“Entrem Já!”

laitman_962.4Nós continuamos voltando a ler os mesmos artigos, mas devemos vê-los de uma maneira nova a cada vez, como se os estivéssemos lendo pela primeira vez. Se eu abraçar o material como novo, é sinal de que estou avançando. O artigo é antigo, como está escrito: “E vocês ainda estarão comendo da colheita armazenada por muito tempo”, mas toda vez eu encontro um novo sabor nela. 1

Cascateando de cima para baixo, os mundos superiores pavimentam o caminho para nós de baixo para cima, para que finalmente descubramos que estamos de pé no fundo, ao pé da escada, pela qual devemos subir. Tudo já está determinado, em todos os graus. A única opção é se percorremos esse caminho no devido tempo (Beito) para cada parada, ou seja, de acordo com um processo predeterminado, passando de um grau para o outro, ou através do tempo de aceleração (Achishena), acelerando nossa subida de acordo com nossos esforços e, assim, mudar seu caráter.

Todos os estados já são pré-determinados, mas podemos entrar neles por vontade própria, solicitando e fazendo esforços para avançar. Se seguirmos o curso natural do tempo, permaneceremos diante de cada grau até que as condições do antigo grau nos forcem a mudar. Portanto, é uma jornada lenta e desagradável. 2

A parte interna dos mundos é a luz superior vestida de desejos. A parte externa é o esforço que precisamos fazer para entrar na interioridade e ascender. Estamos sempre na exterioridade, a fim de alcançar a interioridade através do nosso esforço.

Em cada grau, passamos da exterioridade para a interioridade. A exterioridade representa as condições que nos recebemos, nas quais precisamos revelar a intensidade de nosso esforço, desejo, vontade e, em seguida, seremos recompensados ​​com a interioridade. É como as linhas esquerda e direita a partir das quais a linha do meio é construída. Os estágios da realização espiritual sempre vão da exterioridade para a interioridade.

Cada pessoa pertence primeiro às nações do mundo, que pertencem à exterioridade dos mundos. Quando ela entende que é necessário alcançar a doação, que só é possível através da nossa conexão e garantia mútua, ela alcança a interioridade e se torna Israel. A cada grau, nós recebemos novas condições e as implementamos, movendo-se da esquerda para a direita. 3

Não podemos nos desconectar artificialmente da expectativa de uma recompensa egoísta, tudo depende da extensão da nossa conexão. Quanto mais nos conectamos, mais sentimos que somos dependentes de uma conexão. E quando dependo de uma – um princípio, uma fonte – tudo o mais desaparece do meu campo de visão porque deixo de levar isso em conta, relacionando tudo à única força superior ao lado da qual não há nada. Tudo depende da nossa conexão. 4

A exterioridade nos domina, para que possamos superar esse controle externo dentro de nós. Toda pessoa consiste em uma parte externa e uma parte interna e, com a ajuda do grupo, do ambiente e do estudo, deve superar a exterioridade, a fim de examinar a interioridade e conectar essa parte interna aos pontos internos dos amigos. É assim que chegaremos ao centro da dezena, onde o Criador certamente está esperando por nós.

Imagine como nós, ou seja, nosso ponto interno, chegamos a um portão pesado de ferro e, se todos estivermos conectados, o portão se abrirá e o Criador nos encontrará no limiar, dizendo: “Bem, onde vocês estavam? Entrem já! A mesa já está posta e tudo está pronto para a festa”. 5

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/12/19, “Uma Serva que é Herdeira de Sua Senhora”

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