Uma Base Comum Para Diferentes Métodos

Laitman_057Comentário: Existem muitos tipos de Cabalá: a Cabalá do Ramchal, a Cabalá Luriânica, a Cabalá Cristã, o Hassidismo, a Cabalá prática e assim por diante.

Você ensina a Cabalá do Baal HaSulam. Alguns afirmam que este ramo é um de muitos outros, enquanto você o apresenta como o principal.

Resposta: Pessoalmente, eu não tenho queixas contra ninguém sobre essa questão. Eu entendo a natureza do homem e, portanto, mesmo o maior adversário da Cabalá é legítimo aos meus olhos. Não há discrepâncias aqui: tudo vem da natureza e da estrutura da humanidade e do homem. Isso em primeiro lugar.

Em segundo lugar, existem muitas maneiras de revelar o Criador, que podem coexistir e ser paralelas entre si.

Quando eu estava ao lado do meu professor, o Rabash, eu fui com ele a muitos Cabalistas e vi suas reuniões com eles. Certamente, na época, eu ainda tinha uma compreensão muito limitada do que estavam falando e não sabia se estava ao lado de um Cabalista ou não, em que grau ele estava, e qual método usava para penetrar no mundo superior e alcançar o Criador.

Naturalmente, existem diferentes métodos. Mas todos desceram para elevar as pessoas acima de seu egoísmo. Isso acontece com base no que está escrito na Torá: todos devem se reunir em dezenas, como Moisés estabeleceu quando saiu do Egito.

Em outras palavras, elevar-se do Egito, atravessar o deserto – através de uma fase específica da obtenção da qualidade de Bina – é possível apenas em grupos onde as pessoas se dividem em dezenas e onde um sistema de interconexão entre as pessoas é criado nelas. Isso é descrito por todos os Cabalistas. Não há desentendimentos sobre isso.

A Cabalá é dividida em duas partes: estudo teórico e prático da Cabalá.

O estudo teórico dos textos geralmente está associado ao termo “Cabalistas de Jerusalém”. Veja bem, havia habitualmente um grupo de Cabalistas em Jerusalém que se dedicava apenas ao estudo individual dos textos. Eles conheciam os livros do Ari, O Livro do Zohar e outros de dentro para fora, literalmente de cor, mas, ao mesmo tempo, não faziam nenhum trabalho interno. Eles não tinham nenhuma realização (conquista).

Voltando à questão dos diferentes ensinamentos na Cabalá, o grande Cabalista do século XVII-XVIII, o Baal Shem Tov, é notável. Ele reuniu cerca de trinta jovens ao seu redor, ensinou-lhes Cabalá e os enviou para toda a Europa Oriental.

Cada um deles criou sua própria escola Cabalística e essas escolas praticamente não têm diferenças entre si. Elas são baseados no mesmo método do Baal Shem Tov. A única diferença é a explicação externa. É o mesmo de como, por exemplo, em uma universidade existem 20 professores de física e cada um deles explica de maneira diferente. O significado é o mesmo, mas a apresentação externa é diferente.

Isso é sentido entre os Cabalistas até hoje, mas isso não significa que eles estejam explicando coisas diferentes. O único problema é dizer se eles estão ou não envolvidos na conquista do Criador. Como Baal HaSulam escreve, a Cabalá é o sistema da conquista do Criador pelo homem em nosso mundo.

Pergunta: Você ensina apenas de acordo com o método do Baal HaSulam?

Resposta: Eu ensino de acordo com o método do Ari, ou seja, ao longo da linhagem: O Livro do Zohar, o Ari, Baal HaSulam e Rabash.

Pergunta: Mas existem outros métodos também?

Resposta: Não, todos eles ainda são baseados no Livro do Zohar e no método do Ari.

Houve um tempo, mesmo antes de eu chegar ao Rabash, em torno de 1978, que eu conheci pessoas que seguiam o Ramak. Havia vários homens na casa do setenta anos em Tel Aviv. Eles não tinham estudantes. Portanto, eu acho que hoje não resta ninguém desse grupo.

Da Lição de Cabalá em Russo 10/09/17