Sucot

laitman_294.1É importante ver que ação espiritual cada feriado e que “bom dia” indica e como realizá-lo. Quando falamos dos símbolos do feriado de Sucot na linguagem dos ramos: sobre a cobertura da Sucá feita a partir do lixo do celeiro e da adega, a bênção dos Arba Minim (quatro espécies de plantas), devemos sempre apontar para a raiz superior. A partir disso, seremos capazes de entender melhor o que fazer com nossos desejos e intenções, como realizar essas ações em conexão entre nós com a ajuda do trabalho material, construindo uma forma espiritual dentro da dezena.

Sentar-se à sombra da Sucá significa estar sob uma tela. Juntos, podemos construir uma tela tão grande que não podemos apenas dar, mas até mesmo receber em prol da doação – este é um feriado real. Nós poderemos receber “convidados” nesta Sucá, isto é, toda vez que tivermos a Luz de Hassadim suficiente para alguma revelação da Luz de Hochma.

No feriado de Sucot, deixamos nosso lar permanente e entramos em um lar temporário, a Sucá. A morada temporária muda a cada vez, mas é mais valiosa para nós do que o lar permanente porque assim adquirimos uma “sombra”, isto é, a tela na Sefira de Malchut, e podemos receber em prol da doação como um Partzuf espiritual.1

Um feriado, um “bom dia” (Yom Tov) é receber a Luz que retorna à fonte, que nos dá uma tela para nosso desejo de desfrutar e nos torna semelhantes ao mundo superior, ao Criador, à doação. É chamado de “dia” porque, por meio dessa iluminação, podemos obter a intenção de doar, e o “bom” é a recepção da Luz em prol da doação.

A cobertura da Sucá deve ser suficientemente densa, de modo que a sombra nela seja maior do que a luz do sol penetrando na cobertura. É o símbolo de uma preocupação constante por tal Grande Luz de Hassadim que cobre todos os nossos desejos de modo a não se ter medo de receber a Luz para si mesmo.2

O feriado de Sucot simboliza a construção da tela anti-egoísta. Nós vivemos em segurança em nosso “lar permanente”, no desejo de desfrutar, e agora temos que sair para uma morada temporária, que é o símbolo de seguir um caminho espiritual. Afinal, não há nada de permanente na espiritualidade: estamos constantemente em “moradia temporária”, em constantes mudanças, cuidando da cobertura, da tela, para não retornar ao “lar permanente”.

A casa mais permanente é a sepultura; não haverá mais mudanças lá. E no intervalo entre a sepultura e a eternidade, nos é dada uma casa material.

Se somos capazes de viver o tempo todo em uma morada temporária, isto é, em mudanças, cuidando da tela, elevando-nos acima de nossos desejos e nos esforçando para nos tornar semelhantes à doação, ao Criador, então vivemos como se flutuando no ar. em um colchão de ar. O principal é tomar cuidado para que a doação esteja no topo, que a cobertura da Sucá esteja acima da cabeça, porque é o símbolo da tela. Portanto, em Sucot é aceito comer somente na Sucá .3

Sucot é a alegria de superar o egoísmo pessoal e receber a Luz do sol em prol da doação através da cobertura da Sucá, através da tela que construímos sobre nossas cabeças. Este é o retorno ao amor: “Eu sou do meu amado e meu amado é meu”. Primeiro, “Eu sou do meu amado”: na medida em que sou capaz de doar ao Criador, sinto que Ele me doa. Todos os símbolos do feriado de Sucot – um abraço à direita, um abraço à esquerda, um beijo, uma fusão – são resultado de correções feitas em Rosh Hashaná, Yom Kipur, os Dias do Arrependimento.

A alegria de Sucot vem do fato de que conseguimos superar nosso desejo de desfrutar e construir uma tela, uma cobertura sobre ele.4

A primeira correção é a restrição do egoísmo da pessoa. Como se eu saísse de casa e fechasse a porta atrás de mim, garantindo que não voltaria mais à recepção egoísta.5

Se alcançamos uma conexão na dezena, o Criador é certamente revelado entre nós. Ele mostra se existe uma conexão entre nós ou não. Se só podemos doar em prol da doação, então a Luz de Hassadim é revelada, isto é, o Criador é revelado de longe, como um adulto, um professor entre crianças. Se já podemos receber em prol da doação, isto é, no amor, e não apenas apoiando um ao outro, o Criador é revelado como nosso parceiro, preenchendo e abraçando a todos.6

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/9/18, Lição sobre o Tema “Sucot
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