“O Que Fazer Com Acadêmicos Vocais E Antissemitas” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “O Que Fazer Com Acadêmicos Vocais E Antissemitas

O professor de sociologia política David Miller, da Universidade de Bristol, recentemente se referiu aos estudantes judeus em seu campus como “peões” de Israel, “um regime violento, racista e estrangeiro engajado na limpeza étnica”. Essas acusações são infundadas e absurdas. No entanto, o ponto mais interessante sobre essa declaração é que enquanto mais de 100 MPs [Membros do Parlamento] e pares de todos os grandes partidos políticos apelaram à Universidade de Bristol para agir contra o Prof. Miller, cerca de 200 acadêmicos do Reino Unido e dos Estados Unidos assinaram uma petição defendendo-o. Esta petição demonstra que as opiniões de Miller não são apenas suas, mas que muitas pessoas as compartilham, mesmo que algumas delas escondam seu antissemitismo sob o manto da “liberdade de expressão”.

Quanto mais protelarmos a implementação de nossa antiga união e nossa antiga tarefa, mais o mundo nos odiará. Quanto mais as relações internacionais se deteriorarem no mundo, mais o mundo vai culpar os judeus, e particularmente Israel. Não devemos considerar isso levianamente; é a nossa oportunidade de cumprir a nossa missão e não podemos perder esta oportunidade. Se evitarmos esse convite de ser “uma luz para as nações”, o mundo não nos perdoará e não teremos mais ninguém para culpar a não ser a nós mesmos.

Como as opiniões de Miller são tão difundidas, acho que é hora de percebermos que silenciar os antissemitas não vai acabar com o antissemitismo. Em vez disso, devemos usar esses incidentes como alavancas para explicar nosso lugar no mundo como nação e como Estado.

Primeiro, devemos concordar que não importa o quanto queiramos ser como todo mundo, os judeus não são como as outras nações. Se o mundo inteiro escolher você para condenar, simplesmente dizer ao mundo que é errado não convencerá ninguém. Mesmo que os fatos estejam a seu favor, pessoas cheias de ódio não dão ouvidos aos fatos; seus sentimentos são a única justificativa de que precisam. Portanto, se o mundo nos odeia, e odeia, devemos tentar entender por quê.

Pegue qualquer nação, além dos judeus, e você encontrará uma origem comum. Cada nação começou com um núcleo que tinha alguma afinidade biológica. O povo judeu, desde o início, era diferente. Começamos quando pessoas de diferentes lugares, diferentes crenças e sem afinidade biológica alguma, encontraram um princípio comum que compartilhavam e queriam implementar na prática. Esse princípio era a união acima da divisão, afinidade acima da inimizade, ou como o rei Salomão disse: “O amor cobrirá todos os crimes” (Provérbios 10:12). O Rabi Akiva afirmou isso ainda mais explicitamente quando disse que o princípio “Ame seu próximo como a si mesmo” é a grande regra da lei judaica, a Torá.

Por meio de seus esforços para praticar essa ideia até então impensável, nossos ancestrais criaram um vínculo tão forte entre eles que se uniram “como um homem com um só coração” e formaram uma nova nação a partir de incontáveis ​​inimigos anteriores. Em certo sentido, os antigos israelitas implementaram entre si a ideia de paz mundial antes que alguém tivesse pensado nela.

Na verdade, desde o início, ficou claro que a união única que os primeiros judeus estabeleceram deveria servir de modelo para o resto do mundo, que é assim que as nações deveriam viver umas com as outras. Mas ninguém, além dos judeus, jamais havia feito isso, ou tentado, ou mesmo pensado na ideia. Claramente, cabia aos judeus espalhar a ideia e o método para implementar a fraternidade acima das diferenças e do ódio. É por isso que a Torá escreve que os judeus deveriam ser “uma luz para as nações”, que sua tarefa era mostrar o caminho para alcançar a paz e a harmonia em todo o mundo, como eles haviam alcançado entre si. O aclamado historiador Paul Johnson captou eloquentemente a essência e a vocação do povo judeu em seu livro A History of the Jewish (A História do Judeu): “Em um estágio muito inicial de sua existência coletiva, eles [os judeus] acreditaram que haviam detectado um esquema divino para a raça humana, do qual sua própria sociedade seria um piloto”.

Enquanto estávamos no exílio, estávamos dispersos entre as nações e não podíamos ser aquela sociedade piloto. Mas agora que retornamos à nossa terra, o antigo dever tornou-se válido e, consequentemente, a demanda das nações para que o implementemos tornou-se mais urgente.

O Estado de Israel, o Estado do povo judeu, é, portanto, o lugar onde os judeus devem se unir acima de suas diferenças e cobrir todos os crimes de ódio mútuo com amor. Se fizermos isso, o mundo vai justificar nossa existência como um Estado soberano. Se não fizermos isso, eles usarão todos os pretextos para negar nossa legitimidade até que finalmente resolvam encerrar a existência do Estado judeu.

Quanto mais protelarmos a implementação de nossa antiga união e nossa antiga tarefa, mais o mundo nos odiará. Quanto mais as relações internacionais se deteriorarem no mundo, mais o mundo vai culpar os judeus, e particularmente Israel. Não devemos considerar isso levianamente; é a nossa oportunidade de cumprir a nossa missão e não podemos perder esta oportunidade. Se evitarmos esse convite de ser “uma luz para as nações”, o mundo não nos perdoará e não teremos mais ninguém para culpar a não ser a nós mesmos.