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O Que Dá O Efeito Da Cola Espiritual?

Laitman_524.01Pergunta: A essência da sabedoria da Cabalá é a unidade de desejos, intenções, pensamentos e almas. Qual é a principal ferramenta que dá o efeito de cola espiritual entre eles? O que os liga?

Resposta: Eles estão conectados pelo nosso desejo, quando nós, na dezena, queremos tanto ficar juntos que sentimos um desejo, uma interação e pensamentos mútuos, ou seja, a manifestação de um sentimento completamente novo de reciprocidade que ninguém tinha antes.

Também ainda não é espiritual, mas já é a manifestação de um único campo que o Criador abençoa. Então nos conectaremos cada vez mais estreitamente até que, na mente, no coração e na intenção, comecemos a sentir como queremos ajudar um ao outro, a se manifestar um no outro e a nos conectar.

Então, estabelecendo essa rede de conexão, sentiremos que o Criador está lá, como se O pegássemos nessa rede como um enorme golfinho.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 01/03/20

Desmistificando O Mito Em Torno Da Matan Torá (Entrega Da Torá)

Dr. Michael Laitman

Da Minha Página No Facebook Michael Laitman 28/05/20

Hoje estamos comemorando a entrega da Torá. Segundo a tradição, neste dia, cerca de 3.400 anos atrás, o povo de Israel estava ao pé do Monte Sinai e recebeu a Torá. Aliás, está escrito que quando Moisés desceu do monte com a Torá em suas mãos, ela estava escrita em duas tábuas. Depois, a Torá foi escrita em pergaminho, depois em papel e, finalmente, em tábuas novamente, então, nesse sentido, fizemos um círculo completo.

No entanto, o que é realmente importante é o que a Torá é e por que ela foi dada. Está escrito que o Criador disse: “Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei a Torá como um tempero”. Em outras palavras, a Torá é algo que corrige, melhora. A palavra “Torá” vem da palavra Ohr, que em hebraico significa “luz”, ou seja, uma força, a energia que muda nossa inclinação ao mal, egocêntrica, para o bem, ou seja, a doação. De acordo com a sabedoria da Cabalá, qualquer outra explicação do significado da Torá é um mito.

Outro mito diz respeito aos pretendidos destinatários da Torá. O povo de Israel que saiu do Egito e recebeu a Torá descendeu do grupo inicial de Abraão. Abraão não era judeu. Nos seus dias, não havia o povo judeu. Abraão era babilônico, e encontrou uma maneira de consertar a inclinação ao mal que se espalhava por seu país e ofereceu suas ideias a quem quisesse ouvir. As pessoas que gostaram de suas ideias e se uniram a seu redor mais tarde ficaram conhecidas como o povo de Israel. Quando o povo de Israel recebeu a luz, a força de correção chamada “Torá”, eles estavam apenas seguindo o legado de Abraão de corrigir o ego, a inclinação ao mal.

Portanto, a Torá não é para os judeus; é para todos, já que todos são egoístas e todos nós precisamos de uma força que nos corrija, pois claramente não podemos nos corrigir. E o mito final deste post diz respeito à maneira de receber a Torá – a força corretiva. Segundo a Cabalá, receber a força não tem nada a ver com o judaísmo, e tudo a ver com a unidade. Para receber a Torá, Israel teve que se unir “como um homem com um coração”. Somente depois que fizeram isso, eles receberam a força da correção para seus egos e, uma vez unidos, tornaram-se a nação israelense. Portanto, qualquer pessoa que realmente deseje se unir a todas as pessoas, trazê-las para o coração, receberá essa força corretiva e essa será a recepção da Torá.

Feliz Matan Torá para todos.

E De Repente, Veio Um Vírus E Parou Hollywood

laitman_547.05Comentário: O mundo inteiro tem um problema com Hollywood. Há vários meses que o setor está fechado, os cinemas estão vazios, todo o dinheiro investido está congelado ou perdido. Portanto, todos os super-heróis têm medo desse vírus de 60 mícrons.

Seiscentos programas que deveriam ser produzidos agora estão sendo colocados em espera. A cerimônia do Oscar foi adiada.

Além do mais, Hollywood está enfrentando um dilema com relação à escrita do roteiro: “Nossa maneira de contar histórias mudará para sempre. Tudo antes da pandemia parecerá ultrapassado”.

Minha Resposta: Naturalmente. Pessoas de todo o mundo mudaram muito.

Comentário: As pessoas costumavam acreditar nas histórias de Hollywood, em todas essas novelas e programas de TV. De repente, ocorre um desastre que as leva a buscar a verdade, a essência, algo que é bem diferente.

Minha Resposta: Nós entramos em um novo mundo. Já somos diferentes.

Pergunta: Então, o que gostaríamos de ver? Estou interessado como produtor. Que roteiro nos agradaria? O que o mundo gostaria de ver? Como isso vai mudar Hollywood?

Resposta: Eu nunca escrevi um roteiro.

Comentário: Mas você é um grande dramaturgo, sério!

Minha Resposta: Mas essas não são minhas ideias! Eu as pego das fontes.

Comentário: Estamos vivendo o roteiro da Última Geração.

Minha Resposta: Sim. Esse roteiro está sendo implementado. Schwarzenegger também pode lutar pela verdade aqui. É uma luta contra o egoísmo, que está nos agarrando pela garganta, não nos permitindo respirar.

Até que agarremos essa velha magricela pela mão e rasguemos sua garganta, nada vai mudar. Ela continuará nos pressionando o tempo todo, de novo e de novo.

A humanidade terá que fazer isso.

Comentário: Então, você acredita que esse herói aparecerá?

Minha Resposta: Deve haver um herói. Nós precisamos de um herói.

O herói é o Criador. Mas precisamos que esse herói seja alguém com quem possamos amar, odiar, concordar ou discordar, ficar desiludido, apenas para depois perceber que era tudo Ele! ELE!

Pergunta: Mas você sente que esse herói está se movendo em direção ao Criador? Você realmente acha que está chegando a hora de um herói assim?

Resposta: Já estamos nisso. Estou falando sério. Ainda não sentimos isso porque, como sempre, só vemos as coisas em retrospecto. Mas já estamos nisso, absolutamente! Além disso, é muito claro externa e internamente. A primeira onda do coronavírus já passou e tudo o que vemos agora são os restos dela. Essa onda passou e já estamos pensando e nos sentindo diferentes; tudo é diferente.

O vírus passa por nós quando lidamos com nossa própria doença. Nós vemos o mundo de maneira diferente; ainda não percebemos isso, mas a consciência de quanto mudamos e de que forma diferente vemos tudo agora virá. Assim, a primeira onda já passou.

Pergunta: Você acha que o tempo de se divertir nessas “novelas” com brigas e violência no cinema está gradualmente passando?

Resposta: Você pode até ver isso na juventude que ainda estava interessada nisso há apenas meio ano. Você pode ver se eles ainda estão interessados ​​nisso hoje. Estou confiante de que não estão mais. E os pré-adolescentes que estão crescendo não terão interesse nisso. Pareceria a eles como uma Hollywood antiquada do século passado.

Pergunta: Você acha que eles estarão procurando algo além dessa luta, dessa violência?

Resposta: Eles estarão procurando uma ação maior. E a maior ação já é dentro. Não é em lutar, nem em arremessar alguém do 20º andar, e ela pegar o trem de pouso de um avião e voar. A necessidade estará além da ação mecânica, além das imagens ou da estrutura deste mundo. Será interna.

Pergunta: Escrutínio interno?

Resposta: Sim. Ou pode ser uma guerra como o coronavírus está lutando contra nós. Assim, nosso herói se acostuma a ele e viaja dentro do corpo humano, dentro da sociedade humana, lutando contra esse vírus que quer ferir a humanidade. E nosso herói é contra.

Então ele talvez comece a perceber que não deveria lutar contra ele, porque tudo o que o vírus faz é bom.

Era apenas eu que pensava que ele precisava ser destruído. Não! Devemos ajudar o vírus a destruir o egoísmo humano. Ele visa apenas destruir o ego e não prejudicar a humanidade. Pelo contrário, está salvando a humanidade.

Comentário: Então, o homem realiza a missão positiva deste vírus, que é direcionada contra o egoísmo humano. E se o renunciarmos …

Resposta: De repente, percebe-se que, se não fosse por esse vírus, estaríamos nos dirigindo para a destruição do nosso planeta. Se o vírus não tivesse chegado até nós agora, certamente o teríamos destruído em um futuro muito próximo.

Na verdade, soa como um ótimo título: “E De Repente, Veio Um Vírus”.

De KabTV, “Notícias com Michael Laitman”, 27/04/20

“Fake News Para Um Mundo Fake” (Medium)

Medium publicou meu novo artigo: “Fake News Para Um Mundo Fake

O diretor da Organização Mundial da Saúde disse sobre a COVID-19: “As fake news (notícias falsas) se espalham com mais rapidez e facilidade do que esse vírus”. De fato, se você está procurando a verdade no mundo de hoje, então a verdade é que todo mundo está mentindo. Todo meio de comunicação distorce e manipula as notícias de acordo com a agenda de seu dono.

Podemos continuar evitando a busca sincera da alma que precisamos fazer e seguir o caminho que seguimos por décadas, mas evidentemente isso não nos levará a lugar algum bom.

No passado, quando jornais e televisão recebiam financiamento de assinantes, de pessoas que compravam cópias reais de jornais, a imprensa era obrigada a fornecer aos leitores ou espectadores histórias verdadeiras. Hoje, quando a mídia é de propriedade de magnatas da mídia e depende dos anunciantes para sua existência, ela é devedora apenas deles, e a geração de relatórios honestos se tornou obsoleta. A boa notícia, se você pode chamar assim, é que hoje todo mundo já sabe que todo mundo está mentindo.

Ainda consumimos notícias da mídia, já que não há outra fonte de notícias, mas pelo menos é com um grão de sal. E por falar em sal, a mídia hoje é como a comida que comemos: grande, brilhante e sem aparência. Mas por dentro, a comida é bombeada com hormônios, esteroides e antibióticos. Todos sabemos disso e todos a comemos. O que mais podemos fazer?

Aqui precisamos ser honestos conosco mesmos. É verdade que a mídia está corrompida, mas isso não é novidade há muito tempo. Então devemos perguntar: de onde vieram os jornalistas? Onde cresceram? Onde foram educados? Onde aprenderam a distorcer e manipular? Eles aprenderam no mesmo lugar em que crescemos, onde fomos educados, onde aprendemos a manipular um ao outro. A mídia não é mais corrupta do que o ambiente que a criou, e somos todos nós. Ela é feita à nossa própria imagem.

Para receber notícias verdadeiras, não basta condená-las; elas não podem ser melhores do que o público que as gerou. Em vez disso, precisamos nos olhar no espelho, admitir que as pessoas que apadrinhamos com nossa própria justiça realmente refletem quem somos e nos perguntamos se essa é a sociedade em que queremos viver.

Se fizermos isso, não há nada do que reclamar. Mas se não fizermos, a muito a fazer. Podemos começar aprendendo como estamos todos conectados. Assim como uma pessoa com o coronavírus pode infectar dezenas de pessoas, se não mais, também podem nossas ações e até nossos pensamentos. Quando a má vontade em relação ao outro é alta, as pessoas fazem coisas más umas às outras, refletindo o que sentem por dentro. Mas quando se sentem conectadas às suas comunidades e países, quando se preocupam com o próximo, não se prejudicam. Portanto, a raiz do problema que cria uma má imprensa é que nós mesmos somos maus um para o outro. Se somos maus um com o outro, podemos reclamar que alguém é ruim para nós?

Estamos revertendo o lema de JFK: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você; pergunte o que você pode fazer pelo seu país” e reclame quando não funcionar. Em princípio, todos concordamos com o JFK, mas queremos que todos os outros façam primeiro. Com essa atitude, morreremos antes que alguém faça alguma coisa.

O presente é o que é porque evitamos lidar com nós mesmos, com o modo como nos relacionamos e com que tipo de sociedade estamos promovendo. Podemos continuar evitando a busca sincera da alma que precisamos fazer e seguir o caminho que seguimos por décadas, mas evidentemente isso não nos levará a nenhum lugar bom.

Como alternativa, podemos decidir que precisamos finalmente sair do sofá e começar a trabalhar um pelo outro. Isso não exige mudanças radicais; não precisamos doar nossas economias, se tivermos, e não precisamos sacrificar nada. Só precisamos olhar para dentro de nós mesmos e observar como nos relacionamos, porque é aqui que estamos realmente doentes. Esse é o vírus que estamos dando um ao outro de manhã, ao meio-dia e à noite. Se quisermos nos tornar diferentes um do outro, nos tornaremos, desde que desejemos isso juntos. Essa é a ideia que precisamos promover, de que juntos podemos construir uma sociedade solidária, onde pessoas são responsáveis ​​umas pelas outras. Se adotarmos essa pequena mudança em nossa mentalidade, veremos um mundo diferente. Juntos, podemos mover montanhas.

“O Que A Coronafobia Nos Diz Sobre A Natureza Humana” (Medium)

Medium publicou meu novo artigo: “O Que A Coronafobia Nos Diz Sobre A Natureza Humana

O medo mata. À medida que a COVID-19 continua se espalhando e o número terrível de mortes na América e no mundo aumenta, o medo do desconhecido está causando extrema ansiedade: a coronafobia”. Os médicos norte-americanos estão preocupados com a ocorrência de mortes adicionais, pois um grande número de pacientes com doenças fatais parou de procurar tratamento em hospitais porque tem medo de contágio. Há muito mais nesse novo fenômeno do que parece. Ele reflete uma mudança fundamental na natureza humana, uma nova percepção da interação social que a pandemia desencadeou. Precisamos nos tornar mais conscientes dessa mudança, a fim de nos ajustarmos adequadamente.

Agora é a hora de percebermos que somos uma humanidade interconectada e interdependente e de nos esforçarmos para preservar o senso de integralidade que a atual crise nos ensinou.

Nossos estilos de vida e hábitos mudaram dramaticamente, talvez para sempre, como consequência do coronavírus. Aqueles com transtorno obsessivo-compulsivo agora veem comportamentos semelhantes em um nível generalizado, pois as pessoas evitam contato pessoal, apertos de mão, tocam em coisas que não são delas e lavam constantemente as mãos para evitar contrair a doença. Muitos estão ansiosos para sair de casa e se expor ao mundo exterior não estéril, a menos que não tenham escolha e estejam equipados com máscaras e todos os equipamentos de proteção necessários.

O que se manifesta na superfície como um medo irracional da doença é sintomático de uma mudança na percepção humana nas prioridades da vida em um nível mais profundo. Sem dúvida, o tratamento da doença não deve ser adiado ou evitado por medo, mas essa recente tendência humana de se voltar para dentro surge por uma razão.

Essa enorme agitação mundial se abriu diante de nossos olhos. A epidemia diminuiu o ritmo, obrigou-nos a parar e pensar duas vezes sobre a relevância de nossa busca interminável por prazeres. Percebemos que a busca obsessiva de indulgência a todo custo é nossa verdadeira armadilha, uma vez que, assim que um desejo é realizado, surge um novo e maior desejo. Assim, caímos constantemente no mesmo ciclo vicioso de vazio e falta de sentido em nossas vidas.

Em nossa nova realidade, ficar em casa começou a se tornar um hábito, uma segunda natureza. O que foi percebido pela primeira vez como estando na prisão, preso em um ambiente estressante, de repente parece confortável e seguro. Obviamente, é impossível generalizar e dizer que todos se sentem assim ou se relacionam com isso. Também não há interesse em empurrar alguém nessa direção, mas a tendência indica que ocorreu uma transformação na maneira como nos relacionamos e vivemos nossas vidas.

As ocupações também mudaram em comparação com as gerações anteriores. Estamos movendo rapidamente nossos trabalhos para o espaço virtual – uma maneira fácil de nos conectar com pessoas sem limites físicos e geográficos. Apesar de ainda estarmos acostumados ao contato físico, estamos percebendo cada vez mais que os benefícios de trabalhar em casa compensam de várias maneiras – mais tempo de qualidade com a família, menos deslocamentos longos e cansativos e economia financeira em custos indiretos mais baixos nos escritórios.

No entanto, o estágio em que estamos agora não é nosso destino final. O espaço virtual é apenas um ponto de passagem na transição da existência no mundo físico para um mundo mais interno e introspectivo. Quanto mais cedo começarmos a nos sentir parte integrante de um espaço virtual global, mais profunda será a nossa conexão interna. Esse tipo de conexão refere-se à unidade dos corações que não é medida pelo número de interações físicas que temos no mundo corpóreo.

Em poucas palavras, a realidade virtual para a qual a pandemia nos levou é a preparação para o estabelecimento de uma sociedade mais interna e integral, uma conexão integral. Neste novo mundo, precisaremos aprender a nos conectar acima de nossas diferenças e criar conexões significativas, além de participar de atividades comerciais e de subsistência.

Este é o estágio que a raça humana precisa implementar agora. Precisamos entender os elementos e meios dessa nova realidade e aprender a usá-los para promover melhores relações humanas. Agora é a hora de perceber que somos uma humanidade interconectada e interdependente e de nos esforçar para preservar o senso de integralidade que a atual crise nos ensinou.

Nosso único requisito é fortalecer nossa conexão interna para criar uma sociedade integral entre nós, baseada no princípio “o amor cobre todos os crimes”, como escreveram nossos sábios. Esse ambiente dissipará todas as fobias, incertezas e ansiedades em relação ao futuro.

“Tikkun Olam E A Falsidade Da Justiça Social” (Times Of Israel)

O The Times of Israel publicou meu novo artigo: “Tikkun Olam E A Falsidade Da Justiça Social

Sempre no feriado de Shavuot (também conhecido como Festa das Semanas), nós judeus discutimos o conceito de Tikkun Olam (lit. “correção do mundo”). O entendimento predominante de Tikkun Olam é que o termo fala da obrigação dos judeus de buscar justiça social, levar uma vida ética e apoiar direitos iguais aos menos favorecidos e às minorias. Todos esses são objetivos dignos, e o direito à igualdade é dado a todos os seres humanos. No entanto, colocar a correção do mundo nesses valores garante que o mundo nunca será corrigido, e abaixo explicarei o porquê.

Ao pé do Monte Sinai, quando os judeus receberam a Torá – o código de lei pelo qual viviam – eles a receberam apenas porque haviam cumprido a pré-condição de ser, mesmo que apenas para esse movimento, “como um homem com um coração”. Isto é, por um momento, eles em tal amor mútuo que se tornaram um só homem. Posteriormente, eles receberam seu código de leis, destinado a ajudá-los a manter esse estado de amor mútuo. É por isso que o rabino Akiva, cujos discípulos nos deram os textos que formam a base de nossa nação, ensinou que a regra geral da Torá é aquela frase: “Ame seu próximo como a si mesmo”.

Imediatamente após Israel receber a Torá, eles foram incumbidos de transmitir o que haviam alcançado. Em outras palavras, eles se tornaram uma nação para serem “uma luz para as nações”, espalhando unidade e amor mútuo pelo resto das nações.

Mas dois mil anos atrás, nós caímos em um ódio mútuo tão profundo que nem precisávamos de um motivo para nos odiarmos. Esse ódio infundado nos trouxe não apenas a destruição do Templo e a perda de soberania, mas também a repulsa e o desprezo permanentes das nações. Aquele ódio, cuja raiz é o nosso ódio infundado por nossos irmãos, nos trouxe inúmeros cataclismos desde então, o mais catastrófico dos quais é, obviamente, o Holocausto.

No entanto, nós não aprendemos. Fazemos tudo para evitar amar um ao outro e, em vez disso, recorremos a substitutos, como justiça social e moral. No entanto, como podemos ver, não há justiça social e moral em nenhum lugar. Os valores não podem substituir o amor mútuo, que é o que as nações realmente querem de nós: brilhar para elas a luz da unidade.

Se nos amássemos, não precisaríamos promover a justiça social, pois os amantes não se comportam injustamente um com o outro. Não precisaríamos falar de moral, já que os amantes não se comportam imoralmente em relação aos seus entes queridos. A ética não seria um problema, pois não existem coisas como exploração ou maus-tratos entre pessoas que realmente se importam umas com as outras.

Uma mãe não precisa de códigos morais quando cuida do bebê. Seu amor a direciona e ela sempre trabalha com o melhor interesse de seu filho. Onde você encontrar leis, não encontrará amor.

E como se não tivéssemos sofrido o suficiente, ainda não queremos nos amar. Temos o prazer de nos relacionar com outras crenças e práticas, mas quando se trata de amar pessoas de nossa própria nação, nem falamos em justiça social, muito menos em amor.

Ao nos relacionarmos tão depreciativamente com nossos correligionários, evitamos o conceito de ser uma luz para as nações. Estávamos, estamos e sempre estaremos no centro das atenções do mundo. Inconscientemente, as pessoas esperam e sempre esperarão que projetemos a luz do amor fraterno nas nações. Mas o que projetamos é escárnio e ódio mútuos. Nesse caso, nenhuma nação nos amará, por mais que tentemos conquistar seu favor. Enquanto não cumprirmos nosso dever e cultivarmos amor entre nós, não cumpriremos a tarefa pela qual recebemos a nacionalidade no primeiro Shavuot, ao pé do Monte. Sinai. Portanto, as nações não vão nos amar.

Então, este ano, eu proponho que nos concentremos menos em ser moralmente justos e éticos, e mais, muito mais, em amar um ao outro. Vamos ousar, pela primeira vez, superar nossas diferenças, evitar julgar e condescender, condenar e ridicularizar. Em vez disso, vamos permanecer quem somos e nos unir acima disso. Vamos pelo menos pensar nisso. Afinal, o rabino Akiva não nos deixou um legado de ética, mas um legado de amor, então vamos tentar fazer o que esse professor de nossa nação ensinou e ver o que acontece.

“Teorias Da Conspiração, Chips E Outras ‘Explicações’” (Newsmax)

Meu artigo no Newsmax: “Teorias Da Conspiração, Chips E Outras ‘Explicações’

Situações incomuns produzem explicações incomuns. Isso é verdade na crise do COVID-19. É por isso que provavelmente não houve uma crise na memória recente que produzisse mais notícias falsas, teorias da conspiração e outros sustos que ninguém sabe quem os espalhou e se são verdadeiros ou falsos.

Mas se o coronavírus foi ou não produzido em um laboratório em Wuhan, na China e se deve ou não nos assustar em concordar em implantar em nós um chip que monitorará todos os nossos movimentos, essas teorias têm uma falha importante: elas ignoram a causa principal do vírus. No final, não importa quem criou o vírus ou qual foi a finalidade. O que importa é que ele está aqui e está mudando a própria estrutura da sociedade humana. Isso é algo que nenhum ser humano pretende alcançar e nenhum ser humano pode controlar.

O coronavírus está de fato expondo algo, algo que meus professores chamam de “reconhecimento do mal”, o mal da natureza humana. O vírus desligou todos os nossos sistemas e nos enviou para pensar um pouco. Enquanto estávamos em casa, a natureza prosperou e os animais começaram a vagar livremente onde não vagavam há décadas, demonstrando o quanto prejudicamos a natureza.

Enquanto estávamos em casa, por medo de contrair o vírus ou infectar nossos entes queridos mais vulneráveis, jovens manifestantes impetuosos protestaram contra o bloqueio, reunindo-se e carregando cartazes dizendo “Cuomo protege criminosos” e “Cuomovírus, a verdadeira ameaça no estado de Nova York”.

Enquanto o povo comum está implorando por benefícios federais para manter suas famílias e empresas à tona, os magnatas estão fazendo centenas de bilhões de dólares às custas de todos os outros. Até os hospitais mais ricos recebem o dobro da ajuda do governo que os hospitais mais pobres. Como alguém justifica isso? Se isso não é o reconhecimento do mal, não sei o que é.

Há uma boa razão para apontar todos esses exemplos de feiura humana. O coronavírus não os criou; apenas colocou um espelho diante de nossos olhos para que pudéssemos ver quem somos, como nos tratamos e como somos alienados um do outro. E se é assim que nos tratamos, não é de admirar que também seja assim que tratamos a natureza. É para isso que queremos voltar? É isso que queremos reabrir? Afinal, é isso que travamos, então, quando reabrirmos, é isso que sairá.

Precisamos viver, mas precisamos fazer o que é certo. Por “certo”, quero dizer que precisamos abrir apenas empresas que são verdadeiramente essenciais e não, como dizia a placa de um manifestante: “Todos os empregos são essenciais”. Essencial para quem? Para aqueles que querem nos manipular para comprar o que não precisamos? Nem todo negócio é essencial e nem todos os trabalhos são essenciais.

Antes, todas as pessoas são essenciais. Pessoas cujos negócios contribuem com valor real para a sociedade, como alimentos, roupas, assistência médica, educação, construção e assim por diante, devem ser abertos e permanecer abertos. O resto de nós deve fazer a transição para um campo totalmente novo de especialização: a educação humana.

Por educação humana, quero dizer aprender a ser humano, ou seja, humano um com o outro. Devemos aprender que todos somos dependentes um do outro, porque claramente, no momento, não temos consciência disso. Devemos aprender que, quando promovemos valores como consideração mútua, cuidado mútuo, preocupação e responsabilidade com nossas comunidades e cidades, somos os primeiros a se beneficiar disso. Se queremos ter um futuro, precisamos reconhecer que a qualidade do nosso futuro depende da qualidade da sociedade em que vivemos. E se não construirmos uma sociedade boa e solidária para nós mesmos, quem o fará?

O ativismo é excelente, desde que seja direcionado para a união da sociedade, melhorando a vida de todos e não para promover os interesses de vários grupos de pressão. Para resolver os problemas da sociedade, todas as facções e elementos da sociedade devem participar do processo, compartilhar suas necessidades, e a sociedade (ou seus representantes) deve decidir em conjunto sobre as prioridades na alocação de recursos e esforços para resolvê-los.

Na sociedade interdependente de hoje, se uma facção permanecer insatisfeita, inevitavelmente derrubará toda a sociedade. Se não entendermos isso agora, entenderemos depois da segunda ou terceira onda do vírus. Então, por que não fazer isso agora, um milhão de vítimas antes?

Termos Cabalísticos: “Masach”

laitman_234Masach (tela) representa a força antiegoísta que uma pessoa ganha com a ajuda da luz superior.

É como se a pessoa colocasse uma tela em seu desejo e depois pudesse trabalhar com ele na direção oposta e agir gentilmente com os outros e com o Criador. Ela então é capaz de trabalhar pela doação sem receber nenhum prazer para si mesma.

Pergunta: Qual é o problema em receber para si?

Resposta: Com isso, você se separa do Criador, para de sentir o mundo superior e se limita apenas à sensação do nosso mundo.

Observação: Mas foi assim que o Criador nos criou.

Minha resposta: Ele nos criou de tal maneira que, a partir deste estado, subiríamos a Ele, retornaríamos ao estado de fusão com Ele.

Pergunta: Por que isso foi ocultado? Por que os sábios não ensinaram isso nos últimos mil anos?

Resposta: Para criar a ilusão de livre arbítrio em uma pessoa.

Observação: Mas se me ensinassem isso na escola, eu saberia que não tenho liberdade de escolha.

Minha Resposta: você não pode aceitar essas coisas na infância e fazê-las existirem automaticamente. Você deve desejá-los você mesmo.

Houve gerações em que as pessoas aprendiam desde tenra idade e não tinham problemas. Mas essas foram as primeiras gerações. Agora, com nosso enorme egoísmo, devemos começar nossa jornada muito antes do Machsom, antes da manifestação do Criador, antes de entendermos onde estamos e com quem estamos lidando. Isso faz parte da nossa correção.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 17/06/19

A Suécia Tenta Integrar Aposentados E Imigrantes

Laitman_419Pergunta: Eles estão sempre conduzindo experimentos na Suécia. Ultimamente, eles decidiram integrar aposentados com imigrantes. Aqueles que tiveram a ideia acreditam que ela ajudará os idosos a lidar com o sentimento de solidão e, ao mesmo tempo, ajudará os imigrantes a se integrarem no país e na nova cultura. O que você acha desse plano?

Resposta: Eu acho que é um bom plano para a destruição mútua de ambos.

Pergunta: Isso significa que você acredita que é impossível integrar os dois grupos?

Resposta: É impossível integrar os dois grupos. Mesmo pessoas que compartilham a mesma religião, os mesmos valores na vida e a mesma cultura que se originam da mesma nação, pessoas que se entendem sem palavras, não podem viver em paz umas com as outras. Aqui, por outro lado, eles estão tentando fazer algo totalmente contraditório, como se fosse de outro planeta. Como eles vão viver juntos? Pelo que?

Pergunta: Você acredita que os aposentados se sentirão mais solitários e os imigrantes ficarão ainda mais distantes?

Resposta: Os aposentados sofrerão! Ambos os grupos se transformarão em bestas selvagens. Na natureza, existe a lei da equivalência de forma. A proximidade mútua é baseada na semelhança. Isso significa que nos aproximamos de alguém na medida em que parecemos com ele e nos afastamos na medida em que diferimos. Essa é a lei no espaço livre simples. Se você começar a reunir pessoas diferentes umas das outras, ondas de choque e desequilíbrio começarão a aparecer entre elas até que elas atinjam uma explosão real. Então porque fazer isso? As pessoas que fazem isso não têm ideia do que estão lidando. Será impossível apagar o choque com dinheiro ou uísque.

Pergunta: Você acha que nem mesmo a psicologia funcionará aqui?

Resposta: Não. Demorará várias gerações antes que esses grupos de pessoas comecem a se parecer. Isso significa que eles provocarão a divisão da sociedade e outros resultados horríveis. Quem deixaria isso acontecer?! Eu enviaria meus parentes para viver nessas condições?! Perto de imigrantes?!

Os imigrantes também não são responsáveis ​​por nada disso. Eles têm seus próprios valores e suas próprias atitudes em relação à vida; uma perspectiva diferente e uma mentalidade diferente. Eles não entendem os europeus do norte. Na melhor das hipóteses, eles vêm do sul da Europa, África ou Ásia.

Isto é horrível. Quem teve essa ideia?! Isso mostra uma total falta de entendimento das leis da natureza.

Comentário: Agora eu entendo que esse objetivo não será alcançado.

Minha Resposta: Não apenas isso não será alcançado, mas também chegará a estados em que a polícia terá que patrulhar por toda parte.

Pergunta: Há um problema com pessoas solitárias na Suécia, especialmente aposentados. O que você faria se tivesse todas as opções à sua disposição, a fim de atenuar um pouco a situação para que elas não fiquem sozinhas?

Resposta: Os suecos devem se envolver com outros suecos, só isso! Eles devem pegar a geração mais jovem ou os desempregados, ensiná-los e depois empregá-los como assistentes sociais.

Pergunta: E o que você faria com os imigrantes? Este também é um problema na Suécia. Como eles devem integrá-los à sociedade?

Resposta: Eles precisam colocá-los em estruturas de estudo intensivas e sérias, de manhã até a noite, durante todo o dia, estruturas de estudo para crianças, adolescentes e adultos. Um número muito grande de pessoas é necessário para isso.

Pergunta: Então o problema não será simplesmente resolvido com o tempo?

Resposta: Não, não será resolvido. Haverá novos problemas, como gangues de rua, abuso de drogas e tudo o mais que vemos nessas situações. Tudo se deve apenas à falta da abordagem correta.

De KabTV, “Notícias com Dr. Michael Laitman”, 13/01/20

Através Da Equivalência De Propriedades

laitman_608.02Pergunta: O Criador ou a natureza, como a mesma coisa, constantemente nos influencia, principalmente através de problemas materiais. E se eu mesmo quiser me conectar com essa força, devo me tornar semelhante a ela de acordo com a lei da equivalência de propriedades?

Resposta: Naturalmente

Pergunta: Mas eu não consigo entender através desses problemas o que essa força quer de mim. Para isso, tenho que subir ao seu nível?

Resposta: É necessário superar esses problemas, até sua fonte.

Pergunta: Se eu me tornasse igual à propriedade do Criador em alguma porcentagem, a propriedade de doação, entenderei o projeto da natureza?

Resposta: Sim. Ao elevar-se acima dos seus desejos à fonte dos seus chamados problemas, você O compreende e começa a entender o significado de Suas ações.

Comentário: É interessante que, se falarmos da equivalência de propriedades no nível físico, partículas igualmente carregadas se repelem. Mas há outro exemplo: um receptor de rádio que capta ondas pela equivalência de propriedades. Acontece que quanto mais alto o nível da natureza, mais essa lei funciona como se fosse da maneira oposta. O Criador é a propriedade de doação, somos a propriedade de recepção. Acontece que eu posso me tornar como Ele somente através da transformação da intenção, enquanto a recepção em si permanece?

Minha Resposta: Você pode ser o oposto do Criador: Ele é o doador, você é o receptor. Mas se suas intenções coincidem, vocês estão juntos, embora sejam opostos nas ações.

Pergunta: Eu permaneço sempre oposto a Ele? Se Ele é positivo, eu sou negativo, também não me tornei positivo?

Resposta: Não. Você simplesmente executa a ação a pedido do Criador e, assim, torna-se igual a Ele, embora sua ação seja o oposto. Mas você faz isso porque deseja coincidir com Ele. A ação não é importante, o importante é o motivo, o que chamamos de intenção.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 10/06/20