Voltar-Se Ao Criador

laitman_284.03O trabalho dos homens (hebraico – Gevarim) é baseado na superação (hebraico – Hitgabrut), na fé acima da razão. Afinal, a saída do Egito é onde queremos nos unir, então todo o nosso trabalho é direcionado para uma unificação ainda maior. Por enquanto, somos todos egoístas e tentamos nos unir usando nossa força egoísta. Mas através destes esforços: estudo, conexão e auto anulação, despertamos a Luz que reforma e recebemos a força para superar, começando a trabalhar como homens.

O mais importante é retornar à mesma conexão que existia no primeiro homem, Adam, antes da quebra. No entanto, se atingirmos essa conexão agora com todo o nosso egoísmo, ela será 620 vezes maior do que antes. Assim, revelaremos não a pequena e pouco animadora Luz, mas toda a Luz de NRNHY, o Criador. *

O fardo do exílio é a sensação da minha incapacidade de chegar à intenção correta. Nós tentamos fazer alguma coisa e descobrir cada vez que foi em prol do egoísmo. Afinal, o Criador quer nos levar a gritar, ao reconhecimento do mal, cujo propósito é perceber que não alcançaremos o sucesso sem a ajuda Dele. **

A principal distinção da sabedoria da Cabalá ao definir a obra do Criador é que ela é dirigida a unir as pessoas para trazê-las ao mesmo modelo chamado Adam, o único sistema da alma comum, e do amor dos amigos ao amor do Criador.

O Faraó está entre nós e precisamos transformá-lo no Criador para que o Criador seja revelado. O Criador não é revelado em nenhum de nós, mas apenas na conexão entre nós. O Criador é a rede de conexão e amor que nos une.

Assim como a água do mar preenche as lacunas entre as ilhas de um arquipélago, a Torá precisa preencher o espaço entre as pessoas com doação e amor. ***

“Não engula o Maror sem mastigá-lo”

“Não engula o Maror sem mastigá-lo”. Isso significa que precisamos trabalhar em nossa unidade com grande persistência, independentemente de nossa incapacidade de alcançá-la. Se no grupo nós concordamos com a necessidade de nos unirmos, significa que entramos no Egito. Antes disso, não consentimos e nem falamos sobre isso. Primeiro, os irmãos negligenciaram José e o expulsaram. Mas depois a fome começa, eles concordam em se unir e entram no Egito.

No início, eles vivem bem no Egito, mas depois começam a perceber que não conseguem se unir. “Os filhos de Israel suspiraram por causa da escravidão” porque não tiveram sucesso. Então “o seu clamor subiu a Deus por causa da escravidão”.

É isso que significa que “o Maror não pode ser engolido sem ter sido mastigado primeiro”. Devemos “mastigar” esse trabalho e sentir toda a sua amargura e peso, como o rábano duro e amargo do qual o Maror é feito. Do trabalho duro e malsucedido, nos tornamos mais suaves e nos voltamos ao Criador pelo desespero. Somente depois do trabalho duro começamos a sentir nosso cativeiro e a necessidade de sair dele, e começamos a sentir que existe uma força que pode nos ajudar. ****

Conhecer o Criador significa aprender gradualmente o que a unidade e o amor são que não existem atualmente em nosso estado. Nós vivemos no mundo oposto. O Criador que mais tarde será revelado está sendo revelado gradualmente na forma oposta. É Ele quem quebrou o vaso de nossa alma, e é por isso que Ele é mostrado na forma oposta, como Faraó.

Contudo, se desejarmos nos elevar acima dele com fé acima da razão e revelar a doação e o amor entre nós, nós nos voltamos agora ao Criador, não ao Faraó. O Criador e o Faraó são a frente e o verso do mesmo fenômeno.

Todo esse trabalho é muito simples e específico; cada vez a dificuldade é apenas voltar-se ao Criador – é precisamente onde o Faraó se esconde, e ele fica no caminho. *****

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/02/18, Escritos do Rabash, “Venha ao Faraó – 2”
* ( Minuto 31:00)
** ( minuto 32:30)
*** ( Minuto 39:30)
**** ( minuto 42:30)
***** ( minuto 47:50)