“Armar-Nos Dá Um Sentido Falso E Vazio De Segurança” (Newsmax)

Meu Artigo na Newsmax: “Armar-nos Nos Dá Um Sentido Falso E Vazio De Segurança

O aumento dos crimes de ódio abriu o debate sobre o uso de armas de autodefesa entre a comunidade judaica americana. “Vivemos em uma época de perigo”, afirmou o funcionário dos EUA para combater o antissemitismo, Elan Carr, em uma recente conferência em Jerusalém. Carr sugeriu colocar guardas de segurança em todos os templos, centros comunitários e escolas judaicas na América. Um rabino em Boston apoia essa visão, propondo que seus membros carreguem armas para a sinagoga para proteção. Outros já estão treinando com armas de fogo. É melhor prevenir do que remediar, mas estas são soluções temporárias para um problema que só pode ser resolvido de outro nível: através da unidade judaica.

Os ataques mortais em Pittsburgh e Poway, na Califórnia, levaram a medidas de segurança em instalações judaicas nos Estados Unidos. Os incidentes contra a comunidade judaica aumentaram 57% de 2016 para 2017, o maior em 20 anos e o maior aumento em um ano na história, de acordo com a Anti-Defamation League (ADL – Liga Anti-Difamatória). Embora os supremacistas brancos sejam responsáveis ​​pelos recentes ataques e ameaças às sinagogas, o terrorismo e a violência inspirados pelo extremismo islâmico “continuam a representar uma séria ameaça para os americanos”, diz um relatório recente do grupo de vigilância antissemitismo. Ele afirma que, a partir de junho, três pessoas foram presas por planejar ataques terroristas islâmicos que incluem alvos judaicos.

O sentimento de desconforto e a ameaça que os judeus enfrentam nos Estados Unidos são, na verdade, um alerta para refletir sobre nosso estado como nação e seguir o que a Torá nos manda: conectar-se pelo princípio do “ama o próximo como a si mesmo”, irradiando essa força positiva globalmente.  Se não fizermos isso, os não-judeus perceberão nossa desunião como a causa de seus problemas, pressionando-nos através de atos violentos. Portanto, até nos unirmos acima de nossas diferenças, o antissemitismo só piorará. Armar-nos simplesmente nos dará uma sensação falsa e vazia de segurança.

Atualmente, não percebemos como a unidade da humanidade depende da unidade judaica. Ambas estão profundamente inter-relacionadas, já que os judeus têm um papel central no bem-estar do mundo.  Como está escrito na “Introdução ao Livro do Zohar”, “Israel se refere à parte interna do mundo, enquanto as outras nações são consideradas sua parte externa”. Esse papel central particular dos judeus também é explicado naquele texto principal como “um homem de Israel eleva sua parte material exterior sobre a interior, espiritual, e a parte externa (os elementos grosseiros e prejudiciais nas nações do mundo) se eleva sobre a parte interna (os justos entre as nações do mundo) e calamidades e guerras sobrevêm ao mundo”.

Portanto, a unidade deve ser nossa prioridade. Ao nos aproximarmos uns dos outros, estreitando a enorme lacuna que atualmente nos separa, nos tornaremos um exemplo para a humanidade. O poder da unidade fará com que qualquer forma de ódio contra os judeus desapareça. Não é apenas a arma mais forte – é a única arma que pode garantir paz e segurança.