Desafio Da Rasteira Do Tik Tok: Um Alerta Para A Necessidade De Regulamentação Da Internet

Dr. Michael Laitman

Da Minha Página No Facebook Michael Laitman 19/02/20

Se costumávamos advertir nossos filhos sobre conversar com estranhos e caminhar em becos escuros, hoje eles se sentam em casa com seus dispositivos móveis e todos os perigos estão na ponta dos dedos.

A mais recente tendência viral perigosa, o Desafio da Rasteira (também conhecido como Desafio de Romper Crâneos), distribuído no aplicativo social Tik Tok, já levou à morte e lesões.

No desafio, três pessoas se alinham e pulam ao mesmo tempo. O participante do meio não tem conhecimento da brincadeira, lhe é dito que está simplesmente gravando um vídeo em câmera lenta do salto. Após o salto, os dois dão uma rasteira no participante desavisado que está no meio, enquanto estão no ar, para que caia para trás.

O “melhor cenário”, se é que se pode chamar assim, é chocante e provocador para quem foi pego de surpresa. É também por isso que o participante que recebe uma brincadeira geralmente também não é amigo dos brincalhões, mas vítima de bullying.

O pior cenário, no entanto, é muito pior: morte e ferimentos graves.

A natureza trágica desse fenômeno nos mostra como somos incapazes de nos controlar como sociedade.

Não é o primeiro desafio viral que levou a prejudicar e matar seus participantes. Além disso, mais uma vez, foi preciso morte e ferimentos para que acordássemos com o problema e tentássemos aplicar uma solução tampão, até o próximo caso.

Nós temos os meios à nossa disposição para restringir a Internet, para que tais fenômenos negativos fiquem longe de nossas crianças e adolescentes.

Podemos exigir que organizações internacionais supervisionem a Internet, determinando e monitorando o que é permitido ou não.

Além disso, podemos fazer isso não apenas quando se trata de violência e pornografia, mas também de tudo que é desdenhoso e difamatório.

Poderíamos aumentar a conscientização dos jovens para estarmos melhor equipados para lidar com a liberdade que eles têm na Internet.

Mas não fazemos isso.

Além disso, se quiséssemos, poderíamos impactar uma revolução instigando uma nova forma de educação que abrange o sistema educacional como o conhecemos, além de influências da mídia e da cultura que moldam nossos valores – uma educação enriquecedora de conexões que visa a esclarecer como um futuro positivo depende do desenvolvimento ativo de conexões sociais positivas.

Como a maioria das reclamações sobre os danos causados ​​por esses incidentes é proveniente de pais preocupados, esse apelo é principalmente para os pais: com sua preocupação comum por seus filhos, unam-se e quebrem o consenso social de que tudo é permitido. Caso contrário, amanhã seu filho poderá muito bem ser a próxima vítima.