“As Adagas Em Nossas Línguas Estão Nos Matando” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “As Adagas Em Nossas Línguas Estão Nos Matando

Não devemos nos surpreender que, enquanto nos aproximamos da conclusão da Operação Guardião das Muralhas no Sul, uma nova frente esteja sendo gradualmente aberta no Norte. Podemos não gostar, e o Hezbollah e o Hamas são de fato organizações terroristas, mas o mundo inteiro está por trás deles. Eles desfrutam do apoio das nações não porque lutam pelos palestinos, mas porque lutam contra Israel, que o mundo inteiro odeia. Podemos mudar a forma como o mundo se sente a nosso respeito, mas, para fazer isso, devemos mudar o que sentimos uns pelos outros.

Sempre que nos odiamos, convocamos inimigos contra nós. Sempre foi assim com o povo de Israel. Quando o Talmude descreve as razões que causaram a queda do Primeiro Templo, por exemplo, ele escreve que os judeus “comiam e bebiam uns com os outros”, mas eram tão rancorosos que “esfaqueariam uns aos outros com as adagas em suas línguas” (Yoma 9b).

Se você for a qualquer plataforma de mídia social em hebraico, qualquer meio de comunicação, ou ler qualquer jornal, encontrará exatamente isso: adagas na língua das pessoas, esfaqueando livremente seus dissidentes pelo “crime” de contestá-los. Já que estamos repetindo a conduta do passado, estamos provocando os cataclismos do passado.

No entanto, as coisas não precisam ser assim. A trajetória oposta funciona da mesma forma: quando cuidamos uns dos outros, ganhamos o favor do mundo. Descrevendo como as nações se sentiam em relação aos judeus enquanto estavam unidos, por volta do final do século II a.C,, o livro Sifrey Devarim (Item 354) descreve as três peregrinações, que eram marchas festivas a Jerusalém para celebrar e se reunir três vezes por ano. De acordo com o livro, os gentios “subiriam a Jerusalém e veriam Israel … e diriam: ‘Convém apegar-se apenas a esta nação’”.

Mesmo antissemitas infames, como Henry Ford, lamentaram que os judeus não fossem mais um exemplo de sociedade modelo, da qual gostariam de aprender, se tivessem o exemplo certo. Em sua composição virulenta, O Judeu Internacional: O Principal Problema do Mundo, Ford afirma: “Os reformadores modernos, que estão construindo sistemas sociais modelo no papel, fariam bem em olhar para o sistema social sob o qual os primeiros judeus foram organizados”.

Há uma sincronia clara entre a maneira como nos relacionamos uns com os outros e a maneira como as nações se relacionam conosco. Atualmente, não poderíamos nos relacionar pior. Consequentemente, as nações não podem nos suportar e ficar do lado de nossos inimigos, por mais imorais que sejam.

Se quisermos paz, devemos fazer as pazes uns com os outros. Se quisermos o amor do mundo, devemos amar uns aos outros. Esse sempre foi o caso com o povo judeu, e até que aceitemos isso e mudemos nossa relação uns com os outros, mísseis continuarão a cair sobre o nosso povo.