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Pessach Do Ponto De Vista Das Realidades Modernas, Parte 8

570Comentário: Antes de sair do Egito, o Criador dá um decreto: sacrifiquem um cordeiro, mantenham-no em casa por 14 dias, amarrem-no a uma cama.

Minha Resposta: Todos os problemas que vemos no texto devem ser entendidos corretamente. Estamos falando de uma pessoa, de suas qualidades interiores. O cordeiro representa a qualidade de Bina, que se desenvolve em nós. Ervas, terra, vinho, sarça ardente, etc., simbolizam tudo o que acontece dentro de uma pessoa.

Uma pessoa é um pequeno mundo, ela contém absolutamente todas as qualidades do nosso mundo. O fato de o mundo parecer existir fora de nós é, na verdade, um reflexo do que está dentro de nós.

Ou seja, vejo uma mesa à minha frente, porque seu estado está dentro de mim e, portanto, me parece que existe. Minhas mãos estão sobre a mesa agora. Na verdade, não há mãos, nem mesa, nada. Essas são apenas minhas qualidades internas, que pintam a realidade para mim dessa maneira.

E o mesmo Egito, e o mesmo Faraó com todas as enormes pirâmides – tudo isso existe apenas dentro de nós.

Comentário: Se tomarmos o último sacrifício, então o cordeiro na mitologia egípcia antiga é uma divindade.

Minha Resposta: Os judeus os criaram, mataram e comeram.

Comentário: Eles foram sacrificados. O Criador disse: “Sacrifiquem-no de uma certa maneira”.

Minha Resposta: Justamente porque os judeus mataram e consumiram esses cordeiros por egoísmo, ou seja, para os egípcios que estão em nós, isso é sagrado, e para a qualidade de ascensão ao Criador, pelo contrário, é uma oportunidade de subir acima do egoísmo.

Pergunta: Apesar da indignação do próprio egoísmo, certo?

Resposta: Claro. De que outra forma você pode se elevar se não se ressente com isso?

Comentário: Dizem que os filhos de Israel foram escravos por muito tempo.

Minha Resposta: Até agora, não fomos capazes de sair do egoísmo, de romper com ele.

Pergunta: Então eles realizam um sacrifício na frente dos egípcios enfurecidos e do Faraó, como se eles dessem um passo interior muito decisivo e escolhessem o lado do Criador, de segui-Lo ao invés do Faraó. Para fazer isso, deve haver uma grande prontidão interior, consciência em uma pessoa. Onde isso se acumula, com que custo?

Resposta: Esta é uma necessidade interna consciente que gradualmente se manifesta em uma pessoa, naturalmente, com a ajuda do Criador, com a ajuda da luz. Por si só, não se origina e não se desenvolve na própria pessoa.

Afinal, todas essas pessoas que eram chamadas de Judeus, vieram para o Egito a fim de desenvolver seu esforço altruísta para se conectar umas com as outras e com o Criador e, portanto, para manifestar a qualidade do Criador. Por suas ações entre si, elas atraem a qualidade do Criador para si mesmas.

Pergunta:  Em nosso tempo, essa prontidão está amadurecendo no povo judeu ou não? Deve haver uma medida cumulativa? Como você chega a essa medida para que uma pessoa realmente escolha o lado do Criador, avance e cumpra seu papel?

Resposta: Para fazer isso, você precisa passar quatrocentos anos no Egito, ou pelo menos duzentos e dez anos, como realmente foi.

Pergunta: Eles acham que este é o Egito?

Resposta: É claro! Até mesmo Abraão estava dentro e fora do Egito. Não é um problema. Estar “no Egito” significa se sentir na escravidão do egoísmo. Quando o egoísmo, por um lado, dá a você tudo o que você quer neste mundo – pegue, aproveite – e você joga tudo fora e prefere sair dele.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 12/04/19

Não Mais Satisfeito

115.05O trabalho de Amaleque, da Klipa, é diminuir a grandeza do Criador, a grandeza da meta, da espiritualidade, como se houvesse valores mais importantes em nosso mundo.

A Klipa trabalha contra a santidade não a fim de obscurecê-la, mas apenas para criar alguns distúrbios no caminho para que percebamos onde estamos e com o que devemos nos associar: egoísmo ou doação.

Não temos consciência do quanto as forças do mal nos ajudam em nossas vidas a nos posicionarmos corretamente neste mundo. Se não sentíssemos a dor, enfiaríamos a mão no fogo sem perceber que estava queimando. É assim que os adultos criam uma criança, alertando-a constantemente sobre ações perigosas. Quando a criança crescer, ela entenderá com o que deve ter cuidado e agirá corretamente.

Isso é o que a inclinação ao mal, o egoísmo, faz. Nós descobrimos nossas intenções egoístas em cada estado, elas são de força e caráter diferentes, e podemos trabalhar contra elas e transformá-las a fim de doar. Depois de algumas dessas ações, começamos a descobrir o Criador.

Amaleque está entre nós e o Criador e esconde o Criador de nós, aparentemente nos impedindo de chegar mais perto do Criador. No entanto, por meio disso, ele realmente nos concentra no Criador, mas na forma oposta. É nesta forma oposta que podemos entender esta pista, sentir e representar o Criador através dela. Caso contrário, simplesmente não podemos.

É assim que todo o nosso avanço acontece: primeiro, somos puxados para a frente pelo egoísmo, e então começamos a ver o quão egoísta é essa atração e então é possível evitá-la e alcançar a bondade genuína. Não há outra maneira de chegar mais perto do Criador a não ser reconhecer nossa inclinação ao mal, a Klipa, e desfrutá-la como era a princípio no Egito durante os primeiros sete anos de saciedade.

Quando nos conectamos com esta Klipa, vemos que ela é boa apenas para a nossa barriga, mas não para a nossa alma, e que é impossível tornar-se verdadeiro assim. Esta Klipa, que nos criou ao longo de sete anos de saciedade no Egito, nos leva ao reconhecimento de seu mal, e não a queremos mais. Isso é chamado de “ajuda contrária”. A inclinação ao mal nos desenvolve a tal ponto que começamos a desprezá-la, a rejeitá-la e odiá-la, a sofrer com ela.

É assim que o mundo inteiro estava desfrutando de seu egoísmo. Quanto maiores eram os desejos egoístas de uma pessoa, mais bem-sucedida ela era e mais ela aproveitava a vida até que chegasse o tempo de nossa “última geração” e começássemos a revelar o quão falho era todo o nosso desenvolvimento egoísta passado. Não podemos mais usar nosso egoísmo porque ele não dá frutos.

De repente, descobrimos que o rei está nu! Ele não é um rei de forma alguma! Então, queremos substituí-lo porque não podemos existir sem aproveitar a vida. Se agora não estamos mais satisfeitos com a vida que tínhamos no século XX e não basta ser bem alimentado, rico, nobre e educado para ser feliz, se tudo isso não traz realização, então ele é não é mais um rei.

Este é exatamente o período em que estamos, como está escrito: “E os filhos de Israel suspiraram do trabalho”. Ou seja, não queremos estar sob o controle de nosso desejo egoísta, sob o poder do Faraó, o Rei do Egito. Ele se tornou exatamente o oposto e nos traz o mal e nos leva a atividades prejudiciais.

Agora, durante a pandemia, vemos que toda essa corrida por objetivos egoístas acabou sendo uma fraude. Construímos pirâmides enormes e vemos que não há esperança de receber qualquer satisfação por parte delas. Estávamos construindo palácios, mas eles são túmulos para os mortos.

Da Lição Diária de Cabalá 18/04/21, “Amaleque

Quando Chegará O Fim Da Nossa Civilização?

272Pergunta: Os cientistas alemães estão se perguntando quando começará o fim da civilização? Por que civilizações como o Império Chinês e o Império Romano entraram em colapso? Eles também perguntam: “Por que pensamos que nossa civilização pode evitar tal destino?” Por quê?

Resposta: Elas não entraram em colapso; elas simplesmente se transformaram em outras.

Comentário: Os cientistas alemães chegaram às seguintes conclusões: o ponto fraco das sociedades modernas é que seus sistemas estão intimamente interligados e os problemas em um lugar causam uma resposta imediata em outro. Pesquisadores de desastres há muito defendem que bens vitais, como alimentos, sejam produzidos localmente. Eles estão dizendo: “O problema todo é que estamos conectados!”

Minha Resposta: Eu realmente não quero lidar com cientistas alemães e sua dialética. Direi apenas uma coisa: precisamos entender onde estamos e por quais leis da natureza devemos agir. Nada nos ajudará, mesmo que tentemos de alguma forma aceitar as leis da natureza ou manobrar dentro delas para evitar golpes.

Devemos entender do que nosso destino depende. Em última análise, nosso destino depende apenas de nós mesmos. Depende apenas de como nos tornaremos semelhantes à lei geral da natureza, a lei da conexão absoluta de todas as partes da criação umas com as outras. Mas, em vez disso, essa conexão absoluta passa pelas pessoas e, nas pessoas, é cortada.

Existe a natureza inanimada, vegetativa e animada, e tudo isso também está conectado com a natureza humana, que é o quarto grau. Este grau não fornece a conexão, ele atua apenas por si e não como um complemento dos demais. Nenhuma parte da natureza faz nada que mate o resto das partes.

As naturezas inanimada, vegetativa e animada usam-se umas às outras. Elas comem e usam umas às outras para existir e, por sua vez, alimentam as outros. É assim que se faz. No entanto, violamos essa lei do ciclo universal. Acontece que os humanos são as principais pragas da natureza.

No entanto, como podemos nos tornar uma parte integrante, boa e normal da natureza? Somente se estudarmos essa natureza, compreendermos suas leis e as seguirmos. Isso significa consumir exatamente o quanto precisamos no nível animalesco, apenas para sustentar a vida e nada mais!

Porque no nosso nível, no nível do nosso corpo, somos animais. Se formos animais, devemos nos comportar como eles, isto é, não consumir mais do que nosso corpo animal requer. Nem mais nem menos, apenas o suficiente. Esta é a primeira condição.

A segunda condição é que não devemos causar nenhum dano à natureza circundante. Isso significa qualquer um de seus graus – inanimado, vegetativo, animal, para não mencionar o humano. Para não prejudicar nenhuma parte da natureza!

Devemos consumir apenas o que precisamos, como qualquer natureza. Não mais do que isso. Se consumirmos mais, será em nosso detrimento. Plante uma árvore sem água, o que vai acontecer com ela? Plante-a para que se afogue na água, o que vai acontecer com ela? Ela precisa tanto quanto precisa. Nós também.

Portanto, conhecer e manter esse equilíbrio interno entre nós e a natureza circundante é uma necessidade sem a qual não sobreviveremos. Não importa para nós o que os cientistas dizem e o que nos prescrevem.

Comentário: Mas eles raciocinam com a lógica humana. Se estivermos interconectados e o vírus tiver se originado em algum lugar, ele se espalhará imediatamente pelo mundo.

Minha Resposta: O que você pode fazer? Você não pode ir contra a dialética, contra o fato de que a conexão entre nós está em constante desenvolvimento. Você não pode ir contra isso. Você só precisa saber como pode tornar essa conexão benéfica para a humanidade. Isso é tudo.

Comentário: Esse pensamento vive nas pessoas há séculos. É provavelmente por isso que surgiram religiões que proibiam o consumo excessivo. Por isso surgiram ditaduras que queriam igualar a humanidade. Não deu em nada. Nada!

Minha Resposta: Não estou propondo suprimir uma pessoa. Estou propondo ensinar às pessoas a lei integral da natureza. Então a pessoa se comportará corretamente porque verá o quanto ela afeta a natureza para o bem ou para o mal. Isso, no entanto, depende da consciência das pessoas sobre o meio ambiente em que vivemos neste pequeno planeta.

Pergunta: Então, seremos levados a isso, de uma forma ou de outra? Já chegamos perto e vamos ser trazidos para isso, certo?

Resposta: Claro.

Pergunta: Qual deve ser a educação correta se quisermos avançar pacificamente, não por pressão? Como fazer uma pessoa usar apenas o que precisa?

Resposta: Somente através do desenvolvimento integral de todas as pessoas em plena, correta e boa conexão umas com as outras. Sem o uso de qualquer violência!

Se não chegarmos a isso, a natureza nos ensinará de uma maneira diferente.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 14/01/21

Da Saída Do Egito Para A Recepção Da Torá

749.01Pergunta: A Torá nos diz que sete semanas (49 dias) após deixar o Egito, o povo de Israel, vários milhões, chegou ao Monte Sinai e recebeu a Torá. Existe até uma expressão em hebraico: Ma’amad Har Sinai – em pé no Monte Sinai.

Por que isso aconteceu exatamente sete semanas depois?

Resposta: O fato é que a saída completa do Egito deveria levar exatamente esse tempo, ou seja, uma pessoa deveria passar por tantos estados.

O número sete representa o grau ou a parte mais importante de qualquer grau. Afinal, são dez graus no total, sete principais e três adicionais.

Em outras palavras, nas chamadas sete semanas temos que fazer um certo trabalho para sair do Egito. Caso contrário, o que significa “sair”? Apenas ir embora?

Este é um trabalho espiritual interior, quando uma pessoa deve perceber como foi exilada da qualidade do Criador e como deve agora se aproximar dela. Portanto, esta é uma percepção muito séria.

Pergunta: O que é um “grau” em nosso desenvolvimento espiritual?

Resposta: É o grau de realização do mundo superior: a próxima revelação do egoísmo de alguém, ascender acima dele e alcançar o Criador.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 09/04/21

“Duas Maneiras De Ser Bom” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Duas Maneiras De Ser bom”

Em todos os aspectos que podemos examinar, a vida está melhor hoje do que nunca: temos mais comida do que nunca, até demais; temos melhores cuidados de saúde; vivemos mais; e temos liberdade de expressão, pelo menos em comparação com cem anos atrás ou antes. A tecnologia nos deu abundância; podemos viajar confortavelmente para qualquer lugar que quisermos em poucas horas e por um preço ridículo; podemos nos comunicar com qualquer pessoa no globo em segundos, como se ela estivesse bem ao nosso lado, e a medicina moderna está fazendo milagres (mesmo a Covid-19 não é nada comparada às pragas que mataram dezenas de milhões apenas um século atrás). Parece que as pessoas deveriam estar mais felizes do que nunca. Surpreendentemente, hoje estamos mais deprimidos do que nunca. Se olharmos para este enigma, encontraremos algo fascinante: não apenas nossas vidas mudaram, mas também nossos objetivos. Costumávamos querer sobreviver; agora queremos nos divertir e ser felizes. A tecnologia foi construída para facilitar a vida, mas não pode nos fazer felizes. Para sermos felizes, precisamos de pessoas amorosas, não de tecnologia avançada.

Quando nós, como sociedade, nos engajarmos na construção de conexões positivas, a existência material não apenas se tornará fácil, mas também se tornará agradável e significativa. Saberemos por que fazemos o que fazemos, como isso nos ajuda e como ajuda o mundo. Teremos prazer em sermos bons uns com os outros e descobriremos que isso é muito mais recompensador do que uma competição fria e desastrosa. Nesse processo, sentiremos as necessidades uns dos outros, nos conectaremos em nossos corações, e não apenas em nossos corpos, e nossa alegria se tornará inconcebivelmente mais poderosa e significativa.

Na verdade, quanto mais a tecnologia melhora e torna nossa vida mais fácil, mais ela nos leva a perguntar sobre o propósito da vida. Se não precisamos lutar pela sobrevivência, então por que precisamos levantar um dedo? E se não precisamos levantar um dedo, estamos realmente vivos? Embora, ainda, principalmente em nosso subconsciente, essas perguntas estão cada vez mais nos incomodando e estragando a festa que deveríamos estar dando. Quanto mais cedo lançarmos luz sobre essas questões, mais cedo seremos capazes de resolvê-las e encontrar a verdadeira felicidade.

Enquanto tudo o que queríamos era sobreviver, não sabíamos o que era felicidade. Na melhor das hipóteses, se garantíssemos nossa sobrevivência, estaríamos contentes. Mas contentamento não é felicidade. A felicidade vem da conexão direta com outras pessoas, quando as sentimos como se fossem parte de nós, e elas sentem o mesmo por nós. Não é apenas responsabilidade mútua no nível físico, mas uma fusão de mentes e corações entre todas as pessoas, um estado que podemos alcançar apenas se realmente nos preocupamos uns com os outros, amamos uns aos outros como a nós mesmos, ou como nossos sábios colocam, “Ame seu próximo como a si mesmo”, muito literalmente.

Para que isso aconteça, primeiro temos que reconhecer que nosso estado de espírito atual é o oposto: somos estranhos uns para os outros, hostis e desconfiados. Mudamos de querer sobreviver para querer desfrutar, mas como podemos aproveitar a vida se não podemos confiar que as pessoas ao nosso redor não querem nos prejudicar? Isso nos mantém constantemente no limite, vigilantes e estressados. Para aproveitar a vida, primeiro precisamos ter certeza de que as pessoas ao nosso redor desejam o nosso melhor. Em outras palavras, temos que nos tornar bons uns com os outros, cuidar. E isso deve abranger todos nós. Se uma pessoa na sociedade procurar prejudicar os outros, isso forçará todos os outros a se tornarem cautelosos e hostis.

Existem duas maneiras de nos tornarmos bons uns para com os outros: 1) percebendo que não temos outra escolha e mudando contra a nossa vontade, ou 2) percebendo que esta é nossa melhor opção, nosso modo de vida preferido, e ativamente perseguindo essa transformação em nossas vidas. Atualmente, estamos trilhando o primeiro caminho, procurando desesperadamente encontrar caminhos de fruição que não exijam o cuidado dos outros. Isto não está funcionando Como resultado, estamos ficando cada vez mais frustrados e buscamos todos os tipos de escape da dor por meio de drogas, violência, extremismo e depressão – a doença mais comum da nossa geração. Podemos seguir trilhando esse caminho até sentir que esgotamos todas as opções, o que pode levar décadas de sofrimento inimaginável. Como alternativa, podemos dar uma chance ao outro caminho agora e ver como funciona.

Se tentarmos o outro caminho e nos comprometermos a promover conexões positivas, encontraremos o que realmente estamos procurando: a felicidade. Ninguém pode se sentir triste quando está cercado de pessoas amorosas. Além disso, quando começamos a nutrir conexões positivas, tudo o que fazemos começa a fazer sentido, uma vez que o fazemos para ajudar os outros e nos conectar com eles. Quando trabalhamos para o benefício dos outros, inevitavelmente infundimos significado em nossas ações. Ninguém que já fez algo por outra pessoa perguntou sobre a razão ou o propósito do ato. O propósito é evidente e a recompensa é tremenda.

Além disso, quando nós, como sociedade, nos engajarmos na construção de conexões positivas, a existência material não apenas se tornará fácil, mas também se tornará agradável e significativa. Saberemos por que fazemos o que fazemos, como isso nos ajuda e como ajuda o mundo. Teremos prazer em sermos bons uns com os outros e descobriremos que isso é muito mais recompensador do que uma competição fria e desastrosa. Nesse processo, sentiremos as necessidades uns dos outros, nos conectaremos em nossos corações, e não apenas em nossos corpos, e nossa alegria se tornará inconfundivelmente mais poderosa e significativa.

No final, aprenderemos a ser bons uns com os outros, pois só assim podemos ter sucesso. Mas como aprendemos isso depende de nós.

“O Que Amaleque Significa Na Bíblia?” (Quora)

Dr. Michael LaitmanMichael Laitman, no Quora: O Que Amaleque Significa Na Bíblia?”

Amaleque é uma qualidade muito próxima de nós. Parece ser totalmente maligno, uma perturbação que precisa ser destruída, e não apenas destruída, mas está escrito que até sua memória deve ser apagada. No entanto, nada foi criado desnecessariamente. Tudo o que existe foi criado exclusivamente para beneficiar o nosso desenvolvimento.

Amaleque é uma qualidade que nos ajuda a desenvolver-nos de forma otimizada e que nos protege constantemente. É como se estivéssemos trilhando um caminho, e onde quer que possamos cair ou nos desviar dele, espinhos aparecessem e nos enviassem um “Afastem-se!”, um sinal de aviso. É assim que Amaleque fica de guarda para nos guiar na direção certa.

O desejo vem de Amaleque e a relutância também vem dele.

Em hebraico, Amaleque é uma forma abreviada das palavras “Al Minat Lekabel“, que significa “a fim de receber”. Descreve a intenção egoísta sobre um desejo: receber para seu próprio benefício pessoal. Está escrito sobre tal intenção: “Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei a Torá, um tempero”. A inclinação ao mal (o uso egoísta do desejo) é posicionada diretamente contra a Torá, o que significa tanto luz espiritual (Ohr) quanto instrução espiritual (Hora’ah).

Ambas operam em nós a fim de nos guiar para um estado de equilíbrio entre elas.

Portanto, precisamos nos relacionar respeitosamente com Amaleque, ou seja, com o ego, uma vez que é uma qualidade necessária para estabelecermos nossa conexão espiritual. A inclinação ao mal – o ego – que resiste e nos incita contra a espiritualidade – a qualidade de amor, doação e conexão positiva – nos ajuda a descobrir nossa conexão espiritual, mostrando-nos como encontrar tal conexão onde inicialmente descobrimos as qualidades de Amaleque, ou seja, a intenção egoísta.

Amaleque é, portanto, uma qualidade muito astuta que nos mostra até que ponto estamos imersos em pensamentos e desejos para o benefício próprio, e quando vemos essa intenção egoísta operando em nós, podemos identificar como precisamos agir na direção oposta.

Amaleque, o ego, desenvolve assim nossas habilidades espirituais, permitindo-nos atingir mais qualidades espirituais de amor, doação e conexão, mostrando-nos os opostos dessas qualidades espirituais dentro de nós.

Baseado na Lição Diária de Cabalá com o Cabalista Dr. Michael Laitman em 18 de abril de 2021.

Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

Quebrando O Impasse Da Informação

962.8Pergunta: Os Cabalistas previram que uma explosão de informação ocorreria na última geração e as pessoas não seriam capazes de lidar com o processamento e uso da informação? Que tipo de reinicialização a sociedade deve fazer hoje para o uso da informação?

Resposta: Podemos dizer que agora estamos enfrentando outra revolução. O fato é que frequentemente encontramos tais estados.

Quando sentimos a necessidade de um milhão de cavalos para transportar algo de um lugar para outro, inventamos a locomotiva. Quando sentimos que era impossível arrastar para o solo o que precisávamos com o auxílio de uma locomotiva, inventamos outros meios de transporte, outras possibilidades, etc. A natureza está constantemente nos empurrando para isso.

Hoje estamos em um impasse de informações. Sujamos toda a atmosfera com todos os tipos de “curtidas”. No final, tudo isso é vazio. Mas ainda estamos sentados nisso e não podemos nos livrar disso. É como se estivéssemos presos na lama e incapazes de nos livrar dela.

Acho que tudo isso levará à ordem, ao fato de que vamos parar de nos contorcer em nosso mundo da informação e subir para o próximo nível. Essencialmente, será importante que nos comuniquemos uns com os outros. Esta é a solução para o impasse tecnológico e informativo de hoje.

De KabTV, “Curso Integral”, 19/03/21

“Qual É Uma Boa Solução Para O Problema Mundial Da Dependência De Drogas?” (Quora)

Dr. Michael LaitmanMichael Laitman, no Quora: Qual É Uma Boa Solução Para O Problema Mundial Da Dependência De Droga

Atrás de cada viciado em drogas, há perguntas sem resposta sobre o sentido e o propósito da vida.

Todos nós nascemos, vivemos e morremos contra nossa vontade e, portanto, todos questionamos o sentido e o propósito de nossas vidas. A drogadição surge como um dos meios pelos quais várias pessoas tentam se esquivar dessas perguntas. No entanto, as perguntas sempre permanecerão e trabalharão para nós, não importa o que façamos para tentar nos distrair delas.

Portanto, não vejo solução para o problema da dependência de drogas além da necessidade de aprender o sentido e o propósito da vida, o processo de nosso desenvolvimento, quem somos, qual é a nossa natureza, como funciona a natureza, o que a natureza quer de nós, independentemente de nossas diferentes opiniões e crenças.

Se resolvermos os problemas da falta de sentido e da falta de propósito aprendendo as respostas a essas perguntas fundamentais, resolveremos o problema do vício em drogas.

Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

Foto de Matthew T Rader no Unsplash.

Equivalência De Forma Consciente Com O Criador

610.2Comentário: Quando uma pessoa está envolvida na criação de inteligência artificial, ela está tentando repetir alguns processos que o próprio Criador fez com ela.

Minha Resposta: Nossa vida inteira é praticamente uma equivalência subconsciente com o Criador. Estamos tentando desta ou daquela maneira, embora não tenhamos consciência disso. Assim, Ele nos ensina, como criancinhas, por meio de pequenas recompensas e castigos.

Então, esse caminho se torna consciente quando eu conscientemente quero ser como Ele. Isso já está além da minha consciência e da minha mente terrena. Eu realmente começo a explorar a mim mesmo, mas em princípio, apenas minha equivalência com o Criador, no que exatamente eu sou equivalente a Ele.

Toda a natureza é um reflexo do Criador, um reflexo da força de doação. Fomos criados propositalmente como uma qualidade de recepção para sermos capazes de lidar com as contradições, diferenças em preto e branco e começar a nos distinguir precisamente. É quando nossa mente aparece.

Em outras palavras, a linha média que extraímos da oposição e nossa equivalência com o Criador é a nossa realização.

De KabTV, “Encontros com a Cabalá”, 03/01/19

Quem Nos Governa?

424.01Pergunta:  Ao buscar o prazer e fugir do sofrimento, é possível prever seu próximo passo?

Resposta: Você não pode prever o próximo passo porque não sabe exatamente quais desejos despertarão em você e o que será necessário para realizá-los. Mas você sempre refletirá com base nos desejos que surgem em você sobre como melhor realizá-los: dê o mínimo possível e receba o máximo possível em todas as suas ações.

Veja como você se senta, o mais confortavelmente possível na condição atual, como você fala, como você se comporta, inconsciente ou conscientemente, não importa como.

Pergunta: O que há de errado com esse comportamento? O que não funciona nisso?

Resposta: Em princípio, este modelo em si pode estar correto. O objetivo é garantir que nos realizemos com o lucro máximo e, a cada momento, mantenhamos maior confiança, segurança, realização e avanço.

Mas o fato é que sou comandado pelos valores que recebo da sociedade. E ela me impõe coisas que não preciso de jeito nenhum.

Cada um de nós traz suas aspirações por riqueza, fama e poder para a sociedade. E acontece que eu quero usar a sociedade para ganhar dinheiro, para impor a ela não os valores de que precisa, mas o que preciso tirar dela. Eu invento todo tipo de coisa para vender e assim ganhar conhecimento, poder, fama e dinheiro.

Como resultado, eu imponho meus valores aos outros, e como isso já se torna um legado de toda a sociedade, isso se impõe a todos na forma de publicidade e tudo mais. Acontece que anunciamos uns aos outros coisas totalmente desnecessárias, nas quais cada um de nós deseja ganhar alguma coisa, seja fama, poder ou dinheiro. Assim, vendemos uns aos outros coisas completamente desnecessárias.

Pergunta: Mas por que temos certeza de que precisamos disso?

Resposta: Porque a sociedade nos faz acreditar. Se a sociedade diz que isso é bom, então, me esforçando para ganhar reconhecimento e respeito aos olhos dela, faço o que ela me impõe.

Por exemplo, agora estou de terno. Seria mais confortável para mim estar de pijama. Por que não estou fazendo isso? Porque a sociedade me obriga a me vestir assim, e quero ter a aprovação nos olhos dela para que me escutem, me respeitem. Portanto, nos comportamos dessa maneira, quer entendamos ou não.

Assim, a sociedade nos obriga a ações que, em princípio, são opostas aos meus impulsos e desejos naturais. Na verdade, eu não gostaria disso, gostaria apenas de existir em paz. A sociedade está constantemente se desenvolvendo em seus desejos e isso me obriga a desejar o que não preciso. Mas é assim que avançamos.

De KabTV, “Close-up”, 19/08/09