Infelizmente, As Pessoas Não Aprendem Com Golpes Fracos

laitman_547_05Pergunta: A crise de 2008 mostrou que as pessoas não aprendem com golpes fracos. Poderia uma catástrofe ecológica global ou mesmo um inverno nuclear já estarem incorporados no programa da natureza? E se eles não podem ser evitados de qualquer maneira, é melhor não pensar neles?

Resposta: Se estamos diante de algum tipo de catástrofe terrível – biológica, ecológica, financeira, climática ou uma guerra nuclear – isso não nos alivia da necessidade de agir para evitar o golpe. Não podemos esperar calmamente até que isso aconteça.

Nós não temos o direito de pensar assim, porque entendemos que não termina aí. Em sua miopia, uma pessoa pensa, “Bem, se eu morrer, então eu vou morrer”. Mas não é tão simples assim. Não podemos morrer e desaparecer porque estamos num processo eterno dentro dos ciclos da vida, vivendo e nascendo de novo e de novo.

Todos esses nascimentos e mortes são, de fato, a renovação de nosso pequeno desejo animal de desfrutar que gradualmente cresce e se desenvolve, assumindo novas formas.

Esse círculo só pode acabar quando começarmos a construir nossa alma partir de duas forças opostas, o egoísmo, por um lado, a força negativa, e a natureza, por outro lado, a força positiva que precisamos adquirir e acrescentar ao nosso egoísmo.

A meio caminho entre essas duas forças, seremos capazes de avançar, e devemos fazer isso com compreensão e consciência. Há um caminho de desenvolvimento natural: o caminho do sofrimento pelo qual a natureza nos encoraja a avançar.

Há também uma maneira de apressar o tempo (Achishena), ao qual devemos nos mover. Afinal, precisamos nos elevar ao grau de homem (Adão), ou seja, semelhante (Dome) à força superior da natureza, o Criador, que compreende, sente e realiza de acordo com Seu desejo e livre escolha todo o propósito da criação.

Portanto, não seremos capazes de apenas enterrar nossas cabeças na areia e dizer: “Bem, no pior dos casos, vamos morrer, mas por enquanto vamos viver e se divertir”. Essa é uma abordagem infantil de viver, inadequada para um adulto.