Dilúvio Mundial: Covid-19

944Em qualquer lugar, assim que houver um problema, podemos entrar na arca, o grau de Bina, e nos esconder lá. Então nada pode nos prejudicar porque o grau de Bina é como um bebê no ventre da mãe, protegido por todos os lados. Este é o lugar mais seguro.

E depois de adquirir as qualidades de Bina, podemos agregar nosso desejo de receber e começar a crescer ali. Então a arca gradualmente se transforma em uma casa na qual há também a luz de Hochma.

Mas a coisa mais segura a fazer quando você está em uma situação difícil é entrar na arca. Em qualquer dilúvio que aconteça em nossa vida, grande ou pequena, precisamos nos juntar a esse grupo que nos dá a sensação de uma arca, ou seja, a luz de Hassadim, onde tudo é para doar. Então é impossível nos prejudicar de alguma forma. O dilúvio pode estar feroz do lado de fora, mas estamos em um lugar seguro, no ventre da mãe, dentro da arca, dentro do superior.

Se nos refugiamos nas águas de Bina, somos protegidos pelo grau superior. E aí começamos a crescer, ficando maiores, e a arca cresce com o embrião. Então é hora de nascer, ou seja, de sair da arca e continuar a crescer fora dela. Está escrito sobre Noé que quando o tempo do dilúvio terminou, ele foi capaz de sair da arca e começar a construir uma nova vida.

Mas tudo isso vai acontecer mais tarde, agora estamos inundados pelas águas do dilúvio, e toda a humanidade deve entrar na arca construída a partir da boa conexão entre nós e as forças de doação mútua. Essa arca nos protegerá de todos os infortúnios.

Infelizmente, a humanidade não entrará na arca e não sentirá necessidade dela sem o dilúvio, mas apenas devido aos golpes, problemas, o medo de se afogar nas águas do dilúvio. O dilúvio é Gevura que se abre em Bina nos deixando sem nenhuma escolha a não ser nos esconder das águas tempestuosas. E isso só é possível conectando-se porque isso cria a verdadeira qualidade de Bina.

O dilúvio não é a verdadeira Bina, mas Gevura revelada dentro de Bina. E nós criamos a forma reversa, ou seja, Bina construída sobre o poder da unidade.

Portanto, na dezena, nós queremos nos abrigar do dilúvio violento ao nosso redor. E se construirmos a dezena corretamente, sentiremos que nenhum inimigo será capaz de se aproximar de nós. E se um acontecimento desagradável ocorrer no grupo, significa que deixamos de construir a arca, que tínhamos que fortalecer cada vez mais. Afinal, teremos que passar muitos dias nas águas do dilúvio até podermos sair da arca.

Na arca, podemos nos esconder junto com todos os nossos desejos egoístas: inanimados, vegetativos, animados e humanos, e nos fechar dentro da arca para estar em unidade comum. Mesmo que cada um queira engolir o outro, a arca age sobre nós com seu poder de doação.

Toda a humanidade deve agora entrar na arca, ou seja, cancelar seu egoísmo e querer se unir. Esta é a primeira correção, o que significa que estamos construindo uma arca onde todas as qualidades que existem na humanidade podem coexistir. E o dilúvio, as águas tempestuosas, são a revelação do poder do mal nas águas. A partir de todos os nossos desejos, qualidades e pensamentos, devemos construir um estado onde todos queiram se aproximar, ou seja, concordar em viver neste planeta sem nenhuma hostilidade.

O coronavírus é o dilúvio que nos estimula a construir a arca na Terra, ou seja, uma relação que nos envolve e nos protege. Todo mundo trata os outros com gentileza, sem tentar devorá-los. Todos entram na mesma arca e entendem que não devem prejudicar uns aos outros. Assim, todos nós ultrapassamos com segurança essa fase, que é chamada de “dilúvio” ou coronavírus.

Se tivéssemos ouvido o aviso do Criador com antecedência e começado a construir boas relações, não teríamos que atingir estados tão críticos como a pandemia do coronavírus. E os golpes ficarão cada vez mais fortes até que comecemos a corrigir.

Se não entendermos que precisamos construir os relacionamentos certos, a governança superior continuará a destruir todos os laços entre nós, todos os nossos negócios. Muitos terão que se afogar nas águas do dilúvio, e só ficarão aqueles que quiserem construir a arca e se abrigar nela, ou seja, dentro do grupo onde pelo menos não se machuquem.

O dilúvio lava tudo que tínhamos antes de nos deixar em desespero e medo das forças da natureza. Ele nos deixa com a única saída: construir a arca e nada mais. Ele puxa o chão sob nossos pés, todo nosso alicerce, nos priva da oportunidade de existir sem alimento material ou espiritual. A força superior, que geralmente traz amabilidade e bondade, de repente traz a torrente sobre nós porque somos opostos a sua bondade. Então ela quer nos afogar.

Portanto, todos nós entramos na arca e devemos permanecer lá por um tempo, como um feto nas águas da mãe, até que cresçamos lá o suficiente para podermos existir fora da arca.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 04/11/20, “Noé”