Há Dinheiro, Mas Não Há Felicidade

laitman_546_03Nas Notícias (Feeling Financial): “O dinheiro compra a felicidade?

“Depende. Você provavelmente já ouviu falar que o dinheiro não compra a felicidade acima de certo nível. O número que Kahneman menciona na “TED Talk” é de US$ 60.000 por ano de renda nos Estados Unidos, que é mais ou menos o que outros estudos encontram.

“Acima desse nível de renda seu nível de felicidade pode aumentar, mas em uma taxa decrescente. Em outras palavras, ganhar US$ 120.000 por ano não faz você duas vezes mais feliz do que se ganhasse US$ 60.000; não é algo insignificante, mas apenas torna as coisas um pouco melhor.

“Kahneman enfatiza que o aumento na felicidade é surpreendentemente horizontal acima de US$ 60.000. Além disso, enquanto o dinheiro não compra a felicidade para o seu “eu” experiente, a falta de dinheiro pode tornar as coisas desagradáveis”.

Meu Comentário: O dinheiro permite que uma pessoa se preencha. Então ela começa a gastar milhões em casinos ou em outros lugares, a fim de sentir um pouco de tempero na vida, mas não sente. Ela deixa de sentir isso inclusive nas pequenas coisas. Essas pessoas não sentem gosto em comida, futebol ou férias.

Eu conheci muitas pessoas ricas que, aparentemente, vivem livremente e sua conta bancária continua crescendo, mas basicamente são pessoas miseráveis. Elas podem viajar para onde quiserem, pedir o que quiserem, mas não sentem satisfação.

Afinal, não pode haver prazer neste mundo sem a sensação de uma deficiência por algo, porque tudo é alcançado no contraste entre Luz e escuridão. Se não há escuridão, as pessoas tendem a tentar coisas diferentes e se colocar em situações que despertam sentimentos fortes, agudos, afiados, mas isso não funciona.

Pergunta: Ao mesmo tempo, os jovens estão ansiosos em prosperar e gastar toda a sua vida tentando conseguir isso, e até mesmo prejudicar-se enquanto podem quebrar a barreira de uma renda anual acima de US$ 60.000. Não compreendem que não há felicidade lá?

Resposta: É uma ilusão, e não há nada que possamos fazer sobre isso. Eu também costumava acreditar que se viajasse de um país para outro e visse novos lugares, novas pessoas, ficaria feliz. Eu me lembro como achava atraente essa ideia. Quando éramos crianças, todos nós sonhávamos em explorar o mundo, porque ele estava fechado para nós. E quando tudo foi aberto, nada foi visto, exceto o vazio.

Pergunta: Parece que uma pessoa precisa de outro desejo, um desejo alternativo.

Resposta: Claro. Não me entenda mal.

Houve um tempo na minha vida em que viajei o mundo e visitei diferentes museus e exposições, etc., mas tudo se foi em um momento. Cada pessoa tem um limiar além do qual deixa de sentir algo novo porque não há nada de novo nele. Nosso ego está começando a se desenvolver para um novo limiar de sensibilidade e percepção.

Essa é a razão pela qual as pessoas que não atingem os níveis superiores, que não atingem a Luz que entra no desejo, que o preenche e descreve áreas totalmente diferentes de realização, o mundo superior, são muito miseráveis.

Da Lição de Cabalá em Russo 09/06/16