A Lei De Gestão Do Mundo, Parte 2

laitman_571.06Não podemos aumentar ainda mais nossos desejos – agora precisamos mudar seu uso. Mas a humanidade não entende isso e, portanto, está totalmente confusa com o que está acontecendo.

Nós entramos em um período em que não precisamos mais de um grande desejo. Portanto, a geração moderna parece estar tão cansada e decepcionada com relação ao progresso. Os jovens não se apressam em alcançar uma carreira ou uma família; eles não querem pensar no futuro, que não faz sentido para ninguém.

E tudo isso está acontecendo porque, em vez da lei linear do crescimento do egoísmo, que todos realizaram por si mesmos, uma nova lei integral, que nos obriga a conectar uns com os outros, começou a entrar em ação. Agora, o desenvolvimento do mundo depende da força de nossa conexão, assim como as células em um corpo. Quanto mais bondade e reciprocidade existirem nas nossas relações, mais avançaremos.

Nós vemos a mesma tendência no desenvolvimento da tecnologia; quanto mais complexos se tornam os programas e mecanismos e, quanto mais componentes internos eles contêm, mais perfeitos os dispositivos se tornam. O progresso está ocorrendo, não mergulhando em detalhes concretos, mas devido à sua maior conexão. Todo o desenvolvimento tecnológico nas últimas décadas se baseia na criação de novas conexões entre vários elementos.

Mas na sociedade humana não somos capazes de tal desenvolvimento porque nós mesmos somos seus elementos. E nós não queremos nos conectar uns com os outros. Portanto, não entendemos o que a lei do desenvolvimento quer de nós. Esse é o maior problema da humanidade hoje, causado pela falta de compreensão de que entramos em uma nova era.

Baal HaSulam chama esse período de “A Última Geração” porque as pessoas estão começando a entender que o desenvolvimento egoísta individual está acabando e o progresso adicional é possível somente através do desenvolvimento das conexões corretas entre nós. Nós temos que entender que pertencemos a um sistema operado pela lei da participação e compreensão mútua.

Todas as pessoas devem se sentir como células ou órgãos do mesmo corpo, devidamente conectadas entre si. Quando estabelecemos essa conexão, dentro dela sentimos uma força comum permeando toda a natureza, que é chamada de Criador. Nós mesmos criamos isso através da nossa conexão correta e a revelamos dentro Dele.

Essa é a predestinação de uma pessoa nesse mundo e o chamado do nosso tempo. A humanidade agora deve subir a esse estado. Quanto mais cedo percebermos os estágios que já estão inseridos no programa da natureza e quisermos realizá-los, mais amável e agradável será o nosso desenvolvimento. Vamos entender o objetivo que temos diante de nós e receberemos a resposta correta da natureza a todas as nossas ações.

O estado final já existe na natureza e todos nós estamos perfeitamente conectados uns com os outros. Esse sistema é chamado de Adão, o primeiro homem, isto é, “semelhante” (Domeh) à força geral da natureza – a força de doação e unidade. A conexão mútua correta é chamada de amor, onde cada um entende as necessidades do outro e pode interagir com ele corretamente.

Amar significa saber como prover ao outro o que ele não tem e ele pode me dar o que me falta. Dessa forma, nós percebemos o mecanismo comum e integral de toda a humanidade. Nós temos que entender que nada de excessivo é criado no mundo. E se conhecermos o sistema, encontraremos um lugar adequado para todos que só essa pessoa pode preencher.

Quando uma criança monta “legos”, ela geralmente tem algumas peças extras restantes. Mas isso é só porque ela não conhece todo o sistema. No entanto, aquele que criou o sistema sabia exatamente onde cada parte dele deveria caber e qual é a sua verdadeira função.

Da mesma forma, quando aprendermos todo o sistema, entenderemos o quanto cada um de nós é necessário e a partir disso desenvolveremos a atitude correta uns com os outros. Afinal, nada de excessivo foi criado no sistema da natureza.

Se entendemos que, de fato, o sistema da natureza é integral, perfeito, idealmente interligado, e que não vemos isso por causa do nosso egoismo, essa atitude se chama fé acima da razão.

Isto é, eu não sou guiado pelo que vejo e entendo agora de acordo com o meu desenvolvimento, como uma criança que não sabe como montar um quebra-cabeça, mas procuro encontrar o lugar certo para anexar cada detalhe para conectá-los a um sistema completo. Isso é chamado de trabalhar acima da razão.

Portanto, nós aprendemos, procuramos e estudamos as leis da natureza. Nós tentamos nos conhecer e descobrir como podemos nos unir de alguma forma. Ao fazer isso, descobrimos diferenças entre nós, como crianças que pegam peças de um quebra-cabeça, mas não podem juntá-los.

Mas, junto com isso, deve ser entendido que todas as peças desse “quebra-cabeças”, cada pessoa em nosso tempo, já cresceu até seu estado final e não tem outra maneira de se desenvolver. Se o pressionarmos e forçamos a se desenvolver como antes, aparecerão nele mutações e formas malignas.

E isso é exatamente o que vemos na nossa sociedade e nos nossos filhos, porque não lhes damos um método adequado de conexão mútua, que deve ser a próxima etapa do nosso desenvolvimento. Só depois de estudar as leis de interconexão correta, entenderemos, a partir delas, as leis que governam o mundo e poderemos ajustar nossas vidas.

Da Convenção “O Futuro Começa Aqui” Na Europa, 25/08/17, “As Leis de Governo do Mundo”, Lição 1