“A Pandemia Acabou Com A Nossa Infância” (San Diego Jewish World)

Meu novo artigo no San Diego Jewish World: “A Pandemia Acabou Com Nossa Infância

PETACH TIKVAH, Israel — Podemos ficar com os olhos marejados por causa disso, mas não vai ajudar. O mundo que conhecíamos até o início deste ano acabou e não vai voltar. E ele levou nossa infância com ele. Até a Covid-19, éramos como crianças destruindo a casa fazendo o que querem enquanto os pais estão fora de casa a negócios. Mas a Covid nos mostrou que eles não se foram; eles são apenas invisíveis. E em vez de aparecer e gritar conosco, eles enviaram uma força invisível com um nome estranho, SARS-CoV-2, também conhecido como o novo coronavírus, que nos mandou para casa e nos disse para ficarmos lá. E toda vez que saímos, ele retorna e desfere outro golpe até que aprendamos que devemos obedecer.

Nós não gostamos disso; queremos nos livrar dele, mas aos poucos estamos percebendo que não podemos, e provavelmente nunca poderemos, pelo menos até que façamos o que ele nos diz: “Fiquem separados e parem de infectar uns aos outros”.

Já sabemos que a Covid-19 está afetando nossos cérebros, mas o que não percebemos é que está afetando nossos corações. Ela mudará nossos corações da alienação para a conexão. Por enquanto, isso só aumenta nossa solidão, mas em algum momento, perceberemos que, para nos conectarmos e não ficarmos sozinhos, temos que nos conectar em nossos corações antes de nos conectarmos em nossos corpos. Só então superaremos a reclusão, a influência negativa que projetamos uns nos outros será revertida, e esta será a nossa cura.

O vírus veio para nos ensinar como sermos adultos, responsáveis ​​por nosso lar comum e responsáveis ​​uns pelos outros. Ele veio para nos transformar de crianças rebeldes em adultos atenciosos, que cuidam uns dos outros e do mundo ao seu redor.

Assim como as crianças não percebem como crescem até que já sejam adultas, nós veremos o que nos tornamos somente depois do fato. E provavelmente, só então seremos gratos ao vírus, sem o qual não seríamos capazes de nos desconectar de nossos pequenos “eus” anteriores, infantis e destrutivos, e nos tornarmos adultos, responsáveis e solidários com a humanidade.