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Meus Pensamentos No Twitter, 19/03/17

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Boas notícias! Não há problema em falar sobre antissemitismo na América @haaretzcom #antisemitism

antisemTwitMar19

Do Twitter, 19/03/17

Qual É O Sabor Do Prazer Espiritual?

laitman_572_02Pergunta: Qual é o sabor (gosto) do prazer espiritual?

Resposta: O sabor do prazer espiritual é, antes de tudo, elevar-se acima de sua natureza, quando você não se sente limitado pelos limites dentro dos quais você existe.

Nós vivemos como se estivéssemos numa gaiola de ferro, correndo e batendo nos cantos e bordas. Mas quando saímos dela, começamos a sentir nossa existência no Criador: uma adesão mútua ilimitada. Ele está dentro de nós, e nós estamos dentro Dele.

Nosso mundo tem limites específicos: direita, esquerda, interior e exterior. Mas não há limites nos sentidos espirituais e é por isso que eles são inexprimíveis. Acima de tudo, é o sabor da liberdade.

Pergunta: Mas por que estamos falando tanto de unidade e integração?

Resposta: Porque é o meio para alcançar a qualidade de doação, infinito e liberdade quando você pode sair de si mesmo.

Pergunta: Um Cabalista sente o sabor da comida terrena, do frio e do calor?

Resposta: Um Cabalista sente muito mais do que os outros.

Houve momentos em que minha esposa cozinhou para o meu professor, o Rabash, e ele escreveu notas para ela sobre exatamente o que adicionar à comida, que temperos.

Pergunta: Todos os sabores da espiritualidade foram previamente registrados?

Resposta: Claro. Os sabores são a propagação da Luz Superior em nossos desejos.

Da Lição de Cabalá em Russo 20/11/16

Revelações Do Criador

laitman_219_01Pergunta: A revelação direta do Criador a uma pessoa é possível sem os órgãos sensoriais?

Resposta: Eu não sei o que é uma “revelação”. Às vezes, certas sensações do mundo, como se existissem fora dela, despertam na pessoa. Mas, de fato, o mundo está dentro de uma pessoa de qualquer maneira. Em outras palavras, às vezes nós experimentamos esses estados, mas eles vêm e vão.

Como regra, eles surgem em uma pessoa nos estágios iniciais de seus estudos de Cabalá, durante os primeiros dois a três anos de estudos.

Depois eles praticamente desaparecem porque a pessoa começa a se aproximar do estado em que, por meio de suas próprias ações, seus próprios esforços, ela deve receber a sensação do mundo superior por si mesma na medida de sua equivalência com ele. A pessoa não o recebe como um pequeno presente, senão que o ganha por si mesma.

Da Lição da Cabalá em Russo 27/11/16

Como Você Pode Encontrar Um Professor?

laitman_591Pergunta: Eu realmente quero ter um professor. O professor chega quando o aluno está pronto? Como posso encontrá-lo?

Resposta: Ele será gradualmente revelado a você.

Eu aconselho quem quer se desenvolver espiritualmente a começar a estudar regularmente na Internet. Nós temos um sistema sério e bem organizado. Estude! Basta começar e você vai avançar.

Da Lição de Cabalá em Russo 30/10/16

Doze Tribos Em Uma Nação, Parte 2

Twelve Tribes of One Nation, Part 2A divisão do povo de Israel nas doze tribos não é artificial, mas vem das profundezas da própria natureza. Essa nação é construída em equivalência com a força superior e, portanto, precisamente ao manter todas as diferenças entre as tribos, e por meio de sua conexão correta, eles atingem o estado chamado Shechina, que é o desejo coletivo de toda nação capaz de revelar dentro de si a força superior, o Criador.

Portanto, doze diferentes características em sua natureza são muito importantes e tiveram que ser preservadas da maneira mais pedante.

Cada grupo e cada pessoa inclui em si quatro diferentes camadas de egoísmo. O menor egoísmo é o nível inanimado, o nível vegetal é um egoísmo superior, o nível animal é ainda maior, e o humano tem o maior egoísmo. O nome de quatro letras do Criador ou HaVaYaH é definido por estes quatro níveis.

Pergunta: Se o egoísmo é uma qualidade negativa, como ele pode definir o nome do Criador?

Resposta: O egoísmo é uma qualidade negativa quando é usado egoisticamente. Entretanto, se usarmos o egoísmo na forma oposta e nos conectarmos com os outros acima do nosso egoísmo, ele se transformará no lugar de nossa conexão. Sem egoísmo, teimosia, rejeição e desejos fortes não valemos nada. É por isso que está escrito, “quanto maior a pessoa, maior o seu egoísmo”.

Assim, não podemos dizer que o egoísmo é uma qualidade negativa. Ele é negativo apenas na medida em que nos separa uns dos outros. No entanto, se o usarmos corretamente, ele se torna nosso “auxiliar contra si mesmo”.

Pergunta: Por que as pessoas se dividem em grupos exatamente pelas qualidades de seu egoísmo?

Resposta: O desejo de receber é toda a nossa natureza, nossa substância; não temos mais nada. O uso correto de nossa substância nos permite trabalhar com ele.

Inicialmente, todas as qualidades do homem são negativas e, portanto, é dito que o Criador criou a inclinação ao mal. No entanto, se pudermos trabalhar com essas qualidades de uma forma positiva, transformamos a inclinação ao mal em uma inclinação ao bem.

Não há inclinação ao bem dentro de nós a partir da natureza. Ela aparece somente quando podemos trabalhar com as qualidades egoístas de uma forma positiva. O maior egoísta tem a oportunidade de ser o maior vilão ou o maior santo.

No entanto, as tribos do povo de Israel diferem não apenas pela medida quantitativa de egoísmo (grande ou pequeno), mas também pela sua qualidade e caráter. Todas as tribos são muito diferentes, por isso é muito importante usar cada uma delas de acordo com sua origem e somente conforme o seu crescimento sincronizado, mantendo o equilíbrio entre elas em cada grau.

Essa é a definição correta para o desenvolvimento do povo de Israel. Se a tivéssemos mantido desde o momento em que chegamos a esta terra e nos desenvolvido aqui, tudo teria sido bom. No entanto, o fato é que conseguimos a conexão correta entre nós durante o período do Primeiro Templo e depois tivemos que nos conectar com o mundo inteiro. Essa foi a razão para a queda e a quebra, para a chamada “destruição do Templo”, ou seja, a correta conexão entre nós.

E agora, depois que a nação de Israel incorporou em si todas as nações do mundo, devemos nos levantar juntos. Durante essa ascensão cada pessoa vai descobrir seu lugar na nação, sua tribo. Embora tenhamos muitas qualidades misturadas, elas são apenas materiais, pois não trabalhamos no sentido espiritual, caímos do mundo espiritual. E a mistura com todas as nações do mundo no nível material não é tão importante.

De KabTV “Nova Vida” 12/01/16

Duas Metades Da Escada Espiritual

laitman_232_05Pergunta: O ego pode ser positivo? Quero dizer, se você fizer o bem a si mesmo, também faz o bem aos que estão ao seu redor? Eu posso cumprir totalmente a lei do “ama teu amigo como a ti mesmo” se eu não me amar?

Resposta: Essa lei funciona de acordo com um princípio totalmente diferente. Eu não preciso amar a mim mesmo para amar os outros. Afinal, esse é um truque egoísta! Na verdade, nada funciona dessa maneira.

O ego só pode funcionar corretamente se for controlado pelo altruísmo. Esse é um nível muito elevado: a segunda metade da escada espiritual.

A regra “ama teu amigo como a ti mesmo” é cumprida quando os atributos egoístas de uma pessoa começam a trabalhar com a intenção de doar. Essa é a segunda parte da ascensão da escada espiritual.

A primeira parte, “não faça aos outros o que você odeia”, existe quando você não usa seu ego.

Da Lição da Cabalá em Russo 03/07/16

Tudo Depende De Nós

Laitman_632_3Pergunta: O que devemos esperar para 2017? Você pode prever alguma coisa?

Resposta: Não. O que você quiser é o que vai acontecer. Qual é a razão de viver ou fazer alguma coisa se você sabe o que vai acontecer com antecedência? De acordo com a sabedoria da Cabalá, isso nos priva de nosso livre arbítrio. Nosso caminho é desconhecido para qualquer um.

Pergunta: O Criador sabe?

Resposta: Não. O Criador nos envia sinais e a maneira como respondemos a eles é como construímos nosso futuro. Nós sabemos o objetivo final, mas não sabemos como vamos alcançá-lo. Em nenhum lugar é dito algo sobre isso com antecedência.

Tudo depende da pessoa, de sua conexão com outras pessoas e com toda a sociedade.

Da Lição de Cabalá em Russo 01/01/17

Alma E Saúde Física

Dr. Michael LaitmanPergunta: O recebimento da alma espiritual pode refletir no corpo físico, como por exemplo, curá-lo?

Resposta: Quase nunca. A pessoa se torna inspirada, capacitada e energizada, tem grande energia criativa, unidade e aspirações. Mas isso não se aplica ao corpo, em particular, à sua saúde.

Pergunta: Como a revelação e a realização da alma me ajudam neste mundo, por exemplo, nos negócios, na vida familiar, etc.?

Resposta: Só na medida em que a pessoa começa a entender o propósito de sua existência e, portanto, não se distrai mais por tolices, mas sim mantém suas convicções. Somente nesse caso, estudar a sabedoria da Cabalá estabiliza sua vida neste mundo.

No entanto, a revelação da alma não ajuda de modo algum a pessoa a ter sucesso no mundo corporal: ganhar mais dinheiro, tornar-se mais saudável e feliz.

O estudo da sabedoria da Cabalá direciona a vida de uma pessoa para a realização do propósito superior da existência, e, portanto, o componente material não lhe diz muito respeito. Ela deve prover a si e a sua família, mas não mais do que isso. E ela dedica todas as suas outras forças apenas à revelação e formação da alma.

Da Lição em Russo, 11/06/17

A Mistura Das Nações

laitman_747_01Uma pessoa é criada como um egoísta absoluto e sua tarefa é adquirir uma qualidade de doação e amor oposta ao egoísmo. É para isso que serve a Torá, como está escrito: “Eu criei o egoísmo e dei a Torá para sua correção”.

Visto que a Luz da Torá corrige e retorna ao estado correto, devemos usá-la como um instrumento para alcançar a equivalência com o Criador.

Aqui surge o problema: a pessoa usa a Torá para o seu propósito? Infelizmente, vemos que seu verdadeiro propósito é absolutamente esquecido.

A atitude correta para com a Torá não existia por muito tempo, somente quando as pessoas viajavam pelo deserto e realizavam a correção até o nível de doação mútua. Então começou sua correção no nível da recepção mútua, a fim de doar, que é simbolizado pela entrada na terra de Israel.

Foi então que elas construíram o Primeiro Templo – o estado de completa realização mútua. O sistema de conexão integral foi utilizado, o que significa ser como um homem com um coração. Nele, elas revelaram o Criador em toda a Sua glória.

No entanto, assim que alcançaram o estado correto mais elevado entre si, imediatamente começaram a cair, porque o próximo nível de egoísmo surgiu dentro delas, que já não dependia delas. Esse egoísmo estava nas nações do mundo e fora do círculo criado entre os judeus chamado Templo.

Elas não tinham força para resistir, corrigir, unir e absorvê-lo na conexão entre si. Afinal, ele pertencia às nações do mundo que não deixaram a Babilônia com elas, não passaram pelo caminho do sofrimento no exílio egípcio e não fizeram a correção que o povo de Israel realizou durante 40 anos de travessia do deserto.

Os judeus não estavam prontos para passar o método às nações do mundo e absorver seu egoísmo dentro deles mesmos, porque não havia interface e nenhuma inclusão mútua dos diferentes desejos em si. Assim, o povo de Israel começou a cair do alto nível de amor mútuo, a fim de preparar a correção das nações do mundo.

Acontece que essa parte quase completamente corrigida da humanidade tinha que ser quebrada, assim como o sistema chamado “Adão” foi quebrado em seu tempo, para se dissolver nas nações do mundo.

Assim, ocorreu a mistura e absorção mútua de diferentes qualidades. Parte das qualidades (o egoísmo das nações do mundo) entrou nas qualidades corrigidas do povo de Israel, e as qualidades de Israel de doação e amor caíram nas qualidades egoístas das nações do mundo.

Essa se tornou a causa da destruição do Primeiro Templo, que simbolizava o amor. Então a destruição tinha que continuar de acordo com o mesmo sistema como no mundo de Nikkudim, no sistema de Adão e na destruição do Segundo Templo.

Depois da destruição do Primeiro Templo, não havia amor entre as pessoas, mas os vestígios da qualidade de doação continuavam e eram expressos no acordo mútuo e nas leis da comunidade correta. No entanto, após a destruição do Segundo Templo, eles também desapareceram.

Como está escrito: “O povo de Israel caiu do nível do amor para o nível do ódio infundado”. Ao mesmo tempo, eles se tornaram completamente idênticos às nações do mundo e ainda piores do que elas porque as nações do mundo não tiveram a ascensão e a queda, onde todas as subidas anteriores se transformam inversamente em quedas correspondentes: quanto maior a subida, menor a queda.

Portanto, após o colapso final do Segundo Templo, o povo de Israel se encontrava em um estado espiritual mais distante do Criador. A partir desse estado, eles devem começar o caminho de elevação.

Assim, o primeiro movimento foi dirigido para a conclusão da penetração mútua, a difusão das qualidades das nações do mundo com as qualidades do povo de Israel e vice-versa, de modo que nenhuma diferença permanecesse entre eles.

Essa condição, por um lado, foi conseguida através da criação das religiões (judaísmo, cristianismo e islamismo) com a ajuda de várias guerras, ataques, massacres e expulsões de país para país e, por outro lado, a ciência e a cultura, a descoberta de continentes, a grande assimilação e assim por diante pelos judeus.

Tudo isso era para que a dissolução final acontecesse e para que as várias qualidades entrassem umas nas outras. Além disso, não se trata de qualidades físicas e de contatos materiais entre as pessoas, uma vez que os judeus sempre viveram isolados, mas sobre a interpenetração interna e espiritual das qualidades. Talvez, isso foi expresso externamente através de várias ações físicas que são completamente incompatíveis com as espirituais.

A difusão final das qualidades do povo de Israel com as nações do mundo terminou aproximadamente no século XVI, quando o grande Cabalista ARI descreveu o método de correção do mundo e o sistema da condição correta do universo. Portanto, ele é considerado Mashiach (Messias) Ben-Yosef entre os Cabalistas, que é o predecessor do Mashiach Ben-David (Messias)

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 14/09/16

Jpost: “ONU Transforma Fome Em Galinha Dos Ovos De Ouro “

The Jerusalem Post publicou o meu novo artigo “ONU Transforma Fome Em Galinha Dos Ovos De Ouro


O coordenador da ONU para Assuntos Humanitários: “Mais de 20 milhões de pessoas enfrentam inanição e fome”. Onde ele esteve até agora? Devorando o resto da sua sorte à custa delas.

Há menos de uma semana, Stephen O’Brien, Coordenador das Nações Unidas para Assuntos Humanitários e Alívio de Emergência, declarou: “Mais de 20 milhões de pessoas em quatro países enfrentam inanição e fome. Sem esforços globais coletivos e coordenados, as pessoas simplesmente morrerão de fome. Muitos mais sofrerão e morrerão de doenças”. O’Brien também disse que “US$ 4,4 bilhões eram necessários em julho para evitar o desastre”.

Eis o que eu gostaria de saber: o Sr. O’Brien está no cargo há quase dois anos. O que ele tem feito todo esse tempo? O que a ONU tem feito? A fome de vinte milhões de pessoas não acontece da noite para o dia. Por que a ONU não soou o alarme antes? De repente, a Internet e os “feed de notícias” são inundados com imagens angustiantes de crianças extenuadas. A ONU não poderia ter contado isso ao mundo quando apenas cinco ou dez milhões de pessoas estavam morrendo de fome? Aparentemente, alguém naquela instituição extinta calculou que se exige não menos de vinte milhões de pessoas famintas para redimir um resgate de US$ 4,4 bilhões em julho.

Os bilhões de dólares que a organização já recebe poderiam ter curado os problemas da fome do mundo várias vezes. Eles poderiam ter enviado alguns milhões dos 1,3 bilhões de toneladas de excesso de comida colocados no lixo a cada ano e resolver essa crise, mas eles não têm interesse em fazer isso. As crianças famintas trazem doações. Alimentá-las iria secar o fluxo de dinheiro e matar esta galinha dos ovos de ouro.

Mais do que tudo, a declaração do Sr. O’Brien é uma admissão de que a ONU está podre até a raiz. Os únicos interesses dos políticos e diplomatas que servem nela são seus salários e promover suas carreiras. Por exemplo, considere essa informação proveniente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Em sua página de Perguntas Frequentes, o UNICEF EUA refuta o rumor “vicioso” e não comprovado de que Caryl M. Stern, Presidente e CEO do Fundo dos EUA para a UNICEF, “ganha mais de US $ 1 milhão”. Na verdade, a organização proclama, a Sra. Stern “ganha $ 521.820”. De fato, um CEO que é um modelo de austeridade.

A Causa Principal de Nossos Problemas

A crescente decadência da ONU não deve nos surpreender. Ela vai de mãos dadas com o crescimento exponencial do egocentrismo e narcisismo da humanidade. Para encontrar uma alternativa real para o órgão governamental das nações, precisamos começar por abordar a causa principal de todos os problemas.

Em 1964, o Prêmio Nobel de Física, Dennis Gabor, escreveu: “Até agora, o homem tem enfrentado a natureza; de agora em diante, ele estará contra sua própria natureza”. Na verdade, temos estado contra a nossa própria natureza desde os tempos bíblicos, quando aprendemos que todos os nossos problemas são porque ‘a inclinação do coração de um homem é má desde a sua juventude’ (Gênesis 8:21). Ainda assim, até recentemente, quando começamos a perceber o grande dano que o egoísmo excessivo inflige ao mundo, tentamos obstinadamente contornar o problema ao invés de resolvê-lo.

Ao longo dos séculos, a humanidade tem tentado todas as formas possíveis de governança em busca da maneira ideal de equilibrar nossa necessidade de conexões sociais com o nosso egocentrismo inerente. A escravidão, o feudalismo, o capitalismo, o liberalismo, o fascismo, o comunismo e o nazismo fizeram parte da trilha de sangue e sofrimento que chamamos de “anais da história humana”. Ainda assim, não encontramos uma única forma de governança que seja sustentável e garanta o bem-estar de todas as pessoas. E a razão de não encontrarmos uma é que, não só somos totalmente narcisistas e egoístas, mas também estamos ficando ainda mais, de forma exponencial! Agora estamos em um ponto de inflexão. Nós nos tornamos tão apáticos uns aos outros que, se não encontrarmos um remédio para os males da natureza humana, os meios de comunicação logo vão considerar que 20 milhões de pessoas famintas não são noticiáveis.

Para verdadeiramente ajudar a nós mesmos, devemos abordar duas questões. A primeira é a provisão de sustento. Em um mundo onde muita comida é perdida ou desperdiçada, é inaceitável que os seres humanos devam morrer de fome. A comida já existe. Tudo o que precisamos é coletar e enviá-la onde for necessário.

A segunda questão a tratar diz respeito à prevenção. Isso envolve um programa de longo prazo que, em última análise, mudará a maneira como pensamos e sentimos o mundo – da mentalidade exploradora atual para uma abordagem mais equilibrada e sustentável.

O Segredo de Nossa Nação

Em uma conferência TED dada em maio de 2010, o aclamado sociólogo americano e médico Nicholas Christakis afirmou que os seres humanos formam uma espécie de superorganismo. Aproximadamente oitenta anos antes, o aclamado comentarista do Livro do Zohar, Rav Yehuda Ashlag, escreveu: “Já chegamos a tal ponto em que o mundo inteiro é considerado um coletivo e uma sociedade. …. Em nossa geração, quando cada pessoa é ajudada pela felicidade de todos os países do mundo … a possibilidade de levar uma vida boa, feliz e pacífica em um país é inconcebível quando não for assim em todos os países do mundo”. A isso, Ashlag acrescentou: “As pessoas ainda não compreenderam isso”, mas enfatizou que é somente porque “o ato vem antes do entendimento, e somente ações provarão e empurrarão a humanidade para a frente”. Em outras palavras, não vamos sentir que somos um único superorganismo (como Christakis coloca) até começarmos a agir em conformidade.

Isso levanta a questão: como poderia um mundo tão profundamente dividido operar como um superorganismo? Considere este fato curioso: A única nação que sobreviveu desde a antiguidade é a nação judaica. As nações babilônicas, egípcias, gregas e romanas desapareceram, e somente o judaísmo permanece. Estudiosos, filósofos, filo-semitas e antissemitas ao longo dos tempos têm ponderado: “Qual é o segredo da sua imortalidade?”, como Mark Twain perguntou sobre o judeu.

A resposta está em uma diferença fundamental entre os judeus e todas as outras nações. O segredo da nossa resistência é o adesivo da unidade. Os primeiros judeus vieram de diferentes tribos e culturas. A única coisa que os mantinha unidos era uma ideia que Abraão lhes havia ensinado: a misericórdia e o amor são as bases sobre as quais devemos construir a sociedade. Sempre que o ego irrompe, não lutem ou se separem, mas cubram-no com amor. O mais sábio de todos os homens, o rei Salomão, resumiu sucintamente o princípio de Abraão: “O ódio agita a contenda e o amor cobre todos os crimes” (Provérbios 10:12).

Viver por esta abordagem tem mantido os judeus juntos por meio de crises e guerras por aproximadamente 1.500 anos – desde o tempo de Abraão até a ruína do Segundo Templo há dois milênios atrás. Além disso, a história provou que o “cimento” da unidade que cobre o egoísmo é tão forte que não só sustentou o povo judeu mais tempo do que qualquer outra nação, mas também os manteve intactos através de inúmeras tentativas de destruí-los e dispersá-los. Embora os judeus de hoje tenham perdido aquela unidade especial que os sustentou durante séculos, a força persistente desse adesivo ainda é forte o suficiente para manter nossa nação em existindo.

Validação de Conceito Exitosa

O fato histórico da nossa sobrevivência única é a chave para resolver os problemas do mundo. A unidade sobre o egoísmo é o único modo de governo que o mundo ainda não tentou. Diante do risco de uma outra guerra mundial, da fome em massa, do aquecimento global acelerado e da poluição dos recursos naturais, penso que devemos simplesmente considerar seriamente essa abordagem. De todas as pessoas improváveis, foi o notório antissemita Henry Ford que escreveu: “Os reformadores modernos, que estão construindo sistemas sociais modelo, fariam bem em olhar para o sistema social sob o qual os primeiros judeus foram organizados”. Sobre este ponto, ele não poderia estar mais certo.

Como disse Ashlag, “o ato vem antes do entendimento”. Hoje, nós estamos implementando de fato o princípio de unidade de Abraão acima da inimizade. Depois de numerosos eventos de unidade bem-sucedidos em todo o mundo, inclusive em zonas de conflito como Israel, com árabes e judeus, estamos certos de que podemos reintegrar o método de nossos antepassados ​​em larga escala (Exemplo 1, Exemplo 2, Exemplo 3 [este último é em hebraico, troque na opção de legendas]).

Na minha opinião, até lidarmos com o coração do problema – o egoísmo na natureza humana – e o façamos especificamente da maneira que Abraão legou aos seus discípulos, ao unir sua animosidade – não encontraremos alívio para nossas aflições. A noção de que não precisamos suprimir os nossos egos indisciplinados, mas simplesmente exercer a união acima deles pode ser uma idéia nova para alguns, mas em minha opinião, acabaram nossas opções. A implementação do método de Abraão é a única maneira de poupar a humanidade de mais anos de tormento desnecessário.