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Deixe A Segurança Do Conhecido, O Egoísmo, E Descubra A Perfeição, A Doação

laitman_962.8O desejo pessoal de cada um é muito pequeno, ele é capaz de desfrutar apenas dos prazeres deste mundo. Se uma pessoa adquire os desejos do Criador, isto é, a intenção em prol da doação, ela ganha um desejo ilimitado, um vaso espiritual, e dessa forma desfruta de não receber, mas doar. Ela não está mais isolada, sob o domínio de sensações temporárias, aleatórias e pessoais, mas em um sentido de realização eterna, perfeita e infinita.

Essa é a diferença entre desejos egoístas e desejos altruístas. De fato, o objetivo da criação é deleitar as criaturas. Devemos desfrutar, mas de tal maneira que o Criador possa nos dar realização ilimitada; isto é, não nos limitaríamos. Portanto, precisamos de um desejo que esteja fora da criação, sem limites. E isso só pode ser com doação.

Assusta-nos que supostamente nos afastemos do nosso “eu” e nos perdemos, caindo em escravidão para a força superior. Mas isso não é de todo verdade. Pelo contrário, trocamos um desejo minúsculo, temporário, aleatório e limitado por um perfeito, eterno e ilimitado. Essa é toda a diferença. Mas para isso é necessário superar a barreira psicológica: o meu desejo. Eu me agarro a ele como um bebê a um velho ursinho de pelúcia. Ele não pode abandoná-lo, embora o mundo inteiro lhe seja oferecido em troca: vá, desfrute e abra novos horizontes. Não, ele só quer esse urso, agarrando-o a si mesmo, porque é “meu”.

Por isso, discordamos de nos afastarmos do egoísmo mesquinho, embora isso nos dê apenas problemas. De fato, esses problemas são uma ajuda para nós, um chamado do Criador para sair do egoísmo. Mas, por mais que tentemos tirar o brinquedo das mãos da criança, ela não o deixa ir.

A sabedoria da Cabalá está tentando nos explicar que vale a pena deixar o egoísmo e começar a trabalhar em grupo. No entanto, temos grandes dificuldades em aceitar essas explicações. Somos bem fechados, limitados e incapazes de pensar logo acima dessa fronteira egoísta, acima do nosso velho urso. Nós nos apegamos a ele e nos parece que toda a nossa vida está encerrada nele.

Somente o grupo e a luz que reforma podem ajudar e mudar alguma coisa aqui. Portanto, o Criador, em preparação, rompe a alma comum e diz: “Que se possa ajudar o próximo”. Não posso me ajudar, não sou capaz de combater meu egoísmo, mas posso ajudar meus amigos. E assim é para cada um de nós.

Todos na dezena pensam nos outros e, graças a isso, temos a oportunidade de deixar esse urso ir, abrir nossas mãos e, em troca, entrar em outro mundo, outra realidade. O Criador fez uma ótima preparação para nos dar essa oportunidade afortunada. Precisamos apenas ouvir os conselhos dos Cabalistas. Estamos em um ponto crítico hoje e podemos realizar essa transição se pensarmos seriamente sobre ela e não perdermos a chance que nos é dada. 1

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/01/20, “Doar Contentamento ao Criador”
1 Minuto 04:00

“Da Geração Da Tela À Geração Da Conexão” (Kabnet)

A Kabnet Publicou Meu Novo Artigo: “Da Geração Da Tela À Geração Da Conexão

Muitas críticas foram levantadas sobre a geração mais jovem presa no espaço virtual dia e noite atrás de telas de computadores e dispositivos móveis. Vários detratores dizem que esta é uma geração sem vida, sem desenvolvimento adequado do cérebro, habilidades de comunicação, imaginação e que se afundaram nelas, enterradas entre fileiras de palavras e inúmeras imagens. A “Geração da Tela”, no entanto, é mais hábil do que qualquer geração anterior em discernir a doença mortal do persistente egocentrismo que apodrece em nosso mundo.

Como o diagnóstico preciso de uma doença em seus estágios iniciais nos dá uma grande vantagem para curá-la, a “Geração da Tela” gera o dom do “reconhecimento do mal”, isto é, a consciência da natureza destrutiva do ego humano – o desejo de desfrutar às custas dos outros – residindo em cada um de nós como sendo a fonte de todos os nossos problemas. Sem essa percepção, não podemos esperar nenhum progresso positivo, nenhuma cura de nossa doença.

No entanto, onde a nossa geração da tela pode alcançar um reconhecimento do mal significativo, a solução para o problema não pode ser feita através das mesmas telas que aumentam o problema. Os livros também, embora sejam conhecidos por trabalhar mais positivamente no desenvolvimento do cérebro, melhorando as habilidades linguísticas, de escrita, imaginação, audição e aprendizagem, surgiram originalmente como uma perturbação que estragou uma transmissão boca a boca mais natural da sabedoria de professor para estudante.

No passado distante, os professores da sabedoria sentavam-se nas colinas e sob as árvores, cercados por círculos de estudantes, e apresentavam palavras de sabedoria, ensinando através de conversas e interações. Assim, podemos aprender com os formatos anteriores de aprendizado conversacional, a fim de abordar uma solução para nossos problemas atuais.

Em uma atmosfera de amizade, carinho, simpatia e apoio mútuo, podemos construir conexões positivas acima de nossos impulsos egoístas, em um espírito de discussão aberta. Em outras palavras, quando reconhecemos como nosso progresso tecnológico, científico e cultural foi sincronizado a um declínio na qualidade de nossas conexões, podemos combinar a necessidade desesperada de curar nossas conexões com o método de conexão, aperfeiçoado no métodos educacionais de nossos sábios, a fim de encontrar a cura para nosso estado atual.

Quando a sabedoria precisava ser transmitida de boca em boca, nosso aprendizado exigia uma escuta atenta para entender o que estava sendo discutido e para internalizar e adicionar o material à nossa reserva de memória. Os estudantes ouviam, faziam perguntas e conversavam para obter conhecimento e sabedoria. Em seus círculos, eles absorviam o espírito do material que estava sendo ensinado. Através de uma abordagem conversacional e social, os estudantes se conectam entre si e com os professores frente a frente.

Portanto, nosso desafio para corrigir o mal inerente à natureza humana hoje é aprender a nos conectar positivamente acima de nossos impulsos divisivos. No centro de nosso discurso deve estar o entendimento de tal necessidade e o ímpeto de nos equilibrarmos com a lei da natureza que move todos e tudo em direção a estados cada vez mais unificados.

Nossas conversas nos avançariam gradualmente a compreender e a sentir um desejo mais poderoso de se conectar positivamente com uma aptidão mental e emocional muito maior. Nosso cérebro então se desenvolveria ao lado de nossos corações mais desenvolvidos, à medida que teríamos acesso ao dispositivo unificador final para lidar com qualquer problema e forma de divisão que surgisse entre nós.

Feriados Espirituais, Parte 1

laitman_744Feriados São Estados Recorrentes

Pergunta: As datas especiais que os Cabalistas celebram podem ser chamadas de “feriados” ou “tradições”, mas todas trazem informações espirituais especiais. Algumas existem como eventos históricos, outras são simplesmente descritas nas fontes Cabalísticas.

A palavra “feriado” em si é “Chag” em hebraico. O que isso significa?

Resposta:Chag” é da palavra “Mehuga” (seta de retorno). Ou seja, são eventos recorrentes que representam estados espirituais de qualquer pessoa que queira avançar na espiritualidade.

O espaço espiritual está acima do nosso mundo e existe por si só. Essas pessoas que atingem qualidades e forças espirituais são incluídas neste espaço e se sentem em certos estados espirituais.

Esses estados são chamados de Chag, Mehuga, que são recorrentes e retornam. Eles inicialmente provêm da estrutura do sistema do mundo superior e, à medida que ela desce, se manifestam em nosso mundo.

O primeiro estado é Rosh Hashaná (Ano Novo). Esta data representa a criação de uma pessoa e, portanto, nós a celebramos. O mundo foi criado cinco dias antes disso, mas não comemoramos isso. Estamos interessados ​​no Ano Novo, quando o sistema de Adão foi criado.

Esta não é uma pessoa em nosso mundo, mas um sistema espiritual que nos controla. Antes dele, foi formado o sistema que controla a natureza inanimada, vegetativa e animada. No sexto dia da criação, ou seja, no sexto grau, o sistema chamado Adam apareceu.

Pergunta: Isso significa que Adam é um programa que controla toda a nossa realidade?

Resposta: Existe um programa que nos controla e, dentro dele, existem subprogramas. Um deles, o mais central, é chamado Adam (humano).

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 29/01/19

Sentir Criaturas

laitman_622.02Pergunta: O que é a “misericórdia do Criador” na Cabalá?

Resposta: Deixe todos os epítetos como “O Criador é bom”, “Aquele que faz o bem”, “misericórdia”, “amor”, “ódio” e assim por diante nos romances, mesmo que sejam usados ​​nos livros Cabalísticos.

Só precisamos entender que não podemos expressar nossas impressões de nenhuma outra maneira. Dizendo que está molhado, quente, frio, agradável, desagradável e assim por diante, nos expressamos dessa maneira.

Em princípio, somos todos criaturas emocionais. Embora nos pareça que agimos com razão, de fato, nunca é assim. Sempre sentimos e medimos nossas sensações. Mesmo quando eu digo “cinco metros” ou “500 mil quilômetros”, ainda meço emocionalmente essas distâncias. Onde não temos sentimentos, não há dimensões, ciência e conceitos.

Não podemos agir de maneira totalmente rígida, sem sentimentos, em um sistema de medição. É assim que estamos dispostos, porque nossa essência é o desejo de desfrutar. Podemos até nos medir em relação a esse desejo – se sentimos maior prazer ou menor prazer.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 22/12/19