“Inovação Judaica: Descartando Nossa ‘Roupa Suja’” (The Times Of Israel)

O The Times of Israel publicou meu novo artigo: “Inovação Judaica: Descartando Nossa ‘Roupa Suja‘”:

Bilhões de pessoas desfrutam de novas tecnologias, enquanto poucos são os inovadores que comandam e desenvolvem as invenções que mudam a maneira como vivemos. Consideremos por um momento o impacto de um simples avanço tecnológico de Henry Sidgier em 1782 com sua inovadora lavadora de roupas: por quantos séculos as mulheres foram escravizadas nas margens dos rios, batendo na lavanderia em pedras para fornecer roupas limpas às famílias? Da mesma forma, a humanidade ainda não reconhece que escraviza tão duramente como a lavadeira de alguns séculos atrás, sem saber que já existe uma invenção que economiza trabalho e que mudaria tudo sobre o estilo de vida que desenvolvemos ao longo do século passado.

Hoje, basta colocar alguns itens sujos em uma máquina, pressionar um botão e relaxar com uma xícara de café para ter roupas mais limpas, de forma mais rápida, praticamente sem esforço físico. Acredite ou não, não precisamos nos tornar mestres inventores para transformar para sempre a maneira como interagimos uns com os outros e administramos nosso mundo. A invenção já foi projetada e aperfeiçoada. A questão é saber se já nos desanimamos o suficiente com nossos sistemas ultrapassados ​​para finalmente encontrar a inovação que pode abrir as portas para um novo modo de vida.

Infelizmente, a humanidade está apenas agora começando a reconhecer a corrida interminável que corre. Nossa inclinação egoísta inata para construir e desenvolver floresceu nos últimos 70 anos, e estabelecemos todos os tipos de sistemas complexos para estruturar nossas vidas. Hoje, não temos nada material e temos tudo em abundância, mas nossas vidas parecem cada vez mais brandas. As taxas crescentes de depressão testemunham a infelicidade de mais e mais pessoas com suas vidas. Uma quantidade cada vez maior de pessoas está se sentindo deprimida e amargurada, preocupada com as ameaças à segurança, incomodada com a educação e o futuro de seus filhos, e também com a sensação de que suas vidas não têm um certo tempero.

Nossa natureza egoísta está crescendo, mas em vez de nos obrigar a nos conectar corretamente – com respeito mútuo e solidariedade – e desfrutar dos frutos de relações harmoniosas, nós nos pisoteamos, procurando nos beneficiar às custas dos outros para nos preenchermos com prazeres temporários. O senso comum nos diz que tal comportamento é insustentável, mas não conseguimos parar. Além disso, nossas relações quebradas, juntamente com nosso ritmo de desenvolvimento exponencialmente acelerado, abrem caminho para conflitos cada vez mais intensos de egoísmo e guerras de sobrevivência entre nós.

Quantas pessoas no mundo conhecem todos os detalhes da construção de uma máquina de lavar roupa? Poucas. Quantas usam uma? Bilhões Da mesma forma que cada um de nós não precisou inventar a máquina de lavar roupa para aproveitar seus benefícios, também não precisamos planejar um sistema intrincado de conexões ideais entre todos os indivíduos do mundo, a fim de desfrutar de uma transformação em nossas relações. Só precisamos reconhecer uma invenção brilhante quando vemos uma e aprender quais botões pressionar para usá-la em nosso benefício.

Os judeus são alguns dos maiores inovadores da história, com mais prêmios Nobel, honrarias e distinções per capita do que qualquer outro povo, mas sem dúvida sua maior invenção ainda precisa ser revelada em nossa geração. É uma inovação que tem potencial para encher a humanidade de felicidade e salvá-la de um grande sofrimento: a sabedoria da Cabalá, que foi feita especificamente para ser revelada e usada em nossa época. No entanto, por mais estranho que pareça, mesmo entre os próprios judeus, poucos estão cientes da poderosa ferramenta que temos ao alcance de nossos dedos.

O há na sabedoria da Cabalá que a torna a maior invenção de todos os tempos? É que a Cabalá é um método que pode conectar as pessoas, mesmo aquelas que se opõem umas às outras. Ela pode guiar qualquer um que deseje transcender seu egoísmo inato e viver em felicidade ideal. Além disso, para que a invenção funcione para nós, não precisamos ser grandes especialistas nem santos. Assim como a maioria das pessoas opera máquinas de lavar sem entender como elas funcionam, o mesmo se aplica à Cabalá. Em última análise, esse método trabalha para nos aproximar e, ao fazer isso, atrai um poder conectivo inerente à natureza, enche nosso mundo de calor, felicidade e confiança e também alivia o sofrimento.

Tornar-se praticantes deste método significa descartar nossa “roupa suja” – o ego que busca se divertir às custas dos outros – moldando uma conexão bem lubrificada com os outros: construindo um laço forte que limpa nossos corações. A sabedoria da Cabalá é derivada da estrutura elementar da própria natureza. A natureza se esforça instintivamente pelo equilíbrio, igualdade e perfeição. Já que somos parte da natureza, ao nos objetarmos a ser como a natureza, entramos em seu fluxo e agimos de acordo com nossas conexões, com igualdade e consideração mútua. A única diferença é que temos que fazer a escolha consciente de usar o método e criar essas conexões positivas entre nós.