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Viva Em Dois Andares Ao Mesmo Tempo

laitman_962.8A força da conexão na dezena é medida pelo tipo de distúrbios que somos capazes de conectar. O egoísmo, que nos separa e desperta o ódio um pelo outro, é revelado e começamos a nos unir acima dele. Mas a rejeição mútua permanece dentro e trabalhamos precisamente com esses dois estados.

Verifique na sua dezena se vocês passam por estados nos quais não desejam se conectar, mas fazem esforços para se unir sem eliminar contradições e discórdias entre si. Lá dentro, no andar inferior, vocês estão prontos para se matar. E acima disso, você conquista o amor de seus amigos. Se você é capaz de construir um relacionamento assim, isso é chamado de “dezena” e, se não puder, ainda não é uma dezena. É uma condição simples, apenas dois andares: todas as transgressões serão cobertas pelo amor.

Todos os amigos da dezena devem sentir como o egoísmo queima dentro de cada um deles, resistindo à unificação, e como acima disso eles entendem que, apesar de tudo, precisam se unir. Ambos os andares devem permanecer em nós, para que entre eles revelemos a presença do Criador dentro de nós. Do andar inferior vem a força do desejo (Aviut), e do andar superior vem a força da intenção (Zakut), da qual construímos um vaso espiritual (Kli) para revelar o Criador. E se não sentimos rejeição um pelo outro, é sinal de que não estamos tentando nos unir. Esta é a lei. 1

Devemos aprender a viver em dois andares ao mesmo tempo, entre o ódio e o amor, que se apoiam. O ódio é o calor, o fogo que acende o amor, que incendeia cada vez mais. Um não pode existir sem o outro, mais não pode existir sem menos; só precisamos entender como combinar esses opostos em nossa sensação. E isso não é fácil porque nossa resposta instintiva e natural é livrar-nos do ódio. 2

Deixamos todas as nossas brigas e desentendimentos como estão, nem queremos nos olhar; mas, além disso, começamos a nos unir exatamente da forma oposta. Amo o que odiava, me conecto com o que rejeitei e não tiro os olhos de quem não queria olhar. Eu supero isso construindo um andar acima do outro. Somente nesta forma é construído um vaso espiritual.

Ao fomentar brigas entre nós, o Criador nos dá a oportunidade de construir um Kli sempre crescente. Portanto, devemos nos alegrar com o surgimento repentino de um conflito entre nós e sermos criativos sobre o que o Criador faz conosco. É maravilhoso que Ele desperte inimizade entre nós. Ele existe há muito tempo; nada de novo está surgindo. Todo esse ódio vem da quebra, de um poço repleto de cobras, mas ele se abre gradualmente para que, em cima dele, possamos construir outra e ainda outra camada de conexão.

Portanto, devemos nos alegrar com o mal, como fazemos com o bem, porque o bem por si só não pode construir um Kli poderoso. Vamos amadurecer e começar a nos construir corretamente.

Precisamos manter um equilíbrio constante: se cobrimos o ódio com amor, precisamos verificar onde o ódio desapareceu, por que não aparece mais. Onde está essa cobra, por que ela não levanta a cabeça? Aparentemente, não damos incentivos e não há motivos para subir. Você precisa ganhar experiência com o bem e o mal. É como em uma família em que o casal nunca briga, eles não podem despertar amor. Portanto, eles se provocam propositalmente para aumentar a sensibilidade em seu relacionamento. 3

Devemos tentar sentir como o Criador toca conosco como Ele toca um violino: para ser sensível, pronto e atrair o Criador. O mundo inteiro é o apelo do Criador à criação em todas as formas possíveis, através de sons, imagens, cores, tudo isso é a linguagem do Criador. Se uma pessoa é capaz de perceber essa linguagem, sentir, entender e responder a ela, ela se conecta à criação e ao Criador dentro de si.

É necessário afastar-se do alimentador, pois é inapropriado que uma pessoa coma da mesma calha com um burro. Isso significa que eu me relaciono com a realidade não de forma puramente pragmática, primitiva, como um animal, mas vejo nela a melodia do Criador. 4

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/12/19, Escritos de Baal HaSulam, “Introdução ao Livro Panim Meirot uMasbirot

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Qual É A Solução Para O Antissemitismo Nos EUA? – Conversa Com Richard S. Hirschhaut

Richard S. Hirschhaut, diretor do Comitê Judaico Americano (AJC) em Los Angeles, encontra o Cabalista Dr. Michael Laitman para discutir o fenômeno do antissemitismo nos EUA, e como estabelecer conexões positivas entre judeus ajudará a unir todas as pessoas.

Os EUA têm o clima mais favorável ao antissemitismo. Infelizmente, hoje, tornou-se uma infraestrutura social onde falar negativamente sobre judeus é normal.

Como podemos mudar a situação?

A solução está nas origens judaicas. Quem são os judeus? Eles são o conjunto de 70 nações que viviam na antiga Mesopotâmia, o berço da civilização. Unidos em uma entidade por Abraão e seus ensinamentos sobre equilibrar nossa inclinação egoísta, criando uma rede de conexões positivas entre as pessoas, eles se tornaram o primeiro e único exemplo da implementação prática desse método.

Hoje, o mundo inteiro é parte de um grande experimento global ao experimentar uma crise, e todos nós precisamos de um método de conexão revelado nos ensinamentos de Abraão para ser aplicado em larga escala. O povo judeu tem o manual para essa conexão. Assim, como um minimodelo do mundo antigo e moderno, o povo judeu precisa apresentar um exemplo de coesão e unidade. Quando fizerem isso, outros seguirão seus passos no caminho para uma vida boa e realizada.

Hoje, muitas comunidades nos EUA estão tentando fazer o possível para garantir a segurança, o bem-estar e o reconhecimento dos judeus entre os outros países. No entanto, nunca é suficiente, a menos que os judeus cumpram seu papel, e o antissemitismo se transforme em amor e apoio.

O Método De Correção, Parte 6

laitman_571.01Pelo Bem Do Próximo Ou Pelo Bem Do Criador?

Pergunta: Baal HaSulam escreve que o método da Cabalá envolve duas partes. A primeira parte é a correção do relacionamento de uma pessoa com o Criador; a segunda parte é a correção do relacionamento de uma pessoa com seu amigo. A segunda parte é preferível. Nos estágios iniciais de desenvolvimento, é mais importante.

Depois, Baal HaSulam enfatiza uma coisa muito interessante: não há diferença se uma pessoa trabalha pelo bem de seu amigo ou pelo bem do Criador, pois tudo fora dela parece inexistente.

Por que não há diferença entre trabalhar para o Criador e para outra pessoa?

Resposta: Porque isso vai além dos limites do meu egoísmo e não importa para mim para quem eu trabalho. Se você escolher com quem negociar, de quem receber, é claro que o Criador é mais preferível do que outra pessoa. Mas se você dá a alguém fora de si mesmo, fora do seu egoísmo, então não importa para quem vai. Se não tenho nada disso, se vai ao infinito.

Pergunta: Existe alguma diferença se é o Criador ou apenas outra pessoa, mesmo uma muito importante?

Resposta: Que diferença faz se não há houver nada para mim? É vazio.

Pergunta: E se houver algo?

Resposta: Então isso não é mais doação. A doação em si deve ser importante, mas não importa se é para o próximo ou para o Criador. Precisamente a doação é a propriedade do Criador.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 07/02/19