Pessach, Matza, Maror

laitman_284.03Nós não temos necessidade de espiritualidade: ela nos é dada de cima. Ninguém sozinho se ilumina com a aspiração de estudar Cabalá e revelar o Criador. A pessoa é levada até lá de cima, e isso é chamado “no devido tempo” (Beito), pelo caminho natural do desenvolvimento. No entanto, se quisermos avançar por conta própria de acordo com a “aceleração do tempo” (Achishena), precisamos da garantia mútua. Através da conexão com o grupo, eu posso receber dos amigos e fornecer a cada um deles as necessidades espirituais corretas através das quais seremos capazes de avançar.

Não há outro caminho. Eu não posso extrair a aspiração correta pela espiritualidade de mim mesmo; seria por qualquer coisa exceto a espiritualidade. Não devemos ter vergonha ou medo dos desejos que surgem no grupo. Afinal, a inveja, o orgulho, a honra e o desejo de poder, que, consciente ou inconscientemente, se manifestam no grupo, ajudam-nos a alcançar o mundo espiritual. Enquanto isso, uma pessoa pode experimentar os desejos mais honrados e puros, mas se eles não passarem pelo grupo, não ajudarão no progresso. *

Durante Pessach (Páscoa judaica) a pessoa deve dizer: “Pessach, Matza, Maror“. Caso contrário, não sairá do Egito. A Matza é a guerra com a inclinação ao mal. O Maror é a amargura insuportável do trabalho, da sua incapacidade de se unir e doar. Portanto, primeiro chegamos à Pessach (Pasach significa a passagem) e depois à salvação.

Um segue o outro: Pessach, Matza, Maror. Pessach não depende da pessoa; é o Criador dando a força para escapar (Pasach). E Matza e Maror são seus deveres de engolir seu trabalho para sufocar a amargura do egoísmo e gritar. **

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/03/18, Escritos de Rabash — Igrot (Cartas)/Carta nº 72
* (Minuto 11:30)

** (minuto 17:00)