“O Que É Preciso Para Fazer Um Pessach Para Toda A Humanidade” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “O Que É Preciso Para Fazer Um Pessach Para Toda A Humanidade

No próximo fim de semana, começa Pessach. Este feriado, que parece ser uma ocasião judaica, na verdade contém uma mensagem e uma predição para toda a humanidade. Não é por acaso que a história de Moisés, do Faraó e do êxodo do Egito inspirou vários filmes épicos; a mensagem universal de libertação da escravidão atinge um ponto fraco em cada pessoa: a aspiração de liberdade.

Para aproveitar ao máximo a história, precisamos entender o que ou quem nos escraviza e como podemos ser libertados. O nome do feriado, “Pessach”, não é coincidência. Representa a passagem da escravidão para a liberdade. E o Faraó, o grande opressor, não é outro senão o nosso ego.

Moisés, cujo nome vem da palavra hebraica “moshech” [puxar], é a força que nos tira das garras do Faraó e nos liberta, tornando-nos senhores de nossos próprios destinos. A história do Egito é verdadeiramente universal porque a libertação do ego pertence a cada pessoa. Em algum momento, cada um de nós sentirá que o ego se tornou um mestre implacável e vai querer fugir dele. É quando a pessoa sai do Egito seguindo Moisés e se torna uma pessoa livre, libertada do seu próprio Faraó que atormenta, o ego.

Hoje em dia, os dias da Covid-19, são tempos difíceis para todos. Embora a Covid não tenha nos feito sentir escravos, certamente nos fez sentir reprimidos. A pressão crescente sobre a psique das pessoas, o tributo econômico dos lockdowns, a dor e a tristeza crescentes estão estragando a festa que tínhamos até a chegada do vírus. Até sua chegada, estávamos apaixonados pelo Faraó. Ele, ou seja, nosso ego, nos deu civilização, progresso, prosperidade e tudo o que alcançamos.

Mas o Faraó não permanece o mesmo. Como tudo na vida, ele muda com o tempo. Nosso ego está crescendo e evoluindo e, no processo, torna-se cada vez mais exigente. O que era ótimo ontem torna-se completamente insuficiente hoje. Gradualmente, começamos a nos sentir cada vez mais insatisfeitos. Não deveria ter sido o contrário, que quanto mais temos, mais felizes somos? Não se considerarmos quem exige que satisfaçamos seus desejos: o nosso ego.

Nosso ego é insaciável; quanto mais você o alimenta, mais fome ele tem. E quanto mais fome tem, mais exigente se torna. No final, você se vê preso na busca de satisfações que parecem recompensadoras apenas até que você as tenha. Assim que você tiver o que deseja, seu chefe sussurra: “Traga-me mais ‼! Traga-me melhor‼!” Então, quando você diz: “Chega!”, você percebe que não pode escapar; você está escravizado ao seu ego e quanto mais você resiste, mais ele o aflige. É quando você percebe que o Faraó estava explorando você, que ele era bom para você apenas enquanto você o servia. Mas no minuto em que você deseja desistir, você descobre sua verdadeira face. É quando começa a escravidão no Egito.

Ainda não chegamos lá, mas estamos nos aproximando. Já estamos nos sentindo mal, mas ainda temos que perceber que o Faraó, nosso ego, é a causa de nossos maus sentimentos, e não um vírus ou qualquer outro desastre. Quando entendermos isso, isso marcará o início de nosso êxodo do Egito, da escravidão ao ego.

Por enquanto, basta examinar tudo o que não gostamos em nossas vidas e nos perguntar quem realmente está sofrendo com isso. Se começarmos a criar algum espaço entre nós e nossos egos, poderemos ser capazes de ver quem está exigindo o trabalho, quem está colhendo a recompensa e quem está pagando o preço.