Michael Laitman, no Quora: “Como Podemos Ler A Mente De Alguém?”

É possível se trabalharmos em nós mesmos de tal forma que nos tornemos pessoas diferentes. Em outras palavras, se passarmos para os estados dos outros, como se copiando seus estados para nós mesmos, então podemos ler seus pensamentos e desejos.

No entanto, não é uma tarefa simples. Fazer isso requer priorizar os pensamentos e desejos dos outros acima dos nossos, devotando-nos e até anulando-nos a eles. Então, tornamos nossa mente a mente deles e podemos sentir seus desejos e pensamentos.

Este é o resultado de um processo de aumento da grandeza dos outros, até o ponto em que os consideramos de extrema importância. Quando começamos a nos relacionar com primazia com os pensamentos e desejos dos outros, começamos a sentir um mundo totalmente novo e enorme se abrir: em vez de perceber dentro de nossas estreitas perspectivas individuais, adicionamos uma percepção por meio dos pensamentos e desejos dos outros. Pode ser comparado a como as células sentem que seu organismo hospedeiro é muito maior do que seu próprio status individual, o que faz com que ajam ao máximo para o benefício de seu organismo hospedeiro e recebam do organismo hospedeiro apenas o que precisam para agir em benefício do hospedeiro.

Quando descobrirmos esse tipo de conexão uns com os outros – onde cada um de nós pensa no outro como maior e mais importante do que somos para nós mesmos, e criamos uma atmosfera de apoio e encorajamento em fornecer um ao outro com tudo o que é necessário para alimentar essa conexão – experimentaremos uma harmonia recém-descoberta, decorrente de nossas inclinações unificadas de nos aproximarmos uns dos outros.

As leis da natureza, que são leis de amor, altruísmo e conexão, estabelecem o cenário de que ler a mente de alguém é possível, desde que o abordemos com uma intenção genuína em seu benefício. Se qualquer resquício de intenção egoísta e exploradora estiver dentro de nós, permaneceremos mental e emocionalmente desligados.

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Pergunta: Qualquer coisa que sentimos como falta causa medo em nós. Pode ser falta de dinheiro, segurança, conhecimento, saúde ou confiança no futuro. Sempre somos dominados por um sentimento de pânico interior porque alguma coisa está faltando.

É possível dizer que uma pessoa se desenvolve devido aos medos?

Resposta: Sim. Ele é um agente de desenvolvimento muito poderoso. A base dos medos é a necessidade de preservar a própria existência. Mas eles podem ser controlados.

Pergunta: É possível livrar-se do medo de alguma forma?

Resposta: Não. Somente se desligarmos a mente. O medo é um instinto de autopreservação.

Pergunta: Uma pessoa não pode satisfazer suas próprias necessidades. Mas a sociedade pode. Você pode se livrar do medo apenas por meio da comunicação com a sociedade?

Resposta: Sim. A sociedade pode dar a uma pessoa tal qualidade de confiança e apoio que o medo desaparecerá até certo ponto. É muito difícil para uma pessoa fazer isso, exceto apenas com o uso de uma técnica especial e apenas de forma limitada.

Pergunta: Existe também o medo pelos outros?

Resposta: O medo pelos outros é um sentimento de pertencer aos outros.

Pergunta: Quando uma pessoa teme por sua família, é compreensível. É possível desenvolver um sentimento de medo por completos estranhos?

Resposta: Sim, Claro.

Pergunta: Acontece que uma pessoa não precisa se livrar do medo. É o suficiente direcionar o vetor para outras pessoas?

Resposta: Não devemos nos livrar de nada, mas apenas tratar corretamente todas as propriedades do nosso corpo.

Precisamos chegar à sensação geral mais elevada do espaço em que estamos, de modo que todas as nossas propriedades causem em nós a capacidade de medir tudo, sentir tudo, conhecer tudo e, finalmente, alcançar uma sensação integral comum da natureza.

De KabTV, “Habilidades de Comunicação”, 07/08/20

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Observação: A maioria das pessoas deseja deixar algum tipo de marca em suas vidas, como obras de arte, conquistas esportivas, boas ações e terminar com uma ideia.

Meu Comentário: Elas não sentem que viverão para sempre e, portanto, cuidam disso. Se sentissem que nosso mundo é praticamente uma parte do mundo eterno, não pensariam em como deixar algo para trás.

Quando uma pessoa sente que vive para sempre, ela não se preocupa com seu futuro. Então ela pensa sobre o que exatamente ela pode fazer pelas pessoas.

De KabTV, “Expresso de Cabalá”, 27/09/20

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Nova Vida 465 – O Potencial Judaico, Parte 1
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Tal Mandelbaum ben Moshe

Abraão reuniu as pessoas mais desenvolvidas que viveram em sua época e as ensinou a se conectar para revelar a força superior. Elas têm a capacidade de ver o mundo em profundidade, da perspectiva de duas forças opostas, a força de recepção e a força de doação. Uma pessoa comum vê o mundo apenas de acordo com a força de recepção, que se baseia na sobrevivência do mais apto e no poder do ego humano. É como ver o mundo com um olho em vez de dois.

Essas pessoas, os judeus, perderam a capacidade de revelar a força de doação desde os dias da destruição do Templo. O objetivo de sua evolução é despertar novamente essas habilidades, reconstruir o atributo de doação dentro delas e identificar a força de amor e doação na realidade.

De KabTV, “Nova Vida 465 – O Potencial Judaico, Parte 1”, 04/12/14

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Pergunta: Por que não podemos medir nossos sentimentos?

Resposta: Não temos essa habilidade. Podemos medir parcialmente a reação de nossas terminações nervosas e impulsos com certos dispositivos, mas não os sentimentos em si, porque eles são medidos pelos desejos.

Também é impossível medir os desejos. O Criador, ou a força mais interna do mundo, é um desejo. Portanto, só temos que aceitar que podemos trabalhar com eles de uma forma muito externa, mas não podemos entendê-los, medi-los ou gerenciá-los.

Esta é a prerrogativa da força superior que criou um desejo nos níveis inanimado, vegetativo, animal e humano e então formou a matéria em torno desse desejo.

De KabTV, “Habilidades de Comunicação”, 07/08/20

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Pergunta: É possível ensinar uma pessoa a respeitar alguém?

Resposta: Aprendemos apenas com exemplos. Portanto, quando damos um bom exemplo a alguém, ele cresce e se torna uma boa pessoa. O respeito é um sentimento positivo. Mas às vezes pode limitar uma pessoa e fazer com que ela regrida. Portanto, é necessário desenvolver o autocontrole.

Esperar o respeito puramente egoísta dos outros pode fazer com que a pessoa se feche sobre si mesma. Afinal, se todos começarem a honrá-la, ela para de crescer e só exige mais respeito, não importa a situação, desde que ele seja dado a ela. Mas se o respeito for direcionado para fora, ele facilita nosso progresso.

Observação: Você mencionou várias vezes que os sinais de respeito da sociedade são muito prejudiciais para alguém que deseja alcançar a autorrealização ou o desenvolvimento espiritual.

Meu Comentário: É simplesmente desastroso! Às vezes, claro, é bom ouvir um feedback positivo sobre você, mas, em geral, basta que o ambiente aponte apenas a direção correta para o seu avanço.

Feedback e elogios positivos deixam a pessoa contente, limita seu desenvolvimento e atenua todo tipo de sentimento de autoinadequação.

Não se trata de colocar pressão sobre uma pessoa para que ela não consiga levantar a cabeça. Mas deve haver uma linha muito séria de autocontrole que continua revelando deficiências adicionais em uma pessoa que precisam ser preenchidas com conhecimento e realizações.

Muito foi escrito sobre isso em nossas fontes. Por exemplo, dizem que se um professor recebe muita atenção e respeito de seus alunos, ele pode parar de se desenvolver espiritualmente. Isso deve ser evitado.

De KabTV, “Habilidades de Comunicação”, 07/08/20

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Pergunta: Qual deve ser a interação entre professor e aluno? A relação deles depende apenas das solicitações do aluno ou também do professor?

Resposta: Mais do aluno. O professor está pronto para aceitar todos os seus pedidos.

Pergunta: Os sábios dizem que uma pessoa deve estudar onde repousa seu coração. Você também costuma perguntar aos alunos: “O que vocês gostariam de estudar hoje”? Mas isso não está errado? O professor não deveria fazer o plano de aula sozinho?

Resposta: Sim, mas eu quero que eles entendam o que querem e não aceitem passivamente o que lhes dou.

Pergunta: Então, o que o aluno quer é mais importante para você?

Resposta: Às vezes eu pergunto sobre isso para dar a eles a chance de se testar.

Pergunta: Você sabe na maioria dos casos que tipo de material deve ser administrado e em que dose?

Resposta: Não é minha escolha, é a hora. Ela me dita quais materiais dar a eles.

Pergunta: Você também não acha que o professor deve explicar o material com tanta habilidade que o aluno tenha ainda mais perguntas no final da aula?

Resposta: Sim, perguntas que não o confundiriam, mas o levariam mais longe. Isso é necessário para o estudo. O aluno deve aceitar minha resposta e, a partir dela, continuar perguntando. Então, ele se sentirá duplo na resposta e será capaz de navegar corretamente.

Pergunta: Como os alunos devem se relacionar com as perguntas dos outros alunos?

Resposta: Aprenda com eles. São as respostas às perguntas que contêm mais informações. Isso é necessário para os alunos porque eles desejam se conectar com suas almas – qualidades, sentimentos e intenções internas.

De KabTV, “Habilidades de Gestão”, 24/06/20

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