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Mente E Sentimentos

laitman_610.3Pergunta: Uma pessoa pode não entender a Cabalá com a mente, mas apenas sensualmente?

Resposta: Nossa mente deriva dos sentidos. O mundo espiritual não pode ser entendido pela razão, porque o Criador criou o desejo, isto é, sentimentos, e quando começamos a mudar nossos desejos, a mente muda com eles. Portanto, nós nos voltamos aos sentidos – eles precisam ser mudados e a mente mudará respectivamente.

A mente serve aos nossos desejos egoístas. Em outras palavras, é egoísta.

Pergunta: O que acontece com a razão, quando as intenções mudam? Ela se torna diferente?

Resposta: Quando os sentimentos mudam por amor e doação, a mente também muda. É claramente uma serva dos desejos.

Pergunta: Os cientistas estabeleceram que uma pessoa usa 3-5% do potencial do cérebro. Se ela trabalhasse para doar, usaria os 97% restantes?

Resposta: Sim. Mas para isso ainda é necessário atingir a qualidade de doação.

Da Lição de Cabalá em Russo 07/01/18

Peneira Egípcia

laitman_258Antes de entrar no mundo espiritual, a pessoa passa por um estágio muito difícil que é chamado de “sete anos de fome”, o endurecimento do coração. Ela vê que está se afogando em seu egoísmo, é incapaz de se livrar e nunca será capaz de escapar dele. Esta é a verdade porque o desejo de desfrutar é a nossa única natureza.

Este período é perigoso porque a pessoa acha que é bom permanecer em seus desejos egoístas e que não vale a pena lutar com eles. Por que sofrer em vão tentando se livrar dele se não vai dar em nada? O egoísmo retrata para a pessoa que ela não tem qualquer esperança de salvação.

Este é realmente o caso: não há esperança de receber qualquer satisfação em nosso desejo de desfrutar. E a pessoa ainda não tem o desejo de doar. Portanto, ela foge para a religião ou para todos os tipos de “práticas espirituais”, a fim de não sentir que sua natureza está contra ela. O principal é não sentir que você está enfrentando o Faraó. Portanto, ela foge do Egito.

Como está escrito: “Mil pessoas entram na sala e uma sai para a Luz” – é assim que somos peneirados através de uma peneira egípcia. “E apenas os heróis dentre eles, cuja paciência perdurou, derrotaram os guardas e abriram o portão”. Precisamos entender que este é um período prolongado e amargo, chamado de exílio. Ele requer uma conexão, resistência e apoio mútuo, caso contrário, a pessoa não consegue sobreviver. A saída mais próxima pela qual as pessoas deixam esse caminho é a religião, que permite ir dentro da razão e não na fé acima da razão.

Portanto, é necessário criar um ambiente forte, uma atmosfera de apoio e garantia mútua para ajudar uns aos outros a construir um Kli (vaso) para a revelação futura. 1

Antes do êxodo do Egito, a pessoa entra em um período sombrio quando se encontra cada vez mais fundo em seu egoísmo, cada dia tendo menos força para lutar contra ele. O desejo de desfrutar envia-lhe todos os tipos de pensamentos, desejos e ações estranhos, cada vez mais distantes da espiritualidade. A pessoa acha que em vez de avançar, retrocede.

Então, ela é tentada a voltar-se à religião, que promete uma recompensa por cada ação tomada na hora certa, como se ela sozinha fosse suficiente para a correção. Isso é certamente atraente e a pessoa parte.

Rabash escreve que especificamente pessoas que se envolveram na Cabalá por um longo tempo fizeram um bom progresso, e então partiram sem entrar no mundo espiritual, arriscando-se tornar os maiores oponentes da Cabalá e até mesmo inimigos. Afinal de contas, por um lado, eles parecem entender do que ela fala e, por outro lado, não alcançam isso. 2

Não há outra força atuando na realidade exceto o Criador. A única coisa que Ele permite ao ser criado é perceber o que está acontecendo com ele e o que a força superior está fazendo com ele. O ser criado deve aplicar todos os esforços possíveis em direção a esse ponto de consciência. Mas, de fato, no passado, agora e no futuro, em todos os momentos, em todos os níveis, somente o Criador agiu, age e agirá.

E nós fomos designados para revelar o Seu trabalho. Por isso, não influenciamos o trabalho em si, mas queremos apreciá-lo e alcançar toda a grandeza do Criador. 3

Está escrito: “Eu e não um mensageiro”. Isto é, o próprio Criador nos leva para fora do Egito. Isso significa que estamos em contato direto com o Criador, com a força superior, sem intermediários. “Intermediário” significa que na minha demanda eu ainda não me sinto diretamente diante do Criador e não conecto todas as minhas esperanças de salvação somente com Ele. 4

Precisamos fazer enormes esforços agora para que todos examinem sua própria condição e sintam que esse é o exílio egípcio. O sinal da proximidade do êxodo do Egito é um sentimento de total desesperança em absolutamente tudo, de todos os lados. Nesse estado de desespero, o Criador se revela e nos salva.

No entanto, precisamos examinar esse estado juntos – essa deve ser nossa decisão comum. Não se pode sair do Egito sozinho, mas apenas graças a uma consciência séria no Kli geral. 5

O egoísmo assegura à pessoa que o caminho não deve ser tão difícil e intransigente quanto a sabedoria da Cabalá sugere. Por que se atormentar lutando com seu egoísmo? Existem muitos métodos psicológicos que permitem que você se acalme e se dê bem com seu desejo de desfrutar.

Certamente, isso é muito atraente. Portanto, a partir do momento em que a sabedoria da Cabalá surgiu, ao longo da história, muitas metodologias diferentes foram desenvolvidas em paralelo a ela. E quando a sabedoria da Cabalá entrou em ocultação, isso serviu como razão para o surgimento das três religiões do mundo.

A religião adoça a vida de uma pessoa. Permite que as pessoas executem ações externas em vez de ações internas e promete uma recompensa para elas neste mundo e no mundo vindouro. É claro que o egoísmo está procurando uma compensação para si mesmo.

No entanto, isso é especificamente organizado de cima para que existam outros sistemas, além da Cabalá, que ajudem a descobrir o que é o egoísmo em relação à força de doação, a força do Criador. Portanto, todas as religiões e metodologias são necessárias e nada pode ser destruído. Nossa tarefa é apenas continuar esclarecendo o desejo do superior. 6

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá de 28/03/18, Escritos do Rabash: “A Diferença entre Misericórdia e Verdade e Misericórdia Falsa”

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Aquele Que Não Precisa De Nada É Feliz?

Laitman_036Pergunta: Vários métodos afirmam: “Feliz é aquele que não precisa de nada”. É assim?

Resposta: Em geral, sim. No nível corpóreo, se eu não preciso de nada, se todos os meus desejos estão acima do nível material, voltados para o amor e a doação, fora de mim, então isso é certamente felicidade.

Pergunta: Alguns métodos nivelam nossos desejos. Se uma pessoa fizer isso, ela seria feliz?

Resposta: Uma pessoa nivelando seus desejos reduz-se ao nível da criação inanimada.

Se ela não resiste, não critica, não culpa ninguém nem nada, ela é feliz, mas essa felicidade é sem emoção, como uma rocha. Desta forma ela se protege do sofrimento o máximo possível. No entanto, sendo parte do resto da humanidade, ela não será capaz de evitar problemas. Eles ainda vão continuar. Além disso, ela sentirá constantemente a necessidade de se tornar algo mais.

Pergunta: O grande cabalista Baal HaSulam escreve que se uma pessoa fizesse um cálculo, olhasse para a sua vida e visse a quantidade de dor que sentiu em relação ao prazer que experimentou, imediatamente terminaria sua vida. Em outras palavras, a quantidade de sofrimento é muito maior que o prazer. Por que esse cálculo é escondido de uma pessoa? Somos todos egoístas. Estamos constantemente calculando.

Resposta: Isso é necessário para o processo cumulativo interno, para que possamos acumular múltiplos males, amargura, problemas, depressão e chegar a tal desilusão na vida que desejaríamos nos elevar acima disso, não para acabar com nossas vidas, mas para realmente subir, encontrar a resposta para a razão de sofrermos – para que?!

Da Lição de Cabalá em Russo 17/12/17

Alcançar O Criador

Laitman_117Baal HaSulam, Os Escritos da Última Geração: É da natureza humana temer qualquer coisa fora da natureza da criação. As pessoas também têm medo de algo incomum, como trovões e ruídos altos.

No entanto, Ele não é assim. Isso porque, na verdade, não há nada mais natural do que entrar em contato com o Criador, pois Ele criou a natureza.

À luz dessas palavras, tudo se torna simples, compreensível e não há possibilidade de especulação de nenhum tipo: nem espiritual, nem física nem social.

Hoje, o mundo inteiro está confuso porque não sabemos como ele está corretamente interconectado. Portanto, torcemos e conectamos suas várias partes de várias maneiras e, no final, somos atingidos. E novamente, começamos a torcê-las de uma maneira diferente, a nos conectar de forma diferente, pensando que pode ser melhor e, novamente, somos atingidos por um golpe.

No nível espiritual, tudo é muito simples. Vemos que tudo está conectado em um sistema, de Keter à Malchut – três linhas e nada mais.

Pergunta: Como podemos alcançar essa simplicidade?

Resposta: Nós alcançaremos a completa simplicidade apenas na correção final. Então, nos conectaremos ao sistema único de dez partes onde há o que se chama HaVaYaH, que de dez se transforma no nome de quatro letras do Criador, os quatro estágios.

De Kab TV “A Última Geração” 09/10/17

Nova Vida # 985 – Amargura Nos Relacionamentos

Nova Vida #985 – Amargura Nos Relacionamerntos
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Nitzah MazozSummary

Resumo

Sentimo-nos amargurados quando não conseguimos algo que queremos ou esperamos e os nossos egos são subsequentemente afetados. Em vez de remover a amargura, diminuindo nossas expectativas, precisamos entender a raiz do problema. Os parceiros devem aprender sobre o egoísmo e como “todos os que condenam o fazem com seus próprios defeitos”. A sabedoria da Cabalá nos ensina como aproximar nossos corações e descobrir o mundo superior em uma estrutura de grupo. Cabe a nós curar nosso relacionamento com o mundo com a ajuda do poder do amor e então a amargura desaparecerá e tudo será corrigido, bom, doce e belo.

De KabTV “Nova Vida # 985 – Amargura Nos Relacionamentos”, 25/03/18