas diferentes. E devemos viver para eles, não para nós mesmos. Vivendo para eles, nós também nos corrigiremos. Por isso se diz: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”. Ou seja, os filhos devem nos ensinar.

Quando uma mulher se torna mãe, o filho como que exige que ela cresça para que uma atitude completamente diferente em relação à vida surja nele. É o mesmo aqui. Devemos entender que, tendo filhos, temos que ser mais responsáveis. E eles devem nos ditar como devemos ser.

Em primeiro lugar, devemos estudar o próximo estágio em que nossos filhos devem viver. Eles pedem, mas não entendemos. Estamos em tal geração, em tal “tesoura”, em tal processo de transição, que nos posicionamos como se estivéssemos entre duas épocas.

De KabTV,”Close-up”