É difícil explicar qual é a verdadeira realidade porque ela está escondida e nossos olhos estão distorcidos. No entanto, é preciso fazer um esforço para ver a imagem o mais próximo possível da verdade. Vivemos em um mundo imaginário, porque tudo o que vemos são apenas símbolos de propriedades espirituais.

O mundo inteiro é diversos fragmentos do desejo que variam em poder; isto é, o grau de corrupção que corresponde ao poder do desejo. Quanto mais corrigido o desejo costumava estar no sistema da alma comum de Adão antes de sua quebra, mais corrompido é agora.

Após a quebra do desejo comum, um fragmento da tela permaneceu em cada uma de suas partículas, uma centelha da Luz refletida, que existia antes do pecado de Adão. É por isso que hoje existem tantas pessoas no mundo, isto é, desejos em que a centelha se manifesta mais ou menos.

A Luz comum afeta os fragmentos quebrados do desejo e os desperta para a vida, camada por camada. Os desejos sentem o desejo de se aproximar da Luz superior, de se assemelhar a ela. No início, eles são atraídos egoisticamente com uma intenção corrompida, tentando usar a centelha deixada neles do estado espiritual de doação mútua em prol do prazer deles.

Estes desejos que despertaram até hoje ou ainda vão despertar e se empenhar para o objetivo da criação, para a adesão com o Criador, são chamados de “Israel” (Yashar El – direto ao Criador). Estes são desejos com centelhas muito fortes que despertam a pessoa.

Além disso, aqueles em quem as centelhas ainda são fracas são chamados de nações do mundo porque sentem apenas desejos mundanos comuns: não aderir ao Criador, mas apenas viver confortavelmente neste mundo. Essa é a diferença.

Se as nações do mundo sentem que nenhuma ocupação neste mundo pode satisfazê-las, elas concordam em se juntar a Israel, desejando que as pessoas que lutam pela espiritualidade guiem os outros e os levem à correção. Afinal, uma esperança de realização só existe lá. Caso contrário, elas puxarão Israel para baixo, em desejos egoístas.¹

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá, 16/09/18, Lição sobre o Tópico: “Uma Serva Que É Herdeira De Sua Senhora”
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Pergunta: O papel do ser criado é desenvolver os desejos dados a ele pelo Criador? Que ações livres o ser criado tem em relação aos desejos que revelamos durante nossa vida?

Resposta: Nós podemos controlar todos os nossos desejos, mas apenas se começarmos a direcioná-los para o benefício de todos os outros, fora de nós. Caso contrário, seremos como pessoas comuns.

Em princípio, o método da Cabalá é muito simples, mas é difícil dominá-lo porque temos que agir de forma contrária às nossas qualidades atuais, o que significa aplicar todos os nossos desejos para a doação, o bem e a conexão com os outros, então seremos capazes de controlá-los com a ajuda da Luz superior. Caso contrário, eles vão nos controlar do jeito que é agora.

Da Lição de Cabalá em Russo 13/05/18

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Pergunta: Como uma pessoa pode aprender a ouvir a si mesma e aos outros e não apenas escutar? Afinal, essa qualidade só melhorará as relações entre as pessoas.

Resposta: Isso requer um contato interno – um contato dos corações. Quando vocês desejarem satisfazer um ao outro, serão capazes de ouvir um ao outro.

Portanto, as pessoas não se escutam nem se veem. Elas criam certa realidade dentro de si e a tratam como uma pessoa que está realmente fora delas. Nós não vemos aqueles que estão fora de nós; vemos tudo o que é construído pelo nosso egoísmo dentro de nós.

Da Lição de Cabalá em Russo 29/04/18

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Nós saímos do Mundo do Infinito (estado 1) e através dos 5 mundos, através do trabalho na dezena (estado 2), voltamos ao Mundo do Infinito, mas já corrigidos (estado 3). O mundo inteiro é apenas uma dezena; não há nada além do Mundo do Infinito, e toda a informação sobre os estados pelos quais estaremos passando vem de lá.

Na realidade, a dezena inclui toda a humanidade, todas as almas, os Cabalistas de todas as gerações, tudo o que foi, é ou será. Tudo é uma dezena, mas só podemos perceber o seu alcance limitado em nosso estado 2. Nesse estado, temos que cumprir nosso trabalho ao máximo e pedir a todos para que sejam corrigidos.

Nós recebemos uma missão especial: sermos responsáveis ​​pelo estado 2, na cabeça da humanidade, levando-a à correção. Até mesmo as almas dos grandes Cabalistas e pessoas justas estão, de certo modo, abaixo de nós, porque no seu trabalho elas dependem da nossa oração, do nosso esforço. Entende-se que elas nos despertam e nos ajudam, mas o fazem secretamente.

Hoje, temos que reunir essa realidade diferenciada e fragmentada com seus 5 mundos, Partzufim e Sefirot, e todas as partes fragmentadas, e remontá-la em um único círculo. Um “círculo” é a cabeça e o corpo é sempre um “quadrado”. A cabeça não tem limitações, apenas o corpo. E temos que trazer o corpo para próximo da forma da cabeça, ao seu ensino. Então nos transformamos de um Partzuf em um círculo.

Uma vez que a pessoa entenda este sistema e seu papel nele, ela começa a se importar com toda a humanidade, a tentar o seu melhor para sair de seus pensamentos sobre si mesma e espalhar a ciência da Cabalá para o mundo. Ela entende que seu sucesso depende do mundo inteiro, que está em crise profunda.¹

O mundo é minha marca, ampliada 620 vezes. Todas as minhas deficiências internas que deixo de ver em mim mesmo, vejo no mundo através de uma lupa, como se tivesse visão de raio-x.

Ao estudar o mundo, queremos revelar o que está dentro de nós. Visando ao cosmos ou às profundezas do oceano, nós realmente tentamos alcançar nossa essência interior, mesmo sem perceber.²

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá, 12/09/18, Lição sobre o tema “Disseminação da Cabalá”
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Pergunta: Por que é que, especificamente devido à quebra, a pessoa entende o Criador?

Resposta: Somente depois da quebra, a partir de nossos desejos quebrados, nós podemos entender o Criador, porque não temos escolha. Veja como percebemos a natureza física que existe ao nosso redor. Nós vivemos dentro dela, mas não a entendemos.

O mundo espiritual nos é dado de uma forma diferente: somente quando o construímos é que entendemos o que alcançamos, o que fizemos e construímos a partir dos fundamentos, das partes separadas. É assim que alcançamos o mundo espiritual. Afinal de contas, o principal para o Criador é que alcancemos, e quando esta realização é completa, sentimos a espiritualidade em toda a sua profundidade, até o último átomo.

Da Conversa na Islândia 23/05/18

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