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Três Vezes Sobre O Amor

laitman_527_03Comentário: Você disse que uma pessoa recebe o sentimento de amor em sua juventude e cada um de nós, de fato, experimentou o primeiro amor. A segunda vez é quando a pessoa tem um filho e, a terceira vez, ela tem que desenvolvê-lo por si mesma, de forma consciente em relação a estranhos.

Resposta: O primeiro caso não é amor, mas um chamado hormonal interno natural que é descrito em muitas fontes. No segundo caso, quando a pessoa tem um bebê, ela sente que é parte da natureza e que está tomando uma grande parte nela. Essa ação é semelhante à ação do Criador e, portanto, dá a pessoa um sentimento especial. No terceiro caso, se a pessoa começa a se assemelhar verdadeiramente ao Criador, ela já pode sentir o que é o amor.

Pergunta: Nos dois primeiros casos, de alguma forma, eu posso imaginar o que é o amor. Eu posso me relacionar com esses dois casos como um exemplo para entender como amar os outros?

Resposta: Não! No primeiro caso, é apenas uma descarga hormonal e isso é tudo. Perdoe-me por falar sobre amor e romance dessa maneira, mas não há nada mais nisso. Você pode perguntar a qualquer psicólogo. E quanto ao amor por um bebê, é uma emoção animal.

A natureza não nos deixou sentir tudo isso sem uma razão, mas sim para desenvolver o próximo nível em nós, que está acima da natureza. Você começa a amar o outro, não porque gosta dele ou porque preenche alguns dos seus desejos, mas porque você está trazendo prazer ao Criador com isso, e isso é chamado de altruísmo.

Da Lição de Cabalá em Russo 26/02/17

O Que É Um Nome

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que é um nome?

Resposta: Um nome é um indicador de uma característica ou ação específica. A combinação das letras simboliza de que maneira o nome é criado na criação.

Suponha que eu tenha um desejo que tome forma sob a influência de uma Luz particular.

Existe uma estrutura especial nesse desejo, uma coleção de forças e características. Juntas elas formam um nome.

Da Lição de Cabalá em Russo 17/03/17

O Criador Está À Direita

laitman_212Pergunta do Facebook: Por que o hebraico é escrito da direita para a esquerda?

Resposta: A linha direta representa a totalidade no sistema da liderança superior, enquanto a linha esquerda é o oposto, cheia de deficiências, problemas e corrupções. Essa é a razão pela qual tudo começa do lado direito para o lado esquerdo. O Criador está à direita.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 03/07/17

“Entre Os Estreitos”

Laitman_006Nós entramos em um período especial chamado “Entre os Estreitos” (Bein HaMetzarim), de 17º de Tamuz, quando as primeiras Tábuas foram quebradas, até o 9o de Av, quando o Templo foi destruído. Olhando para a história, podemos entender muitas coisas sobre esse período. Podemos ver o quão difícil é aceitar o método de unificação e implementá-lo. É para isso que testemunham os dias “Entre os Estreitos”.

Nós recebemos a Torá, o método de correção, simbolizado por Moisés, que subiu o monte por quarenta dias e trouxe o método de unificação do grau de Bina (Doação), mas o povo não conseguiu aceitá-lo. Embora tudo tenha sido preparado e dado de cima, não podemos recebê-lo.

Na realidade, não é culpa nossa. É simplesmente porque nossos desejos ainda não foram suficientemente integrados com o bem e o mal para nos permitir corrigir um por meio do outro. A integração ocorre precisamente por meio da quebra. Apenas uma explosão pode ajudar a quebrar os limites entre dois opostos que se rejeitam e os forçar a se integrar.

Essa integração deve ser completamente caótica e desordenada, sob a pressão de uma força explosiva, porque não pode haver qualquer ordem na integração do bem e do mal. A ordem só pode ser estabelecida após a sua integração. Dentro dessa integração, com a ajuda da Luz superior, tudo pode ser discernido e resolvido, e assim, a conexão e a construção adequadas podem ser alcançadas.

Existe um processo complexo que permite que coisas opostas se unam em harmonia e complemento mútuo. Isto é precisamente o que acontece no processo de recepção da Torá.

É impossível fazer isso de forma mais rápida com o desejo egoísta que acabou de sair do Egito e que tem apenas uma inclinação fraca para ser corrigida. Ele entende que precisa ser corrigido, mas não percebe até que ponto é oposto ao estado corrigido porque ainda não existe uma integração mútua.

Enquanto estivamos sob o poder do Faraó, do egoísmo, não sentimos que somos seus escravos. Nosso êxodo acontece em virtude de uma força externa que nos tira de lá, mostrando-nos que isso vale a pena. No entanto, os desejos não são corrigidos por ela.

Nós vemos isso acontecendo conosco: todos os dias decidimos finalmente sair do nosso egoísmo e começar a pensar no grupo para que nossa preocupação não seja por nós mesmos em um nível pessoal, mas sim por todos. No entanto, não conseguimos.

Nós fazemos esforços cada vez maiores, mas pequenas quebras continuam ocorrendo. Isso está acontecendo conosco, pois somos uma consequência de muitas destruições e correções que já ocorreram na nossa raiz.

A Torá nos fala sobre a preparação para a correção. Todo o caminho com duração de seis mil anos que a humanidade atravessa foi apenas a preparação. A correção é alcançada apenas no final, no dia da Luz absoluta. Todos esses estados também foram realizados na matéria: a destruição do Primeiro e Segundo Templos e as terríveis guerras dentro da nação de Israel. Tudo isso foi a encarnação material dos graus espirituais.

Após a integração completa, que foi alcançada à custa de muitas guerras, os fragmentos do desejo de desfrutar e do desejo de doar quebrados se tornam completamente integrados uns nos outros e caem ainda mais baixo até o fundo. Depois de quatro exílios e três redenções, cada um dos quais foi necessário, estamos chegando ao fim do último exílio e ao início da redenção final.

Olhando para esse processo, é óbvio que a Torá não pode ser recebida de uma só vez. E isso é indicado pelo dia do 17o de Tamuz, a quebra das primeiras Tábuas. Somente depois da ocorrência da quebra e da integração mútua dos desejos espirituais com os materiais, é possível ascender para adquirir uma forma diferente.

A primeira Torá era “incorreta”. Foi necessária apenas para que as Tábuas fossem quebradas e para alcançar a correção. A segunda Torá era corrigida, capaz de consertar a integração dos desejos de doação com os desejos de recepção, o que acontece com a ajuda das segundas Tábuas. Esse é um processo único, atestando o quão opostas nossas qualidades são em relação às qualidades da força superior.

Nós devemos ter uma atitude equilibrada nestes dias, vendo-os não apenas como dias de luto e quebra, mas como algo inevitável que temos que passar. O mundo inteiro terá que passar por essa destruição de uma forma ou de outra. No entanto, se soubermos porque estamos fazendo isso e qual o propósito, poderemos passar por tudo pelo caminho de Achishena, como seres humanos.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 7/11/17, Lição sobre o tema “O Período ‘Entre os Estreitos’”

Não Machuque A “Pessoa” Em Você

Laitman_507_03Torá, Deuteronômio, 27:24: Maldito seja aquele que ferir ao seu próximo em segredo. E todo o povo dirá: Amém.

“Em segredo” significa no tribunal. Trata-se de destruir egoisticamente uma oportunidade para sua próxima ação de correção. Se eu tomo um desejo e, em vez de corrigi-lo, eu o afasto da minha ação, então eu o mato dentro de mim, o que significa “ferir ao seu próximo em segredo”. Eu me amaldiçoo com isso.

O dano da alma por uma pessoa ou machucar “a pessoa” dentro de si é chamado de maldição.

Pergunta: Em outras palavras, eu devo cuidar do meu próximo, como se fosse educá-lo?

Resposta: É claro, este é o seu desejo. A Torá não fala de nada além dos desejos que estão dentro de cada um de nós. Ela nos diz como corrigi-los e como se tornar semelhante ao Criador.

Portanto, todas as coisas sobre as quais a Torá fala, como ovelhas, cabras, vacas, plantas, e muito mais, as pessoas – em todas as suas manifestações externas – implicam diferentes desejos dentro de uma pessoa. A Torá indica claramente o que você pode e não pode fazer. Portanto, ela diz o que você não toca, o que não é seu e o que o próprio sistema irá corrigir pra você.

Pergunta: Podemos dizer que, se eu não aspiro a cumprir a lei, “ama teu próximo como a ti mesmo”, é como se eu matasse meu próximo?

Resposta: Naturalmente, porque sua “sogra”, sua “esposa”, sua “mãe” e seu “pai”, não importa quem e o que são, estão todos dentro de você. Se você os corrige de forma incorreta, você os mata.

Pergunta: Isso significa que a humanidade está agora em estado de “matar seu próximo”?

Resposta: Claro, e especialmente dentro de si mesmo; nós matamos nossa alma dentro de nós mesmos.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 23/11/16

Como Podemos Acelerar O Avanço Espiritual?

laitman_281_02Pergunta: Como é possível acelerar o avanço espiritual?

Resposta: O tempo é um fator muito grande e importante em nosso progresso.

Eu não consigo imaginar que seja possível reduzi-lo muito. Você não sabe quantos estados espirituais você atravessa a cada minuto de sua vida terrena, nem sequer suspeita. O contador está girando e girando, e tudo está mudando constantemente.

De repente, a pessoa sente que está começando a entender as coisas de maneira diferente, sentindo e entendendo algo, e assim por diante. Isso é resultado das mudanças internas que ela está atravessando.

Portanto, por um lado, precisamos acelerar o tempo, mas, por outro lado, vivemos em estruturas particulares. Se você está em um grupo numa lição e está trabalhando em si mesmo e no grupo de forma sistemática e mútua, no âmbito do nosso grupo mundial, então, apenas os esforços comuns desempenham um papel.

Desta forma, você pode acelerar o tempo, mas, de qualquer forma, o fator tempo existe e é necessário levá-lo em conta e respeitá-lo.

Da Conversa em uma Videoconferência com os alunos do Centro de Educação, 21/05/17